Pular para o conteúdo

Revia

Como o Revia funciona?

O cloridrato de naltrexona age como antagonista de substâncias
chamadas opioides, como por exemplo, a heroína e morfina, ou seja,
atenua de forma acentuada ou bloqueia de forma reversível os
efeitos destas substâncias no organismo.

O mecanismo de ação deste medicamento no tratamento do
alcoolismo não está completamente esclarecido, entretanto,
informações obtidas de estudos realizados com a naltrexona,
substância ativa deste medicamento, sugerem que este diminui o
consumo de álcool.

Contraindicação do Revia

Você não deve tomar este medicamento

  • Caso esteja utilizando (a menos de 7 dias) opioides;
  • Caso você seja dependente de opioides;
  • Você estiver recebendo medicamento (ou medicamentos) que
    contenham substâncias analgésicas opioides;
  • Caso você tenha problemas no fígado, como hepatite aguda ou
    deficiência hepática;
  • Você esteja passando por uma crise aguda de abstinência à
    opioides;
  • Caso você seja alérgico à naltrexona ou a qualquer componente
    da fórmula do medicamento;
  • Caso o teste de naloxona tenha falhado ou você obteve o teste
    de opioides com urina positiva.

Informe seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do
tratamento ou após o seu término.

Informar ao médico se está amamentando. A naltrexona somente
deve ser administrada durante a gravidez ou amamentação quando os
benefícios justificarem o risco.

Este medicamento deve ser tomado exclusivamente sob
supervisão de seu médico.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18
anos.

Como usar o Revia

Revia apresenta-se na forma de comprimido revestido e destina-se
apenas à administração oral. Caso você necessite fazer outros
tratamentos medicamentosos, avise seu médico de que está usando
Revia.

Tratamento farmacológico do alcoolismo

Para a maioria dos pacientes recomenda-se uma dose diária de 50
mg, ou seja, um comprimido de Revia por dia, que deve ser ingerido,
preferencialmente, no mesmo horário todos os dias do
tratamento.

Revia deve ser considerado como apenas um dos fatores
determinantes do sucesso do tratamento do alcoolismo. A frequência
do paciente em grupos comunitários de apoio, boa adesão à
medicação, acompanhamento médico são essenciais para atingir o
melhor resultado possível com o tratamento com Revia.

Tratamento da dependência de substâncias
opioides

O tratamento com Revia não deverá ser iniciado até que você
tenha parado de fazer uso de substâncias opioides, no mínimo, há 7
a 10 dias. O médico poderá solicitar um exame de urina, para
verificar a presença destas substâncias no seu organismo.

Caso seu médico conclua ser necessário, você poderá realizar um
teste com uma substância denominada naloxona. Este teste destina-se
somente a avaliar se você está apto a iniciar o tratamento com
Revia.

Após avaliação de seu médico, o tratamento deve ser iniciado com
uma dose de 25 mg de naltrexona e caso não haja sinais de
abstinência, segue-se uma dose diária de 50 mg de Revia, ou seja,
um comprimido por dia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Revia?

Tome o medicamento assim que se lembrar. Se for perto do horário
da dose seguinte, pule a dose esquecida e espere até a próxima dose
regular. Não tome doses extras para substituir a dose
esquecida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Revia

Independentemente do fármaco escolhido para reverter o bloqueio
da naltrexona, o paciente deve ser monitorado rigorosamente por
profissionais treinados e devem estar disponíveis equipamentos de
ressuscitação cardiopulmonar.

Procedimentos adotados quando a síndrome de abstinência
for acidentalmente precipitada com naltrexona

Síndromes de abstinência graves precipitadas pela ingestão
acidental de naltrexona têm sido relatadas em pacientes dependentes
de opioides. Os sintomas de abstinência têm aparecido 5 minutos
após a ingestão de naltrexona e têm durado por até 48 horas. O
estado mental se altera, incluindo confusão, sonolência e
alucinações visuais. As perdas significativas de fluídos, através
de vômitos e diarreia, necessitam de reidratação venosa. Em todos
os casos os pacientes foram rigorosamente monitorados e a terapia
com medicação não opioide foi administrada de acordo com as
necessidades individuais. O uso de naltrexona não elimina ou
diminui os sintomas de abstinência. Se a naltrexona é administrada
no início do processo de abstinência, isso não impedirá que você
apresente sinais e sintomas que estariam presentes caso a
naltrexona não tivesse sido administrada. Numerosos eventos
adversos são conhecidos por estarem associados à abstinência.

Uso em pacientes com insuficiência renal

O cloridrato de naltrexona e seu metabólito principal são
excretados principalmente na urina, assim cuidados são recomendados
na administração deste fármaco se você estiver com disfunção
renal.

Uso em pacientes com insuficiência hepática

Deve-se ter cuidado quando a naltrexona é administrada a
pacientes com doença hepática, devido a alterações na
biodisponibilidade da naltrexona.

Informação para Pacientes

Você recebeu comprimidos de cloridrato de naltrexona como parte
do tratamento abrangente para seu alcoolismo ou dependência de
drogas. É indicado que você possua uma identificação para alertar
os profissionais de saúde para o fato de que está tomando
cloridrato de naltrexona. Se você precisar de tratamento médico
emergencial, certifique-se de informar ao médico que está recebendo
a terapia com naltrexona.

Você deve tomar naltrexona conforme indicado pelo seu médico. Se
você tentar autoadministrar heroína ou qualquer outra droga
opioide, em pequenas doses, enquanto estiver utilizando naltrexona,
você não perceberá nenhum efeito.

Mais importante, no entanto, se você tentar autoadministrar
grandes doses de heroína ou qualquer outro opioide (incluindo
metadona) enquanto estiver utilizando naltrexona, você pode sofrer
graves consequências, incluindo coma e morte.

A naltrexona é bem tolerada nas doses recomendadas, mas pode
causar lesões hepáticas quando ingerida em excesso ou em pacientes
que desenvolverem doença hepática de outras causas. Se você
desenvolver dor abdominal com duração superior a alguns dias, urina
escura ou olhos amarelados, você deve parar de tomar naltrexona
imediatamente e consultar seu médico o mais rápido possível.

Testes laboratoriais

A suspeita de lesão hepática relacionada a drogas é crítica se a
ocorrência de dano no fígado induzido por naltrexona for detectada
o mais cedo possível. As avaliações, utilizando testes apropriados
para detectar lesões hepáticas são recomendadas em uma frequência
adequada para a situação clínica e a dose de naltrexona.

A naltrexona não interfere com os métodos de cromatografia
líquida de camada fina, gás líquido e alta pressão que podem ser
utilizados para a separação e detecção de morfina, metadona ou
quinina na urina. A naltrexona pode ou não interferir com métodos
enzimáticos para a detecção de opioides, dependendo da
especificidade do teste.

Suicídio

Sabe-se que o risco de suicídio é aumentado em pacientes com
abuso de droga com ou sem depressão associada. O risco não diminui
com o tratamento com naltrexona.

Parto

Não se tem conhecimento se a naltrexona afeta ou não a duração
do parto.

Carcinogênese / mutagênese / fertilidade

O potencial carcinogênico, mutagênico e os efeitos sobre a
fertilidade do metabólito 6-(beta)-naltrexol são desconhecidos.

Existem evidências limitadas de um efeito genotóxico fraco em um
ensaio de mutação genética em uma linha de células mamíferas, no
ensaio letal da Drosophila recessiva, e em um teste não-específico
de reparo de DNA com E. coli. Entretanto, nenhuma evidência de
potencial genotóxico foi observada em uma escala de outro teste in
vitro, incluindo ensaios para mutação genética em bactérias,
leveduras ou em uma segunda linha de células mamíferas, um ensaio
de aberração cromossomática e um ensaio para danos no DNA em
células humanas. Naltrexona não mostrou clastogenecidade em um
ensaio com micronúcleos do rato, in vivo. Não possui efeito na
fertilidade masculina nesse nível de dose. A relevância dessas
observações na fertilidade humana não é conhecida.

Interações medicamentosas

Não foram realizados estudos para avaliar as possíveis
interações medicamentosas da naltrexona com outras substâncias que
não os opioides. Consequentemente deve haver cuidado ao usar
naltrexona com outros medicamentos.

A segurança e a eficácia do uso de naltrexona e dissulfiram ao
mesmo tempo são desconhecidas. Desaconselha-se o uso destes dois
fármacos tóxicos para o fígado juntos, a não ser que os benefícios
justifiquem os riscos.

Letargia e sonolência foram relatadas após administração de
tioridazina e naltrexona.

Os pacientes em tratamento com naltrexona podem não se
beneficiar de medicamentos contendo opioides, como os
antitussígenos, preparações para gripes, antidiarreicos e
analgésicos opioides. Em situações emergenciais quando houver
necessidade de analgesia opioide em pacientes recebendo naltrexona,
a quantidade necessária do opioide pode ser maior que a usual, e a
depressão respiratória resultante pode ser maior e mais
prolongada.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Advertências

Toxicidade para o fígado

A naltrexona tem a propriedade de causar lesão nas células do
fígado quando administrada em doses excessivas.

A naltrexona é contraindicada em hepatite aguda ou deficiência
do fígado e seu uso em pacientes com doença hepática ativa deve ser
cuidadosamente considerado tendo em vista seus efeitos tóxicos para
o fígado.

O limite de segurança entre a dose recomendada de naltrexona e a
dose que causa lesão ao fígado, parece ser somente de cinco vezes
ou menos. A naltrexona não parece ser tóxica para o fígado nas
doses recomendadas. Os pacientes devem ser alertados do risco
de lesão hepática e aconselhados a parar com o uso de naltrexona,
procurando assistência médica se houver sintoma de hepatite
aguda.

As evidências do potencial de toxicidade para o fígado da
naltrexona são provenientes de um estudo placebocontrolado em que a
substância foi administrada a pacientes obesos, numa dose
aproximada de 5 vezes a recomendada para o bloqueio de
receptores opioides (300 mg/dia). Neste estudo, 5 a 26 pacientes
apresentaram transaminases séricas elevadas (picos ALT oscilando de
121 a 532; ou 3 a 19 vezes os seus valores basais), após três a
oito semanas de tratamento.

Esta conclusão é também apoiada pela evidência de outros estudos
placebo-controlados em que a exposição à naltrexona em doses acima
das quantidades recomendadas para o tratamento do alcoolismo ou
bloqueio opioide (50 mg/dia), produziu elevações mais numerosas e
mais significativas das enzimas hepáticas no sangue do que com o
placebo.

Foram relatadas em um estudo clínico aberto, elevações de
transaminases em cerca de 30% dos pacientes com mal de Alzheimer,
que receberam naltrexona, em doses de até 300 mg/dia, por 5 a 8
semanas. Apesar de não ter sido relatado nenhum caso de lesão do
fígado com o uso de naltrexona, os médicos são aconselhados a
considerar isto como um possível risco ao tratamento e ter o mesmo
cuidado em prescrever a naltrexona que com outros fármacos com
potencial de causar dano hepático.

Síndrome de Abstinência precipitada
acidentalmente

Para prevenir a ocorrência da síndrome aguda de abstinência, ou
a exacerbação de uma síndrome de abstinência subclínica
preexistente, os pacientes devem estar sem usar
opioides durante, no mínimo, 7 a 10 dias antes de se iniciar o
tratamento com Revia. Considerando-se que a ausência de um fármaco
opioide na urina não é prova suficiente de que o paciente esteja
isento de opioide, deve ser realizada a prova com naloxona caso o
médico considere que exista risco de precipitar uma reação de
abstinência após a ingestão de naltrexona.

Tentativa de superar o bloqueio opioide

Embora o cloridrato de naltrexona seja um antagonista potente
com efeitos farmacológicos prolongados (24 a 72 horas), o bloqueio
produzido por este fármaco é reversível. Isto é útil em pacientes
que possam necessitar de analgesia, mas torna-se um risco potencial
em indivíduos que tentam, por conta própria, superar o bloqueio
pela administração de grandes quantidades de opioides exógenos.
Assim, qualquer tentativa por um paciente de superar o antagonismo,
fazendo uso de opioide é muito perigosa, podendo ser fatal (por
exemplo, parada respiratória, colapso circulatório, etc.).

Os pacientes devem ser alertados sobre os riscos graves da
tentativa de superar o bloqueio opioide.

Existe também a possibilidade de que um paciente tratado com
naltrexona poderá responder a doses menores de opioides previamente
usadas, particularmente se estas doses forem administradas de
maneira que altas concentrações no plasma permaneçam no organismo
após o tempo que a naltrexona exerce seu efeito terapêutico. Isto
pode resultar em potente intoxicação por opioide (comprometimento
ou parada respiratória, colapso circulatório, etc.).

Os pacientes devem ser alertados de que podem ser mais sensíveis
a menores doses de opioides após o tratamento com naltrexona ser
interrompido.

Abstinência ultrarrápida de opioides

O uso seguro da naltrexona em programas ultrarrápidos de
desintoxicação de opioides não foi estabelecido.

Reações Adversas do Revia

O produto é bem tolerado nas doses recomendadas, mas pode causar
danos ao fígado quando tomado em excesso ou por pacientes que
tenham doenças hepáticas provocadas por outras causas. Se sentir
dor abdominal por alguns dias, movimentos intestinais, urina escura
ou amarelecimento dos olhos, deve interromper o tratamento
imediatamente e informar o seu médico o mais rapidamente
possível.

Durante o tratamento com Revia você não deve fazer uso de
substâncias opioides (como por exemplo, a heroína e morfina), sob
risco de sérios danos a sua saúde.

Alcoolismo

Em um estudo aberto de segurança com pacientes alcoólatras,
recebendo naltrexona, foram observadas as seguintes reações
adversas em 2% ou mais dos pacientes: náusea (10%), dores de cabeça
(7%), tontura (4%), nervosismo (4%), cansaço (4%), insônia (3%),
vômitos (3%), ansiedade (2%) e sonolência (2%).

Em grupos placebo e controle concomitantes, sob tratamento de
alcoolismo, foram relatados: depressão (5 a 7%), tendência ao
suicídio (2%) e tentativa de suicídio (lt; 1%).

Embora não haja nenhuma relação causal com a naltrexona, os
médicos devem estar atentos já que o tratamento com este fármaco
não reduz o risco de suicídio nesses pacientes.

Dependência de opioides

As seguintes reações adversas foram relatadas tanto no estado
basal como durante os estudos clínicos com a naltrexona em
dependentes de opioides:

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Dificuldade de dormir, ansiedade, nervosismo, dor ou cãibra
abdominal, náusea e/ou vômito, adinamia, dores nas juntas e
músculos, cefaleia.

Reação comum (ocorre entre 1 e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Perda de apetite, diarreia, constipação, sede aumentada, energia
aumentada, depressão, irritabilidade, tontura, exantema cutâneo,
ejaculação retardada, diminuição da potência e calafrios.

Reação incomum (ocorre entre 0,1 e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Respiratórios

Congestão nasal, prurido, rinorreia, espirros, garganta
inflamada, excesso de muco ou catarro, distúrbios nos seios nasais,
respiração pesada, rouquidão, tosse, respiração diminuída.

Cardiovasculares

Sangramento nasal, flebite, edema, aumento da pressão arterial,
mudanças de ECG inespecíficas, palpitações, taquicardia.

Gastrintestinais

Flatulência, hemorroidas, diarreia, úlcera.

Músculo-Esqueléticas

Ombros, pés ou joelhos doloridos, tremores, contrações.

Geniturinários

Poliúria ou disúria, aumento ou diminuição de interesse
sexual.

Dermatológicos

Pele oleosa, prurido, acne, tinea pedis, herpes simples,
alopecia.

Psiquiátricos

Depressão, paranoia, fadiga, inquietação, confusão,
desorientação, alucinação, pesadelos.

Sensoriais

Visão turva, queimação, sensibilidade à luz, tumefação, dor,
cansaço; obstrução de ouvido, dor, tinido.

Gerais

Aumento de apetite, perda de peso, ganho de peso, bocejos,
sonolência, febre, boca seca, cabeça pesada, dor inguinal,
glândulas inchadas, dores laterais, pés frios, fases de calor.

Outros

Depressão, suicídio, tentativa de suicídio têm sido relatados
durante o uso de naltrexona no tratamento de dependência opioide.
Não se demonstrou nenhuma relação causal.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Revia

Gravidez

Não existem estudos conclusivos e bem controlados em mulheres
grávidas. A naltrexona somente deve ser administrada durante a
gravidez quando os benefícios justificarem o risco.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Amamentação

Não se tem conhecimento se a naltrexona é excretada no leite
humano. Devido ao fato de que muitos fármacos são excretados no
leite humano, a administração de naltrexona somente deve ocorrer se
o potencial benefício justificar o risco.

Uso em idosos

Não foi estabelecido o uso seguro de naltrexona em pacientes
idosos.

Uso pediátrico

Não foi estabelecido o uso seguro de naltrexona em pacientes com
menos de 18 anos.

Composição do Revia

Cada comprimido contém:

Cloridrato de
naltrexona
50 mg
Excipiente q.s.p.1 comprimido

Excipientes:

dióxido de silício, celulose microcristalina, lactose, estearato
de magnésio vegetal, crospovidona, macrogol, dióxido de titânio,
hipromelose + macrogol, óxido de ferro vermelho, óxido de ferro
amarelo.

Superdosagem do Revia

Em caso de ingestão de grande quantidade deste medicamento, você
deve procurar imediatamente atendimento médico, informando a
ingestão de Revia. Caso seja possível, leve a bula deste
medicamento.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Revia

Não foram realizados estudos para avaliar as possíveis
interações medicamentosas do Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) com outras substâncias que não os opioides. Consequentemente
deve haver cuidado na administração concomitante com outros
medicamentos.

A segurança e a eficácia do uso concomitante de Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) e dissulfiram são desconhecidas.
Desaconselha-se o uso concomitante destes dois fármacos
hepatotóxicos, a não ser que os benefícios justifiquem os
riscos.

Letargia e sonolência foram relatadas após administração de
tioridazina e Cloridrato de Naltrexona (substância ativa).

Os pacientes em tratamento com Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) podem não se beneficiar de medicamentos contendo
opioides, como os antitussígenos, preparações para gripes,
antidiarreicos e analgésicos opioides. Em situações emergenciais
quando houver necessidade de analgesia opioide em pacientes
recebendo Cloridrato de Naltrexona (substância ativa), a quantidade
necessária do opioide pode ser maior que a usual, e a depressão
respiratória resultante pode ser maior e mais prolongada.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Revia.

Ação da Substância Revia

Resultados de Eficácia


Em revisão sistemática, a efetividade clínica de 50 mg/dia de
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) foi comparada com
placebo em pacientes álcool dependentes recebendo psicoterapia. Um
total de 5379 publicações foram identificadas, das quais 177 foram
analisadas na íntegra. Como resultado da pesquisa, 19 estudos
clínicos com 2723 participantes atenderam aos critérios de
inclusão. A análise demonstra que, durante um curto período de
tratamento (12 – 16 semanas), a administração de Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) associada a psicoterapia resulta em
alta eficácia clínica com um perfil de segurança comparável ao do
placebo no tratamento de pacientes dependentes de
álcool.1

Em estudo duplo-cego, randomizado e placebo-controlado, O’Malley
et al., avaliaram se o Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) administrada em combinação com psicoterapia
aumentaria a aderência ao tratamento do alcoolismo. Um total de 104
pacientes foram randomizados para receberem 50 mg de Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) ou placebo por 12 semanas combinado
com terapia de suporte ou enfrentamento da doença. 61% dos
pacientes no grupo de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
/terapia de suporte abstiveram-se continuamente durante as 12
semanas, enquanto que as taxas de abstinência contínua foram de 28%
para pacientes do grupo Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
/ enfrentamento, 21% para pacientes no grupo placebo/ enfrentamento
e 19% para indivíduos no grupo placebo / terapia de suporte. Os
pacientes tratados com Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
beberam menos dias do que os indivíduos tratados com placebo. Para
a amostra total, aqueles tratados com Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) beberam 4,3% ± 1,4% dos dias de estudo em
comparação com 9,9% ± 1,3% dos dias de estudo em relação aos
tratados com placebo. Entre os pacientes que completaram ao menos
10 semanas de tratamento, a porcentagem de dias em que o álcool foi
consumido foi de 3,8% ± 1,4% e 8,2% ± 8,2% para aqueles tratados
com Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e com placebo,
respectivamente. Os resultados apresentados evidenciam a utilidade
clínica do Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) no
tratamento da dependência do álcool. Além disso, para o paciente
que utiliza Cloridrato de Naltrexona (substância ativa), o
tratamento focado no desenvolvimento de novos mecanismos de
enfrentamento pode reduzir ainda mais o risco de recaída e melhorar
a qualidade da vida do paciente.2

Com o objetivo de adquirir informações de segurança do
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) administrada em
pacientes que participam de programas de tratamento de álcool, foi
realizado estudo multicêntrico de 12 semanas de duração em 40
centros de tratamento de alcoolismo. Dos 865 pacientes incluídos,
570 receberam Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e 295
ficaram no grupo de referência (sem medicação). As reações
adversas mais comuns no grupo do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) foram náuseas (9,8%) e dor de cabeça (6,6%).
Nenhuma informação nova relacionada a segurança do Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) foi identificada neste estudo,
ampliando ainda mais a compreensão do perfil de segurança do
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) no amplo espectro de
pacientes tratados por alcoolismo.3

Mangado et al, realizaram estudo multicêntrico,
observacional e prospectivo para avaliar a segurança do tratamento
com 50 mg/dia de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
durante 6 meses em um grupo de pacientes alcoólatras pertencentes a
42 centros de tratamento do alcoolismo. De um total de 234
pacientes incluídos no estudo, há dados completos de 173 pacientes.
O nível de efeitos adversos foi baixo, sendo os mais frequentes
astenia, náusea e sonolência. O Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) só foi interrompida em 5 (3%) pacientes por
intolerância. O tratamento com Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) em dependentes de álcool por 6 meses foi bem tolerado e
mostra uma alta margem de segurança.4

Para determinar a eficácia do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) na redução do uso ilícito de opioides e na
adesão ao tratamento, foi realizada revisão sistemática de estudos
controlados randomizados comparando tratamento com Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) versus controle. Quinze
estudos envolvendo 1071 pacientes opioide-dependentes foram
incluídos. As urinas opioides positivas, os sintomas psiquiátricos
e craving (fissura ou forte desejo ou necessidade de usar álcool)
obtiveram resultados significantemente melhores no grupo total de
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) comparado com o
controle.

No grupo de alta adesão, o Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) foi significativamente melhor do que o controle
em relação aos seguintes parâmetros

Diferenças na adesão, urinas opioides positivas, sucesso,
craving (fissura ou forte desejo ou necessidade de usar álcool) e
detenção. O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é eficaz no
tratamento da dependência de opioides, considerando a importância
da adesão ao tratamento para seu efeito.5

Referências Bibliográficas

1. Jarosz J, Miernik K, Wąchal M,
Walczak J, Krumpl G. Naltrexone (50 mg) plus psychotherapy in
alcoholdependent patients: a meta-analysis of randomized controlled
trials. Am J Drug Alcohol Abuse. 2013 May;39(3):144-60.
2. O’Malley SS, Jaffe AJ, Chang G, Schottenfeld RS, Meyer RE,
Rounsaville B. Naltrexone and coping skills therapy for alcohol
dependence. A controlled study. Arch Gen Psychiatry. 1992
Nov;49(11):881-7.
3. Croop RS, Faulkner EB, Labriola DF. The safety profile of
naltrexone in the treatment of alcoholism. Results from a
multicenter usage study. The Naltrexone Usage Study Group. Arch Gen
Psychiatry. 1997 Dec;54(12):1130-5.
4. Mangado O, Horcajadas A, Hernández T, GEODA. Evaluación de la
seguridad del tratamento con Cloridrato de Naltrexona en la
dependencia del alcohol. Actas Esp Psiquiatr 2000;28(3):161-8.
5. Johansson BA, Berglund M, Lindgren A. Efficacy of maintenance
treatment with naltrexone for opioid dependence: a meta-analytical
review. Addiction. 2006 Apr;101(4):491-503.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Revia.

Características Farmacológicas


O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é um congênere
sintético da oximorfona, diferindo na estrutura pelo fato de o
grupo metila no átomo de nitrogênio ser substituído pelo grupo
ciclopropilmetila. O sal cloridrato é um composto cristalino
branco, solúvel em água.

O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é um antagonista
opioide puro que atenua ou bloqueia completamente, reversivelmente,
os efeitos subjetivos dos opioides exógenos.

É indicada como parte do tratamento do alcoolismo e como
antagonista no tratamento da dependência de opioides administrados
exogenamente. O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é
indicada para proporcionar efeito terapêutico benéfico no programa
de tratamento direcionado a dependentes. Quando é coadministrado
com a morfina, em situação crônica, o produto bloqueia a
dependência física à morfina, heroína e outros opioides. O
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) tem poucas ações
intrínsecas além de suas propriedades de bloqueio aos opioides.
Contudo, pode produzir alguma constrição da pupila, por um
mecanismo desconhecido.

A administração do Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
não está associada com o desenvolvimento de tolerância ou
dependência. Em pacientes fisicamente dependentes de opioides, o
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) precipita a
sintomatologia de abstinência. Os estudos clínicos indicam que 50
mg de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) bloqueiam os
efeitos farmacológicos de 25 mg de heroína administrada
intravenosamente por períodos de até 24 horas. Outros dados sugerem
que dobrando a dose de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa),
ocorre bloqueio por 48 horas e triplicando a dose, ocorre bloqueio
por cerca de 72 horas.

O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) bloqueia os
efeitos de opioides pela ligação competitiva (análoga à inibição
competitiva de enzimas) aos receptores opioides. Isto faz com que o
bloqueio produzido seja potencialmente superável, mas ocorrendo
bloqueio cheio com Cloridrato de Naltrexona (substância ativa), com
a administração de doses muito altas de opioides, resultou
em sintomas excessivos de liberação de histamina em pacientes
experimentais.

O mecanismo de ação do Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) no alcoolismo não é compreendido, contudo, o envolvimento do
sistema endógeno opioide é sugerido nos resultados pré-clínicos. O
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa), um antagonista de
receptor opioide liga-se competitivamente a tais receptores e pode
bloquear os efeitos dos opioides endógenos. Os antagonistas dos
opioides têm mostrado a redução de consumo de álcool pelos animais
e o Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) tem mostrado a
redução de consumo de álcool nos estudos clínicos.

A terapia com Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) não é
adversa e não causa reação do tipo-dissulfiram mesmo como resultado
do uso de opioide ou com a ingestão de álcool.

Farmacocinética

O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é um antagonista
de receptor opioide puro. Embora bem absorvida oralmente, está
sujeita a metabolismo significativo de primeira passagem com
biodisponibilidade oral estimada em 5% a 40%. Atribui-se a
atividade do Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) ao fármaco
e seu metabólito 6-ß-naltrexol. O fármaco e seus metabólitos são
excretados primariamente pelo rim (53% a 79% da dose), contudo, a
excreção urinária de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
não modificada é de menos de 2% de uma dose oral e a excreção fecal
é um meio de eliminação menor. Os valores da meia-vida de
eliminação t1/2 para o Cloridrato de Naltrexona (substância ativa)
e o 6-ß-naltrexol são de 4 horas e 13 horas respectivamente. O
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e o 6-ß-naltrexol são
dose proporcionais em termos de AUC e Cmáx na faixa de
50 a 200 mg e não acumulável após doses diárias de 100 mg.

Absorção

Após absorção oral, o Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) é rápida e quase completamente absorvida sendo cerca de 96%
da dose absorvidas pelo trato gastrintestinal. Os picos do nível
plasmático do Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e do
6-ß-naltrexol ocorrem dentro de uma hora após ingestão da dose.

Distribuição

O volume de distribuição do Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) após administração intravenosa é estimado em 1350 litros.
Testes in vitro com plasma humano mostram que o Cloridrato
de Naltrexona (substância ativa) é ligada em 21% às proteínas
plasmáticas na faixa de dose terapêutica.

Metabolismo

O clearance sistêmico, após administração intravenosa
de Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) é de aproximadamente
3,5 litros/minuto, que excede o fluxo de sangue hepático (1,2
litros/minuto). Isto sugere que o Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) é um fármaco muito extraível (gt; 98%
metabolizada) e que os sítios extra-hepáticos de metabolismo do
fármaco existem. O maior metabólito do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) é o 6-ß-naltrexol. Existem dois metabólitos
menores que são o 2- hidroxi-3-metoxi-6-ß-naltrexol e o
2-hidroxi-3-metil-Cloridrato de Naltrexona (substância ativa). O
Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) e seus metabólitos são
também conjugados para formar produtos metabólicos adicionais.

Eliminação

O clearance renal do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) varia de 30 a 127 mL/minuto e sugere que a
eliminação renal é feita primariamente por filtração glomerular. Em
comparação o clearance renal para o 6-ß-naltrexol varia de
230 a 369 mL/minuto, sugerindo um mecanismo adicional secretório
renal tubular. A excreção urinária do Cloridrato de Naltrexona
(substância ativa) não modificada é de cerca de 2% da dose oral; a
excreção urinária do 6- ß-naltrexol não modificado e conjugado é de
43% da dose oral. O perfil farmacocinético do Cloridrato de
Naltrexona (substância ativa) sugere que o fármaco e seus
metabólitos podem sofrer reciclagem enterohepática.

Deficiência Hepática e Renal

O Cloridrato de Naltrexona (substância ativa) parece ter sítios
extra-hepáticos para a metabolização do fármaco e seu metabólito
principal sofre secreção tubular ativa. Não foram conduzidos
estudos elucidativos com o Cloridrato de Naltrexona (substância
ativa) em pacientes portadores de disfunção hepática ou renal
grave.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Revia.

Cuidados de Armazenamento do Revia

Revia deve ser conservado à temperatura ambiente, entre 15 e
30°C, protegido da luz e da umidade. Mantenha os comprimidos na sua
embalagem original (frasco), mesmo após abertura do frasco.

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de
fabricação, impressa na embalagem. Não utilize medicamento
vencido.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Revia apresenta-se como comprimido revestido, de cor bege e
formato oblongo, sulcado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Revia

MS n.º 1.0298.0164

Farm. Resp.:

Dr. José Carlos Módolo
CRF-SP N.º 10.446

Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos
Ltda.

Rodovia Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira-SP
CNPJ N.º 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira

SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente):

0800 701 1918

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

Revia, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.