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Sabril

É indicado também em monoterapia no tratamento de espasmos
infantis (Síndrome de West).


Como o Sabril funciona?

A vigabatrina é um anticonvulsivante (atua impedindo ou
reduzindo a gravidade dos ataques epilépticos), que age inibindo a
enzima GABA-transaminase (GABA-T) (enzima de metabolização do GABA)
e, consequentemente, aumentando os níveis do neurotransmissor GABA
(ácido gama-aminobutírico, responsável pela inibição no sistema
nervoso central).

Contraindicação do Sabril

Sabril não deve ser utilizado em pacientes com história de
alergia ou intolerância à vigabatrina ou a qualquer um dos
componentes da fórmula.

Como usar o Sabril

Uso Adulto:

Sabril é administrado por via oral, uma ou duas vezes ao
dia.

A dose inicial recomendada é de 1 g (2 comprimidos), que deve
ser adicionada à droga antiepiléptica em uso pelo paciente. Se
necessário, a posologia pode ser aumentada gradualmente em frações
de 0,5 g semanalmente ou a intervalos maiores, dependendo da
resposta clínica e tolerabilidade. A máxima eficácia é geralmente
obtida nas doses entre 2 e 3 g/dia.

Doses acima de 3 g/dia devem ser administradas somente em
circunstâncias excepcionais com monitorização rigorosa dos eventos
adversos.

Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral. Os
comprimidos podem ser ingeridos antes ou após as refeições.

Uso em crianças:

A dose inicial recomendada é de 40 mg/kg/dia.

Doses de manutenção recomendadas:

Peso corpóreo 
10 a 15 kg1 a 2 comprimidos/dia0,5 – 1 g/dia
15 a 30 kg2 a 3 comprimidos/dia1 – 1,5 g/dia
30 a 50 kg3 a 6 comprimidos/dia1,5 – 3 g/dia
gt; 50 kg4 a 6 comprimidos/dia2 – 3 g/dia

Doses acima de 3 g/dia devem ser administradas somente em
circunstâncias excepcionais com monitorização rigorosa dos eventos
adversos.

Tratamento de espasmos infantis (Síndrome de West) com
vigabatrina utilizada isoladamente:

A dose inicial recomendada é de 50 mg/kg/dia. Se necessário,
esta dose pode ser fracionada por um período de uma semana
alcançando no máximo 150 mg/kg/dia. A resposta ao tratamento
usualmente ocorre em duas semanas. Doses maiores foram utilizadas
em um número pequeno de pacientes.

Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral. Os
comprimidos podem ser ingeridos antes ou após as refeições.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico. A
interrupção abrupta do tratamento pode ocasionar convulsões em
efeito rebote. Portanto, não interrompa o tratamento abruptamente,
em hipótese alguma, sem o conhecimento e orientação de seu médico.
A interrupção, quando necessária, deve ser realizada de forma
gradativa, durante um período de 2 a 4 semanas.

Não há estudos dos efeitos de Sabril administrado por vias não
recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral,
conforme recomendado pelo médico.

Posologia em populações especiais

Pacientes idosos e pacientes com função reduzida dos
rins:

Como Sabril é eliminado pelos rins, deve-se ter cuidado quando
se administrar o medicamento a pacientes com clearance (depuração)
de creatinina inferior a 60 mL/min. Devido à diminuição do
clearance em pacientes idosos com função renal normal ou
prejudicada, são necessárias precauções semelhantes. Ajuste da
posologia ou de frequência na administração deve ser considerado
nestes pacientes. Tais pacientes podem responder a uma menor dose
de manutenção. É recomendável que tais pacientes iniciem o
tratamento com posologias menores. Informe seu médico em caso de
problemas renais para que o médico possa monitorá-lo em relação a
efeitos indesejáveis como sedação e confusão.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Sabril?

Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que
possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas
doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Sabril

A vigabatrina deve ser utilizada com cautela em pacientes com
histórico de psicose, depressão ou distúrbios comportamentais.
Eventos psiquiátricos (por exemplo, agitação, depressão,
pensamentos anormais, reações paranoicas) foram relatados durante o
tratamento com vigabatrina. Esses eventos ocorreram em pacientes
com e sem histórico psiquiátrico e foram geralmente reversíveis
quando as doses de vigabatrina foram reduzidas ou gradualmente
descontinuadas. Eventos menos comuns incluíram sintomas
relacionados à psicose (podendo incluir perda de contato com a
realidade, alucinações ou delírios, desorganização psíquica ou
pensamento desorganizado, sensações de angústia intensa ou insônia
severa).

Casos de achados anormais em imagens do cérebro através de
ressonância magnética foram relatados, particularmente em crianças
jovens tratadas para espasmos infantis com altas doses de
vigabatrina. A significância clínica desses achados é atualmente
desconhecida.

Transtornos de movimento, incluindo contrações musculares
involuntárias, movimentos involuntários anormais do corpo e rigidez
muscular foram relatados em pacientes tratados para espasmos
infantis. O risco/benefício da vigabatrina deve ser avaliado para
cada paciente. Se novos transtornos de movimento ocorrerem durante
o tratamento com vigabatrina, deve ser considerada uma redução de
dose ou descontinuação gradual do tratamento.

Se você observar transtornos de movimento não usuais na criança,
consulte o médico, que irá decidir se é necessário considerar uma
mudança de tratamento.

Raros relatos de sintomas relacionados ao sistema nervoso
central, como sedação acentuada, sonolência anormal e confusão em
associação com registro gráfico anormal das correntes elétricas
desenvolvidas no centro do sistema nervoso foram descritos logo
após o início do tratamento com vigabatrina. Fatores de risco para
o desenvolvimento destas reações incluem doses iniciais maiores que
as recomendadas, assim como aumento de dose mais rápido que o
recomendado e redução da função dos rins. Estes eventos foram
reversíveis após redução da dose ou descontinuação da
vigabatrina.

Alteração no Campo Visual

A vigabatrina não é recomendada para uso em pacientes com
qualquer alteração clínica significativa pré-existente no campo
visual. Todos os pacientes devem ser consultados por um
oftalmologista e realizar um exame de campo visual antes do início
do tratamento com vigabatrina.

Para detectar alterações no campo visual, se possível, deve-se
realizar exames apropriados de campo visual (campimetria) antes do
início do tratamento e depois a intervalos de seis meses. A
campimetria raramente pode ser realizada em crianças com menos de 9
anos de idade. Atualmente, nenhum método está disponível para
diagnosticar ou eliminar alterações no campo visual em crianças nas
quais não se pode realizar a campimetria padrão.

Vários parâmetros obtidos a partir de exame da retina parecem
estar correlacionados com as alterações do campo visual associadas
à vigabatrina; portanto, o exame da retina pode ser útil somente em
adultos, que não são capazes de colaborar com a campimetria ou em
crianças com idade abaixo de 3 anos.

Pergunte ao seu médico sobre as alterações no campo visual que
podem ocorrer durante o tratamento com vigabatrina. Informe seu
médico qualquer problema e sintomas que possam estar associados ao
campo visual. Se houver desenvolvimento de sintomas visuais,
informe seu médico e consulte-se com um oftalmologista.

Se alterações no campo visual forem detectadas durante o
acompanhamento, seu médico tomará a decisão de continuar ou
descontinuar o tratamento, baseada na avaliação individual de
risco/benefício. Se a decisão tomada for a de continuar o
tratamento, deve-se manter acompanhamento mais frequente (através
de campimetria) para se detectar a progressão ou alterações mais
graves na visão.

Como com outros fármacos antiepilépticos, alguns pacientes podem
apresentar um aumento na frequência de convulsões, incluindo estado
epiléptico (estado persistente das convulsões) ou o início de novos
tipos de convulsão com o uso de vigabatrina. Casos de reinício de
contrações muito breves (de um músculo ou mais músculos), assim
como exacerbação dos pré-existentes podem ocorrer raramente.

Como outros medicamentos antiepilépticos, a suspensão abrupta de
vigabatrina pode ocasionar convulsões em efeito rebote (convulsões
pela ausência do medicamento). Portanto, não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico. Seu médico lhe
orientará sobre a descontinuação do tratamento com redução gradual
da posologia do medicamento por um período de 2 a 4 semanas.

Advertências

Alteração no Campo Visual

Foi relatada alteração no campo visual (refere-se a toda a área
que é visível com os olhos fixados em determinado ponto) em cerca
de 1/3 dos pacientes tratados com vigabatrina. Homens são o grupo
de maior risco comparado às mulheres.

Baseado em dados atualmente disponíveis, o modelo habitual é uma
constrição concêntrica do campo visual de ambos os olhos, que é
geralmente mais marcante na direção do nariz do que na direção das
têmporas. No campo visual central (com 30 graus de excentricidade),
frequentemente é constatado defeito nasal anular.

A maioria dos pacientes com alteração de campo visual confirmada
por exame específico (campimetria), não havia previamente percebido
espontaneamente qualquer sintoma, mesmo quando uma alteração grave
foi observada com a campimetria. Consequentemente, este efeito
indesejável só pode ser constatado confiavelmente por campimetria
sistemática, que é geralmente possível somente em pacientes com
mais de 9 anos de idade.

Casos graves de alterações no campo visual podem ter
consequências práticas para o paciente. As evidências disponíveis
sugerem que as alterações no campo visual são irreversíveis mesmo
após a descontinuação do tratamento. A deterioração do campo visual
após interrupção do tratamento não pode ser eliminada. O início
ocorre após meses a anos de tratamento com vigabatrina. Uma
possível associação entre o risco de alterações no campo visual e a
extensão da exposição à vigabatrina, em relação à dose diária (de 1
grama para mais do que 3 gramas) e em relação à duração do
tratamento tem sido demonstrada em estudos realizados com o
medicamento.

A avaliação de pacientes participantes de estudos com o
medicamento indica que o risco de desenvolvimento de alterações no
campo visual com a continuação do tratamento com vigabatrina é
baixo, se o paciente não as desenvolveu depois de 3 a 4 anos de
tratamento.

A vigabatrina não deve ser utilizada concomitantemente com
drogas que causam dano à retina (região do olho onde se formam as
imagens).

Comportamentos e Intenções Suicidas

Foram relatados comportamentos e intenções suicidas em pacientes
tratados com agentes antiepilépticos (medicamentos usados para
controlar os ataques epilépticos) em várias indicações. O mecanismo
deste efeito não é conhecido. 

Portanto, informe ao seu médico caso você perceba sinais de
comportamentos ou intenções suicidas, para que ele faça o
monitoramento necessário e o tratamento apropriado seja
considerado. Procure orientação médica imediatamente caso surjam
sinais de comportamentos ou intenções suicidas.

Reações Adversas do Sabril

Dados coletados de farmacovigilância sugerem que aproximadamente
1/3 dos pacientes que realizam tratamento com vigabatrina
desenvolvem alterações no campo visual.

Os efeitos indesejáveis relatados foram principalmente no
sistema nervoso central tais como: sedação, sonolência, cansaço e
concentração prejudicada. Os efeitos adversos mais comumente
relatados em crianças foram excitação e agitação. A incidência
destes efeitos indesejáveis foram geralmente mais frequentes no
início do tratamento, diminuindo por sua vez com o tempo.

Alguns pacientes podem apresentar um aumento na frequência das
convulsões, incluindo estado epiléptico (estado persistente das
convulsões) durante o tratamento com vigabatrina. Pacientes com
convulsões caracterizadas por contrações muito breves de um músculo
único ou grupo de músculos podem estar particularmente susceptíveis
a este efeito. Casos de reinício de contrações breves, assim como
exacerbação dos pré-existentes podem ocorrer raramente.

Frequências dos efeitos indesejáveis estão listados a
seguir de acordo com a seguinte convenção:

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento).
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação desconhecida (não pode ser estimada por dados
    disponíveis).

Pesquisa *

  • – Comum:

    Aumento de peso.

Distúrbios no sistema nervoso

  • – Muito comum:

    sonolência.

  • – Comum:

    desordem na fala, dor de cabeça, vertigem (tontura), parestesia
    (sensação anormal como ardor, formigamento e coceira, percebidos na
    pele e sem motivo aparente), distúrbios na atenção e memória
    prejudicada, mente prejudicada (através de distúrbios), tremor.

  • – Incomum:

    má coordenação dos movimentos do corpo (ataxia); desordens de
    movimento, incluindo distonia (contrações musculares
    involuntárias), discinesia (movimentos involuntários anormais do
    corpo) e hipertonia (rigidez muscular), isolada ou em associação
    com anormalidades em imagens de ressonância magnética nuclear.
    Transtornos de movimento também foram observados, com frequência
    incomum, em crianças jovens tratadas para espasmos infantis.

  • – Raro:

    encefalopatia (disfunção do sistema nervoso central). 

  • – Muito raro:

    neurite óptica (inflamação do nervo óptico).

  • – Desconhecido:

    foram relatados casos de imagens anormais do cérebro através de
    ressonância magnética, os quais podem ser indicativos de edema
    (inchaço) citotóxico.

Distúrbios relacionadas à visão

  • – Muito comum:

    alteração no campo visual.

  • – Comum:

    visão embaçada, diplopia (visão dupla), nistagmo (movimento
    involuntário, rápido e repetitivo do globo ocular).

  • – Raro:

    alteração da retina (tal como atrofia periférica da retina).

  • – Muito raro:

    atrofia óptica (danos ao nervo óptico).

Distúrbios gastrintestinais

  • – Comum:

    enjoo, vômito, dor abdominal.

Distúrbios da pele e dos tecidos sob a pele

  • – Incomum:

    erupção na pele.

  • – Raro:

    angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas,
    geralmente de origem alérgica), urticária (erupção na pele,
    geralmente de origem alérgica, que causa coceira).

Distúrbios gerais

  • – Muito comum:

    fadiga (cansaço).

  • – Comum:

    edema (inchaço), irritabilidade.

Distúrbios psiquiátricos***

  • – Muito comum:

    excitação (crianças), agitação (crianças).

  • – Comum:

    agitação, agressão, nervosismo, depressão, reações
    paranoicas.

  • – Incomum:

    hipomania, mania (alterações do humor), distúrbio psicótico
    (alterações da percepção da realidade).

  • – Raro:

    tentativa de suicídio.

  • – Muito raro:

    alucinações.

Distúrbios do sangue e sistema linfático

  • – Comum: 

    anemia.

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
(tecido que sustenta e conecta outros tecidos)

  • – Muito comum:

    artralgia (dor nas articulações).

A diminuição observada nos níveis das enzimas ALT e AST, do
fígado, é considerada como sendo resultante da inibição dessas
enzimas pela vigabatrina.

**Foram descritos raros casos de sedação acentuada, sonolência
anormal e confusão associada com alterações no eletroencefalograma
imediatamente após introdução da terapia com vigabatrina. Estes
casos foram reversíveis, após redução ou interrupção da
vigabatrina.

**Foram descritos raros casos de sedação acentuada, sonolência
anormal e confusão associada com alterações no eletroencefalograma
imediatamente após introdução da terapia com vigabatrina. Estes
casos foram reversíveis, após redução ou interrupção da
vigabatrina.

População Especial do Sabril

A vigabatrina é eliminada pelos rins; portanto recomenda-se
cuidado na administração do fármaco a pacientes com clearance
(depuração) de creatinina inferior a 60 mL/min. Devido ao reduzido
clearance de creatinina em idosos, com função renal normal ou
reduzida, precauções semelhantes são necessárias. Informe seu
médico em caso de problemas renais para que ele possa
cuidadosamente monitorar as reações adversas tais como sedação e
confusão.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Como a vigabatrina pode causar sonolência, evite dirigir
veículos ou realizar atividades perigosas que exijam atenção, até
que você verifique a sua resposta ao medicamento.

Como regra geral, pacientes com epilepsia não controlada não
devem dirigir ou manusear maquinário potencialmente perigoso. Foi
observada sonolência em estudos realizados com o medicamento e os
pacientes devem ser alertados para tal possibilidade antes de
iniciar o tratamento. Foram frequentemente relatadas alterações do
campo visual, que podem afetar significativamente a habilidade para
dirigir veículos e operar máquinas, em associação com Sabril.
Informe seu médico em caso de alterações visuais. Você deverá ser
avaliado quanto à presença de alterações do campo visual. Informe
seu médico se você dirige, opera máquinas ou realiza qualquer
atividade de risco.

Gravidez e amamentação

Não foram conduzidos estudos adequados e bem controlados com
vigabatrina em grávidas. A vigabatrina não deve ser utilizada
durante a gravidez a não ser que os benefícios potenciais
justifiquem os riscos potenciais ao feto.

O risco de malformação congênita (presente no nascimento)
demonstrou ser de 2 a 3 vezes maior em crianças nascidas de mães
tratadas com um antiepiléptico; aqueles mais frequentemente
relatados foram: lábio leporino, distúrbios relacionados ao coração
e sistema circulatório e alterações na estrutura que dá origem ao
sistema nervoso central. Tratamento com vários medicamentos
antiepilépticos pode estar associado com um maior risco de
malformação congênita do que quando o tratamento é realizado com um
único medicamento.

Baseado em dados num número limitado de grávidas expostas com
vigabatrina, disponível de relatos espontâneos, resultados anormais
(anomalia congênita ou abortos espontâneos) foram relatados nos
descendentes de mães usando vigabatrina. Não se pode obter
conclusões definitivas quanto à vigabatrina aumentar o risco de
malformação quando administrada durante a gravidez, devido a dados
limitados e a ingestão concomitante de outras drogas
antiepilépticas durante a gravidez.

Informe seu médico se planeja engravidar. Pergunte ao seu médico
sobre os riscos durante a gravidez. A necessidade do tratamento
antiepiléptico será reavaliada quando a paciente planeja uma
gravidez.

Informe seu médico em caso de gravidez. A terapia antiepiléptica
não deve ser interrompida abruptamente, devido ao risco de
reincidência de ataque epiléptico que pode ter sérios resultados
para a mãe e para a criança.

A vigabatrina é excretada em baixas concentrações no leite
materno. Portanto, uma decisão deve ser tomada quanto à
descontinuação da amamentação ou do tratamento da mãe, levando em
consideração a importância do medicamento para a mesma.

Sabril não deve ser administrado a mulheres grávidas, que possam
vir a engravidar ou que estejam amamentando. Portanto, informe seu
médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após
seu término ou se está amamentando.

Composição do Sabril

Sabril 500 mg:

Cada comprimido revestido contém 500 mg de vigabatrina.

Excipientes:

povidona k30, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio,
estearato de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol
8000.

O sulco do comprimido revestido serve apenas para facilitar a
quebra para uma melhor ingestão, e não para divisão de doses.

Superdosagem do Sabril

Sintomas:

Foram relatados casos de superdose com vigabatrina.

Comumente os casos de superdose relatados foram com doses de 7,5
a 30 g, e em alguns casos até 90 g. Aproximadamente metade dos
casos envolvia várias drogas. Os sintomas incluíram principalmente
sonolência e coma. Outros sintomas menos frequentes incluíram
tontura, dor de cabeça, psicose (alterações da percepção da
realidade), dificuldade respiratória ou parada respiratória,
diminuição da frequência cardíaca, pressão baixa, agitação,
irritabilidade, confusão, alteração no comportamento e desordens na
fala, nenhum dos casos resultando em óbito do paciente.

Tratamento:

Não há antídoto específico. Recomendam-se as medidas usuais de
suporte. Devem ser consideradas medidas para remover a droga não
absorvida. O carvão ativado não mostrou adsorção significante à
vigabatrina. A eficácia da hemodiálise (procedimento de filtração
do sangue) para o tratamento de superdose com vigabatrina é
desconhecida.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Sabril

Como Vigabatrina (substância ativa) (substância ativa) não é
metabolizado no fígado, não se liga a proteínas, tampouco é indutor
do sistema enzimático do citocromo P450, interações com outras
drogas são pouco prováveis.

Durante a administração concomitante com Vigabatrina (substância
ativa) foi relatada diminuição dos níveis de fenitoína no sangue em
alguns dos estudos realizados, porém não em outros. A natureza
exata desta interação ainda não foi elucidada; no entanto,
aparentemente esta interação não é clinicamente relevante.

As concentrações sanguíneas de carbamazepina, fenobarbital,
primidona e valproato de sódio também foram monitoradas durante
estudos realizados com o medicamento, e não foram detectadas
interações clínicas significativas.

Medicamento-exames laboratoriais e não
laboratoriais

A Vigabatrina (substância ativa) pode levar a uma diminuição da
medição da atividade da enzima alanina aminotransferase (ALT) no
sangue e, em menor escala, da enzima aspartato aminotransferase
(AST), ambas enzimas relacionadas ao fígado. Sendo assim, estes
testes do fígado podem ser não confiáveis quantitativamente aos
pacientes que fazem uso de Vigabatrina (substância ativa).

A Vigabatrina (substância ativa) pode aumentar a quantidade de
aminoácidos na urina, possivelmente levando a um teste
falso-positivo para determinadas doenças metabólicas genéticas
raras (ex. alfa aminoadípico acidúria). Especula-se que este efeito
ocorra devido à inibição de outras enzimas transaminases pela
Vigabatrina (substância ativa); entretanto, este efeito não tem
importância clínica relevante, a não ser pelo fato de
potencialmente levar a resultados falso-positivos em testes
laboratoriais.

Interação Alimentícia do Sabril

Vigabatrina (substância ativa) pode ser ingerido antes ou depois
das refeições.

Ação da Substância Sabril

Resultados de eficácia

Espasmos Infantis

Wohlrab G. et al, 1998, estudaram 28 pacientes tratados
com doses de Vigabatrina (substância ativa) variando entre 65 a 150
mg/dia. Após duas semanas, 14 pacientes responderam ao tratamento
(ausência de espasmos ou de hipsarritmia no EEG). Após
acompanhamento de 6 meses até 5 anos, 12 pacientes não tiveram
recaída do quadro de espasmos.

Siemes H. et al, 1998, conduziram um estudo no qual a
Vigabatrina (substância ativa) foi adicionada ao tratamento de 23
pacientes com espasmos infantis. Após 3 meses de tratamento, 11
pacientes não apresentavam espasmos. Três pacientes continuaram
usando Vigabatrina (substância ativa) por até 2 anos e seis
meses.

Covanis A. et al, 1998, realizaram um estudo no qual a
Vigabatrina (substância ativa) foi utilizada em monoterapia em 29
crianças com espasmos infantis. Quarenta e cinco por cento (45%)
dos pacientes atingiram o controle sem recaída subsequente.

Tratamento adjuvante de crises parciais complexas
refratárias em adultos

Sivenius J. et al, 1991, conduziram um estudo no qual
75 pacientes com crises parciais complexas foram tratados com
Vigabatrina (substância ativa) (adicionada ao tratamento). A
frequencia das crises diminuiu de 12,5 para 3,3 em 54 pacientes. Ao
final de 5 anos, 19 pacientes tiveram uma redução de 50% na
frequência das crises.

No estudo conduzido por Tartara A et al, 1989, a
Vigabatrina (substância ativa) foi adicionada ao tratamento de 25
pacientes epilépticos. Houve redução de 50% na frequência das
crises e o benefício do tratamento foi observado por um período
mediano de 22 meses.

O uso da Vigabatrina (substância ativa) foi estudado em 39
pacientes com epilepsia parcial complexa (n = 30) ou generalizada
(n = 9). Houve redução de 50% nas crises em 43% dos pacientes com
crises parciais e 33% dos pacientes com crises generalizadas. O
benefício do tratamento manteve-se durante os 7 meses de
tratamento. (Matilainen R et al, 1988)

Munford JP amp; Dam M, 1989 realizaram a metanálise de 9 estudos
controlados com placebo em pacientes com epilepsia resistente ao
tratamento. 337 pacientes foram avaliados para eficácia e nestes,
houve redução média de 25% na freqüência das crises.

Ring HÁ et al, 1990, realizou um estudo no qual 33
pacientes adultos com epilepsia refratária ao tratamento tiveram a
Vigabatrina (substância ativa) adicionada ao tratamento. Houve
redução de 48.2% na frequência das crises na primeira fase e na
fase controlada com placebo, a redução da frequência das crises com
Vigabatrina (substância ativa) foi de 54,7%, enquanto o grupo
placebo apresentou aumento na frequência de 18,6%.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

A Vigabatrina (substância ativa) é um anticonvulsivante eficaz
em uma variedade de modelos experimentais de epilepsia e tem seu
mecanismo de ação claramente definido. O mecanismo de ação é
atribuído à inibição dose-dependente da enzima GABA-transaminase
(GABA-T) e consequente aumento dos níveis do inibidor da
neurotransmissão GABA (ácido gama-aminobutírico).

Farmacocinética

Absorção

A Vigabatrina (substância ativa) é um composto hidrossolúvel e é
rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Em voluntários
sadios, picos de concentração ocorreram nas primeiras duas horas
após a administração. A alimentação diminui a razão da absorção de
Vigabatrina (substância ativa), porém não interfere em sua
biodisponibilidade.

Distribuição

O fármaco difunde-se amplamente no organismo, com um volume
aparente de distribuição discretamente superior à água corpórea
total. As concentrações plasmática e liquórica são linearmente
relacionadas à dose administrada dentro dos limites posológicos
recomendados.
Não há correlação direta entre concentração plasmática e eficácia
da Vigabatrina (substância ativa). A duração de seus efeitos está
relacionada à velocidade de ressíntese da enzima ao invés da
concentração plasmática da droga.

Metabolismo

A Vigabatrina (substância ativa) não induz as enzimas hepáticas
do citocromo P450, nem é extensivamente metabolizada e não se liga
as proteínas plasmáticas.

Eliminação

A Vigabatrina (substância ativa)é eliminada do plasma com uma
meia-vida terminal de 5 a 8 horas, sendo aproximadamente 70% de uma
dose oral única recuperados na urina, como droga não-metabolizada,
nas primeiras 24 horas após a administração.

Dados de segurança pré-clínica

Estudos de segurança animal realizados em ratos, camundongos,
cães e macacos indicaram que a Vigabatrina (substância ativa) não
produz reações adversas significantes a nível hepático, renal,
pulmonar, cardíaco ou gastrintestinal.

Foi observada microscopicamente degeneração retinal
(retinotoxicidade relacionada à viagabatrina) em ratos albinos
tratados com altas doses de Vigabatrina (substância ativa) por
dieta ou gavagem (100 mg e 300 mg/kg/dia); não foi observado nos
animais tratados com o R-enantiômero inativo, porém foi observado
em animais tratados com 150 mg/kg/dia de S-enantiômero ativo. Não
foi observada degeneração em ratos, cães e macacos pigmentados.

As alterações retinais em ratos albinos foram caracterizadas
como desorganização focal ou multi-focal da camada nuclear externa
com deslocamento do núcleo para área de bastonetes e cones. Estas
lesões foram observadas em 80 a 100 % dos animais tratados com dose
de 300 mg/Kg/dia oralmente. A aparência histológica destas lesões
foi semelhante à encontrada em ratos albinos após excessiva
exposição à luz.

Observou-se microvacuolização da substância branca no cérebro de
ratos e cães em doses de 30 – 50 mg/kg/dia e em camundongos nas
doses iguais ou superiores a 100 mg/kg/dia.

Tal efeito é ocasionado por uma separação da camada lamelar
externa das fibras mielinizadas, uma alteração característica de
edema intramielínico. Tanto em ratos como em cães (camundongos não
foram testados), o edema intramielínico foi reversível com a
interrupção do tratamento com Vigabatrina (substância ativa).

Entretanto, foram observadas, em roedores, alterações residuais
constituídas de edema axonal e corpúsculos mineralizados. Em
macacos, não foram notadas lesões após 6 anos de tratamento com
doses de 50 e 100 mg/kg/dia. Em macacos recebendo 300 mg/kg/dia
durante 16 meses foi notada microvacuolização mínima com diferenças
duvidosas entre animais tratados e do grupo controle.

Em cães, os resultados de um estudo eletrofisiológico indicaram
que o edema intramielínico está associado a um aumento da latência
do potencial evocado SEP e do VEP, os quais são reversíveis quando
se suspende o tratamento. Edema intramielínico também foi
correlacionado com o aumento dos sinais das imagens de ressonância
magnética em cães.

Carcinogenicidade

Os resultados de dois estudos de carcinogenicidade indicaram que
a Vigabatrina (substância ativa) não é um agente carcinogênico
potencial, nem afeta negativamente a expectativa de vida nas duas
espécies estudadas (rato e camundongo).

Mutagenicidade

Ensaios em células microbianas e mamíferas não revelaram
evidência de mutagenicidade da Vigabatrina (substância ativa) nos
testes de Ames Salmonella/ microsome plate test; ensaios
para mutação genética de células mamíferas CHO/HGPRT; mutação
pontual e ensaio de conversão genética em leveduras e ensaios de
micronúcleos de medula óssea de camundongos.

Cuidados de Armazenamento do Sabril

Sabril deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e
30ºC), proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Comprimido revestido oval, biconvexo, branco a quase branco, com
sulco em uma das faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Mensagens de Alerta do Sabril

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova
forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado
eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou
desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico

.

Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com
retenção da receita.

Dizeres Legais do Sabril

MS 1.1300.0199

Farm. Resp.: Silvia Regina Brollo

CRF-SP 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP

CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP

CNPJ 02.685.377/0008-23

Indústria Brasileira

Sabril, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.