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A vida de um médico psiquiatra: experiência e desafios

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Se você já teve algum caso assim de algum psicopata assassino, algo pesado assim que se fala, cara, e aí, assassino psicopata?

Não, mas eu já tive contato com coisas que são muito difíceis de entender. Então, crimes na infância mais sérios, coisas que na experiência você vai entendendo o que aconteceu. Então, alguém que tem uma vida normal tá contando uma experiência e fala assim: meu Deus do céu, como é que pode ter acontecido com essa pessoa e ela tá me dá metabolizando por cinco anos em trabalho de terapia. Consegue falar de um evento que você fala: Puxa vida, olha aqui que grave assim. Então, tem coisas que surpreendem, mas a maior parte das pessoas são as mais felizes da vida, né? Então, eu queria… eu falei de pedofilia. Eu queria falar de um outro assunto também que é polêmico, mas que eu tenho uma imensa curiosidade: suicídio. Um suicídio é assim, para mim, é muito difícil entender essa história toda do suicídio e como ele se dá e tal. Então, a primeira pergunta que eu queria fazer para você é: você já teve algum paciente que se suicidou? E eu imagino que sim, pelo tempo que você tem e tal de carreira e tudo. E aí eu queria te perguntar o seguinte:

Você sabe quando ele vai se suicidar? Dá para ver que o cara vai se suicidar?

Então, a primeira sempre, bom, não há contexto ali, né? Suicídio, noventa porcento ocorre num contexto de problema de saúde mental e depressão, né? E é a função do psiquiatra, vale a risco, a pessoa que entra no meu consultório, faz toda 100% avaliar o risco de suicídio. Então, quem está deprimido, você faz as perguntas objetivas, né? O que tem outras patologias também, é você pensa na vida, te faz sentido você pensa em se matar. A pessoa começa a falar: não faz sentido, tô cansado, só? Ah, tal, e vai num crescente até: tal, não quero me matar, não aguento mais. E aí, o próximo passo é: eu faço planos. E aí, você vê o nível de articulação dos planos. E aí, você é esse planeta, pergunta aí a pessoa. E às vezes eu falo: você não vai dar certo, você quer se matar mesmo assim, você tem que se matar? Não, parece que pegou, deve ser mais remédio. Não, mas e esse outro, a gente falou que você tem um plano aí, que isso é muito perigoso, que a chance de você ficar acamado a sua vida. Então, fala aí, você discute discutir valores, religiosidade nessa, nesse momento que você tinha pessoa tava vendo isso? E aí a, então, do ponto de vista de risco, né? E é o cara que acabou de tentar, né? Então, tem tentativa de suicídio. É mais proximal do suicídio, né? Porque o suicídio, aí depois, já foi, né? E aí você tava olhando o risco tempo inteiro, então é função do psiquiatra avaliar, e aí a conduta é o risco, é esse. Precisa ter alguém junto o tempo inteiro, precisa internar, precisa tomar cuidado, tem algumas medidas para não ter medicação, a pessoa tá querendo tomar a medicação, é isso. Intoxicar ou ou chegou a tomar uma vez não pode ser medicação. Então, tem várias coisas que você tem que ter à frente a essa história. O que você tá perguntando, você sabia que a pessoa existisse, a gente trabalha com um risco. E muitas vezes acontece de um paciente tem o que não vai seis meses ou alguma coisa desse tipo, aí tem esse em casos diferentes. O que eu nunca consegui entender é por que que o cara escolhe uma maneira dolorosa de se suicidar, sabe? Você fala assim: a pessoa pode tomar sei lá quantos remédios, dormir, e morrer, é uma coisa. Outra coisa é cortar os pulsos, é uma coisa violenta, você fala assim: cara, se você quer só morrer, né, mas ver essas balizar… para o mundo inteiro que você tá no grau de sofrimento que até isso é melhor do que o que sim. Mas, e você não respondeu no final, você? Alguma vez viu que o cara se deu e não tinha como?

Eu quando eu vejo o recurso a internação, né? Porque é o lugar que a pessoa vai ficar mais protegida. E desde a internação, a fica com uma pessoa 24 horas por dia. Mas se a pessoa por consciência não tem que se internar, você pode duas coisas lógica, pode. Lógica lá, sei lá. Eu mando lá e você não quis sair, da risco de vida, não fica esperando. Por que que eu vou chamar minha secretária, assinar documento, camisa-de-força tempo própria, pode fazer, eu vou levar você. Não tem que são especializados e tal, você pode correr, aí você ir lá, na consulta com você, você fala: eu vou ter que ter lá por favor, o… que você vai levanta o embargo, aí vareia nós, discutir, convence. O meu carro, com paciente. Brigaram, brigaram por cair daí, é parece muito mais você tem, tem confrontos na… Mas aí você tá trabalhando, mas nada, não tô batendo boca porque eu me descontrolei… Eu sou, eu sou focado em enfrentá-la, e do específico do indivíduo que está ali, em risco. Isso, entendi, a patologia dele, né? Então, você conversa, entendendo onde a pessoa tá e como ela tá falando. Então, então sim, é ser internado de uma forma coerciva, risco de vida ou risco para os outras pessoas. Não, alguém está muito violento você faz isso, sim, qualquer uma medida agora vamos que até rara, né? Primeiro, você, grande maioria, noventa e cinco porcento das pessoas mais e se trata fora do hospital em hospital bom, né? Sentar na certa, esse fica pouco tempo, né? Vai lá, certa, ali, e já tem alta, e se cuida fora e tal. Mas tem que saber usar, né? Não há uma coisa que o que tem que ficar um rolo. Então, tem um

Fonte: COMO É SER UM MÉDICO PSIQUIATRA | Cortes NAS INTERNAS por Cortes NAS INTERNAS