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Câncer e dor: como aliviar sintomas e melhorar qualidade de vida

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Dor Oncológica

Estamos aqui com a Dra. Dalva Matsumoto, coordenadora de um serviço de cuidados paliativos do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e diretora do Instituto Vale a Quem. Vamos falar sobre dor oncológica.

O que é a dor oncológica?

A dor oncológica tem esse nome porque está relacionada ao câncer, mas ela não é diferente das outras dores. A dor, de uma maneira geral, pode ser classificada de acordo com a intensidade, a localização e a forma como se apresenta.

A dor oncológica pode variar em intensidade. Existem três grupos principais de dores: somática, visceral e neuropática. A dor somática afeta os músculos e tecidos, a dor visceral afeta os órgãos internos e a dor neuropática ocorre quando um nervo está envolvido. A dor oncológica é considerada mista, pois os tumores podem causar variáveis de dor.

É importante ressaltar que nem todos os tumores causarão dor. Isso vai depender da localização do tumor e da intensidade da dor. Nos Estados Unidos, cerca de 95% dos pacientes com câncer terão dor moderada a forte. No Brasil, acreditamos que esse número seja um pouco menor, pois muitas vezes as pessoas não relatam suas dores por medo. No entanto, é fundamental que os pacientes informem seus médicos sobre qualquer tipo de dor que estejam sentindo.

Medo e dúvidas sobre o tratamento

Quando estamos passando por um tratamento, é comum associarmos qualquer sintoma ou dor a essa doença. É importante lembrar que as pessoas com câncer também podem ter outros tipos de dores relacionadas a outras doenças. Por isso, é fundamental que o paciente identifique essas dores e relate ao médico.

Muitas vezes, os pacientes têm medo de atrasar ou interromper o tratamento por causa de algum sintoma. É importante expressar esses medos para o médico. É claro que se você tiver algum sintoma que precise ser tratado, isso pode atrasar ou modificar o seu tratamento. Porém, é importante que você esteja em boas condições para receber o tratamento. Além disso, nem toda dor ou sintoma está relacionado a uma piora da doença. Algumas dores podem estar relacionadas ao tratamento em si, como efeitos colaterais da radioterapia ou quimioterapia.

É normal que alguns efeitos colaterais durem mais tempo do que outros. Cada paciente reage de forma diferente. Algumas dores podem se tornar crônicas, seja por causa do tratamento ou de outras complicações que surgiram durante o tratamento. É importante que o paciente relate essas dores persistentes ao médico para que ele possa identificar se são efeitos colaterais persistentes ou se estão relacionadas a algum outro problema de saúde.

Tratamento da dor oncológica

A dor oncológica pode ser tratada com medicamentos e outros métodos, como fisioterapia, acupuntura e terapias alternativas. O tratamento varia de acordo com a intensidade da dor e a causa subjacente. É importante que o paciente não deixe de falar sobre sua dor com o médico.

O tempo de recuperação varia de pessoa para pessoa. Cada organismo reage de forma diferente, e é necessário levar em consideração não apenas o aspecto físico, mas também o emocional e social do paciente. É importante entender que cada indivíduo tem seu próprio tempo de recuperação.

A dor oncológica pode melhorar com o tratamento adequado. Por isso, é fundamental que o paciente se comunique com o médico e relate suas dores para que o tratamento possa ser ajustado conforme necessário.

O medo e a dúvida são sentimentos comuns em pacientes com câncer, mas é importante lembrar que a comunicação aberta com o médico é essencial para garantir um tratamento adequado e um melhor controle da dor.

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Fonte: Tenho câncer e estou com dor por ABRALE Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia

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