Pular para o conteúdo

Benefícios e princípios do método Bobath para reabilitação

  • por
  • posts

Nós queremos ter o melhor resultado e não de qualquer forma

Porque eticamente se mostrava uma bola qualquer e falava “ah, eu tô fazendo boba” e não é isso, meu nome é pé se agrava mais a roupa.

Eu sou terapeuta ocupacional, eu trabalho com o conceito BOA desde 69. Ele foi desenvolvido pelo casal Bobath, Berta Bobath é fisioterapeuta e Karel Bobath é fisiologista e médico que veio da Alemanha para a Inglaterra.

Quando começou a tratar de um indivíduo que tinha tido um AVC, eles perceberam que não dava certo tratar o indivíduo de forma fragmentada, interessava tratar o indivíduo como um todo, pois ele havia tido uma lesão no cérebro. Não só trato dos membros superiores, da visão ou do mar, mas primeiro vejo a postura. E esse é o diferencial do conceito BOA em relação às outras técnicas, pois tratamos a criança como um todo.

Aqui temos uma criança que nasceu prematura, ficou internada na UTI por um tempo e ela começou a mexer só um lado e não o outro. Através do que ela tem saudável podemos atingir o patológico, para que ela consiga ter um movimento mais adequado e alcançar objetos.

Nós vamos fazer com que ela queira mexer o outro braço, simplesmente colocando uma bola lateral. Com isso, ela vai tentar alcançar a bolinha que ela tanto gosta com a outra mão, mas a outra mão tá um pouquinho presa e ela vai começar a desenvolver que ela é capaz de mexer aqui, mas ela está realmente trazendo o ombro para frente e não a mão. Se ela trouxesse só a mão, ela ficaria aqui toda tensa e não vai conseguir fazer uma série de coisas. E é isso que faz a diferença entre o conceito BOA e os outros conceitos, porque a gente vê a criança como um todo.

Ela acabou de lançar um livro, e essa criança, então os pais insistiram e ela frequentou sempre a escola normal. Ela se formou como professora e acabou de lançar um livro. Amigo da família e padrinho de Deborah, o poeta e cartunista Ziraldo sugeriu a estimulação precoce. O famoso, foi o primeiro a achar que ela teria uma vida normal.

A ideia era tirar a síndrome de Down da cover da Revista Pais & Filhos. Encaramos o problema, não o jogamos para baixo do tapete. Não consideramos anjinhos, como algumas pessoas fazem. Não consideramos missão de Deus. Não consideramos nada. Consideramos a filha que é muito amada, mas que precisa primeiro ser rejeitada e compreendida. Que era a diferença dela para poder amá-la tão bem. Então respeitosamente, é a sua estréia como escritor papai.

Em sua fala, tenho por ela assim a maior admiração, porque ela se tornou agente da própria inclusão. Nós a criamos num clima inclusivo. Vocês estão vendo uma família. É tão importante que a família tem que acreditar na criança. Se ela não acreditar, não é o resultado não é bom. Se você vê o mundo em pé, é totalmente diferente do que se você vê o mundo sentado, do que se você vê o mundo deitado. Com a motivação tem-se o poder de fazer qualquer coisa. Ou a criança ou o adulto, certo? Então colocar essas pessoas, essas crianças e esses pacientes sempre nas posturas adequadas para daí fazer as coisas. Como é que a gente coloca? Através da adaptação de material.

Essa faixa, que dessa forma, a criança fica bem sentada. Eu vou colocar essa criança sentada. Ela vai se jogar para trás porque é uma das coisas que ela costuma fazer. E ela vai poder olhar a bola que veio pra ela. A gente vai ficar na altura dos olhos da criança e ela não vai sair. Olha, olha isso, né? Em pé, Gallinari. Isso é legal e não cai. Não cansa e se interessa. E já começa a realmente interagir melhor, movimentando e sacudindo o que ela tem:

Eu sempre falo que está aqui é porque eu não tenho que a atividade é suficiente. Estava comprando brinquedos porque quando eu vou pro norte e nordeste, eu consigo brincar apenas com um papelzinho que a criança já tinha 1 ano. A criança está muito assustada. A gente pode entrar com uma técnica que chama a integração sensorial também com a criança. Mas não precisa ser aqui, eu posso fazer uma rede com papai mamae também. Eu coloco a Isabel lá, na frente, e a gente vai esticar aqui, e com isso a gente está mudando o comportamento da filha e ela vai poder participar depois de uma coisa mais “tchan” mais funcional. E que isso não seja aquela bambambã depende de mim. Que surge uma forma mesmo, se eu tivesse uma criança analisada, eu ia procurar sempre o melhor, como eu aqui, o meu filho, eu não tenho nem dúvida disso.

O que acontece, nenhuma técnica a cura. Não tem cura de lesões. A gente consegue melhores ou piores resultados. Então a gente alia a técnica BOA. Muitas vezes os efeitos colaterais podem existir, como muita convulsão e aí tudo aquilo que ganhou, volta atrás ou há muita internação por problema de pneumonias e assim por diante. Então a gente não tem uma continuidade do tratamento. Isso também não deixa o BBB, a mãe falar: “Olha, eu quero tentar essa técnica pois, não vai tentar”. Nós apoiamos sim, porque eu acho que ela tem todo o direito de se ele ver igual. A maioria dessas mães volta com a gente.

Muitas vezes, não é uma forma, mas eu acho que a gente incentiva assim. Vai, e vamos começar!

Durante o marido Shaun, obrigado, um beijo.

Fonte: Isso é Bobath por Crefito-3