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Brincadeiras educativas e divertidas para crianças autistas – Viver Bem

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Uma das grandes dificuldades da criança autista é interagir com o outro

Mas você sabe que também existem pais que não sabem interagir com seus filhos?

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No vídeo de hoje, vamos dar dicas infalíveis de brincadeiras para as crianças autistas. Na verdade, são brincadeiras para interagir com qualquer criança e de qualquer idade. O mais incrível é que um detalhe, uma mudança simples, podem fazer toda a diferença na interação com as crianças.

Uma das grandes dificuldades da criança autista é interagir com o outro. É um desafio conseguir atrair e manter a atenção dos pequenos. Não é? Com as crianças autistas, o desafio é conseguir manter uma maior conexão com elas. Mas como identificar uma criança autista? As três principais características comuns a todas elas que acabaram caracterizando o autismo, que hoje é conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), são:

1. Dificuldade de interação social;

2. Dificuldade na comunicação;

3. Interesse em comum pelos objetos.

Para a gente entender melhor, pedimos para a mãe do neto de 4 anos e presidente da AMA (Associação dos Familiares e Amigos do Autismo) definir como identificar o TEA:

“Uma criança com autismo, pelo que a gente vê nas publicidades, aparecem vários pontos, mas não precisa ter tudo, né? Dentro desse questionário, o que mais a gente pode ir em busca é a questão do apontar. Se a criança, até um ano e meio, não aponta, ou apontar, não precisa nem colocar o dedo, mas o apontar, olhar por um objeto e lançar mão. Você pode ficar um pouco desconfiado se você brincar com limitação, com caretas, expressões, essa criança não compartilha a atenção ou não imita. Também é bom a gente dar uma olhada nisso, é você chamar a criança pelo nome, chamá-la seis vezes, dez vezes, e a criança não olhar para você. É também outro ponto forte é o brincar inadequado. Aquela criança que pega um monte de carro, empilha, e você acha até bonitinho, ‘olha como ele faz, ri’, ou pega blocos e empilha ou separa por cores, ou aquela criança que olha para a roda do carro e fica o dia inteiro ali girando aquela roda”.

Então são pontos dentro desse questionário que você pode olhar. Porque existe tratamento para o autismo. Hoje ele não tem cura, mas existe tratamento e as crianças conseguem viver bem, na independência e felizes. Quanto mais cedo a gente comece com essa criança, com um ano e meio, a gente consegue que ela alcance mais rápido o desenvolvimento. Se uma criança começa o tratamento com a média de diagnóstico, no Brasil ainda há oito anos, com 18 anos ela já não falou e não se alfabetizou. Então vai ter mais dificuldade para falar. Se fala muito de cura do autismo, hoje o mercado tem livros, os pais que perdem um pouco com isso. Mas hoje a gente consegue, através de tratamentos, um tratamento multidisciplinar, diminuir os sintomas. Mas se essa pessoa com autismo vai ter sempre a dificuldade de entender algumas coisas, quero uma boa notícia. Com um pouco de criatividade, é possível fazer brincadeiras simples para manter a interação com seu filho.

Sabe aquela bolinha de sabão que toda criança adora? A ideia é usar mais, explorando elementos afetivos como entonação de voz diferente ou mesmo caras e bocas. O objetivo é fazer a criança prestar atenção em você. A dica é exercitar um novo olhar sobre as coisas. Por exemplo, sabe aqueles brinquedos de montar? As peças coloridas podem atrair as crianças, mas nem sempre elas vão responder como você imaginou. Por exemplo, se a criança resolveu esconder as peças ao invés de montar. A mostra interesse para que ela permita que você entre na brincadeira dela. Seja um verdadeiro artista para o seu filho. E nem precisa de muitos recursos, use rolo de papel ou cones ou qualquer outro objeto que tem casa.

A gente sabe que quem tem um filho autista usa a criatividade o tempo todo. Então, nada melhor do que ouvir o que funciona no dia a dia. A pedagoga e presidente da associação FORMALIZADO, Fernanda Cavalieri, mãe dos gêmeos Daniel Gustavo, 17 anos, vai dar dicas para interagir com os pequenos. Ela trouxe o material que pode ser utilizado para ensinar a criança a voz, o dentinho, e a gente pode fazer isso de uma forma bem lúdica. Na areia, essa areia que é um brinquedo, mas a mãe em casa pode pegar também a areia da praia, porque a gente trabalha com o tato. E uma dica que eu dou é sempre buscar o olhar dessa criança, porque o contato visual é muito importante e algumas crianças têm essa dificuldade. Então, na hora da massinha, eu posso trabalhar com ele a contagem, mostrando na altura dos meus olhos e buscando o olhar dele. Outro brinquedo bem legal, que a gente brincou quando era criança e que os autistas gostam de brincar, como toda criança, é o vaivém. Ele precisa de interação com o outro, porque são duas pessoas brincando. Ele vai trabalhar uma habilidade motora e visual. A bolinha vai e volta. Outra ferramenta que a gente usa na escola com todas as crianças é um livro sensorial. Ele é concreto, então a gente pode tirar as pecinhas e montar do jeito que a gente quiser, que a nossa imaginação permitir. Esse foi feito pela vovó do Daniel e Gustavo, personalizado. A primeira página dele é para montar o nome da criança. A criança vai tirando as letras e aí a mãe ou o pai vai ensinando, dando exemplo dessa letra e falando cada letrinha. Depois, pergunta quantos anos você tem. Aí você escolhe a idade e pode contar os verdinhos também. Aqui é para relacionar cada figura com sua letra inicial. Aqui é para relacionar as formas. Uma criança recebe várias formas e tem que colocar no sombreado certo. Aqui também, mais para os mais velhos, é todo pêndulo douradinho. Porque aí a criança trabalha a habilidade motora fina, a relacionar, trabalha as cores e as formas.

Então são atividades simples que a gente pode fazer em casa, aumentando o vínculo entre os pais e seus filhos. Qual criança não gosta de brincar?

Legal, né? Isso nos encoraja a sermos cada vez mais criativos, flexíveis e interessantes na relação com os filhos.

Se empolgou para colocar as dicas da Fernanda em prática? Então descubra o que a criança gosta de fazer, como ela se relaciona com os objetos, e entre no clima! Sem querer um pouco, uma forma única de brincar.

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Fonte: Autismo – Brincadeiras divertidas e educativas para crianças autistas // Viver Bem por Unimed Fortaleza