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Aids – Podcast Outras Histórias

Do surgimento da doença ao desenvolvimento de tratamentos eficazes, a epidemia da aids nos ensinou como é importante seguir a ciência.

E em 1981 eu participei de um almoço na casa de um médico do Hospital do Câncer Dr Fernando Gentil que estava fazendo uma reflexão para um professor que trabalhava o memória o rosto estava em Nova York Doutor Joseph burstyn e na conversa de um pouco antes do almoço ele falou olha surgiram as casas muito esquisitos nos Estados Unidos ao hoje em Nova York e outras na Califórnia os casos de uma pneumonia muito rara que só

Dava em pacientes com leucemias linfomas doentes submetidos a transplantes de órgãos enfim pessoas e muro deprimidas que é causada por um germe’ chamado pneumocystis Carini e na Califórnia surgiram caso de sarcoma de kaposi em jovens e o Olá eu sou Drauzio Varella e aqui você vai ouvir outras histórias

O saco uma de capa de uma doença que a gente conhecer não colou Gia muitos anos em geral em pessoas mais velhas especialmente da região do Mediterrâneo que apresentavam manchas na pele e predominantemente nos membros inferiores a perna na coxa É uma coisa de evolução muito lenta e como eram pessoas de idade as pessoas acabaram falecendo de outras doenças e não do sarcoma de kaposi mas a diferença é que o sarcoma de kaposi que

Eles estavam vendo na Califórnia era espalhado pelo corpo todo era disseminado chegava até os órgãos como fígado pulmões etc e provocar a morte e todos eram os jovens e tanto nos casos de Nova York nas pneumonias por pneumocystis como dançar comunicar pois os pacientes eram os jovens e homossexuais era AIDS que estava começando nos Estados Unidos está sendo detectada no país a primeira vez e ai ai disse espalhou pelo mundo inteiro muito

Rapidamente foi provavelmente a última pandemia do século 20 Especialmente na África ao vivo a disseminação muito rápida e a doença chegou até Nossa ganhou o grande publicidade aquele tempo mas é ignorância era enorme AIDS era chamada de peste gay eu lembro que é o mesmo entrevistas em rádio televisão é um absurdo esse nome não só porque discriminava os homens gays mais Especialmente porque se era uma peste gay quer uma doença que só atinge a que

Os homossexuais masculinos as mulheres sentiam seguras todos os outros já morreu e não somos sexual não tem problema e aí a doença começou a se espalhar chegou nos usuários de drogas injetáveis naquela época nos anos 80 havia uma epidemia de cocaína injetável na veia que a gente ia te conhecia não e detectado a presença dessa epidemia no final dos anos 80 eu cheguei no carro juro e a AIDS foi devastadora porque

Muitos dos presos tinham adquirido doença ao injetar cocaína na veia e não chegam a perder muitos doente EA doença tinha uma característica muito clara que era ela vinha bem que você pegava um vírus às vezes duas três semanas depois da infecção tinha 14 que parecia vir ao hoje gânglios cabo aumentados e informados no pescoço nas axilas na Jéssica candidíase na boca chapinha e de fraqueza musculares pessoas caiu de cama isso recuperavam sozinhas e pronto e

Esqueceu isso ficava com uma virose em sentido genérico e depois entravam longo período de latência que Durava em média de oito a dez anos a partir daí começaram a surgir as infecções em geral a primeira herpes zoster esse quintal pessoal chama de cobreiro que dá essas feridas na pele que acompanha o trajeto dos nervos né e gerar a primeira demonstração do nada surgiu herpes zoster uma pessoa jovem você já achei estranho e tuberculose enfrentei no

Carandiru uma epidemia horrível EA tuberculose porque a AIDS não passa no contato casual mas a tuberculose Sim ela se elas voltadas à medida que a imunidade vai caindo na pessoa infectada pelo HIV uma hora ela apresentava tuberculose como uma das primeiras manifestações da Aids a partir daí e o seu repetindo as infecções oportunistas pneumonias em geral muito frequentes na meningites nas lesões cerebrais por toxoplasmose é uma doença muito variada

E você tratava uma infecção e vinha a outra e depois outra depois outra e chegava uma hora Oi gente tava tão debilitado que não sobreviviam a doença era uniformemente fatal não lembro quando Logo no início eu fui para os Estados Unidos fiz um estágio para aprender o que era essa doença que estava surgindo essa doença misteriosa e quem na enfermaria do serviço de imunologia lá desse Hospital do memória ao hospital e aí quando eu voltei para o

Brasil eu era o único oncologista que tinha visto casos de AIDS Por que os casos reais eram vistos em geral pelos infectologista sem muitos deles pelos dermatologistas por causa dessas lesões que surgiu na pele e aí o tratei um grande número de doentes eu acho não só de São Paulo o do interior do Estado e também de várias cidades do Brasil pessoas que tinham condição de viajar para São Paulo e era muito frustrante porque tinha doença que já chegava no

Estado que não havia mais o que fazer por eles a não ser tentar tratar as infecções que eles estavam apresentando isso e assim até 1995 e nunca esqueça que eu tava não congresso nos Estados Unidos e o Dr John bartlett que era o chefe do serviço de moléstias infecciosas da Johns Hopkins University uma das maiores universidades Americanas e ele me disse olha para ver uma revolução no tratamento da arte do que os trabalhos estão sendo conduzidos

É que mostraram que surgem agora medicamentos pertencentes à categoria dos inibidores de protease e Esses medicamentos são revolucionar o tratamento da Aids Especialmente porque nessa época entendeu que não adiantava dá um medicamento só pra AIDS como a gente vinha fazendo da voz e te aí a hora que o doente progredia dava DDI os resultados eram bife já não Resultados muito precários Daí se descobriu se percebeu que nós temos que dar vários

Medicamentos que atingissem o vírus em diversas fases do seu desenvolvimento como analogia a tuberculose a tuberculose também foi assim no início você dava um medicamento só e não curava tubercular nós passamos a curá-la quando vai estamos a usar o chamado esquema Tríplice para três medicamentos de uma vez só e aí aconteceu isso Esses medicamentos realmente foram uma revolução mas a evolução absurda eu tenho doença internados que tá com

Virtualmente morrendo só fase final de evolução quando chegar dos medicamentos não é porque ela importados esses dois saíram do hospital e muitos deles estão vivos até hoje o tratamento foi um a revolução de tal maneira que uma doença que era uniformemente fatal passou a ser uma doença controlável não curável mas controlável e aí o Brasil fez uma revolução no tratamento da Aids tudo que nós não estamos fazendo agora com coronavírus ou não fizemos com

Coronavírus nós fizemos com a AIDS que foi o que a decisão de dar remédios pelo SUS gratuito e para todos isso não foi fácil porque até até patentes foram quebradas e negociações duras com as companhias farmacêuticas os remédios que nós conseguimos abatimentos de mais de noventa porcento no preço e com isso nós passamos a distribuir a medicação para todos vocês imagina que o Brasil naquela época tinha uma prevalência do HIV igual da África do Sul nós começamos a

Distribuir medicamentos eles não eles deram legaciones para que a presidência da república que vê que o HIV não existia que que era uma invenção capitalista enfim essas teorias de conspiração né hoje África do Sul tem dez porcento dos adultos infectados vocês Imaginem que nós tivesse os 10 por cento dos brasileiros adultos infectados nós teremos aí 17 e 18 milhões de HIV positivos pessoas com vivendo com HIV e na verdade nós temos aí perto de 800 mil

Segundo Mini a saúde não é pouco mas também não é um número igual ao deles né e mais o Brasil provou que essa política de distribuição de medicamentos funcionava E muito E os africanos passaram a receber medicamentos pagos por instituições internacionais por causa da experiência brasileira nós damos uma lição para o mundo de como se enfrenta uma epidemia e podíamos ter feito isso agora se tivéssemos tido outra posição outra política de combate

À AIDS se tornou uma doença crônica hoje nos dois não morre mas não podem parar de ser tratados e nós tivemos grandes Abas eu lembro numa época em que os doentes tomava a e 15 20 comprimidos por dia e até mais hoje Você é muita gente com um comprimidinho só que já trás os medicamentos ali tomados duas vezes por dia ou até uma vez só você controla a doença melhoramos muito além do que desenvolvemos tratamentos para a exposição e para pós-exposição os

Primeiros para você tomar antes de ter relações sexuais e o segundo para ser tomado depois que essas relações aconteceram Nós evoluímos Demais agora no Brasil nós mantivemos essa política de distribuição gratuita que é ótima mas a divulgação da existência de tratamentos para aqueles que podem se expor ou para aqueles que já foram dispostos é quase que um segredo não ninguém sabe que estes medicamentos existem como devem ser usados e que

Podem ser adquiridos pelo SUS toda essa história da Aids eu acho que foi um grande sucesso no enfrentamento da epidemia e uma demonstração de que a solução está sempre na ciência negar A ciência é legal acesso às informações mais precisas e o impacto que elas podem ter no curso da doença AIDS apareceu nós e os medicamentos que controlam a doença as pessoas se mantém com saúde mas dependente de tratamento então infelizmente agora nós começamos a

Relaxar das medidas de prevenção especialmente os mais jovens que não viram aquela AIDS que a minha geração viu de doentes graves emagrecidos caquéticos morrendo depois de muito sofrimento de tantas infecções nós temos que insistir na prevenção tem jeito que de voz pegar já tomou o remédio tá bom não não não tá bom não você toma remédio ótimo não vai morrer de AIDS mais você vai ficar dependente de tratamento de exames de laboratório

Sua vida vai mudar completamente eu quando olho para trás acho que a minha geração teve o privilégio de ver o sucesso do controle de uma pandemia uma pandemia da Aids mas a doença ainda está aí por isso fiquem espertos e semanalmente estarei aqui para contar outras histórias a trilha sonora foi feita pela in sonoris e a produção é da Júpiter conteúdo em movimento e