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6 dicas para a ultrassonografia renal: como se preparar e o que esperar

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Olá navegantes! Hoje vamos responder algumas das dúvidas que muita gente tem perguntado sobre a imagem do rim. Uma das dúvidas é sobre a relação entre o córtex e a medula. Qual é a diferença entre a relação de corte com medula e a relação de corte com medula de extinção? Afinal, o que é a imagem de pele e foice?

Vamos primeiro entender a imagem do rim. Quando olhamos para essa imagem aqui, que é um plano dorsal do rim, conseguimos delimitar o córtex renal e a medula. A distinção de corte com medula faz referência a conseguir distinguir na imagem do rim onde fica a região cortical e onde fica a região medular.

A relação de corte com medula quer dizer que a medida do córtex e a medida da medula possuem uma proporção que é definida na literatura. Essa proporção é de um para o outro, ou seja, aquilo que você consegue medir na região cortical deve ser exatamente o mesmo que a medida na região medular. Isso é o que chamamos de relação de corte regular.

E quando falamos sobre a relação de corte com medula, estamos querendo dizer que a medida do córtex é diferente da medida da medula, ou seja, não segue a proporção regular estabelecida. Isso pode ser observado quando há uma linha amarela delimitando onde começa uma região e onde termina a outra, como nessa imagem aqui.

Agora, vamos falar sobre a imagem de pele e foice. A literatura define essa imagem como um processo inflamatório, uma fásia oca cuja origem pode ser ascendente (da bexiga), proteínas ou mesmo com uma lesão renal (por exemplo, nefrite tubulointersticial). A imagem de ultrassonografia vai depender da fase da doença. Em estágios iniciais, o rim pode parecer completamente normal. Em estágios mais avançados, é possível observar o aumento do tamanho do rim, o aumento difuso da ecogenicidade e a perda da definição corticomedular, como na imagem mostrada anteriormente.

Nos casos crônicos de pielonefrite, é possível observar a dilatação dos cálices e o sinal da medula. O sinal da medula corresponde ao aumento da ecogenicidade e ao destacamento da região de junção corticomedular, formando uma linha hiperecogênica na região medular paralela a essa junção. Esse sinal indica algum grau de injúria nos túbulos renais, principalmente na porção mais profunda da medula.

Além disso, o sinal da medula e a perda da definição corticomedular não são os únicos indicadores de doença renal. Eles podem estar presentes em várias condições, como necrose tubular aguda, vasculite, glomerulonefrite, fibrose, glomerulopatia, dentre outras. É importante lembrar que esses sinais podem indicar uma lesão renal anterior ou estão presentes no momento em que você está avaliando a imagem, mas podem não indicar uma doença renal atualmente.

Outro achado que não tem relação com o sinal da medula é o aumento da ecogenicidade da porção mais externa da medula, conhecido como sinal do córtex. Esse achado tem sido encontrado em cães sem evidência de doença renal e é considerado um achado incidental. Parece indicar um aumento no metabolismo dessa região, mas não necessariamente em uma situação de doença.

Espero que agora vocês não confundam mais o que é o sinal da medula e o que é o sinal do córtex. Não esqueçam também da importância da relação de corte regular com medula. Até mais!

Fonte: Dicas para a ultrassonografia renal por NAUS – Ultrassonografia Veterinária