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Câncer de Cólon e Reto: informações essenciais sobre diagnóstico, sintomas e tratamento.

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O câncer de colo do intestino grosso é o terceiro câncer mais frequente no mundo e o segundo que mais causa mortalidade. Embora não seja tão agressivo, o câncer de intestino grosso ainda é bastante letal. Ele só perde no homem para o câncer de próstata, tipo câncer de pulmão aqui no Rio Grande do Sul, e pelo câncer de mama nas mulheres.

Dentro dos fatores de risco mais frequentes para o desenvolvimento do tumor de cólon e reto está o sedentarismo, a alimentação rica em gorduras e carnes vermelhas, o tabagismo, a utilização de álcool em excesso, a idade superior a 50 anos, história familiar de câncer de intestino e doenças inflamatórias.

A história familiar pode estar presente em até 15 a 20% dos casos de câncer de intestino, por isso é importante ter uma atenção maior, principalmente se o indivíduo já apresentou o câncer e tiver menos de 50 anos, se isso se repetiu em mais de duas gerações ou se existem mais de dois casos na mesma família.

Então, não se espera até os 50 anos para começar a prevenção, é necessário começar mais cedo. Existem algumas doenças em que se pode prever que o paciente terá uma chance quase de 100% de desenvolver o câncer se não fizer a prevenção, se não fizer o tratamento dessas doenças predisponentes.

Quais são elas?

  1. A polipose familiar: o paciente apresenta muitos pólipos desde jovem no intestino; é uma doença genética.
  2. A síndrome de Lynch: há um número menor de pólipos, porém, na maioria das vezes, ela se manifesta um pouco mais tarde, por volta dos 50-60 anos. Mas esses pólipos, na maioria das vezes, evoluem para o câncer.
  3. Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite e doença de Crohn, também têm uma associação forte com o câncer de intestino grosso.

Além dessas doenças genéticas, também há as causas ambientais. A história de pessoas que fizeram radioterapia, tanto para o tumor de próstata quanto para tumores de colo uterino, tem uma incidência aumentada de tumor colorretal. Quanto mais idosa a pessoa, maior a chance de desenvolver o câncer de intestino.

Os sintomas da doença colorretal variam dependendo da localização do tumor dentro do intestino. Os sinais e sintomas dessa doença são: sangramento, emagrecimento, fraqueza, anemia, alteração da função intestinal e às vezes produção de muco/secreção via retal junto com as fezes. Também pode haver dor no local e modificação na espessura das fezes, muitas vezes ficando mais afiladas, sinal de algum risco de obstrução intestinal.

“Comecei a perder peso. Perdia peso, perdia peso, mas se eu estava bem das luses, não podia estar perdendo peso. Aí, por insistência da minha mulher e meu médico Wilson, que cuidava da minha infância, eu fui fazer uma colonoscopia. Eu fiz ela em fevereiro de 2009. Ele fez e começou a tirar alguns pólipos e disse “olha, mas nós vamos ter que repetir esse exame em 90 dias. Eu não estou satisfeito com ele”. Aí eu voltei, em abril, fizemos de novo e ele disse “olha, vamos ter que fazer cirurgia. Realmente você tá com alguma coisa, não tá certo”. E aí foi feita a cirurgia e foi retirado um pedaço do intestino grosso.”

Uma colonoscopia nada mais é do que uma endoscopia do intestino grosso, onde a gente, através do ânus, introduz um endoscópio e vai olhar todas as partes, todas as porções do intestino grosso para ver a presença ou não de lesões. Então, essas lesões, às vezes, podem ser o tumor em si, mas, muitas vezes, a gente procura encontrar os pólipos, que são lesões muito parecidas com uma verruga, às vezes muito pequena, de 2 a 4 milímetros, e que podem ser o fator que inicia o tumor.

No caso de pólipos, a colonoscopia não é apenas um diagnóstico. A gente também se preocupa muito com a prevenção, que é a retirada dessas lesões, que são lesões pré-malignas, para evitar que isso volte a crescer no futuro e se forme um câncer. Quando as pessoas têm pólipos removidos, se repete de 1 a 3 anos.

É possível prevenir quase 100% dos casos de câncer de intestino, porque o tumor começa como benigno e as pessoas que fazem colonoscopia e têm pólipos removidos têm uma chance de ter câncer de 1 em 1.000.

O tratamento do câncer colorretal depende de sua localização e de sua extensão.

Nós dividimos a extensão do câncer colorretal em estágios, onde podemos definir a porcentagem de pessoas que serão curadas de acordo com o estágio. Por exemplo:

  • No estágio 0, mais de 90% das pessoas serão curadas.
  • No estágio 1, a sobrevida em cinco anos é estimada em torno de 80%.
  • No estágio 2, a sobrevida em cinco anos está em torno de 50-60%.
  • No estágio 3, a sobrevida em cinco anos está em torno de 50-60%.
  • No estágio 4, a sobrevida em cinco anos é de aproximadamente 10%.

Ou seja, a expectativa de vida é inversamente proporcional ao avanço do câncer.

O tratamento do câncer colorretal envolve cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, ou a combinação desses tratamentos, dependendo do estágio da doença.

O uso de bolsas de colostomia é uma possibilidade em alguns casos mais complexos, onde os tumores atingem o cólon em sua parte final ou a região do ânus. Isso pode levar a uma modificação na imagem corporal, afetando a vida do paciente e exigindo uma adaptação emocional.

A detecção precoce da doença é essencial para aumentar as chances de cura. Por isso, é recomendado que todas as pessoas a partir dos 50 anos de idade consultem um médico proctologista para realizar um exame de colonoscopia.

Fonte: Câncer de Cólon e Reto (resumo) por MEDICAL TV

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