Toxoplasmose na Gravidez

Olá meninas, tudo bem? Hoje vamos falar um pouquinho sobre toxoplasmose na gravidez. A toxoplasmose é uma doença de distribuição mundial que acomete principalmente países de clima tropical, como é o caso do Brasil.

A doença é transmitida por um protozoário chamado toxoplasma. Esse protozoário possui dois ciclos diferentes, um que ocorre no felino e outro nos humanos, aves e mamíferos. O gato é o hospedeiro definitivo do protozoário e a transmissão ocorre principalmente por meio das fezes do felino e alimentos contaminados pelo protozoário. O protozoário é liberado pelo felino e começa a se reproduzir, e é nesse momento que ocorre a possibilidade de transmissão para humanos.

O toxoplasma sobrevive por muito tempo no ambiente, podendo resistir por meses em temperaturas frias e altas. Por causa dessa longa vida no ambiente, é importante tomar precauções em relação aos alimentos, ao contato com felinos e à manipulação de plantas e verduras.

Na gestante, a toxoplasmose pode ser transmitida para o feto durante toda a gravidez. A doença geralmente possui um curso benigno e na maioria das vezes é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas específicos. Em alguns casos, os sintomas podem se assemelhar a uma virose ou resfriado, o que torna mais difícil identificar a doença.

O risco da gestante não tratada transmitir a toxoplasmose para o bebê é de aproximadamente 30%, e esse risco aumenta com o avanço da gravidez. Funciona mais ou menos assim: se a gestante adquire a doença e não é tratada no início da gestação, a chance de transmitir para o feto é menor. Porém, se o feto já está contaminado, ele possui um maior risco de apresentar alterações graves, que podem variar de acordo com o estágio da gestação.

O diagnóstico da toxoplasmose é realizado por meio de exames de sangue. Desde a primeira consulta, é solicitado um teste para identificar se a gestante já teve contato com o protozoário. Esse teste, chamado de IgG e IgM, permite saber se a infecção é antiga ou recente. Um teste de avidez é solicitado para confirmar o diagnóstico caso seja identificada uma infecção recente.

Quando o diagnóstico de infecção materna é confirmado, é importante tentar confirmar se o feto também foi infectado. Isso é feito por meio de um exame chamado de PCR (reação em cadeia da polimerase). Esse exame é realizado por meio da coleta de líquido amniótico e pode ajudar a identificar se o feto também está infectado.

É fundamental que o tratamento seja iniciado o quanto antes, pois ele pode ser benéfico tanto para a mãe quanto para o bebê. Sempre que possível, o diagnóstico precoce da infecção materna deve ser seguido pelo tratamento específico.

Os cuidados para prevenir a toxoplasmose incluem evitar o contato com fezes de animais, evitar a ingestão de carne crua ou mal passada, e higienizar bem os alimentos, principalmente frutas e verduras. É recomendado lavá-los com água sanitária ou hipoclorito de sódio, deixando-os submersos em uma mistura de água e a substância por cerca de 20 minutos, e depois enxaguar normalmente com água corrente.

Além disso, é aconselhável usar luvas de borracha ao manipular plantas e evitar o consumo de alimentos crus, como carnes, verduras e legumes, em locais de procedência desconhecida. Também é importante realizar o pré-natal adequado, fazendo todos os exames necessários para evitar qualquer anormalidade.

Espero ter ajudado! Qualquer dúvida, estamos à disposição. Um beijinho e até a próxima!

Fonte: TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO por Casal Zanotto Ginecologista e Obstetra