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Unitidazin

Como Unitidazin funciona?

Unitidazin atua sobre os sintomas da esquizofrenia.

O cloridrato de tioridazina é um neuroléptico com atividade
farmacológica básica similar à de outras fenotiazinas, mas seu
espectro clínico mostra diferenças significativas em relação a
outros agentes dessa classe. As características típicas do
cloridrato de tioridazina são sua baixa tendência de causar efeitos
extrapiramidais (os sintomas extrapiramidais são os relacionados à
coordenação e movimento, ex.: tremores, tiques, rigidez,
hipersalivação) e sua baixa atividade antiemética.

Geralmente são necessárias duas a três semanas ou mais para
demonstrar efeitos positivos inequivocados em pacientes
esquizofrênicos hospitalizados. O benefício máximo pode requerer
seis semanas a seis meses para se desenvolver em pacientes
psicóticos crônicos. Em contraste, a melhora de pacientes
psicóticos agudos pode ser observada em 24 a 48 horas.

Antes de se iniciar o tratamento com Unitidazin, deve ser
realizado ECG (eletrocardiograma) para excluir pacientes com doença
cardiovascular relevante preexistente.

Contraindicação do Unitidazin

Unitidazin é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade
à tioridazina ou a outros componentes da formulação. Unitidazin
também é contraindicado em pacientes com história de reações de
hipersensibilidade a outras fenotiazina (Exemplo: clorpromazina,
levomeprazina, trifluoperazina) e de doença cardiovascular
grave.

Unitidazin deve ser usado durante a gravidez somente se os
benefícios para a mãe suplantarem os possíveis riscos para o feto.
Informe o seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do
tratamento ou após o seu término. (Categoria C).

Mães tratadas com cloridrato de tioridazina não devem
amamentar.

Como usar o Unitidazin

Unitidazin deve ser utilizado apenas por via
oral.

Posologia

A posologia e o horário de tomada do medicamento devem ser
ajustados individualmente, de acordo com a natureza e a gravidade
dos sintomas. Recomenda-se iniciar com doses baixas e aumentá-las
gradativamente até que se atinja o nível plenamente eficaz. As
quantidades diárias totais de Unitidazin são geralmente
administradas em 2 a 4 doses.

Esquizofrenia e exacerbações agudas

Exacerbações agudas em pacientes psicóticos
adultos

100 a 600 mg/dia até um máximo de 800 mg/dia.

Esquizofrenia crônica

100 a 600 mg/dia em pacientes hospitalizados e 50 a 300 mg/dia
em pacientes ambulatoriais.

Pacientes que apresentam sobrepeso, insuficiência renal
ou hepática

Em pacientes que apresentam sobrepeso, insuficiência renal ou
hepática recomenda-se uma dose inicial particularmente baixa
seguida por pequenos aumentos.

A dosagem ótima de medicamentos antipsicóticos algumas vezes é
difícil de ser determinada e pode ser necessário um esquema
terapêutico flexível com ajustes de doses. Isto também pode ajudar
a reduzir a incidência de efeitos colaterais.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de
usar Unitidazin?

Se você perder uma dose ou se esquecer de tomar o medicamento,
tome-a assim que puder. Se é quase hora da próxima dose, espere até
lá para tomar o remédio e pule a dose esquecida.

Não use medicamento extra para compensar uma dose perdida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Unitidazin

Recomenda-se precaução em pacientes com glaucoma de ângulo
estreito, hipertrofia prostática ou doença cardiovascular (doença
cardiovascular grave é contraindicação).

Propriedades anticolinérgicas

Em virtude de suas propriedades anticolinérgicas, Unitidazin
deve ser utilizado com cautela em pacientes com histórico de
glaucoma de ângulo estreito, aumento de pressão intraocular,
retenção urinária (como na hipertrofia prostática) e constipação
crônica.

Disfunções hepáticas

Em pacientes com doença hepática é necessário o monitoramento
regular da função hepática.

Discrasias sanguíneas

Embora a incidência de leucopenia e/ou agranulocitose com
cloridrato de tioridazina seja baixa, como com qualquer outro
fenotiazínico, deve-se realizar hemogramas regularmente durante os
primeiros meses de tratamento e imediatamente, se ocorrerem sinais
clínicos sugestivos de discrasia sanguínea.

Pressão arterial

Hipotensão ortostática é frequentemente observada em pacientes
aos quais é administrada a tioridazina. Ao iniciar o tratamento com
Unitidazin, aconselha-se checar a pressão arterial, especialmente
em idosos e pacientes com hipotensão postural ou com circulação
lábil.

Álcool

Como o álcool pode potencializar o risco de reações
hepatotóxicas, hipertermia, acatisia, distonia ou outros
transtornos do SNC, o seu consumo durante a terapia com tioridazina
deve ser evitado.

Tolerância

Tolerância aos efeitos sedativos das fenotiazinas e tolerância
cruzada entre fármacos antipsicóticos foram relatadas. A tolerância
pode também ser a responsável pelo aparecimento de sintomas
causados pela retirada do fármaco.

Quando a terapêutica em longo prazo é descontinuada, uma redução
gradual da dosagem durante várias semanas é recomendada, uma vez
que a retirada abrupta de medicamentos neurolépticos pode causar,
em alguns pacientes recebendo altas doses ou tratamento de longa
duração, sintomas como náusea, vômito, distúrbios gástricos,
tremores, tonturas, ansiedade, agitação e insônia assim como sinais
discinéticos transitórios. Isso pode predizer incorretamente o
início de um episódio depressivo ou psicótico.

Exames laboratoriais (hemograma e testes de função hepática)
devem ser feitos conforme orientação de seu médico.

Pacientes idosos

Foi relatado que o risco de fraturas de quadril está aumentado
em pacientes idosos recebendo antipsicóticos, sugerindo que a
sedação induzida por antipsicóticos ou a hipotensão ortostática
pode aumentar o risco de quedas neste grupo de pacientes.

Existem algumas evidências de que o uso de antipsicóticos para o
controle de complicações comportamentais da demência pode aumentar
o índice de declínio cognitivo. Há relatos de que pacientes idosos
com demência, especialmente demência de Lewy-body, são
altamente suscetíveis aos efeitos colaterais extrapiramidais das
drogas antipsicóticas, e a reação pode ser extremamente grave, em
alguns casos fatais. Caso haja necessidade do uso dessas drogas em
pacientes idosos com demência, doses muito baixas devem ser
administradas e cuidado especial deve ser dedicado em caso de
suspeita de demência tipo Lewybody, uma vez que
pode ocorrer súbita deterioração com risco de vida. Preparações do
tipo depot não devem ser usadas neste grupo de pacientes.

Gravidez e lactação

Mães que utilizam cloridrato de tioridazina não devem amamentar.
Unitidazin deve ser usado durante a gravidez somente se os
benefícios para a mãe suplantarem os possíveis riscos para o feto.
Informe o seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do
tratamento ou após o seu término.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista (Categoria
C).

Interações medicamentosas

O cloridrato de tioridazina acentua o efeito depressor do SNC
causado por bebidas alcoólicas e outras substâncias depressoras
tais como benzodiazepinas, maprotilina ou anestésicos gerais,
sedativos e antihistamínicos.

Deve-se ter cautela na administração concomitante com: levodopa,
vasoconstritores adrenérgicos (por exemplo, efedrina e
fenilefrina), inibidores da MAO, lítio, anti-hipertensivos e
betabloqueadores, antiácidos e antidiarreicos, quinidina,
anti-arrítmicos, diuréticos tiazídicos, antidiabéticos, agentes
anticolinérgicos, cimetidina, fluoxetina, paroxetina, outros
inibidores seletivos da recaptação de serotonina e moclobemida,
antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, barbitúricos e
anticoagulantes.

Antidiabéticos

Fenotiazinas afetam o metabolismo de carboidratos e, portanto,
podem interferir no controle de pacientes diabéticos.

Atenção diabéticos: contém açúcar.

Devido ao efeito sedativo, deve-se ter cuidado em
atividades que necessitem atenção, como dirigir veículos e/ou
operar máquinas.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir
veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.

Advertências

Sintomas extrapiramidais

Uma variedade de síndromes neurológicas, em particular
envolvendo o sistema extrapiramidal, ocorrem após o uso de várias
drogas antipsicóticas: distonia aguda, acatisia (incapacidade de se
manter imóvel), parkinsonismo e discinesia tardia (incapacidade de
iniciar o movimento). Apesar do risco com a tioridazina ser
relativamente baixo e virtualmente ausente em doses baixas, podem
ocorrer sintomas extrapiramidais, especialmente, com altas doses de
Unitidazin.

Existem relatos raros de discinesia tardia em pacientes que
estejam recebendo tioridazina. Apesar de nenhuma associação clara
entre o desenvolvimento desta síndrome e a duração do tratamento
com droga antipsicótica ter sido mostrada, a descontinuação ou
redução à dose mínima efetiva deve ser considerada em pacientes que
desenvolvam sinais e sintomas de discinesia tardia durante terapia
com Unitidazin. Tais sintomas podem gradualmente piorar ou até
mesmo ocorrer após a descontinuação do tratamento.

Síndrome neuroléptica maligna (SNM)

Esta síndrome foi relatada em casos muito raros em associação
com tioridazina. Esta síndrome é uma doença potencialmente fatal
caracterizada por rigidez muscular, hipertermia, alteração de
consciência e disfunção autonômica (pulso ou pressão irregulares,
taquicardia, diaforese (suor e transpiração excessiva) e arritmias
cardíacas). Sinais adicionais podem incluir creatinina fosfoquinase
elevada, mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal
aguda.

Nos casos em que a SNM se desenvolve e em pacientes com febre
alta inexplicável, sem manifestações clínicas adicionais de SNM,
Unitidazin deve ser descontinuado.

Se um paciente necessita de tratamento com drogas antipsicóticas
após recuperação de SNM, a reintrodução da terapia deve ser
cuidadosamente considerada, uma vez que recorrências de SNM foram
relatadas.

Limiar convulsivo

Muitas drogas neurolépticas, incluindo a tioridazina, podem
diminuir o limiar convulsivo e induzir padrões de descarga no ECG
(eletrocardiograma) que são associados a distúrbios epilépticos. O
cloridrato de tioridazina entretanto, mostrou ser útil no
tratamento de distúrbios de comportamento em pacientes epilépticos.
Em tais casos, a medicação anticonvulsivante deve ser mantida, a
dosagem de antipsicóticos deve ser aumentada gradativamente e a
possibilidade de interações e ajustes da dose de antiepiléptico
deve ser considerada.

Doença cardiovascular

É aconselhável cautela em pacientes com história de doença
cardiovascular, especialmente em idosos e naqueles com
insuficiência cardíaca congestiva, distúrbios de condução,
arritmias, síndrome congênita do QT prolongado ou instabilidade
circulatória.

Antes de se iniciar o tratamento com Unitidazin deve ser feito
ECG a fim de se excluir pacientes com doença cardiovascular
relevante preexistente. Assim, aumentos no intervalo QT,
parada cardíaca, arritmias cardíacas e muito raramente arritmia
torsade de pointes foram relatadas em associação com
tioridazina; casos isolados foram fatais. Essas alterações são
usualmente confinadas a altas doses e são mais prováveis de
ocorrerem quando os níveis sanguíneos de potássio estão baixos.
Relatos ocasionais implicaram a terapia com fenotiazina em alguns
casos de morte súbita. Apesar da retrospectiva de tais casos ser
difícil de interpretar, casos isolados de morte súbita em
indivíduos jovens aparentemente saudáveis podem ser diretamente
atribuíveis a arritmias cardíacas seguidas de tratamento com
tioridazina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento (incluindo medicamentos
fitoterápicos, homeopáticos, chás).

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Unitidazin

Como com outras fenotiazinas, os efeitos colaterais de
Unitidazin são dose-dependentes e normalmente representam efeitos
farmacológicos exagerados. As reações adversas são leves e
transitórias dentro da faixa de dosagem recomendada. As reações
adversas mais graves foram observadas principalmente com
doses elevadas; em doses menores, as frequências são muito
baixas e efeitos adversos como sintomas extrapiramidais e desordens
sanguíneas são muito raros.

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Sedação e sonolência.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Tontura, boca seca, visão borrada, distúrbios de acomodação
visual, congestão nasal, hipotensão ortostática e galactorreia (é a
produção de leite fora do período pós-parto ou de lactação. Pode
ocorrer no sexo masculino).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Confusão, agitação, alucinação, irritabilidade, dor de cabeça,
náuseas, vômitos, diarreia, constipação, perda de apetite, retenção
ou incontinência urinária, alterações no ECG (eletrocardiograma)
tais como prolongamento do intervalo QT, taquicardia, amenorreia,
irregularidades menstruais, alteração de peso, distúrbios de
ereção, inibição da ejaculação e anormalidade das enzimas
hepáticas.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Pseudoparkinsonismo, convulsões, sintomas extrapiramidais
(tremor, rigidez muscular, acatisia, discinesia, distonia),
hipercinesia, discinesia tardia, palidez e tremor, arritmias,
priapismo, leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia (redução do
número de plaquetas no sangue), hepatite, dermatite, erupções
cutâneas, urticária, erupções alérgicas, fotossensibilidade,
inchaço da parótida, hipertermia, depressão respiratória. Raros
casos de retinopatia pigmentar após tratamento prolongado,
principalmente com doses superiores à dose máxima recomendada de
800 mg por dia.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Depressão, insônia, pesadelos, reações psicóticas, síndrome
neuroléptica maligna, íleo paralítico, torsade de pointes
e parada cardíaca, ambos podendo resultar em morte súbita, inchaço
das mamas, edema periférico, anemia e leucocitose.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Unitidazin

Cada drágea 25 mg contém:

25 mg de cloridrato de tioridazina.

Cada drágea 50 mg contém:

50 mg de cloridrato de tioridazina.

Cada drágea 100 mg contém:

100 mg de cloridrato de tioridazina.

Excipientes

Lactose, amido, etilcelulose, estearato de magnésio, goma laca,
silicato de magnésio, sacarose, carbonato de cálcio, goma arábica e
corante amarelo.

Superdosagem do Unitidazin

Sintomas

Boca seca, náusea, vômito, íleo paralítico, congestão nasal,
retenção urinária, visão borrada, rabdomiólise, sedação, confusão,
agitação, sonolência, desorientação, efeitos extrapiramidais,
hipercinesia, hipertermia, convulsões, coma, torsade de pointes,
parada cardíaca, taquicardia, arritmia, hipotensão, colapso e
morte. Depressão respiratória, parada respiratória e edema
pulmonar.

Tratamento

Lavagem gástrica, seguida de administração de carvão ativado. A
indução de êmese deve ser evitada devido ao risco de reações
distônicas e o potencial de aspirar o vômito. Cuidados gerais e
monitorização de possíveis efeitos sobre os sistemas
cardiovascular, respiratório e nervoso central.

O tratamento para a hipotensão pode exigir fluidos endovenosos e
vasopressores. As potentes propriedades bloqueadoras
alfa-adrenérgicas da fenotiazina tornam o uso de vasopressores com
propriedades mistas de agonistas alfa e beta-adrenérgicos,
incluindo adrenalina e dopamina, inapropriado, podendo resultar em
vasodilatação paradoxal e hipotensão.

Em caso de convulsões, os barbitúricos devem ser evitados, uma
vez que eles podem potencializar a depressão respiratória induzida
pela fenotiazina.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Unitidazin

Depressores do SNC:

Os fenotiazínicos podem acentuar os efeitos depressores de
álcool e outras substâncias depressoras tais como benzodiazepinas,
maprotilina ou anestésicos gerais, sedativos e anti-histamínicos,
os efeitos antimuscarínicos de anticolinérgicos e os efeitos
inibidores cardíacos da quinidina.

Agentes antiparkinsonianos:

Os efeitos da levodopa e de Cloridrato de Tioridazina
(substância ativa) podem ser inibidos quando essas drogas são
utilizadas concomitantemente.

Antiepilépticos:

Os fenotiazínicos, incluindo a tioridazina, podem reduzir o
limiar convulsivo em pacientes epilépticos. Os níveis séricos de
fenitoína podem estar elevados ou diminuídos pelo uso da
tioridazina e pode ser necessário o ajuste da posologia. O uso
concomitante com carbamazepina parece não ter efeito no nível
sérico da tioridazina ou carbamazepina.

Vasoconstritores adrenérgicos:

Devido à sua ação adrenolítica, os fenotiazínicos podem reduzir
o efeito pressor de vasoconstritores adrenérgicos (por exemplo,
efedrina e fenilefrina).

Inibidores da MAO:

O uso simultâneo de inibidores da MAO pode prolongar e
intensificar os efeitos sedativos e antimuscarínicos dos
fenotiazínicos ou dos inibidores da MAO.

Lítio:

Complicações neurotóxicas graves, efeitos extrapiramidais e
episódios de sonambulismo foram descritos em pacientes tratados
concomitantemente com lítio e fenotiazinas, incluindo tioridazina.
O uso concomitante de lítio pode agravar os sintomas
extrapiramidais e a neurotoxicidade causada por neurolépticos. O
efeito antiemético dos fenotiazínicos pode mascarar os primeiros
sinais de toxicidade do lítio.

Anti-hipertensivos e betabloqueadores:

Como resultado da inibição do metabolismo, o uso simultâneo de
betabloqueadores pode aumentar os níveis plasmáticos de cada
medicação, possivelmente resultando em hipotensão grave, arritmias
cardíacas ou efeitos colaterais no SNC (veja também abaixo
Metabolismo do citocromo P450 2D6).

Antiácidos e antidiarreicos:

Essas drogas podem reduzir a absorção gastrointestinal de
fenotiazínicos administrados oralmente.

Quinidina:

Administração concomitante com tioridazina pode levar à uma
depressão miocárdica aditiva.

Anti-arrítmicos / Prolongamento do intervalo
QT:

Uma vez que as fenotiazinas, incluindo Cloridrato de Tioridazina
(substância ativa), podem induzir alterações no ECG tais como
prolongamento do intervalo QT, a comedicação com outros fármacos
que prolongam o intervalo QT é contraindicada.

Diuréticos tiazídicos:

O uso concomitante de fenotiazinas e diuréticos tiazídicos pode
resultar em hipotensão grave e a hipocalemia diurética-induzida
pode potencializar a cardiotoxicidade tioridazina-induzida.

Antidiabéticos:

Fenotiazinas afetam o metabolismo de carboidratos e, portanto,
podem interferir no controle de pacientes diabéticos.

Agentes anticolinérgicos:

O uso concomitante com fenotiazinas pode exacerbar efeitos
colaterais anticolinérgicos, incluindo psicoses atropinalike,
constipação grave, íleo adinâmico e efeitos hiperpiréticos
potencialmente levando à hipertermia. O monitoramento e ajuste de
dose são então necessários quando Cloridrato de Tioridazina
(substância ativa) é administrado concomitantemente com fármacos
como anti- histamínicos, antidepressivos tricíclicos ou compostos
semelhantes à atropina.

Metabolismo do citocromo P450 2D6:

Tioridazina é metabolizada pelo citocromo P450 2D6 e ela mesma é
um inibidor dessa via. Os efeitos da tioridazina podem, portanto,
ser aumentados e prolongados por drogas que inibam esta isoforma de
P450 tais como cimetidina, fluoxetina, paroxetina, outros ISRSs e
moclobemida. A administração concomitante desses fármacos está
contraindicada.

Antidepressivos tricíclicos:

A co-medicação com fármacos metabolizados pela isoenzima P450
2D6 é contraindicada. A co-medicação resulta em níveis plasmáticos
aumentados de antidepressivos tricíclicos e/ou fenotiazinas. Como
resultado, foram relatadas arritmias cardíacas em pacientes que
estavam recebendo tioridazina e antidepressivos tricíclicos
concomitantemente.

Antipsicóticos: 

A co-medicação com fármacos metabolizados pela isoenzima P450
2D6 é contraindicada.

Barbitúricos:

O uso concomitante com fenotiazinas pode resultar em níveis
séricos reduzidos de ambas as drogas e uma resposta aumentada se
uma das drogas é retirada.

Anticoagulantes:

A co-medicação com fenotiazinas pode causar um elevado efeito
hipoprotrombinêmico, presumivelmente devido à competição
enzimática, necessitando de uma cuidadosa monitorização da
protrombina plasmática.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Melleril.

Ação da Substância Unitidazin

Resultados de Eficácia


Testes de eficácia demostraram que os pacientes tratados com
tioridazina obtiveram uma melhora significativa na sintomatologia
ao longo do tempo enquanto o grupo tratado com haloperidol piorou
ao longo do tempo.

Referências:

“Thioridazine Improves Affective
Symptoms in Schizophrenic Patients “ Dufresne RL, Valentino D, Kass
DJ. PsychopharmacolBull 29:249- 55, 1993.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Melleril.

Características Farmacológicas


Grupo terapêutico:

neuroléptico.

O princípio ativo de Cloridrato de Tioridazina (substância
ativa) é a tioridazina, a qual pertence à classe das
fenotiazinas.

Cloridrato de Tioridazina (substância ativa) é um neuroléptico
cujo perfil farmacológico básico é similar ao de outras
fenotiazinas, mas seu espectro clínico mostra diferenças
significativas em relação a outros agentes dessa classe. As
características típicas de Cloridrato de Tioridazina (substância
ativa) são sua baixa tendência de causar efeitos extrapiramidais,
efeito sedativo e ansiolítico relativamente fortes, atividade
hipotensora moderada e baixa atividade antiemética.

Cloridrato de Tioridazina (substância ativa) é um neuroléptico
eficaz no controle dos sintomas graves de esquizofrenia.

Farmacocinética

Absorção

Cloridrato de Tioridazina (substância ativa) é absorvido rápida
e completamente no trato gastrointestinal. Concentrações
plasmáticas máximas são obtidas 2 a 4 horas após a ingestão. A
biodisponibilidade sistêmica média é de cerca de 60% e existe uma
considerável variabilidade interpaciente na exposição.

Distribuição

A taxa de ligação a proteínas é elevada (superior a 95%) e o
volume de distribuição relativa é de cerca de 10 l/kg. A
tioridazina atravessa a placenta, e passa para o leite materno. A
tioridazina e seus principais metabólitos (sulforidazina e
mesoridazina) atravessam a barreira hematoencefálica e podem ser
detectados no fluido cérebro-espinhal. As proporções de
concentração dos dois metabólitos, do fluido cérebro-espinhal para
o plasma, são maiores do que aquelas do composto original,
indicando que ambos contribuem significativamentepara a atividade
antipsicótica da droga.

Biotransformação

A tioridazina é extensivamente metabolizada no fígado pelo
citocromo P450 2D6. Seus principais metabólitos, mesoridazina e
sulforidazina, possuem propriedades farmacodinâmicas similares
àquelas do composto original. Também possui um metabólito com anel
sulfóxido sem propriedades anti- psicótico mas com efeitos
cardiovasculares e um metabólito N-demetilado, com função menos
clara.

Eliminação

A excreção se dá principalmente nas fezes (50%), mas também
pelos rins (menos que 4% como droga inalterada e cerca de 30% como
metabólitos). A meiavida de eliminação plasmática é de
aproximadamente10 horas.

Dados de segurança pré-clínicos

A tioridazina mostrou-se não teratogênica em estudos de
embriotoxicidade em ratos e coelhos.

Em um estudo de toxicidade de 52 semanas em ratos e de 6 meses
em cães não revelou toxicidade em órgão-alvo.

Não se detectou potencial mutagênico para a tioridazina em uma
série de estudos in vitro e in vivo. Não foram
feitos estudos de fertilidade e carcinogenicidade para a
tioridazina.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Melleril.

Cuidados de Armazenamento do Unitidazin

Manter o produto em sua embalagem original e evitar calor
excessivo (temperatura superior a 40°C); proteger da umidade

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação
(vide cartucho).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Características organolépticas

Drágea circular uniforme, de cor e odor característico.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Dizeres Legais do Unitidazin

Registro MS – 1.0497.1230.

Farm. Resp.:

Florentino de Jesus Krencas
CRF-SP: 49136

União Química Farmacêutica Nacional S/A.

Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90
Embu-Guaçu – SP CEP 06900-000
CNPJ 60.665.981/0001-18.
Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

Unitidazin, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.