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Venoruton

Como Venoruton funciona?

Venoruton contém rutosídeo o qual pertence a um grupo de
medicamentos protetores de vasos (chamados de vasoprotetores
sistêmicos).


Venoruton estabiliza as paredes vasculares, o que leva a uma
redução da permeabilidade dos vasos e consequentemente a diminuição
do inchaço (edema).

Indicado no alívio do inchaço dos membros inferiores
(tornozelos) devido à insuficiência venosa crônica (IVC).

Em pacientes com varizes e outras desordens vasculares, os vasos
pequenos (capilares) tem um vazamento excessivo que causa inchaço
dos tornozelos.

Venoruton reduz o inchaço e alivia os sintomas comuns associados
como pernas doloridas, cansadas, pesadas, inquietas, parestesia
(ardor ou sensação de formigamento) e cãibra.

É recomendado que tais pacientes também façam uso de meias
elásticas; nestes casos, Venoruton promove um melhor
benefício.


Em casos de hemorroidas, Venoruton irá reduzir o inchaço ao
redor do ânus e aliviar sintomas como coceira, sangramento e
exsudação.

Contraindicação do Venoruton

Não utilize Venoruton se você tiver alergia a qualquer
componente de sua formulação.

Venoruton não deve ser utilizado se o inchaço em seus
tornozelos e pernas for causado por problemas do coração, dos rins
ou do fígado.


Este medicamento é contraindicado durante os três
primeiros meses de gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.


Este medicamento é contraindicado para menores de 18
anos de idade.

Como usar o Venoruton

Sempre tome o medicamento exatamente como descrito na bula ou
conforme orientação do seu médico ou farmacêutico.

Confirme com seu médico ou farmacêutico se não tiver
certeza.

Siga as instruções cuidadosamente.

Venoruton cápsula não é recomendado para crianças.

Insuficiência venosa crônica (IVC) e suas
complicações

A dose recomendada é:

Dose inicial: 1 cápsula, 2 a 3 vezes ao dia. Esta dose deve ser
mantida até o completo alívio dos sintomas e do edema. Alívio dos
sintomas usualmente são sentidos em menos de 2 semanas.

O tratamento deve continuar como terapia de manutenção com a
mesma dosagem ou com a dosagem mínima de 500 – 600 mg por dia,
correspondendo a 1 cápsula 2 vezes ao dia.

Após o completo alívio dos sintomas e do edema, o tratamento
pode ser interrompido. Na recorrência dos sintomas, o tratamento
pode ser retomado, com a mesma dosagem ou com a dosagem mínima de
manutenção de 500 – 600 mg por dia.

Hemorróidas

A dose recomendada é a mesma indicada para insuficiência venosa
crônica (IVC).

Se você não sentir alívio em duas semanas ou se os sintomas
piorarem pare o tratamento e procure orientação de seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas
sobre este medicamento, procure orientação do
farmacêutico.

Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu
médico ou cirurgião-dentista. 

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar este
medicamento?

Se você se esquecer de tomar uma dose de Venoruton, pule a dose
esquecida e deixe para tomar somente a do próximo horário. Nunca
use uma dose duplicada para compensar uma dose esquecida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou do seu médico, ou cirurgião-dentista. 

Precauções do Venoruton

As veias são responsáveis por trazer o sangue de volta ao
coração, para que ele possa ser novamente bombeado após ser
oxigenado nos pulmões. Porém, algumas situações, como a gravidez e
o hábito de ficar sentado ou em pé muito tempo durante o dia, fazem
com que a volta do sangue em direção ao coração torne- se mais
difícil. Isto acontece porque as pequenas veias das pernas sofrem
uma maior pressão e aumentam sua espessura, represando uma maior
quantidade de sangue nas porções mais baixas das pernas. Esse
acúmulo de sangue nas pernas leva ao inchaço (também chamado de
edema), à dor e à sensação de cansaço e pernas pesadas, tudo isso
característico das varizes.

Exercícios regulares de relaxamento para as pernas e os pés
(como, por exemplo, girar os pés em círculos) podem ajudar a
prevenir o agravamento dos sintomas das varizes.

Se você tem varizes, recomenda-se utilizar meias elásticas de
compressão em conjunto com Venoruton, uma vez que estudos mostraram
haver benefícios adicionais. Fale com seu médico ou farmacêutico
antes de tomar Venoruton se:

  • Você tem edema nas pernas devido a problemas cardíacos, rim ou
    fígado. Você não deve tomar Venoruton simplesmente porque Venoruton
    não é efetivo nestes casos.

Reações Adversas do Venoruton

Como todos os medicamentos, Venoruton cápsula pode causar
efeitos colaterais. No entanto, nem todos apresentam estas
reações.

Algumas reações podem ser sérias e são muito raras (podem afetar
1 em cada 10.000 pessoas).

Pare de tomar Venoruton e procure ajuda médica imediatamente se
você apresentar um dos sintomas abaixo, de reações alérgicas:

  •  Dificuldade em respirar ou engolir;
  •  Inchaço do rosto, lábios, língua ou garganta;
  •  Coceira severa da pele, com vermelhidão, urticária ou
    bolhas.

Se você apresentar algum desses sintomas, pare de tomar a
medicação e procure seu médico imediatamente.

Outras reações são normalmente leves

Alguns efeitos indesejáveis são raros (afetam até 1
pessoa em 1.000):

Problemas gastrointestinais, gases, diarreia, dor abdominal,
desconforto ou dispepsia estomacal e coceira.

Alguns efeitos indesejáveis são muito raros (afetam até
1 em 10.000 pessoas):

Tontura, dor de cabeça, fadiga, ondas de calor
.

População Especial do Venoruton

Crianças e adolescentes

Venoruton oral não é recomendado para crianças.

Gravidez / amamentação

Se você está grávida ou amamentando, pensando em engravidar,
pergunte ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar este
medicamento.

Venoruton não deve ser utilizado durante os três primeiros meses
de gravidez. Se você estiver grávida e desejar utilizar este
medicamento após o primeiro trimestre de gravidez, consulte seu
médico.

Venoruton pode ser utilizado durante o período de amamentação.
Em todo o caso, converse com seu médico a respeito disso, antes de
começar seu uso.

Influência na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Venoruton cápsula não tem influência ou tem influência limitada
na habilidade de dirigir ou operar máquinas.

Raras situações de cansaço e tontura foram reportadas por
pacientes utilizando Venoruton. Se você está se sentindo cansado ou
tonto, não dirija ou opere máquinas.

Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez
desde que sob prescrição médica ou do
cirurgião-dentista.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Composição do Venoruton

Cada cápsula de Venoruton contém:

300 mg de rutosídeos.

Excipientes:

Macrogol, óxido de ferro amarelo, dióxido de titânio e
gelatina.

Venoruton disponível também na forma
comprimidos.

Superdosagem do Venoruton

Em caso de ingestão acidental, procure imediatamente seu
médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Venoruton

Rutosídeo não apresentou, até o momento, qualquer evidência de
interação com outras drogas ou alimentos, incluindo inibidores da
coagulação do tipo cumarínicos (varfarina). Os componentes do HR
são derivados da rutina e quercetina (presentes em pequenas
quantidades – traços). quercetina tem demonstrado ser um inibidor
hepático de CYP3A humana e sulfotransferase in vitro, mas não in
vivo.

Nenhuma atividade inibitória da rutina foi demonstrada em
enzimas hepáticas. Portanto, é entendido que HR oral não irá
produzir efeito inibitório ou interferir no metabolismo de outras
substâncias ativas farmacologicamente.

Recomenda-se não ingerir álcool concomitantemente ao uso deste e
de outro medicamentos.

Interação Alimentícia do Venoruton

Não há relatos até o momento.

Ação da Substância Venoruton

Resultados da eficácia

O efeito de Rutosídeo em pacientes com insuficiência venosa
crônica (IVC) foi avaliado em diversos estudos comparativos,
inclusive contra outras drogas ativas e as próprias meias de
compressão elástica, altamente consideradas para o tratamento da
IVC.

Principalmente, pelo seu aparente papel na diminuição da
filtração capilar e diminuição do volume das pernas.

Rehn et al compararam os rutosídeos de Rutosídeo ao extrato de
castanha-da-índia (padronizado para conter 50 mg de escina), em
pacientes com varizes de membros inferiores. O resultado mostrou
que Rutosídeo reduziu o do volume das pernas de forma
significantemente superior ao extrato de castanha-da-índia.

Outro ponto abordado nos estudos clínicos com Rutosídeo foi a
eficácia do uso de meias de compressão elástica em comparação ao
tratamento medicamentoso. Neumann desenvolveu um estudo comparativo
direto entre as meias de compressão e Rutosídeo, mostrando melhora
comparável da oxigenação tecidual dos membros inferiores em ambos
os grupos. Neste estudo, Neumann utilizou o método de mensuração do
oxigênio por via transcutânea (TcP02). Mais tarde, o mesmo
investigador recrutou um grupo de pacientes e estabilizou a IVC com
o uso prévio de meias elásticas, antes de randomizá-los para
receberem placebo ou Rutosídeo por 4 semanas.

Enquanto os pacientes tratados com placebo mantiveram os valores
de TcP02 estáveis, os pacientes que foram tratados com Rutosídeo
demonstraram uma melhora significantemente mais evidente.

Unkauf et al repetiu parte do modelo de Neumann e fez com que
todos os pacientes recrutados para um estudo também usassem
previamente meias elásticas antes de serem randomizados para
receberem Rutosídeo (1 g /dia) ou placebo, por 12 semanas, seguidos
de mais 6 semanas de observação, sem tratamento. Ao final do
tratamento, o grupo tratado apenas com meias elásticas e placebo
mostrou uma significante diminuição do edema nos membros inferiores
(cerca de 33 mL), mas que retornou rapidamente após 3 semanas sem
tratamento. No grupo tratado com meias elásticas e Rutosídeo, o
resultado ao final do tratamento foi a redução de 64 mL
(praticamente o dobro dos resultados apenas com meias elásticas).
Isto mostrou que a eficácia de Rutosídeo poderia ser comparada à
das meias elásticas e que ambos poderiam ter importantes efeitos
aditivos.

Em resumo, conforme corroborado pela revisão de Golden, o papel
do tratamento com meias de compressão e/ou drogas de ação venosa
está bem estabelecido diante das condutas cirúrgicas, motivo pelo
qual os pacientes com IVC devem ser orientados para o uso de meias
de compressão gradativa, tendo-se em mente o benefício adicional
trazido pelo uso de Rutosídeo. Inclusive, para os pacientes que não
desejam ou não podem usar meias de compressão, o uso de Rutosídeo é
uma alternativa eficaz.

Características Farmacológicas

  • – Grupo farmacoterapêutico:

    vasoprotetores sistêmicos (bioflavonoides)

  • – Código ATC:

    C05CA51/combinações de rutosídeos.

Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

Os efeitos farmacodinâmicos do HR (Hidroxietil Rutosídeo) tem
sido demonstrado em estudos in vitro e in vivo. A nível celular, a
capacidade do HR em proteger a parede vascular do ataque oxidativo
de células sanguíneas ativadas e sua afinidade pelo endotélio
capilar e venoso podem ser mostrados.

Em estudos com voluntários saudáveis ou pacientes com IVC, os
seguintes efeitos farmacodinâmicos podem ser observados:

  • Redução da permeabilidade capilar
  • Restauração do reflexo veno-arterial
  • Aumento do tempo de retorno venoso
  • Aumento da tensão de oxigênio trasncutânea.

Todos estes efeitos são compatíveis com o efeito primário do HR
no endotélio microvascular, resultando na diminuição do edema.

Farmacocinética

A mistura padronizada de HR consiste em mono-HR, di-HR, tri-HR e
tetra-HR, que diferem um do outro pelo número de hidroxetila
substituinte.

Absorção

Após a administração oral de 14C-HR, o pico de concentração
plasmática é atingido após 2-9 horas.

Distribuição

Os níveis plasmáticos diminuem progressivamente até 40 horas,
depois da qual diminui muito lentamente. Esta observação e os
resultados obtidos após a administração i.v. (intra venosa),
indicam que o HR deve ser distribuído no tecido (especialmente no
endotélio dos vasos), com o qual é progressiva e lentamente
liberado novamente na circulação.

A ligação a proteínas plasmáticas é de 27-29%.

Metabolização

A principal reação metabólica do HR, após administração via
oral, é a O-glucuronidação hepática.

Eliminação

HR e seus metabólitos são eliminados tanto por via biliar quanto
renal. Eliminação por via renal é completa após 48 horas. A meia
vida terminal do constituinte principal do HR, o tri-HR, é de 18,3
horas com uma variação de 13,5 a 25,7 horas.

Cuidados de Armazenamento do Venoruton

As cápsulas de Venoruton devem ser mantidas à temperatura
ambiente (entre 15 e 30°C) e protegidas da umidade.

Características físicas e organolépticas:

Venoruton cápsulas são cápsulas amarelas de liberação
imediata.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em
sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja
no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto,
consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Não jogue qualquer medicamento no vaso sanitário. Pergunte ao
seu farmacêutico como descartar medicamentos não mais utilizados.
Este procedimento ajuda a proteger o meio ambiente.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Venoruton

MS 1.0068.0870

Farm. Resp.:
Flavia Regina Pegorer- CRF SP – 18.150

Fabricado por:
Anovis Industrial Farmacêutica Ltda., Taboão da Serra, SP

Registrado por:
Novartis Biociências S.A.Av. Prof. Vicente Rao, 90, São Paulo –
SP

CNPJ: 56.994.502/0001-30

Indústria Brasileira

Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas
procure orientação médica.

Venoruton, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.