Marcações Tumorais: O que você precisa saber

Olá, eu sou o Dr. Fernando Lemos, coloproctologista do Rio Grande do Sul, Brasil. Sou especialista em doenças do intestino, reto e ânus. Neste vídeo, gostaria de falar sobre marcadores tumorais, também conhecidos como marcadores biológicos, que são substâncias encontradas no sangue e em outros fluidos corporais. Esses marcadores podem ajudar a indicar o acompanhamento de alguns tipos de tumores.

Os marcadores tumorais são exames que são pedidos pelo sangue nos exames laboratoriais. Eles são auxiliares complementares no diagnóstico e acompanhamento de tumores e câncer. Vou citar alguns exemplos:

Alfa feto proteína: auxilia no diagnóstico e tratamento do câncer de fígado e testículo.
CA 125: pode aumentar no câncer de ovário.
CA 19.9: utilizado principalmente para o câncer de pâncreas, mas também pode ser útil para o câncer intestinal e outros cânceres do trato digestivo.
Antígeno prostático específico (PSA): é conhecido pelos urologistas como marcador do câncer de próstata.
CA 15.3: marcador do câncer de mama.

Existem muitos outros marcadores tumorais que a maioria dos médicos não especialistas desconhecem, como MPM 2, antígeno tumoral da bexiga, Bera 2001, Lobo-Lino e NSE (antígeno específico do lado) para o câncer de pulmão.

No entanto, é importante ressaltar que nenhum desses marcadores, sozinho ou isolado, aumentado ou baixo no exame de sangue, pode indicar 100% que você tem ou não tem um câncer específico em algum órgão. Eles são apenas um indício para auxiliar no diagnóstico de um tumor ou câncer.

Gostaria de falar especificamente sobre a minha área, a coloproctologia, e a relação do marcador “séria” com o câncer de intestino. Este marcador tem sido cada vez mais difundido, mas gostaria de deixar claro que ele não serve para diagnosticar um câncer de intestino.

Muitos médicos têm pedido o “séria” como exame complementar para o diagnóstico do câncer de intestino, o que pode levar a resultados equivocados e preocupação desnecessária por parte dos pacientes. O “séria” serve para o acompanhamento do tratamento do câncer de intestino. Após a cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, o “séria” deve diminuir. É solicitado a cada seis meses nos primeiros dois anos e depois anualmente para monitorar qualquer indicativo de recidiva local ou metástase.

No entanto, é importante entender que o nível de “séria” pode variar em patologias benignas, como artrites, hepatites, doença de Crohn, entre outras. Portanto, a partir de agora, evite pedir vários exames de sangue para verificar se há câncer de intestino utilizando o “séria”.

Se eu pudesse ter a oportunidade de falar para todos os médicos, eu diria para pedirem a colonoscopia para todos acima de 45 anos como forma de prevenção e também para evitar a utilização do “séria” como exame de diagnóstico do câncer de intestino. A colonoscopia é o método mais eficaz para diagnosticar o câncer de intestino.

Agradeço a atenção de todos e peço que repassem essa informação para o máximo de pessoas possível. Se ainda não se inscreveu em nosso canal, clique em “Inscrever-se”, toque no sininho para receber notificações e deixe seu like no vídeo. Até o próximo vídeo!

Fonte: Câncer de Intestino detectado pelo exame de sangue! Mito ou Verdade? por Dr. Fernando Lemos – Planeta Intestino