Tratamento Cirúrgico da Hiperplasia Prostática Benigna

Olá! Nesse vídeo de hoje, nós falamos tudo sobre o tratamento cirúrgico da HBP (Hiperplasia Prostática Benigna). Antes de começar, gostaria de convidá-los a curtir nossos canais nas redes sociais: Instagram, Facebook e YouTube. E lembre-se de clicar no sininho para receber as notificações. Não se esqueçam também de compartilhar o vídeo, pois muitas pessoas podem precisar dessas informações, assim como um paciente que necessita de tratamento cirúrgico.

Já discutimos o tratamento clínico e agora vamos falar sobre os pacientes que necessitam de cirurgia. Quem são esses pacientes?

Basicamente, são aqueles pacientes que não querem tomar a medicação ou tiveram efeitos colaterais ao tomar um remédio, por isso não podem continuar usando o medicamento. Ou ainda, são aqueles pacientes que, mesmo em uso da medicação por um longo período, por exemplo, após cinco anos, começam a ter progressão dos sintomas. Esses sintomas que ele apresentou lá atrás voltam a aparecer, como dificuldade para urinar, o paciente começa a ir muito ao banheiro, há infecções urinárias frequentes, entre outras coisas relacionadas. Nesse caso, é necessário avaliar cada caso individualmente para poder definir se está relacionado ou não a uma progressão da doença e se o paciente precisa fazer a cirurgia, já que não há outro tipo de tratamento para eles.

Técnicas Cirúrgicas

Quais são as técnicas cirúrgicas que podemos utilizar para o tratamento da HBP?

Todo paciente que necessita de tratamento cirúrgico precisa operar a próstata. Existem duas formas de tratamento, sendo a mais famosa delas as cirurgias endoscópicas, que são realizadas por dentro do canal da urina. A mais conhecida é a ressecção endoscópica da próstata, que os pacientes popularmente chamam de “raspagem da próstata”. Nesse procedimento, a câmera é inserida dentro do canal da uretra e conseguimos acessar a próstata e remover, através de um aparelho de cauterização, a parte que cresceu e está causando obstrução no canal da urina. Assim, o paciente volta a ter um jato de urina mais forte e melhora dos sintomas que o estavam incomodando.

Existe outra forma de tratamento, principalmente para os casos de próstatas maiores, por exemplo, próstatas maiores de 80 ou 100 gramas. Nesses casos, é possível realizar a cirurgia aberta, que é uma cirurgia clássica na qual a parte da próstata que cresceu é retirada através de um corte no abdômen. Vale ressaltar que não é feita a retirada de toda a próstata, como seria em um caso de cirurgia para câncer de próstata. O objetivo é desobstruir o canal da urina para que o paciente volte a urinar com facilidade.

Quanto às técnicas menos invasivas, hoje em dia também temos opções, como a laparoscopia e a cirurgia robótica. Essas técnicas podem ser utilizadas, principalmente, para próstatas maiores. Além disso, têm surgido algumas outras alternativas à cirurgia aberta, como a realização de incisões menores com o uso da técnica da laparoscopia ou cirurgia robótica. Em vez de fazer um corte no abdômen para retirar a parte que cresceu da próstata, pode-se fazer isso com incisões menores ou com o auxílio de um laser para cortar a parte da próstata que aumentou de tamanho e retirar essa obstrução, o que é conhecido como “enucleação da próstata”.

É importante destacar que quando falamos de cirurgia da próstata para o tratamento da HBP, estamos nos referindo a um tratamento diferente da cirurgia radical para câncer de próstata. Os efeitos esperados no pós-operatório também são diferentes. Existem três pontos importantes que os pacientes precisam saber:

1. Continência urinária: Ao operarmos a próstata para tratar a HBP, respeitamos o músculo esfincteriano, que segura a urina próximo à região prostática. Portanto, a chance de incontinência urinária pós-operatória é muito pequena.

2. Impotência sexual: Pacientes que se submetem à cirurgia de ressecção da próstata raramente têm problemas de impotência sexual, pois o mecanismo cirúrgico é diferente do de pacientes submetidos à cirurgia radical para câncer de próstata. Nós não mexemos em estruturas nobres relacionadas à ereção.

3. Ejaculação: Na maioria das vezes, a ejaculação é comprometida nos pacientes que são operados para tratar a HBP. Isso ocorre porque a próstata é retirada, e ela é um componente importante na produção do sêmen. A ejaculação retrógrada é comum nesses casos, onde a circulação do sêmen em vez de ir para fora do pênis, fica na região próstatica, sendo eliminada em pequenas quantidades após a relação. Isso não gera nenhum problema no organismo e não há motivo para preocupações maiores.

Espero que tenham gostado das informações fornecidas. Não se esqueçam de continuar nos seguindo nas redes sociais e compartilhar nossos vídeos, pois muitas pessoas podem estar precisando de orientações. Será um prazer responder a perguntas e dúvidas de todos. Um abraço e até a próxima!

Fonte: Cirurgia Para HPB (Aumento da Próstata) por iURO – Instituto de Urologia Robótica e Oncologia

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