Câncer de cólon e reto: entenda a adenocarcinoma, descoberta por famosos, e como prevenir.

Olá, tudo bem? Abrindo com esse nome de Collor em retó hoje.
Esse vídeo é para você entender melhor sobre o câncer de intestino, descoberto recentemente pela cantora Preta Gil.
Para quem não me conhece, eu sou o doutor Maurílio Paiva, Coloproctologista.
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(Música)
O câncer de intestino ou câncer de cólon e reto é o terceiro tumor mais comum no Brasil. Ele é o segundo câncer mais frequente nas mulheres e nos homens. Olha só, perde para o câncer de mama nas mulheres e para o câncer de próstata nos homens, sendo o terceiro câncer mais comum em novos casos desses últimos anos, segundo dados do INCA, que é o Instituto Nacional do Câncer.
Existem alguns fatores de risco que aumentam a chance da pessoa de desenvolver os pólipos e o câncer de intestino. Um desses fatores de risco principais é a hereditariedade. Então, quem tem um histórico familiar, principalmente de parentes de primeiro grau, tem duas a três vezes mais risco de desenvolver o câncer de intestino.
Outros fatores de risco são o envelhecimento ou aumento da idade. Tanto que esses tumores são mais frequentes após os 50 anos. No entanto, nos últimos anos, a gente tem visto um aumento significativo do número de casos em pessoas com menos de 50 anos, relacionado muito aos nossos fatores elementares.
Fatores relacionados à microbiota, sobrepeso e sedentarismo. Outros fatores de risco são fatores relacionados à dieta, como uma dieta rica em carne vermelha, alimentos processados, ricos em gorduras e uma dieta pobre em fibras. Fatores de risco também são o sedentarismo, o sobrepeso e a obesidade, o abuso de álcool, o tabagismo.
Então, a gente consegue, através de algumas medidas de prevenção primária, que são mudanças da nossa alimentação, com aumento da ingestão de fibras e redução do consumo de carne vermelha e embutidos, fazer atividade física regular, ter uma alimentação equilibrada, com mais alimentos naturais ou minimamente processados, manter o peso sob controle.
Essas medidas de prevenção primária ajudam a reduzir o risco de desenvolver esse tipo de tumor.
E como o câncer de intestino se desenvolve? Na maioria das vezes, ele envolve tipos de pólipos. Demoram, em média, 10 anos para crescer e se transformar no câncer. Então, ele nos dá uma grande chance de descobrir essas lesões antes que ela se transforme no câncer, quando ainda são pequenas e benignas.
Como a gente faz para descobrir essas lesões antes? Se os pólipos e até mesmo o câncer inicial podem ser assintomáticos e muitas vezes esses sintomas, eles no início podem ser inespecíficos. E inclusive o câncer de intestino, ele pode ter sintomas variados, dependendo de onde o tumor se localiza no intestino grosso, por exemplo.
Nos casos de tumores localizados na porção final do intestino ou no reto, é mais comum uma pessoa perceber sangramento nas fezes, alteração do hábito intestinal, que é quando a pessoa percebe uma mudança no número de evacuações, mudanças na consistência ou na característica das fezes.
É comum também, principalmente quando está localizado no reto, a pessoa ter uma urgência dolorosa para evacuar, que é chamada também de tenesmo. Como esse segmento final do intestino, principalmente a região do sigmoide, que se localiza logo antes do reto, é uma região do intestino que o intestino é mais estreito, é comum a pessoa mais precocemente apresentar cólicas, porque aquela lesão ela já começa a obstruir a passagem das fezes.
Então isso se manifesta normalmente com cólicas localizadas na parte inferior da barriga, mais do lado esquerdo principalmente. Já os tumores no início do intestino ou no colo direito, eles demoram mais tempo para se manifestar, porque essa região gasta mais longe do reto. Então é menos comum uma pessoa perceber o sangramento nas fezes. E essa porção do intestino grosso, ela é mais ampla, tem uma luz mais grossa. Então não é tão comum, na doença inicial, ocorrer uma obstrução da passagem das fezes, que vai gerar quadros de cólica ou dor abdominal.
Mas a pessoa pode ter ali algumas manifestações mais inespecíficas, como por exemplo, uma anemia sem uma causa aparente, um cansaço, uma fadiga. Pode apresentar uma dor abdominal leve e inespecífica ou emagrecimento sem motivo.
Então é muito importante, diante desses sintomas, procurar um especialista para avaliação. A boa notícia é que como a maioria dos casos de câncer de intestino surge de pólipos benignos, que demoram vários anos para crescer e se transformar no câncer, esse tipo de câncer pode ser evitado através da descoberta dessas lesões precursoras na colonoscopia. E após o diagnóstico, no próprio exame, na própria colonoscopia, essas lesões podem ser removidas quando ainda são benignas.
Dessa maneira, a gente consegue evitar que esse pólipo cresça e se desenvolva no câncer. Por isso, a recomendação atual, desde 2023, é que toda a população, a partir dos 45 anos, inicie os exames de prevenção e rastreamento.
Quem tem histórico familiar pode ter que iniciar antes dessa idade, dependendo do grau de parentesco e da idade que esse familiar desenvolveu o câncer.
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Fonte: Adenocarcinoma de cólon e reto: entenda o câncer descoberto por vários famosos e como evitá-lo. por Dr. Maurilio Paiva Proctologista

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