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Urografina

Urografina não deve ser utilizada em mielografia,
ventriculografia ou cisternografia devido à possibilidade de
provocar sintomas neurotóxicos nestes procedimentos.


Como o Urografina funciona?

Urografina contém sais do ácido diatrizoico, substâncias
que promovem o contraste radiológico, possibilitando a visualização
de veias e artérias, detecção de anormalidades no sistema urinário,
coração e cavidades corpóreas. Converse com o seu médico para obter
maiores esclarecimentos sobre a ação do produto e sua
utilização.

Contraindicação do Urografina

A administração de Urografina é contraindicada na presença
de insuficiência cardíaca ou atividade excessiva da glândula
tireoide, as quais não estejam sendo adequadamente controladas.

Durante a gravidez ou na presença de inflamação aguda dos órgãos
sexuais femininos internos não se deve efetuar exames de raio-X do
útero e das trompas uterinas. Exames de raio-X do pâncreas e ductos
biliares não devem ser realizados em pacientes que apresentem
inflamação aguda do pâncreas.

Urografina não deve ser administrada no espaço ao redor da
medula espinhal, pois pode causar reações adversas graves como dor,
convulsões, coma, frequentemente com resultados letais.

Como usar o Urografina

Urografina é injetada, pelo médico, no vaso sanguíneo
através de uma pequena agulha. Urografina pode também ser
injetada nas cavidades do corpo. Deve ser administrada
imediatamente antes do exame de raio-X.

Orientações gerais

Instruções para uso/manuseio — Inspeção

Meios de contraste não devem ser usados em caso de coloração
acentuada, presença de material particulado ou apresentar algum
defeito no frasco.

Instruções para uso/manuseio — Manuseio

Meios de contraste devem somente ser transferidos para a seringa
imediatamente antes da realização do exame. A tampa de borracha não
deve ser perfurada mais do que uma vez, a fim de evitar que uma
grande quantidade de micropartículas entre na solução. Recomenda-se
o uso de cânulas com bisel longo e diâmetro máximo de 18 G para
perfurar a tampa de borracha e retirar a solução (cânulas de uso
exclusivo com orifício lateral são particularmente adequadas). Após
uma sessão, deve-se descartar a solução não utilizada do meio de
contraste.

Sugestões de dieta

Nas angiografias da região abdominal e nas urografias, obtêm-se
melhores imagens radiológicas quando o intestino está livre de
material fecal e gases. Por isto, nos dois dias anteriores ao
exame, devem ser evitados alimentos que aumentem a formação de
gases, em particular ervilha, feijão e lentilha, saladas, frutas,
pão integral ou fresco, assim como todo tipo de verduras cruas. Na
véspera do exame, deve-se evitar comer após às 18 horas. Além
disso, pode ser conveniente administrar um laxante à noite.
Contudo, administração de laxante antes do exame e jejum prolongado
são contraindicados em recém-nascidos, lactentes e crianças
pequenas.

Hidratação

Deve ser assegurada adequada hidratação, antes e após a
administração do meio de contraste. Esta observação aplica-se
especialmente a pacientes com mieloma múltiplo, diabete melito com
nefropatia, poliúria, oligúria, hiperuricemia, assim como para
recémnascidos, lactentes, crianças pequenas e idosos. Alterações no
equilíbrio hídrico e eletrolítico devem ser corrigidas antes do
exame.

Ansiedade

Estados pronunciados de excitação, ansiedade e dor podem
aumentar o risco de ocorrência de reações adversas ou intensificar
as reações relacionadas ao meio de contraste. Para estes pacientes,
pode-se administrar um sedativo.

Aquecimento antes do uso

O meio de contraste, quando aquecido à temperatura corpórea
antes de sua administração, é melhor tolerado e pode ser mais
facilmente injetado devido à redução da viscosidade. Usando um
incubador, aqueça a 37ºC apenas o número de frascos necessários
para um dia de exame. Não se verificou qualquer alteração na pureza
química do produto quando os frascos, aquecidos por período
prolongado, permaneceram protegidos da luz. Todavia, nestes casos,
o período de armazenamento não deve exceder 3 meses.

Pré-teste

A realização de teste de sensibilidade com uma pequena dose do
meio de contraste não é recomendável e não apresenta valor de
prognóstico. Além disso, o próprio teste de sensibilidade provocou
em alguns casos reações de hipersensibilidade graves e até mesmo
fatais.

A administração intravascular de meios de contraste deve ser
efetuada, se possível, com o paciente deitado.

A dose ideal é específica, pois depende do estado geral de
saúde, idade, peso e função cardíaca de cada paciente e do tipo de
radiografia em que será utilizada. A velocidade de injeção de
Urografina e o tempo de intervalo entre a aplicação e a
realização do exame também dependerá do tipo de exame em que será
utilizada. Para a maioria dos tipos de raios X, é necessária apenas
uma única dose de Urografina.

Em pacientes portadores de insuficiência cardiovascular ou renal
acentuadas, assim como nos pacientes debilitados, a dose do meio de
contraste deve ser a menor possível. Nestes pacientes, é
aconselhável monitorar a função renal por, pelo menos, 3 dias após
o exame. No caso de mais de uma injeção, deve-se dar tempo
suficiente ao corpo para que o influxo do fluído intersticial
normalize a osmolalidade sérica aumentada. Em pacientes
adequadamente hidratados, esse período é alcançado em 10 – 15
minutos. Se, em circunstâncias especiais, for necessário aumentar a
dose total de 300 a 350mL em adultos deve-se administrar mais água
e, possivelmente, eletrólitos.

Devido à possibilidade de ocorrência de reações graves, o
paciente deve ficar em observação por, pelo menos, 30 minutos após
a administração do meio de contraste, uma vez que a maioria das
reações ocorre nesse período.


O que eu devo fazer quando me esquecer de usar o
Urografina?

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu
médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Urografina

Ocasionalmente, ocorrem reações alérgicas após o uso de meios de
contraste como a Urografina. Geralmente são reações na pele ou
respiratórias sem gravidade, mas podem ocorrer reações graves como
angioedema (inchaço abaixo da pele), edema subglótico,
broncoespasmo (fechamento dos brônquios) e choque alérgico. Essas
reações geralmente ocorrem no período de uma hora depois da
administração do meio de contraste. Raramente, podem ocorrer após
horas ou dias.

Informe ao médico a ocorrência das seguintes situações,
para que seu médico decida se é possível ou não realizar o exame
pretendido:

  • Alergia (por exemplo: alergia a frutos do mar, febre do feno e
    urticária) ou asma brônquica;
  • Sensibilidade ao iodo ou aos meios de contraste com iodo, aos
    sais do ácido diatrizoico ou a qualquer outro componente da fórmula
    do produto;
  • Idade avançada;
  • Estado de saúde debilitado;
  • Distúrbios graves do fígado ou rins;
  • Doenças circulatórias ou do coração;
  • Diabetes, com doença renal;
  • Depleção de volume; uso de biguanidas (tipo de medicamento
    utilizado no tratamento de diabetes) e de betabloqueadores (tipo de
    medicamento utilizado no tratamento da pressão alta e outras
    doenças cardíacas);
  • Alteração no sistema nervoso central, tais como distúrbios
    cerebrais com convulsões;
  • Distúrbios da circulação cerebral como, por exemplo, história
    de derrame;
  • Hipertiroidismo latente;
  • Bócio (inchaço no pescoço causado por aumento do tamanho da
    glândula tiroide);
  • Mieloma múltiplo (câncer das células sanguíneas),
    paraproteinemia (superprodução de proteínas específicas) e
    miastenia grave (condição alérgica que atinge partes específicas do
    corpo, ou condição na qual os músculos começam a ficar fracos e
    facilmente cansados);
  • Gota;
  • Feocromocitoma (tipo especial de pressão alta causada por um
    tumor raro da glândula suprarrenal, a qual se situa próxima aos
    rins);
  • Doenças autoimunes;
  • Ingestão regular de drogas especiais ou álcool;
  • Interferências no processo de coagulação.

Independentemente da dose administrada, podem ocorrer: leve
inchaço da face, lábios, língua ou garganta, conjuntivite, tosse,
coceira, coriza, espirro e urticárias, os quais são, possivelmente,
os primeiros sinais do início de uma reação grave. Nestes casos,
deve-se descontinuar imediatamente a administração do meio de
contraste e, se necessário, iniciar por via venosa o tratamento
adequado.

Na presença de inflamação, os exames realizados nos ductos
biliares podem aumentar o risco de reações.

A possibilidade de gravidez deve ser excluída antes de realizar
a histerossalpingografia.

Reações Adversas do Urografina

As reações adversas de Urografina dependem do modo de
administração, ou seja, se for aplicado em vaso sanguíneo ou em
cavidades do corpo.

Uso intravascular

Efeitos colaterais associados ao uso de meios de contraste
intravasculares iodados são geralmente de intensidade leve a
moderada e de natureza transitória. Entretanto, têm sido relatadas
reações graves e com risco para a vida, até mesmo fatais. As
reações mais frequentemente relatadas são náusea, vômito, sensação
de dor e de calor pelo corpo.

Reações anafilactoides/ de
hipersensibilidade

As reações relatadas frequentemente são: angioedema leve
(casos leves de inchaço do rosto, lábios, boca, língua ou
garganta), conjuntivite, tosse, coceira, rinite, espirro e
urticária. Tais reações, que podem ocorrer independentemente da
quantidade e do modo de administração, podem ser os primeiros
sinais de um estado incipiente de choque. Neste caso, deve-se
suspender imediatamente a administração do meio de contraste e, se
necessário, instituir por via venosa o tratamento adequado.

Reações graves que requeiram tratamento de emergência podem
ocorrer na forma de reação circulatória acompanhada de dilatação
dos vasos periférica e subsequente queda de pressão, aumento do
batimento cardíaco reflexo, falta de ar, agitação, confusão e
cianose (coloração azulada da pele), possivelmente levando à perda
de consciência.

Hipotensão (queda de pressão), broncoespasmo (dificuldade para
respirar) e espasmo ou edema laríngeo são incomuns.

Reações tardias ao meio de contraste são raras

Corpo como um todo

Sensação de calor e dor de cabeça são reações comuns relatadas.
Mal-estar, calafrio, sudorese (transpiração excessiva) e reações
vasovagais (desmaio precedido por suor, frio, palidez e fraqueza)
são incomuns.

Em casos raros, podem ocorrer alterações da temperatura corpórea
e aumento de volume das glândulas salivares.

Respiratório

Distúrbios transitórios da frequência respiratória, falta de ar,
desconforto respiratório e tosse são comuns.

Parada respiratória e água no pulmão (edema pulmonar) são
raras.

Cardiovascular

Distúrbios transitórios clinicamente relevantes da frequência
cardíaca, pressão arterial, distúrbios da função ou ritmo do
coração e parada cardíaca são incomuns. Reações graves que
requeiram tratamento de emergência podem ocorrer na forma de reação
circulatória acompanhada de dilatação dos vasos periférica e
subsequente queda de pressão, aumento do batimento cardíaco
reflexo, falta de ar, agitação, confusão e cianose (coloração
azulada da pele), possivelmente levando à perda de consciência.

Em casos raros, verificou-se a ocorrência de eventos
tromboembólicos graves, causando o infarto do miocárdio.

Gastrintestinal

Náusea e vômito são reações comuns. Dor abdominal tem sido
relatada com pouca frequência.

Cerebrovascular

Na angiografia cerebral, e em outros procedimentos, nos quais o
meio de contraste atinge o cérebro pelo sangue arterial em altas
concentrações, podem ocorrer complicações neurológicas transitórias
incomuns como tontura, dor de cabeça, agitação ou confusão, perda
de memória, distúrbios da fala, visão e audição, convulsões,
tremor, diminuição da força ou dos movimentos/paralisia,
sensibilidade à luz, cegueira temporária, coma e sonolência.

Eventos tromboembólicos graves, fatais em casos isolados,
causando derrame, são raramente relatados.

Renal

Diminuição ou insuficiência renal são raramente relatadas.

Pele

Angioedema leve (casos leves de inchaço do rosto, lábios, boca,
língua ou garganta), vermelhidão com dilatação dos vasos,
urticária, coceira e eritema (vermelhidão) são reações comuns
observadas. Podem-se desenvolver, em casos raros, reações tóxicas
de pele, como a síndrome mucocutânea (por exemplo: síndrome de
Stevens-Jonhson ou síndrome de Lyell).

Irritação no local da injeção

Dor local ocorre com frequência, principalmente na angiografia
periférica e geralmente desaparece sem deixar sequela. Entretanto,
tem-se verificado em ocasiões bastante raras inflamação e necrose
tecidual. Casos de tromboflebite (inchaço e vermelhidão ao longo do
vaso sanguíneo) e trombose venosa (formação de coágulo) são
incomuns.

Uso em cavidades corpóreas

Reações após administração em cavidades corpóreas são raras. A
maioria delas ocorre algumas horas após a administração.

O aumento dos níveis de amilase é frequente após a
colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER). A
opacificação acinar após CPER mostrou estar associada a aumento do
risco de pancreatite pós-CPER. Foram descritos casos raros de
pancreatite necrosante.

Casos de reações vasovagais (desmaio precedido por suor, frio,
palidez e fraqueza) relacionados a histerossalpingografia são
incomuns.

Reações anafilactoides/hipersensibilidade

A hipersensibilidade sistêmica é rara, na maioria das vezes leve
e geralmente ocorre na forma de reações de pele. Entretanto, não
pode ser totalmente excluída a possibilidade de uma reação de
hipersensibilidade grave.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Urografina

Efeitos na habilidade de dirigir ou utilizar
máquinas

Como acontece com todos os meios de contraste iodados, existe,
em casos raros, a possibilidade de ocorrência de reações tardias
após a administração, podendo ocorrer diminuição na habilidade de
dirigir veículos ou operar máquinas.

Gravidez e lactação

Informe ao médico se está, ou pretende, ficar grávida ou se está
amamentando. Até o momento, não foi demonstrada suficientemente a
segurança do uso de meios de contraste em gestantes. Uma vez que,
sempre que possível, a exposição à radiação deve ser evitada
durante a gravidez, os benefícios de qualquer exame com raios X,
com ou sem meio de contraste, devem ser cuidadosamente considerados
pelo seu médico frente aos possíveis riscos.

Meios de contraste de eliminação renal, como Urografina, passam
para o leite materno apenas em pequenas quantidades. Dados
limitados sugerem que o risco para o lactente é baixo. Portanto, a
amamentação é provavelmente segura.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Recém-nascidos (lt; 1 mês) e lactentes (1 mês – 2
anos)

Lactentes com menos de 1 ano de idade e especialmente
recém-nascidos são susceptíveis ao desequilíbrio eletrolítico e
alterações hemodinâmicas. Portanto, deve-se ter precaução com a
dose administrada do meio de contraste, o desempenho técnico do
procedimento radiológico e a condição do paciente.

Composição do Urografina

Cada mL de Urografina contém:

Amidotrizoato80mg
Meglumina520mg

Excipientes: 

edetato de cálcio dissódico e água para injetáveis.

Superdosagem do Urografina

No caso de ocorrência de superdose intravascular acidental, a
perda de água e eletrólitos deve ser compensada por meio de
infusão. A função renal deve ser monitorada por, no mínimo, 3 dias
após o incidente. Se necessário, pode-se realizar hemodiálise para
eliminar o excesso de meio de contraste presente no organismo.

Interação Medicamentosa do Urografina

A prevalência de reações tardias (por exemplo, febre, erupções
cutâneas, sintomas do tipo gripal, dor articular e prurido) após o
uso de meios de contraste é mais elevada em pacientes tratados com
interleucina.

Interferência em testes diagnósticos

Após a administração do meio de contraste iodado, a capacidade
do tecido tiroidiano em captar isótopos radioativos empregados no
diagnóstico de afecções tiroidianas fica reduzida por até 2 semanas
e, às vezes, até por períodos maiores em casos isolados.

Interação Alimentícia do Urografina

Alcoolismo

O alcoolismo crônico ou agudo pode aumentar a permeabilidade da
barreira hematoencefálica. Isto facilita a passagem de meio de
contraste para dentro do tecido cerebral, levando possivelmente a
reações do sistema nervoso central. Recomenda-se precaução nos
exames a serem realizados em alcoólatras e adictos de drogas,
devido à possibilidade de redução do limiar de excitabilidade
nestes pacientes.

Ação da Substância Urografina

Resultados de Eficácia

Com base em testes pré-clínicos de tolerância e também em dados
clínicos publicados, demonstrou-se que o meio de contraste iônico
monomérico para radiografia, Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de
Meglumina (substância ativa), pode ser usado com segurança,
eficácia e custo-efetividade para a visualização de cavidades
corpóreas. A Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina
(substância ativa), contendo 292 mg iodo/ml, é utilizada para a
colangiografia retrógrada e a pancreatografia retrógrada – na
maioria das vezes executadas juntamente como
colangiopancreatografia endoscópica retrógrada – assim também como
para a colangiografia intraoperatória, a sialografia, a urografia
retrógrada (uretrografia, ureterografia e pielografia) e a
fistulografia.

Características Farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

As substâncias contrastantes presentes em Diatrizoato de Sódio +
Diatrizoato de Meglumina (substância ativa) são sais do ácido
diatrizoico, nos quais o iodo, responsável pela absorção de raios
X, está presente em ligações químicas estáveis. As características
físico-químicas das soluções injetáveis de Diatrizoato de Sódio +
Diatrizoato de Meglumina (substância ativa) encontram-se descritas
em forma de tabela no item “Dados Físico-Químicos Importantes”.

As características físico-quimicas da solução injetável
de Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina (substância
ativa) estão listadas abaixo:

Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina
(substância ativa)

292

Concentração de iodo (mg/mL)

292

Osmolalidade (osm/kg de H2O) a 37 °C

1,50

Viscosidade (mPa.s) a 20 °C a 37 °C

7,2

4,0

Densidade (g/mL) a 20 °C a 37 °C

1,330

1,323

Valor de pH

6,0 – 7,0

Propriedades farmacocinéticas

Distribuição

A quantidade ligada à proteína plasmática após injeção
intravenosa é inferior a 10%.

Uma concentração correspondente a 2-3 g de iodo/litro de plasma
pode ser atingida 5 minutos após uma injeção intravenosa em bolo de
1 mL de Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina (substância
ativa) 292/kg peso corpóreo. Após um período de 3 horas, o nível
sanguíneo diminui de forma relativamente rápida nos primeiros 30
minutos, com uma meia-vida de 1-2 horas.

O ácido diatrizoico não penetra nos eritrócitos, sendo
rapidamente distribuído no espaço extracelular após administração
intravascular, porém não é capaz de atravessar a barreira
hematoencefálica intacta. É encontrado apenas em pequenas
quantidades no leite materno.

Metabolização e eliminação

Em doses diagnósticas, o ácido diatrizoico sofre filtração
glomerular. Trinta minutos após a injeção de Diatrizoato de Sódio +
Diatrizoato de Meglumina (substância ativa), cerca de 15% da dose é
eliminada na urina na forma inalterada e mais de 50% da dose é
eliminada dentro de 3 horas. A presença de metabólitos não pôde ser
demonstrada.

As cinéticas observadas na distribuição e eliminação de
Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina (substância ativa)
não estão relacionadas à dose dentro do intervalo clínico
relevante. Isto significa que dobrando ou dividindo a dose pela
metade, os níveis sanguíneos e a quantidade eliminada de meio de
contraste em gramas/unidade de tempo dobram ou reduzem-se pela
metade.

Entretanto, devido ao aumento da diurese osmótica quando
duplicada a dose administrada, a concentração urinária do meio de
contraste não aumenta na mesma proporção.

Características no paciente

No caso de insuficiência renal, o diatrizoato pode ser eliminado
por via hepática, embora a uma taxa claramente reduzida. O meio de
contraste renal pode ser eliminado facilmente do organismo por meio
de hemodiálise extracorpórea. A eliminação completa do produto,
inclusive dos tecidos, ocorre dentro de um curto período de tempo,
indiferentemente do local de aplicação.

Dados de segurança pré-clínicos

Toxicidade sistêmica

Resultados de estudos de toxicidade aguda em animais mostram que
não há risco de intoxicação aguda após o uso de Diatrizoato de
Sódio + Diatrizoato de Meglumina (substância ativa).

Estudos experimentais de tolerância sistêmica com diatrizoato de
sódio ou de meglumina com administrações intravenosas diárias
repetidas não resultaram em achados que se opõem a uma única
administração de diagnóstico para humanos.

Potencial genotóxico, tumorigenicidade

Estudos sobre os efeitos genotóxicos do diatrizoato in
vivo
e in vitro não indicaram nenhum potencial
mutagênico.

Não foram conduzidos estudos de tumorigenicidade.

Devido à ausência de efeitos genotóxicos e considerando a
estabilidade metabólica, a farmacocinéticas e a ausência de sinais
de efeitos tóxicos do diatrizoato nos tecidos de crescimento
rápido, bem como o fato das formulações de Diatrizoato de Sódio +
Diatrizoato de Meglumina (substância ativa) apenas serem
administradas uma vez, não há risco evidente de efeitos
tumorigênicos em humanos.

Tolerância local e potencial sensibilização por
contato

Estudos experimentais investigativos de tolerância local com
Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina (substância ativa)
não foram conduzidos. Entretanto, estudos de tolerância local após
aplicação paravenosa, intraperitoneal e intravenosa bem como
aplicação no oviduto foram conduzidos com diatrizoato de meglumina.
Além disso, em estudos de tolerância sistêmica os locais de
aplicação foram analisados após administrações intravenosas
repetidas de diatrizoato de meglumina ou sódio. Os resultados
desses estudos são considerados representativos para Diatrizoato de
Sódio + Diatrizoato de Meglumina (substância ativa).

Estes estudos não indicaram que os efeitos adversos locais são
esperados nos vasos sanguíneos, nas mucosas ou nas membranas
serosas dos seres humanos. Após administração paravascular
inadvertida leves reações de intolerância podem ocorrer.

Os estudos em animais, incluindo a investigação sobre o efeito
de sensibilização por contato, não indicaram potencial
sensibilizante do diatrizoato.

Cuidados de Armazenamento do Urografina

O produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 °C
e 30 ºC). Proteger da luz e de raios X.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características organolépticas

Urografina é fornecida pronta para uso, como uma solução
límpida, incolor a levemente amarelada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Urografina

MS – 1.7056.0038

Farm. Resp.:

Dra. Dirce Eiko Mimura
CRF-SP nº 16532

Fabricado por:

Berlimed S.A.
Alcalá de Henares – Espanha

Importado por:

Bayer S.A.
Rua Domingos Jorge, 1.100
04779-900 – Socorro – São Paulo – SP
C.N.P.J. nº 18.459.628/0001-15

Venda sob prescrição médica.

Urografina, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.