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Câncer de colo de útero no Brasil: dados e informações sobre a situação atual

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E eu, Cláudia, estou aqui com você para falar sobre conscientização do Câncer de ovário. Este mês de setembro é dedicado à ampliação da discussão sobre os cânceres ginecológicos, com o objetivo de alertar as mulheres sobre a importância de prestarem atenção a essas doenças.

Quando falamos sobre o câncer de colo de útero, sabemos que ele é o segundo mais frequente nas mulheres no Brasil e é o que mais mata. É surpreendente compararmos o cenário brasileiro com o de países de primeiro mundo, onde esse tipo de câncer praticamente não existe. Por que será que ainda estamos nessa situação?

Acredito que existem algumas questões que precisamos abordar para entendermos a situação no Brasil. Primeiramente, o câncer de colo de útero é um assunto extremamente importante dentro dos cânceres ginecológicos. É uma doença que afeta meio milhão de mulheres no país e metade delas acaba falecendo por causa desse câncer.

No entanto, é uma doença que pode ser prevenida através do rastreamento adequado. O exame de Papanicolau é fundamental nesse processo, pois é um exame acessível, barato e com alta reprodutibilidade. Além disso, ele é capaz de diagnosticar lesões precursoras e diminuir a mortalidade. É o câncer que possui um dos melhores programas de rastreamento.

Mas, então, por que estamos nessa posição? Por que algumas regiões do país apresentam uma incidência elevada desse câncer? Acredito que isso esteja relacionado à falta de organização do rastreamento e do tratamento. Muitas mulheres recebem o diagnóstico de câncer de colo de útero sem nunca terem realizado o exame de Papanicolau. Isso acontece porque não há um programa estruturado, muitas vezes faltam centros oncológicos para o tratamento adequado dessas pacientes.

Outro ponto importante é a falta de informação. Cerca de 50% das mulheres que recebem o diagnóstico de câncer de colo de útero no Brasil nunca fizeram o exame de Papanicolau em suas vidas. Isso é assustador, pois o exame é bastante conhecido e deveria ser parte da rotina ginecológica de todas as mulheres.

Precisamos conscientizar as mulheres sobre a importância desse exame e garantir o acesso a ele. Para isso, a educação é fundamental. Desde a infância, as meninas precisam aprender sobre a importância da educação sexual e da prevenção de doenças. Esse tema não deve ser tabu, e sim abordado de forma clara e adequada.

A família tem um papel fundamental nesse processo, sendo responsável por fornecer informações sobre educação sexual, uso de preservativos e vacinação contra o HPV. A partir dos 20 anos de idade, as mulheres devem começar a fazer o exame de Papanicolau a cada três anos, especialmente se já tiverem tido dois exames consecutivos com resultados negativos. A frequência deve ser anual apenas em casos específicos.

Portanto, o recado que eu gostaria de deixar é que as mulheres precisam se informar, buscar educação e procurar um ginecologista de confiança. A prevenção é o melhor caminho para evitar o câncer de colo de útero e outros cânceres ginecológicos. Não deixe de cuidar da sua saúde!

Fonte: A realidade do câncer de colo de útero no Brasil por TV Oncoguia