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Autocuidado: Descubra o que ninguém está te contando

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Oi pessoal, tudo bom? Meu nome é Glória e eu acho que sair da zona de conforto também é um ato de autocuidado.
A ideia de gravar esse medo surgiu depois que ouvi um podcast chamado “Imaginar Junto”. Tem um episódio chamado “Muito Além Disso” onde elas contam a história da Hanna, uma menina que tem endometriose e precisa se esforçar muito para conseguir fazer tarefas simples, como arrumar a cama, lavar louça, estender as roupas. Hanna encontrou uma forma de cuidar de si mesma, mesmo que não fosse prazeroso, porque além dessas tarefas chatas, ela tinha uma doença que dificultava o esforço físico. Ela chamou isso de “boring self-care”, que é o autocuidado entediante. São coisas que precisamos fazer para manter algo positivo para nós.
Isso me fez refletir sobre como eu também saí da zona de conforto quando comecei a fazer terapia. A minha terapeuta usa a terapia cognitivo-comportamental, que busca entender que crenças mantêm padrões de comportamento. Ela propõe situações em que eu tenho que enfrentar essas crenças e assim trabalho para melhorar. Um exemplo disso é quando ela me incentivava a me posicionar quando não concordava com algo. Isso era muito difícil para mim, mas aos poucos fui aprendendo a lidar com essas situações e conheci partes de mim que nem sabia que existiam.
Percebi que ficar na zona de conforto desconfortável não era saudável. Sair dela significava enfrentar o medo do desconhecido, das críticas, da rejeição. Mas ao enfrentar esses medos, eu aprendi a me posicionar, a expressar meus sentimentos, a lidar com situações difíceis. E isso fez toda a diferença na minha saúde mental.
Também percebi que existem outras coisas desconfortáveis que precisamos fazer para cuidar de nós mesmos. Por exemplo, praticar atividade física, cuidar da alimentação, cuidar da casa. São coisas que muita vezes evitamos, mas que são essenciais para o nosso autocuidado. Evitar essas tarefas pode trazer consequências negativas, como acumular trabalho ou prejudicar a saúde.
Eu sei que nem sempre é fácil fazer essas tarefas, principalmente para quem tem depressão ou outras dificuldades. Mas gostaria de propor que repensemos essas tarefas chatas e entediantes. Que paremos de vê-las como uma obrigação e passemos a encará-las como parte fundamental do autocuidado. Não devemos nos culpar por não fazer, mas sim entender que fazem parte de um cuidado com nós mesmos.
Além disso, é importante aprender a descansar. Muitas vezes, temos uma carga grande de responsabilidades e nos esquecemos de que descansar é fundamental. Precisamos lidar com o descanso da mesma forma como lidamos com as tarefas ativas. O autocuidado também inclui momentos de relaxamento, calma e descanso.
Enfim, acho importante assumirmos um compromisso maior com o autocuidado e entender que isso envolve tanto momentos de atividade quanto momentos de descanso. Não devemos encarar essas tarefas chatas como um fardo, mas sim como uma forma de nos cuidarmos e de poupar trabalho e estresse no futuro.
Fonte: AUTOCUIDADO: O QUE NINGUÉM FALA por ellora