Pular para o conteúdo

Abordagem diagnóstica da colite crônica: etapas e orientações.

  • por
  • posts

Diagnóstico de Colite Crônica

Olá pessoal, sou Jerônimo Júnior, médico patologista. Nesse vídeo de hoje, vamos conversar sobre o diagnóstico de colite crônica. Mais especificamente, trago uma abordagem diagnóstica em três etapas que pode ser muito útil na sua rotina diagnóstica.

Gostaria que você se inscrevesse no canal para receber notificações dos próximos vídeos e caso goste desse vídeo, que você compartilhe com seus amigos.

Inicialmente, gostaria de trazer à sua mente alguns conceitos importantes quando estamos diagnosticando essas lesões. Primeiro, a colite crônica abrange um amplo espectro morfológico e vários diagnósticos diferenciais. É sempre bom lembrar que doença inflamatória intestinal é apenas uma de muitas causas do padrão de colite crônica. Por isso, a importância da patologia sempre buscar uma correlação clínica.

Estamos diante de um padrão inespecífico e é um verdadeiro desafio diagnóstico. O patologista sempre vai requerer uma correlação clínica para uma melhor abordagem de cada caso.

Em se tratando de um padrão inespecífico de lesões na mucosa intestinal, o patologista tem que ter em mente que sempre que considerar o diagnóstico de colite crônica, deve levar em conta uma lista de possibilidades diagnósticas. Essa lista inclui colite inflamatória intestinal, colite associada à doença diverticular, colite associada a adesivo cirúrgico, colite relacionada à elevação sérica do coeficiente de 500 gramas, síndrome de qualidade do cordão umbilical e colite quimioterápica, utilizada em pacientes com câncer de pulmão e melanoma, por exemplo.

E como nós fazemos essa abordagem diagnóstica em três etapas?

A primeira etapa é determinar se trata-se de uma colite aguda ou crônica. Sabemos que nem sempre é fácil, mas aqui vão alguns detalhes importantes. Chamamos de colite aguda ou com atividade qualquer lesão em que não há nenhum indício de cronicidade. Nessa etapa, podemos observar erosão, abscesso, descamação dos criptos, entre outros achados.

Já a colite crônica, apresenta sinais de cronicidade, como metaplasia de células de Paneth, aumento de células inflamatórias na lâmina própria, linfoplasmocitose basal, distorção arquitetural e rarefação de criptas, entre outros achados.

O segundo passo é graduar a atividade inflamatória. Podemos classificar como leve, moderada, intensa ou inativa. Essa graduação é um pouco subjetiva e pode variar entre os patologistas.

A terceira etapa, e a mais importante, é a de comentar. Nesse momento, é preciso fazer um comentário sobre os achados encontrados, relacionando-os com o diagnóstico de colite crônica e a intensidade da atividade inflamatória. Também é importante mencionar a necessidade de correlação clínica.

Alguns exemplos de comentários incluem a confirmação do diagnóstico de retocolite ulcerativa com intensa atividade inflamatória, a menção da inespecificidade dos achados e a listagem de possíveis diagnósticos diferenciais.

Essa abordagem em três etapas pode trazer mais clareza e precisão no diagnóstico de colite crônica, auxiliando no tratamento e acompanhamento dos pacientes.

Agradeço a atenção e nos vemos no próximo vídeo!

Fonte: Colite crônica – Abordagem diagnóstica em 3 etapas. por Geronimo Jr MD