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Biópsia de pele para diagnóstico da hanseníase: o que você precisa saber

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A biópsia de pele é um procedimento muito importante como auxiliar no diagnóstico diferencial e na classificação clínica através de exame citopatológico. A obtenção de uma porção de pele é cometida, também é importante para a inoculação em animal para a detecção de resistência medicamentosa e monitoração da resposta ao tratamento antimicrobiano. O material pode ser colhido por dois métodos: anti ou incisão.
No método anti, após escolhido o local, procede-se a assepsia da região com uma solução de álcool iodado ou outro desinfectante e recobrimos a área com o campo estéril. A zona da biópsia é anestesiada utilizando-se lidocaína a 1% e aguardamos 2 a 3 minutos para que o anestésico atue. Para uma peça simples, utiliza-se um punch de cinco milímetros. Se quisermos mais material, utilizamos um de 6 milímetros. O punch é aplicado sobre a zona escolhida para biópsia e pressionado contra a lesão em movimentos rotatórios até atingir o subcutâneo. Com uma pinça de dentes delicados, eleva-se a peça e corta-se as aderências ao subcutâneo com uma tesoura curva. Imediatamente, a peça é colocada dentro de um vidro com solução de formol a 10%. Se necessário, a ferida operatória pode ser fechada com um ou dois pontos de fio de nylon, ou um curativo simples de gaze é aplicado sobre a ferida.
Utilizando-se o método da incisão, com misture, os mesmos preparativos iniciais são feitos. Procede-se a uma incisão elíptica, cujo eixo maior deve estar paralelo às linhas de tensão da pele. O tamanho da peça depende da finalidade da biópsia. Para um exame histopatológico, basta uma peça de 4 milímetros por 12. Se você também quiser material para a inoculação em animal, devemos retirar uma peça maior. A lâmina do bisturi deve estar sempre perpendicular às bordas da incisão e o corte deve atingir até onde pudermos. Neste momento, levantamos a peça por uma das bordas, utilizando-se uma pinça com dentes finos. Recepamos o tecido aderente com o bisturi ou com uma tesoura curva. A peça é imediatamente colocada dentro de um vidro contendo uma solução de formol a 10%. A ferida operatória é suturada com alguns pontos de fio de nylon e o curativo é feito com uma gaze simples.
Por último, recomendamos que tanto para um ou outro procedimento, manuseie delicadamente a peça utilizando-se uma pinça com dentes finos e prendendo a peça pela borda, evitando-se assim danos às estruturas, o que poderia comprometer a realização e interpretação do exame histopatológico.
Fonte: Biópsia De Pele Em Hanseníase por Rede de Informação e Conhecimento