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Urbanil

  • Ansiedades relativas e endógenas;
  • Manifestações psicossomáticas (transtorno mental que causa
    sintomas no corpo) dos estados ansiosos, relacionados com os
    diversos aparelhos (respiratório, cardiovascular, digestivo,
    geniturinário, locomotor etc.);
  • Tensão e ansiedade que acompanham doenças orgânicas.

Urbanil está indicado também nos estados de agitação, excitação,
irritabilidade, insônia de origem emocional e instabilidade
emocional.

Urbanil também é indicado para tratamento de sintomas de
transtornos psicovegetativos e psicossomáticos sem causas orgânicas
diagnosticadas (ausência de problemas cardíacos, gastro intestinal,
respiratório ou urinário). São exemplos de sintomas de transtornos
psicossomáticos: palpitação, sensação de desmaio, dor no estômago,
falta de ar, entre outros.

Urbanil ainda é indicado para tratamento adicional em casos de
epilepsia (convulsão), não adequadamente controlados com o uso de
outros anticonvulsivantes.


Como Urbanil funciona?

Urbanil tem ação ansiolítica (medicamentos que aliviam
transtornos da ansiedade) e tranquilizante.

Urbanil contém como princípio ativo o clobazam, um
tranquilizante do grupo dos benzodiazepínicos com efeito
ansiolítico nitidamente predominante.

Tempo médio de início da ação

O início da ação ocorre cerca de 30 minutos após sua
administração.

Contraindicação do Urbanil

Urbanil não deve ser utilizado nos seguintes casos:

  •  Alergia ou intolerância ao clobazam ou a qualquer
    componente da fórmula;
  •  Doença muscular progressiva crônica – miastenia grave
    (doença que acomete os nervos e músculos cuja principal
    característica é a fraqueza muscular) (risco de agravamento da
    doença);
  •  Pacientes com insuficiência respiratória severa (risco de
    degeneração);
  •  Síndrome da apneia do sono (transtorno caracterizado por
    paradas múltiplas da respiração durante o sono que levam a
    despertares parciais e interferem na manutenção do sono) (risco de
    piora);
  •  Pacientes com insuficiência hepática (fígado) severa
    (risco de precipitação da encefalopatia);
  •  Urbanil está contraindicado durante a amamentação;
  • Benzodiazepínicos não devem ser administrados em crianças sem
    avaliação clara da sua necessidade. Urbanil não deve ser utilizado
    em crianças com idade entre 6 meses a 3 anos a não ser em casos
    excepcionais, onde há indicações obrigatórias no tratamento
    anticonvulsivante.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes
com insuficiência respiratória severa (risco de degeneração) e
pacientes com insuficiência do fígado severa (risco de precipitação
da encefalopatia).

Este medicamento é contraindicado para crianças de 6
meses a 3 anos de idade. Entretanto em casos excepcionais, onde há
indicações obrigatórias, pode ser usado para tratamento
anticonvulsivante.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Como usar o Urbanil

Para o adulto, a dose preconizada de Urbanil é de 1 comprimido
de 10 mg duas a três vezes ao dia, ou 1 comprimido de 20 mg duas
vezes ao dia, quando se deseja uma resposta maior em função da
maior intensidade do caso. De qualquer modo, a modificação da
posologia deve ser orientada pelo médico, para cada paciente.

Não há estudos dos efeitos de Urbanil administrado por vias não
recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral,
conforme recomendado pelo médico.

Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.

Populações especiais

Para crianças e pacientes idosos ou debilitados deve-se
prescrever uma dose de 1⁄2 comprimido de 10 mg duas vezes ao dia,
ou mesmo 1 comprimido de 10 mg duas vezes ao dia. Em manifestações
psiquiátricas graves e em pacientes hospitalizados, estas doses
poderão ser aumentadas a critério médico, até o limite máximo de 60
mg/dia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Este medicamento não deve ser mastigado.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Urbanil?

Não modificar o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Após uso prolongado, o médico deve retirar o medicamento
gradualmente para evitar sintomas de abstinência.

Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que
possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas
doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Urbanil

Graves reações de pele:

Reações de pele graves, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson
(SSJ) (forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em
mucosas e grandes áreas do corpo) e Necrólise Epidérmica Tóxica
(NET) (quadro grave, onde uma grande extensão de pele começa a
apresentar bolhas e evolui com áreas avermelhadas semelhante a uma
grande queimadura) foram reportados com clobazam tanto em crianças
como em adultos durante a experiência pós-comercialização. A
maioria dos casos reportados envolveu o uso concomitante de outros
medicamentos, incluindo fármacos antiepilépticos que são associados
com reações de pele graves.

SSJ/NET podem ser fatais. Os pacientes devem ser cuidadosamente
monitorados quanto aos sinais e sintomas de SSJ/NET durante as
primeiras 8 semanas de tratamento. O clobazam deve ser
imediatamente descontinuado quando há suspeita de SSJ/NET. Caso
sinais e sintomas sugiram SSJ/NET, o uso de clobazam não deve ser
reiniciado e um tratamento alternativo deve ser considerado.

Depressão respiratória:

A administração de Urbanil pode causar depressão respiratória,
especialmente se administrado em altas doses. Portanto, se você
sofre com insuficiência respiratória crônica ou aguda, o médico
deverá monitorar sua função respiratória e a redução da dose pode
ser necessária.

Clobazam é contraindicado em pacientes com insuficiência
respiratória severa.

Fraqueza muscular:

O clobazam pode causar fraqueza muscular. Portanto, se você
sofre com fraqueza muscular ou com oscilação de movimentos e no
modo de andar devido a doenças da medula espinhal e do cerebelo
[ataxia (falta de coordenação dos movimentos) espinhal ou
cerebelar], o médico deverá fazer uma observação especial e
possível redução na dose, se necessário.

Clobazam é contraindicado em pacientes com miastenia grave.

Tolerância em epilepsia: no tratamento de epilepsia com
benzodiazepínicos, incluindo Urbanil, deve-se considerar a
possibilidade de uma diminuição na eficácia (desenvolvimento de
tolerância) durante o tratamento.

Metabolizadores fracos do CYP 2C19: em pacientes com deficiência
na metabolização do CYP 2C19, os níveis do metabólito ativo
N-desmetil clobazam podem ser aumentados em comparação com os
metabolizadores potentes. Ajuste de dose de clobazam pode ser
necessário, como, por exemplo, dose inicial baixa com cuidadosa
titulação.

Urbanil pode causar sedação ou efeitos adversos similares, assim
como fraqueza muscular.

Advertências

Álcool:

É recomendado que os pacientes não consumam álcool durante o
tratamento com Urbanil devido ao risco de aumento da sedação e
outras reações adversas.

Amnésia:

Lapsos (perda) de memória para eventos que ocorram após um
evento “causador da doença” (amnésia anterógrada) podem ocorrer
mesmo quando os benzodiazepínicos são utilizados em uma variação de
dose normal, mas especialmente quando se utilizam doses mais
altas.

Dependência:

Os benzodiazepínicos, incluindo o clobazam, podem levar à
dependência física e psicológica. O risco de dependência aumenta
com a dose e a duração do tratamento. Entretanto, o risco está
presente mesmo com a ingestão diária de clobazam durante períodos
de somente algumas semanas, e se aplica não somente ao possível
abuso com altas doses, mas também com a variação da dose
terapêutica. O risco de dependência está aumentado em pacientes com
histórico de abuso de drogas ou álcool. O benefício terapêutico
deve ser avaliado contra o risco de dependência durante o uso
prolongado.

Na retirada dos benzodiazepínicos, especialmente se abrupta, um
fenômeno rebote ou síndrome de retirada podem ocorrer.

Fenômeno rebote:

O fenômeno rebote é caracterizado pela recorrência, de forma
acentuada, dos sintomas que originalmente levaram ao tratamento com
clobazam (por exemplo: ansiedade, convulsões). Isto pode estar
acompanhado por outras reações incluindo alterações de humor,
ansiedade ou distúrbio do sono e agitação.

Síndrome da retirada:

Após o desenvolvimento da dependência física, a interrupção
abrupta do tratamento com clobazam pode levar a sintomas de
abstinência (conjunto de modificações orgânicas que se dão em razão
da retirada abrupta do medicamento). Isto pode incluir cefaleias,
distúrbios do sono, aumento dos sonhos, ansiedade extrema, tensão,
agitação, confusão e excitabilidade, alteração na percepção
ambiental, perda de sentimento de identidade em relação aos outros
ou do seu próprio senso de realidade (despersonalização),
alucinações e psicoses sintomáticas (delírio de abstinência),
sensações de entorpecimento e formigamento das extremidades, dor
muscular, tremor, sudorese, náusea (enjoo), vômito, agudeza anormal
da audição (hiperacusia), alergia ou intolerância à luz, barulhos e
contato físico, bem como convulsões epilépticas. A síndrome de
abstinência também pode ocorrer na troca abrupta do
benzodiazepínico de ação prolongada, como por exemplo Urbanil, por
um benzodiazepínico de ação de curta duração.

Em pacientes com histórico de dependência a drogas ou álcool,
pode haver um aumento no risco de desenvolver dependência ao
clobazam, assim como ocorre com outros benzodiazepínicos.

Reações Adversas do Urbanil

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento).
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).

Distúrbios do metabolismo e nutrição

  • – Comum:

    diminuição do apetite.

Distúrbios psiquiátricos

  • – Comum:

    irritabilidade, agressividade, inquietação, depressão (depressão
    preexistente pode ser desmacarada), tolerância à droga
    (especialmente durante o uso prolongado), agitação.

  • – Incomum:

    comportamento anormal, estado confusional, ansiedade, delírio,
    pesadelos, perda de libido (particularmente com altas doses ou em
    tratamento prolongado e é reversível).

  • – Desconhecida:

    dependência (especialmente durante o uso prolongado), insônia
    inicial, raiva, alucinação, distúrbio psicótico, sono de má
    qualidade, ideia suicida.

Distúrbios do Sistema Nervoso

  • – Muito comum:

    sonolência, especialmente no início do tratamento e quando altas
    doses são utilizadas.

  • – Comum:

    sedação, tontura, distúrbios de atenção, fala lenta/ disartria
    (dificuldade em articular as palavras)/distúrbios da fala
    (particularmente com altas doses ou em tratamento prolongado e são
    reversíveis), dor de cabeça, tremor, ataxia (falta de coordenação
    dos movimentos).

  • – Incomum:

    empobrecimento afetivo, amnésia (pode estar associada com
    comportamento anormal), comprometimento da memória, amnésia
    anterógrada (perda da habilidade de formar novas memórias a partir
    de um determinado ponto no tempo) (na faixa de dose normal, mas
    especialmente em altas doses).

  • – Desconhecida:

    distúrbios cognitivos, estados alterados de consciência
    (particularmente em pacientes idosos, pode estar combinado com
    distúrbios respiratórios), nistagmo (movimento involuntário, rápido
    e repetitivo do globo ocular) (particularmente com altas doses ou
    em tratamento prolongado), distúrbios da marcha (particularmente
    com altas doses ou em tratamento prolongado e é reversível).

Distúrbios oculares

  • – Incomum:

    diplopia (visão dupla) (particularmente com altas doses ou em
    tratamento prolongado e é reversível).

Distúrbios respiratórios, torácicos e
mediastinais

  • – Desconhecidas:

    depressão respiratória, insuficiência respiratória
    [particularmente em pacientes com função respiratória comprometida
    preexistente (por exemplo, em pacientes com asma brônquica ou dano
    cerebral)].

Distúrbios gastrintestinais

  • – Comum:

    boca seca, náusea, constipação (prisão de ventre).

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

  • – Incomum:

    rash (erupções cutâneas).

  • – Desconhecida:

    reação de fotossensibilidade (sensibilidade exagerada à luz),
    urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que
    causa coceira), Síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação
    alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e grandes áreas do
    corpo), Necrólise Epidérmica Tóxica (quadro grave, onde uma grande
    extensão de pele começa a apresentar bolhas e evolui com áreas
    avermelhadas semelhante a uma grande queimadura), [incluindo alguns
    casos com resultado fatal (que podem levar à óbito)].

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido
conectivo

  • – Desconhecida:

    espasmos musculares, fraqueza muscular.

Distúrbios gerais

  • – Muito comum:

    fadiga (cansaço), especialmente no início do tratamento e quando
    altas doses são utilizadas.

  • – Desconhecidas:

    resposta lenta ao estímulo, hipotermia.

Investigações

  • – Incomum:

    ganho de peso (particularmente com altas doses ou em tratamento
    prolongado).

Envenenamento ou complicações do
procedimento

  • – Incomum:

    queda.

Informe ao seu médico se você perceber qualquer um desses
efeitos adversos listados acima ou qualquer outros efeitos
indesejados ou alterações inesperadas. Tendo em vista que alguns
efeitos adversos, por exemplo depressão respiratória, podem sob
certas circunstâncias tornarem risco à vida, é essencial que, caso
reações repentinas ou graves ocorram, o médico seja informado
imediatamente.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Urbanil

Pacientes com insuficiência na função dos rins ou fígado
apresentam uma resposta aumentada ao clobazam e maior
suscetibilidade aos seus efeitos adversos, portanto, em tais
pacientes uma redução da dose pode ser necessária. Em tratamento
prolongado, a função dos rins e fígado devem ser avaliadas
regularmente.

Nos pacientes idosos, devido ao aumento da sensibilidade às
reações adversas como sonolência, tontura, fraqueza muscular, há um
aumento no risco de quedas que podem resultar em lesão grave. Uma
redução da dose é recomendada.

Gravidez e amamentação

Informar ao médico a ocorrência de gravidez na vigência do
tratamento ou após o seu término. Estudos com animais não indicaram
efeitos prejudiciais diretos ou indiretos com relação à toxicidade
reprodutiva. Não foram encontradas quaisquer malformações
congênitas em camundongos, ratos ou coelhos nos estudos com
animais.

Na base de dados de segurança pós-comercialização, existem dados
limitados do uso de clobazam durante a gravidez. Alguns destes
casos reportaram alterações fetais e neonatais mas, a epilepsia
materna e a coadministração de medicamentos antiepilépticos foram
fatores que também poderiam estar associados a essas
alterações.

O clobazam atravessa a placenta mas nenhum efeito na
organogênese (formação do feto) foi identificado.

Como uma medida de precaução é preferível evitar o uso de
clobazam durante a gravidez. O clobazam deve ser utilizado durante
a gravidez apenas se o potencial benefício justificar o potencial
risco ao feto. A utilização de Urbanil, antes ou durante o
nascimento da criança pode resultar na ocorrência de depressão
respiratória (incluindo dificuldade respiratória e apneia), que
pode estar associada com outros distúrbios como sinais de sedação,
hipotermia (temperatura corporal do organismo abaixo do normal),
hipotonia (diminuição do tônus muscular esquelético) e dificuldade
de deglutição nos recém-nascidos.

Adicionalmente pode ocorrer dependência física aos
benzodiazepínicos em recém-nascidos de mães que tomaram o
medicamento por longos períodos até o final da gravidez. No período
após o nascimento, estes recém-nascidos podem apresentar risco de
desenvolver a Síndrome de Abstinência. É recomendada monitoração
adequada ao recém-nascido no período após o nascimento.

Existe uma quantidade limitada de dados sobre o uso de clobazam
em mulheres grávidas. Como uma medida de precaução é preferível
evitar o uso de clobazam durante a gravidez. O clobazam deve ser
utilizado durante a gravidez apenas se o potencial benefício
justificar o potencial risco ao feto.

Em pacientes com depressão ou ansiedade associada com depressão,
Urbanil deve ser apenas utilizado concomitante com tratamento
adequado. O uso de benzodiazepínicos de forma isolada (como
Urbanil), pode precipitar o suicídio nesses pacientes.

Em pacientes com esquizofrenia ou outras doenças psicóticas, o
uso de benzodiazepínicos é recomendado apenas para auxiliar, ou
seja não é recomendado para o tratamento primário.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Alguns efeitos adversos (por exemplo, sedação, fraqueza
muscular) podem prejudicar a capacidade do paciente de concentração
e reação, e, portanto, constituir um risco em situações nas quais
estas capacidades têm uma importância especial (por exemplo,
conduzir um veículo ou máquina).

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou
operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar
prejudicadas.

Composição do Urbanil

Cada comprimido contém:

  • – Urbanil 10 mg:

    cada comprimido contém 10 mg de clobazam.

  • – Urbanil 20 mg:

    cada comprimido contém 20 mg de clobazam.

Excipientes:

lactose monoidratada, amido de milho, talco, estearato de
magnésio e dióxido de silício.

Superdosagem do Urbanil

Superdosagem e intoxicação com benzodiazepínicos, incluindo
clobazam, podem conduzir a depressão do Sistema Nervoso Central,
associado a sonolência, confusão e apatia (falta de emoção),
possivelmente levando à ataxia, depressão respiratória, hipotensão
(pressão baixa) e, raramente coma. O risco de fatalidade aumenta em
casos de envenenamento combinado com outros depressores do Sistema
Nervoso Central, incluindo o álcool.

Tratamento

No tratamento por intoxicação deve ser levado em consideração o
possível envolvimento de múltiplos agentes.

Lavagem gástrica, reposição de fluidos intravenosos e medidas de
suporte podem ser indicadas adicionalmente a monitorização da
consciência, respiração, pulso e pressão sanguínea.

Equipamentos para lidar nos casos de complicações como obstrução
das vias aéreas ou insuficiência respiratória devem estar
disponíveis.

Casos de hipotensão podem ser tratados com substitutos do plasma
e, se necessário, com agentes simpatomiméticos.

A eliminação secundária de Urbanil (por diurese forçada ou
hemodiálise) é ineficaz.

A eficácia da administração suplementar de fisostigmina (um
agente colinérgico) ou de flumazenil (um antagonista dos
benzodiazepínicos) não deve ser utilizada devido a experiência
existente insuficiente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Urbanil

Álcool

O consumo concomitante de álcool pode aumentar a quantidade de
Clobazam (substância ativa) disponível no sangue em 50% e,
portanto, pode levar a um aumento dos efeitos de Clobazam
(substância ativa).

Medicamentos depressores do Sistema Nervoso
Central

O uso concomitante de Clobazam (substância ativa), especialmente
quando utilizado em altas doses, com medicamentos depressores do
Sistema Nervoso Central, tais como: analgésicos opioides,
anti-histamínicos sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, alguns
antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos, antipsicóticos ou
outros sedativos potencializa o efeito mutuamente.

Deve-se tomar extremo cuidado, quando Clobazam (substância
ativa) é utilizado nos casos de superdosagem com o medicamento
lítio ou com as substâncias acima.

Opioides

O uso concomitante de benzodiazepínicos, incluindo Clobazam
(substância ativa), e opioides aumenta o risco de sedação,
depressão respiratória, coma e óbito devido ao efeito depressor
aditivo do Sistema Nervoso Central. Se o uso concomitante for
necessário, limite a dosagem e a duração do uso concomitante de
benzodiazepínicos e opioides.

Anticonvulsivantes

Nos casos em que Clobazam (substância ativa) é administrado como
terapia auxiliar no tratamento da epilepsia com outros
anticonvulsivantes, a dose deve ser ajustada sob estrita supervisão
médica, (monitoração do EEG), uma vez que podem ocorrer interações
com a sua medicação básica.

Nos pacientes que recebem tratamento simultâneo com ácido
valpróico e Clobazam (substância ativa), pode haver um aumento leve
a moderado na concentração plasmática de ácido valpróico.

No tratamento concomitante com Clobazam (substância ativa), os
níveis plasmáticos da fenitoína podem aumentar. Se possível, os
níveis sanguíneos de ácido valpróico ou da fenitoína devem ser
monitorados. Carbamazepina e fenitoína podem causar um aumento na
conversão metabólica do Clobazam (substância ativa) para N-desmetil
Clobazam (substância ativa).

O estiripentol aumenta os níveis plasmáticos de Clobazam
(substância ativa) e do seu metabólito ativo N-desmetil Clobazam
(substância ativa). Monitoração dos níveis sanguíneos é
recomendada.

Analgésicos narcóticos

O uso concomitante de Clobazam (substância ativa) com
analgésicos narcóticos poderá intensificar a euforia, podendo levar
ao aumento da dependência psicológica.

Relaxantes musculares

Os efeitos dos relaxantes musculares e óxido nitroso podem
aumentar.

Inibidores do CYP 2C19

Potentes e moderados inibidores do CYP 2C19 podem resultar em um
aumento da exposição ao N-desmetil Clobazam (substância ativa) (N-
CLB). Ajuste de dose pode ser necessário quando coadministrado com
potentes (fluconazol, fluvoxamina, ticlopidina) ou moderados
inibidores (omeprazol) do CYP 2C19.

Substrato de CYP 2D6

Clobazam (substância ativa) é um fraco inibidor de CYP 2D6.
Ajuste de doses de drogas metabolizadas por CYP2D6
(dextrometorfano, pimozida, paroxetina, nebivolol) pode ser
necessário.

Ação da Substância Urbanil

Resultados da eficácia

Clobazam (substância ativa) é um benzodiazepínico com ação
ansiolítica e anticonvulsivante.

Estudos com Clobazam (substância ativa) em pacientes
hospitalizados demonstraram o efeito ansiolítico quando
administrado por períodos de 3 semanas a 12 meses.

A escala de Hamilton para a avaliação de ansiedade e a impressão
clínica global tem demonstrado melhora quando comparamos o uso do
Clobazam (substância ativa) em relação ao placebo em pacientes com
ansiedade.

Estudos abertos demonstraram que o clozabam proporcionou o
alívio da ansiedade associada aos sintomas cardiovasculares.

Estudos abertos feitos com Clobazam (substância ativa) em doses
diárias de 5 a 15 mg com crianças de até 15 anos que apresentavam
ansiedade de causa primária ou associada à escola, hospitalização
ou doenças orgânicas, demonstrou que o mesmo foi efetivo em aliviar
os sintomas de ansiedade.

Estudo realizado por Montenegro et al (2008) onde
avaliou retrospectivamente 251 pacientes com epilepsia refratária
demonstrou que o uso do Clobazam (substância ativa) foi efetivo
para um melhor controle do quadro epiléptico como terapia
complementar.


Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

Modo de ação

Clobazam (substância ativa) é um ansiolítico e anticonvulsivante
pertencente ao grupo dos benzodiazepínicos.

Clobazam (substância ativa) é o 7-cloro 1-metil 5-fenil 1H-1,5
benzodiazepina 2,4 (3H, 5H)-dione. Deste modo, não interfere no
rendimento psicomotor, permitindo o desempenho das atividades
normais do paciente.

Farmacocinética

Absorção

Após administração oral, Clobazam (substância ativa) é rápido e
extensivamente absorvido. A Biodisponibilidade relativa de Clobazam
(substância ativa) comprimidos não foi significantemente
diferente.

O tempo para atingir o pico da concentração plasmática
(Tmax) é de 0,5 – 4h.

A administração de Clobazam (substância ativa) comprimidos com a
alimentação, retarda a absorção em aproximadamente 1 hora, mas não
afeta a extensão total da absorção. Clobazam (substância ativa)
pode ser administrado distante das refeições.

A ingestão concomitante de álcool pode aumentar a
biodisponibilidade do Clobazam (substância ativa) em 50%.

Distribuição

Após uma dose única de 20 mg de Clobazam (substância ativa), a
variabilidade interindividual marcada em concentrações plasmáticas
máximas (222 a 709 ng/mL) foi observada após 0,25 a 4 horas.
Clobazam (substância ativa) é lipofílico e é distribuído
rapidamente pelo organismo.

Baseado na população de análise farmacocinética, o volume
aparente de distribuição até o estado de equilíbrio foi de
aproximadamente 102L, e é independente da concentração ao longo do
intervalo terapêutico. Aproximadamente 80 – 90% de Clobazam
(substância ativa) se liga à proteína plasmática.

Clobazam (substância ativa) acumula aproximadamente de 2-3 vezes
até o estado de equilíbrio enquanto o metabólito ativo N-desmetil
Clobazam (substância ativa) (N-CLB) acumula cerca de 20 vezes após
a administração de Clobazam (substância ativa) duas vezes ao dia.
As concentrações de estado de equilíbrio são atingidas dentro de
aproximadamente duas semanas.

Metabolismo

Clobazam (substância ativa) é rápida e extensivamente
metabolizado pelo fígado. O metabolismo de Clobazam (substância
ativa) ocorre primariamente por desmetilação hepática do N-desmetil
Clobazam (substância ativa) (N-CLB), mediada por CYP3A4 e, em menor
proporção por CYP2C19. N- CLB é um metabólito ativo e o principal
metabólito circulante encontrado no plasma humano.

O metabólito ativo N-CLB sofre biotransformação no fígado
formando 4-hidroxi-N-desmetil Clobazam (substância ativa), mediada
primariamente por CYP2C19.

Metabolizadores lentos de CYP2C19 apresentam uma concentração 5
vezes maior de N-CLB no plasma em comparação com potentes
metabolizadores;

Clobazam (substância ativa) é um fraco inibidor da CYP2D6. A
coadministração com dextrometorfano levou a um aumento de 90% na
AUC e 59% nos valores de Cmáx de dextrometorfano.

Eliminação

Baseado na população de análise farmacocinética, as meias-vida
de eliminação plasmática de Clobazam (substância ativa) e N-CLB
foram estimadas em cerca de 36 e 79 horas, respectivamente.

Clobazam (substância ativa) é eliminado principalmente pelo
metabolismo hepático, com eliminação renal subsequente. Em um
estudo de balanço de massa, aproximadamente 80% da dose
administrada foi recuperada na urina e cerca de 11% nas fezes.
Menos de 1% de Clobazam (substância ativa) inalterado e menos de
10% de N-CLB inalterado são excretados através dos rins.

Clobazam (substância ativa) atravessa a barreira placentária e
aparece no leite materno.

Tanto no sangue fetal quanto no leite materno, podem ser
alcançadas concentrações efetivas.

População especial

Idosos

Em idosos, há uma tendência na redução do clearance após
administração oral. A meia vida de eliminação é prolongada e o
volume de distribuição aumentado. Isto pode gerar um maior acúmulo
da droga quando administrada em uma base de doses múltiplas do que
em pacientes jovens.

O efeito da idade no clearance e o perfil de acumulação do
Clobazam (substância ativa) parecem também se aplicar ao metabólito
ativo.

Pacientes com insuficiência hepática

Em pacientes com doença hepática severa, o volume de
distribuição do Clobazam (substância ativa) é aumentado e a meia
vida de eliminação é prolongada.

Pacientes com insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal, as concentrações
plasmáticas do Clobazam (substância ativa) são reduzidas,
possivelmente devido a absorção da droga estar prejudicada. A meia
vida de eliminação é em grande parte independente da função
renal.

Cuidados de Armazenamento do Urbanil

Urbanil deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e
30°C), proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o na sua embalagem original.

Características do medicamento

  • – Urbanil 10 mg:

    comprimidos brancos, redondos, curvado na face externa nos dois
    lados, apresentando uma face lisa e outra face com sulco
    central.

  • – Urbanil 20 mg:

    comprimidos brancos, redondos, biplanos, apresentando uma face
    lisa e a outra face com sulco central.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Mensagens de Alerta do Urbanil

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.​

Venda sob prescrição médica.

Atenção: o abuso deste medicamento pode causar
dependência.

Dizeres Legais do Urbanil

MS 1.1300.0236

Farm. Resp.:

Silvia Regina Brollo
CRF-SP n° 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23
Indústria Brasileira

Urbanil, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.