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Uninaltrex

Como o Uninaltrex funciona?


Este medicamento deve ser tomado exclusivamente sob supervisão
de seu médico. Sua prescrição é parte de um tratamento para a
dependência de alcoolismo ou de drogas. Mantenha um cartão de
identificação de paciente sob tratamento com este produto para
possíveis emergências.

A naltrexona é um antagonista opioide puro. Não leva à
dependência física ou psíquica. Não se tem conhecimento da
ocorrência de tolerância ao efeito antagonista opioide.

Contraindicação do Uninaltrex

O produto não deve ser usado por:

  • Pacientes com hipersensibilidade aos componentes da
    fórmula;
  • Pacientes que estejam recebendo analgésicos opioides ou que
    sejam atualmente dependentes de opioides;
  • Pacientes com síndrome de abstinência aguda de opioides;
  • Pacientes nos quais o teste com naloxona tenha falhado ou com
    urina positiva para o teste de opioides;
  • Pacientes com hepatite aguda ou deficiência hepática.

Não deve ser utilizado durante a gravidez e a
lactação.

Durante o tratamento o paciente não deve dirigir
veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.

Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico, pode
ser perigoso para sua saúde.

Como usar o Uninaltrex

Tratamento do Alcoolismo

Para a maioria dos pacientes recomenda-se uma dose diária de 50
mg.

Os relatos de estudos placebo-controlados demonstraram eficácia
da naltrexona, como parte do tratamento do alcoolismo, com doses
diárias de 50 mg, por até 12 semanas.

Tratamento da Dependência de Narcóticos

Diretrizes gerais para o tratamento: o tratamento não deve ser
iniciado até que o paciente esteja desintoxicado e tenha
abstinência de opioides por no mínimo 7 a 10 dias. Relatos pessoais
de viciados em narcóticos informando sobre a abstinência de
opioides devem ser confirmados através da análise da urina do
paciente para detectar a ausência de opioides. O paciente deve
estar manifestando sinais de abstinência ou mostrando sinais de
abstinência.

Se existir algum fato de dependência oculta de opioide, deverá
ser realizado um teste com naloxona. Se persistirem sinais de
abstinência de opioides após o teste, o tratamento com naltrexona
não poderá ser iniciado. O teste com naloxona poderá ser repetido
em 24 horas.

O tratamento deve ser iniciado com cuidado, com uma dose inicial
de 25 mg de naltrexona, observando-se o paciente por 1 hora. Se não
houver sinal de abstinência, administra-se o restante dos 25 mg. O
tratamento pode ser iniciado depois disso com 50 mg diários do
produto.

Teste com naloxona

O teste não deverá ser realizado em pacientes mostrando sinais
ou sintomas de abstinência de opioides, ou em pacientes cuja urina
contenha opioides. O teste com naloxona poderá ser feito pelas vias
endovenosa ou subcutânea.

Via endovenosa:

Deve-se injetar inicialmente 0,2 mg de naloxona e enquanto a
agulha ainda estiver na veia do paciente, o mesmo deve ser
observado por 30 segundos para evidenciar sinais ou sintomas de
abstinência. Se não houver evidência de abstinência, aplicar mais
0,6 mg de naloxona e o paciente deverá ser observado por um período
adicional de 20 minutos para detectar sinais e sintomas de
abstinência.

Via subcutânea:

Se esta via de administração for selecionada, devem ser
aplicados 0,8 mg de naloxona e o paciente deve ser observado por 20
minutos para verificar se existem sinais e sintomas de
abstinência.

Interpretação do Teste com naloxona

A presença dos sinais e sintomas descritos indicam um potencial
risco do paciente e nesses casos a naltrexona não poderá ser
administrada. Se não houver nenhum sinal ou sintoma de abstinência
observado, deduzido ou relatado, a naltrexona poderá ser
administrada. Se houver alguma dúvida do observador em relação ao
estado do paciente que deve estar livre de opioide, ou no caso de o
mesmo estar em estado contínuo de abstinência, deve-se suspender a
naltrexona por 24 horas e depois repetir o teste.

Condições e Técnica de Observação do
Paciente

Durante o período apropriado de observação, devem ser
monitorados os sinais vitais dos pacientes e também os sinais de
abstinência. É importante também questionar o paciente com cuidado.
Os sinais e sintomas de abstinência incluem, não se limitando
porém, o seguinte:

Sinais de Abstinência

Congestão nasal ou rinorreia, lacrimejamento, bocejo, sudorese,
tremor, vômito ou piloereção.

Sintomas de Abstinência

Sensação de mudança de temperatura, dores nas juntas ou ossos e
musculares, cãibra abdominal.

Dosagens Alternativas

Uma vez iniciado o tratamento com 50 mg de naltrexona a cada 24
horas, esta dose produzirá bloqueio clínico adequado das ações dos
opioides administrados parenteralmente (esta dose bloqueia os
efeitos de 25 mg de heroína endovenosa).

Uma dosagem alternativa pode ser necessária em casos de
administração supervisionada. Dessa forma, pacientes podem receber
50 mg de naltrexona em cada dia da semana com uma dose de 100 mg no
sábado, 100 mg em dias alternados, ou 150 mg a cada terceiro dia. O
grau de bloqueio produzido pela naltrexona pode ser reduzido por
esses intervalos de dosagem estendidos.

Pode haver um risco maior de dano hepático com doses simples
acima de 50 mg e o uso de doses maiores e intervalos de dosagem
estendidos devem equilibrar os possíveis riscos contra os possíveis
benefícios.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Precauções do Uninaltrex

Ingestão concomitante com outras
substâncias

Não há restrições específicas quanto à ingestão concomitante com
alimentos e bebidas.

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja
usando, antes do início, ou durante o tratamento.

Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico, pode
ser perigoso para sua saúde.

Reações Adversas do Uninaltrex

O produto é bem tolerado nas doses recomendadas, mas pode causar
danos hepáticos quando tomado em excesso ou por pacientes que
tenham doenças hepáticas provocadas por outras causas.

Se sentir dor abdominal por alguns dias, movimentos intestinais,
urina escura ou amarelecimento dos olhos, deve interromper o
tratamento imediatamente e informar o seu médico o mais rapidamente
possível.

Informe seu médico o aparecimento de reações
desagradáveis.

População Especial do Uninaltrex

Gravidez e lactação

A naltrexona somente deve ser administrada durante a gravidez ou
amamentação quando os benefícios justificarem o risco.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência
do tratamento ou após o seu término.

Informe ao médico se está amamentando.

Pacientes idosos

Não são conhecidas restrições específicas para o uso em
pacientes idosos.

Composição do Uninaltrex

Apresentação

Comprimido revestido 50 mg

Embalagem contendo 30 comprimidos.

Uso adulto.

Via oral.

Composição

Cada comprimido contém

Cloridrato de naltrexona 50 mg.

Excipientes:

crospovidona, celulose microcristalina, lactose, estearato de
magnésio, dióxido de silício coloidal, macrogol, hipromelose.

Superdosagem do Uninaltrex

A experiência clínica com superdosagem em humanos com naltrexona
é limitada. Em um estudo, em que pacientes que receberam 800 mg de
naltrexona por dia, por até uma semana, não mostraram evidências de
toxicidade.

A DL50 em camundongo, rato e cobaia foi respectivamente de 1100
± 96 mg/kg, 1450 ± 265 mg/kg e 1490 ± 102 mg/kg. Em estudos de
toxicidade aguda no camundongo, rato e cão, a causa-morte foi
devido a convulsões tônico-clônicas e/ou depressão
respiratória.

Em caso de superdosagem os pacientes devem receber tratamento
sintomático e serem rigorosamente supervisionados.

Interação Medicamentosa do Uninaltrex

Não foram realizados estudos para avaliar as possíveis
interações medicamentosas do Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) com outras substâncias que não os opioides. Consequentemente
deve haver cuidado na administração concomitante com outros
medicamentos.

A segurança e a eficácia do uso concomitante de Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) e dissulfiram são desconhecidas.
Desaconselha-se o uso concomitante destes dois fármacos
hepatotóxicos, a não ser que os benefícios justifiquem os
riscos.

Letargia e sonolência foram relatadas após administração de
tioridazina e Cloridrato de Naltrexona (substância ativa).

Os pacientes em tratamento com Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) podem não se beneficiar de medicamentos contendo
opioides, como os antitussígenos, preparações para gripes,
antidiarreicos e analgésicos opioides. Em situações emergenciais
quando houver necessidade de analgesia opioide em pacientes
recebendo Cloridrato de Naltrexona (substância ativa), a quantidade
necessária do opioide pode ser maior que a usual, e a depressão
respiratória resultante pode ser maior e mais prolongada.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Revia.

Ação da Substância Uninaltrex

Resultados de Eficácia


Em revisão sistemática, a efetividade clínica de 50 mg/dia de
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) foi comparada com
placebo em pacientes álcool dependentes recebendo psicoterapia. Um
total de 5379 publicações foram identificadas, das quais 177 foram
analisadas na íntegra. Como resultado da pesquisa, 19 estudos
clínicos com 2723 participantes atenderam aos critérios de
inclusão. A análise demonstra que, durante um curto período de
tratamento (12 – 16 semanas), a administração de Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) associada a psicoterapia resulta em
alta eficácia clínica com um perfil de segurança comparável ao do
placebo no tratamento de pacientes dependentes de
álcool.1

Em estudo duplo-cego, randomizado e placebo-controlado, O’Malley
et al., avaliaram se o Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) administrada em combinação com psicoterapia
aumentaria a aderência ao tratamento do alcoolismo. Um total de 104
pacientes foram randomizados para receberem 50 mg de Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) ou placebo por 12 semanas combinado
com terapia de suporte ou enfrentamento da doença. 61% dos
pacientes no grupo de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
/terapia de suporte abstiveram-se continuamente durante as 12
semanas, enquanto que as taxas de abstinência contínua foram de 28%
para pacientes do grupo Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
/ enfrentamento, 21% para pacientes no grupo placebo/ enfrentamento
e 19% para indivíduos no grupo placebo / terapia de suporte. Os
pacientes tratados com Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
beberam menos dias do que os indivíduos tratados com placebo. Para
a amostra total, aqueles tratados com Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) beberam 4,3% ± 1,4% dos dias de estudo em
comparação com 9,9% ± 1,3% dos dias de estudo em relação aos
tratados com placebo. Entre os pacientes que completaram ao menos
10 semanas de tratamento, a porcentagem de dias em que o álcool foi
consumido foi de 3,8% ± 1,4% e 8,2% ± 8,2% para aqueles tratados
com Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e com placebo,
respectivamente. Os resultados apresentados evidenciam a utilidade
clínica do Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) no
tratamento da dependência do álcool. Além disso, para o paciente
que utiliza Cloridrato de Naltrexona (substância ativa), o
tratamento focado no desenvolvimento de novos mecanismos de
enfrentamento pode reduzir ainda mais o risco de recaída e melhorar
a qualidade da vida do paciente.2

Com o objetivo de adquirir informações de segurança do
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) administrada em
pacientes que participam de programas de tratamento de álcool, foi
realizado estudo multicêntrico de 12 semanas de duração em 40
centros de tratamento de alcoolismo. Dos 865 pacientes incluídos,
570 receberam Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e 295
ficaram no grupo de referência (sem medicação). As reações
adversas mais comuns no grupo do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) foram náuseas (9,8%) e dor de cabeça (6,6%).
Nenhuma informação nova relacionada a segurança do Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) foi identificada neste estudo,
ampliando ainda mais a compreensão do perfil de segurança do
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) no amplo espectro de
pacientes tratados por alcoolismo.3

Mangado et al, realizaram estudo multicêntrico,
observacional e prospectivo para avaliar a segurança do tratamento
com 50 mg/dia de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
durante 6 meses em um grupo de pacientes alcoólatras pertencentes a
42 centros de tratamento do alcoolismo. De um total de 234
pacientes incluídos no estudo, há dados completos de 173 pacientes.
O nível de efeitos adversos foi baixo, sendo os mais frequentes
astenia, náusea e sonolência. O Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) só foi interrompida em 5 (3%) pacientes por
intolerância. O tratamento com Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) em dependentes de álcool por 6 meses foi bem tolerado e
mostra uma alta margem de segurança.4

Para determinar a eficácia do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) na redução do uso ilícito de opioides e na
adesão ao tratamento, foi realizada revisão sistemática de estudos
controlados randomizados comparando tratamento com Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) versus controle. Quinze
estudos envolvendo 1071 pacientes opioide-dependentes foram
incluídos. As urinas opioides positivas, os sintomas psiquiátricos
e craving (fissura ou forte desejo ou necessidade de usar álcool)
obtiveram resultados significantemente melhores no grupo total de
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) comparado com o
controle.

No grupo de alta adesão, o Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) foi significativamente melhor do que o controle
em relação aos seguintes parâmetros

Diferenças na adesão, urinas opioides positivas, sucesso,
craving (fissura ou forte desejo ou necessidade de usar álcool) e
detenção. O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é eficaz no
tratamento da dependência de opioides, considerando a importância
da adesão ao tratamento para seu efeito.5

Referências Bibliográficas

1. Jarosz J, Miernik K, Wąchal M,
Walczak J, Krumpl G. Naltrexone (50 mg) plus psychotherapy in
alcoholdependent patients: a meta-analysis of randomized controlled
trials. Am J Drug Alcohol Abuse. 2013 May;39(3):144-60.
2. O’Malley SS, Jaffe AJ, Chang G, Schottenfeld RS, Meyer RE,
Rounsaville B. Naltrexone and coping skills therapy for alcohol
dependence. A controlled study. Arch Gen Psychiatry. 1992
Nov;49(11):881-7.
3. Croop RS, Faulkner EB, Labriola DF. The safety profile of
naltrexone in the treatment of alcoholism. Results from a
multicenter usage study. The Naltrexone Usage Study Group. Arch Gen
Psychiatry. 1997 Dec;54(12):1130-5.
4. Mangado O, Horcajadas A, Hernández T, GEODA. Evaluación de la
seguridad del tratamento con Cloridrato de Naltrexona en la
dependencia del alcohol. Actas Esp Psiquiatr 2000;28(3):161-8.
5. Johansson BA, Berglund M, Lindgren A. Efficacy of maintenance
treatment with naltrexone for opioid dependence: a meta-analytical
review. Addiction. 2006 Apr;101(4):491-503.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Revia.

Características Farmacológicas


O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é um congênere
sintético da oximorfona, diferindo na estrutura pelo fato de o
grupo metila no átomo de nitrogênio ser substituído pelo grupo
ciclopropilmetila. O sal cloridrato é um composto cristalino
branco, solúvel em água.

O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é um antagonista
opioide puro que atenua ou bloqueia completamente, reversivelmente,
os efeitos subjetivos dos opioides exógenos.

É indicada como parte do tratamento do alcoolismo e como
antagonista no tratamento da dependência de opioides administrados
exogenamente. O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é
indicada para proporcionar efeito terapêutico benéfico no programa
de tratamento direcionado a dependentes. Quando é coadministrado
com a morfina, em situação crônica, o produto bloqueia a
dependência física à morfina, heroína e outros opioides. O
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) tem poucas ações
intrínsecas além de suas propriedades de bloqueio aos opioides.
Contudo, pode produzir alguma constrição da pupila, por um
mecanismo desconhecido.

A administração do Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
não está associada com o desenvolvimento de tolerância ou
dependência. Em pacientes fisicamente dependentes de opioides, o
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) precipita a
sintomatologia de abstinência. Os estudos clínicos indicam que 50
mg de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) bloqueiam os
efeitos farmacológicos de 25 mg de heroína administrada
intravenosamente por períodos de até 24 horas. Outros dados sugerem
que dobrando a dose de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa),
ocorre bloqueio por 48 horas e triplicando a dose, ocorre bloqueio
por cerca de 72 horas.

O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) bloqueia os
efeitos de opioides pela ligação competitiva (análoga à inibição
competitiva de enzimas) aos receptores opioides. Isto faz com que o
bloqueio produzido seja potencialmente superável, mas ocorrendo
bloqueio cheio com Cloridrato de Naltrexona (substância ativa), com
a administração de doses muito altas de opioides, resultou
em sintomas excessivos de liberação de histamina em pacientes
experimentais.

O mecanismo de ação do Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) no alcoolismo não é compreendido, contudo, o envolvimento do
sistema endógeno opioide é sugerido nos resultados pré-clínicos. O
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa), um antagonista de
receptor opioide liga-se competitivamente a tais receptores e pode
bloquear os efeitos dos opioides endógenos. Os antagonistas dos
opioides têm mostrado a redução de consumo de álcool pelos animais
e o Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) tem mostrado a
redução de consumo de álcool nos estudos clínicos.

A terapia com Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) não é
adversa e não causa reação do tipo-dissulfiram mesmo como resultado
do uso de opioide ou com a ingestão de álcool.

Farmacocinética

O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é um antagonista
de receptor opioide puro. Embora bem absorvida oralmente, está
sujeita a metabolismo significativo de primeira passagem com
biodisponibilidade oral estimada em 5% a 40%. Atribui-se a
atividade do Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) ao fármaco
e seu metabólito 6-ß-naltrexol. O fármaco e seus metabólitos são
excretados primariamente pelo rim (53% a 79% da dose), contudo, a
excreção urinária de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
não modificada é de menos de 2% de uma dose oral e a excreção fecal
é um meio de eliminação menor. Os valores da meia-vida de
eliminação t1/2 para o Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
e o 6-ß-naltrexol são de 4 horas e 13 horas respectivamente. O
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e o 6-ß-naltrexol são
dose proporcionais em termos de AUC e Cmáx na faixa de
50 a 200 mg e não acumulável após doses diárias de 100 mg.

Absorção

Após absorção oral, o Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) é rápida e quase completamente absorvida sendo cerca de 96%
da dose absorvidas pelo trato gastrintestinal. Os picos do nível
plasmático do Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e do
6-ß-naltrexol ocorrem dentro de uma hora após ingestão da dose.

Distribuição

O volume de distribuição do Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) após administração intravenosa é estimado em 1350 litros.
Testes in vitro com plasma humano mostram que o Cloridrato
de Naltrexona (substância ativa) é ligada em 21% às proteínas
plasmáticas na faixa de dose terapêutica.

Metabolismo

O clearance sistêmico, após administração intravenosa
de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é de aproximadamente
3,5 litros/minuto, que excede o fluxo de sangue hepático (1,2
litros/minuto). Isto sugere que o Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) é um fármaco muito extraível (gt; 98%
metabolizada) e que os sítios extra-hepáticos de metabolismo do
fármaco existem. O maior metabólito do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) é o 6-ß-naltrexol. Existem dois metabólitos
menores que são o 2- hidroxi-3-metoxi-6-ß-naltrexol e o
2-hidroxi-3-metil-Cloridrato de Naltrexona (substância ativa). O
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e seus metabólitos são
também conjugados para formar produtos metabólicos adicionais.

Eliminação

O clearance renal do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) varia de 30 a 127 mL/minuto e sugere que a
eliminação renal é feita primariamente por filtração glomerular. Em
comparação o clearance renal para o 6-ß-naltrexol varia de
230 a 369 mL/minuto, sugerindo um mecanismo adicional secretório
renal tubular. A excreção urinária do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) não modificada é de cerca de 2% da dose oral; a
excreção urinária do 6- ß-naltrexol não modificado e conjugado é de
43% da dose oral. O perfil farmacocinético do Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) sugere que o fármaco e seus
metabólitos podem sofrer reciclagem enterohepática.

Deficiência Hepática e Renal

O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) parece ter sítios
extra-hepáticos para a metabolização do fármaco e seu metabólito
principal sofre secreção tubular ativa. Não foram conduzidos
estudos elucidativos com o Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) em pacientes portadores de disfunção hepática ou renal
grave.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Revia.

Cuidados de Armazenamento do Uninaltrex

Manter o produto em sua embalagem original e conservar em
temperatura ambiente (entre 15° e 30°C); proteger da luz e
umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de
fabricação (vide cartucho).

Não use medicamentos com o prazo de validade
vencido.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Uninaltrex

Número do lote, data da fabricação e data da validade:
vide cartucho

Registro MS – 1.0497.1310

Farm. Resp.:

Florentino de Jesus Krencas
CRF-SP: 49136

União Química Farmacêutica Nacional S/A

Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90
Embu-Guaçu – SP
CEP 06900-000
CNPJ 60.665.981/0001-18
Indústria Brasileira

Fabricado na unidade fabril:

Trecho 1 Conj. 11, Lote 6/12
Polo de Desenvolvimento JK
Brasília – DF
CEP 72.549-555
CNPJ 60.665.981/0007-03
Indústria Brasileira

SAC

0800 11 1559

Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com
retenção da receita.

Uninaltrex, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.