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Atualização em Rastreamento do Diabetes Mellitus na Endocrinologia

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Olá! Eu sou a Professora Maria Terezaguerra, professora de endocrinologia do Estratégia Med. Hoje vamos conversar sobre algumas atualizações importantíssimas que certamente serão cobradas nas provas de residência médica. As principais diretrizes sobre diabetes mellitus foram atualizadas e hoje vamos falar sobre um tópico específico: o rastreamento do diabetes mellitus tipo 2.
Antes de apresentar as atualizações, vamos relembrar como o rastreamento funcionava até o ano de 2021. A USP, STF, ADA e SBD eram as instituições que tinham recomendações nesse sentido.
Começando pela EEUSP, desde 2015, essa instituição recomendava que o rastreamento do diabetes tipo 2 fosse feito em pacientes de 40 a 70 anos de idade que tivessem sobrepeso ou obesidade. Essa recomendação vigorou até agosto de 2021.
Anualmente, a ADA atualiza sua diretriz geralmente em janeiro. Em 2021, a ADA manteve suas recomendações, que são as seguintes: rastrear pacientes assintomáticos a partir dos 45 anos de idade se o paciente tiver sobrepeso ou obesidade e pelo menos um fator de risco para diabetes mellitus. Além disso, a ADA também recomenda o rastreamento em três outras hipóteses: diagnóstico prévio de pré-diabetes, história de diabetes gestacional e pessoas que convivem com o HIV.
Quais são esses fatores de risco para o desenvolvimento de DM2? Esses fatores de risco não mudaram desde a última diretriz. Guardem essa lista e, se necessário, dê uma pausa no vídeo para incorporá-los.
Segundo a ADA, os fatores de risco para diabetes mellitus são: ter um parente de primeiro grau com a doença, pertencer a uma etnia de alto risco, ter histórico de doença cardiovascular, hipertensão, HDL baixo ou triglicérides elevado, ser mulher com síndrome dos ovários policísticos, ter Síndrome Metabólica e sinais de resistência insulínica, como acantose nigricans.
A ADA vai além e diz que se os resultados do rastreamento forem normais, é recomendado repetir o rastreamento pelo menos anualmente. Caso o paciente tenha diagnóstico prévio de pré-diabetes, deve-se repetir o rastreamento anualmente. No entanto, essa é uma decisão que deve ser individualizada. Por exemplo, mesmo que os exames estejam normais, se o paciente tiver muitos fatores de risco para diabetes, medidas adicionais podem ser prudentes, como avaliá-lo a cada ano.
A última diretriz da SBD havia sido publicada em 2019 e basicamente concordava com as recomendações da ADA. No entanto, a SBD lançou uma nova diretriz em 2022 e fez alguns acréscimos.
A SBD destaca que pacientes que tenham doenças classicamente associadas ao diabetes, como síndrome de Cushing, acromegalia ou doenças pancreáticas, devem ser rastreados para diabetes mellitus. Além disso, se o paciente tem condições frequentemente associadas ao diabetes, como doença periodontal e esteatose hepática, o rastreamento também deve ser feito.
Uma novidade nessa diretriz é que a SBD sugere que pacientes com pelo menos 10 anos de idade ou que já tenham iniciado a puberdade, desde que tenham sobrepeso ou obesidade e pelo menos um fator de risco para DM2, também devem ser rastreados.
Quais são esses fatores de risco na população pediátrica? Eles são um pouco diferentes dos fatores de risco da ADA. Vamos dar uma olhada em cada um deles:
– Diabetes mellitus materno: familiar de primeiro ou segundo grau.
– Sinais de resistência insulínica e puberdade precoce.
– Obesidade.
– Antecedente de macrossomia fetal.
– Baixo peso ao nascimento.
Agora que apresentamos as recomendações das três diretrizes, é importante que você guarde a mensagem principal: o número que mudou e que provavelmente será cobrado na sua prova. O rastreamento do DM2 para pacientes assintomáticos deve começar a partir dos 35 anos de idade.
Foi ótimo conversar sobre essa atualização com você! Não se esqueça de curtir o vídeo, se inscrever no nosso canal e nos vemos na próxima atualização.
Fonte: ATUALIZAÇÃO: Rastreamento do Diabetes Mellitus – Endocrinologia por Estratégia MED