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Propess

Contraindicação do Propess

Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) não deve ser
usado nas seguintes condições:

  1. Quando já tiver iniciado o trabalho de parto.
  2. Quando drogas ocitócicas estiverem sendo administradas.
  3. Quando a contração uterina forte e prolongada for inadequada,
    como em pacientes:

a) que tenham sido submetidas anteriormente a grandes cirurgias
uterinas, por exemplo uma cesariana, miomectomia etc.

b) que tenham desproporção cefalo-pélvica;

c) com má-apresentação do feto;

d) com suspeita ou evidência de sofrimento fetal;

e) com histórico de partos difíceis ou traumáticos;

f) que tenham tido mais de três partos normais;

g) que tenham sido submetidas anteriormente a cirurgias ou
ruptura do cérvix.

  1. Quando há histórico ou presença de doença inflamatória pélvica
    atual, a menos que tenha sido instituído tratamento prévio
    adequado.
  2. Quando houver hipersensibilidade a dinoprostona ou qualquer um
    de seus excipientes.
  3. Quando houver placenta prévia ou sangramento vaginal
    inexplicado durante a gravidez atual.
  4. Quando a paciente já tenha se submetido a uma cesariana.

Como usar o Propess

Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) é apresentado
como um pessário vaginal de polímero semi-opaco, fino e plano, de
forma retangular, com ângulos radiados contidos no interior de um
dispositivo de remoção constituído por uma malha trançada de
poliéster.

Cada sistema de remoção, dentro do qual está alojado cada
pessário, consiste de uma bolsa trançada de poliéster e uma fita de
retirada, que possibilita uma remoção fácil e segura do pessário
quando as necessidades de PGE2 da paciente forem atingidas ou um
evento obstétrico determine a necessidade de interromper a
administração adicional da droga.

Administração:

Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) deve ser
retirado do freezer logo antes da inserção.

  1. Ao retirar Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) da
    embalagem, rasgar o sachê na parte superior. Não utilizar tesouras
    ou objetos cortantes para cortar o sachê para não danificar o
    produto. Utilize o sistema de remoção (fita de remoção) para
    retirar o produto cuidadosamente do sachê.
  2. Segurar o pessário entre os dedos da mão examinadora, insira
    Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) profundamente no
    fundo vaginal posterior atrás do colo uterino usando apenas
    pequenas quantidades de lubrificantes hidrossolúveis.
  3. Para assegurar que o pessário permaneça in situ deve ser virado
    90o, assim ele ficará em posição transversal ao fundo vaginal
    posterior atrás do colo uterino.
  4. Permitir que uma porção suficiente de fita permaneça do lado de
    fora da vagina para possibilitar a remoção.
  5. Após a inserção, assegure que a paciente permaneça deitada por
    20 ou 30 minutos, (tempo suficiente para que o pessário se
    intumesça) a dinoprostona será liberada de forma contínua durante
    24 horas, portanto é importante a monitorização das contrações
    uterinas e da condição fetal, em intervalos regulares.

Remoção:

O pessário pode ser removido de forma rápida e fácil, puxando
suavemente a fita de remoção.

Após a remoção, assegurar-se de que todo o produto (sistema de
liberação vaginal e sistema de remoção) foi removido da vagina.

É necessário remover o sistema de liberação vaginal para
terminar a administração da droga quando a maturação cervical for
julgada completa ou na vigência das seguintes circunstâncias:

  1. Início do trabalho de parto. Para os propósitos da indução de
    trabalho de parto com Dinoprostona (substância ativa deste
    medicamento) o início do mesmo é definido como a presença de
    contrações uterinas dolorosas regulares ocorrendo a cada 3 minutos,
    independentemente de qualquer modificação cervical. Há dois pontos
    importantes a serem observados:

a) Uma vez estabelecidas contrações dolorosas regulares com
Dinoprostona (substância ativa deste medicamento), elas não serão
reduzidas, em termos de frequência ou intensidade, durante todo o
tempo em que Dinoprostona (substância ativa deste medicamento)
permanecer in situ porque a dinoprostona ainda estará
sendo administrada.

b) As pacientes, principalmente aquelas com antecedentes de
gestações múltiplas, podem desenvolver contrações dolorosas
regulares sem qualquer modificação aparente do colo uterino.
Esvaecimento e dilatação do colo podem não ocorrer até que a
atividade uterina esteja estabelecida. Por isso, uma vez instalada
a atividade uterina dolorosa regular através do Dinoprostona
(substância ativa deste medicamento), o pessário deve ser removido,
independentemente do estado cervical, para evitar a possibilidade
de hiperestimulação uterina.

  1. Ruptura espontânea ou artificial das membranas.
  2. Qualquer indício de hiperestimulação uterina ou contrações
    uterinas hipertônicas.
  3. Evidência de sofrimento fetal.
  4. Evidência de efeitos adversos sistêmicos maternos à
    dinoprostona, tais como náuseas, vômitos, hipotensão e
    taquicardia.
  5. Pelo menos 30 minutos antes de iniciar uma infusão intravenosa
    de ocitocina.

O sistema de recuperação do pessário, constituído por uma bolsa
de poliéster e uma fita de remoção, possui uma abertura que é
necessária para a inserção do pessário em seu interior durante o
processo de fabricação. Nunca retire o pessário de dentro de seu
sistema de recuperação.

Na remoção do produto da vagina, o pessário estará intumescido,
2 a 3 vezes em relação ao seu tamanho original, e deverá ser
maleável.

Posologia

Deve ser utilizado um único pessário. Esta é, normalmente, a
quantidade suficiente para obtenção da maturação cervical.

Se a maturação cervical mostrar-se insuficiente no período de 24
horas, o pessário deve ser removido. Um intervalo de no mínimo 30
minutos é recomendado para uso sequencial de ocitocina após a
remoção do pessário vaginal.

Precauções do Propess

A paciente e a condição do colo uterino devem ser cuidadosamente
avaliadas antes do uso de Dinoprostona (substância ativa deste
medicamento). Após a inserção, a atividade uterina e a condição
fetal devem ser monitoradas regularmente. Se houver indício de
complicações materna ou fetal ou efeitos adversos, a liberação de
dinoprostona deve ser interrompida através da remoção do pessário
da vagina.

A experiência com Dinoprostona (substância ativa deste
medicamento) em pacientes com membranas rompidas é limitada.
Portanto, Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) deve
ser utilizado com cautela nessas pacientes. Visto que a liberação
da dinoprostona do pessário pode ser afetada por fluido amniótico,
atenção especial deve ser dada à atividade uterina e condição
fetal.

Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) deve ser
administrado com cautela em pacientes com histórico de hipertonia
uterina, glaucoma ou asma.

A administração de drogas antiinflamatórias não-esteroidais,
incluindo ácido acetilsalicílico, deve ser interrompida antes do
uso de dinoprostona.

Se as contrações uterinas forem prolongadas ou excessivas,
existe a possibilidade de hipertonia ou ruptura uterina, assim
sendo, o pessário deve ser imediatamente removido.

Ruptura uterina foi reportada em associação com a utilização de
Dinoprostona (substância ativa deste
medicamento), principalmente em pacientes em condições
contraindicadas. Portanto, Dinoprostona (substância ativa deste
medicamento) não deve ser administrado em pacientes com história
prévia de cesariana ou cirurgia uterina devido ao risco potencial
de ruptura uterina associada a complicações obstétricas.

Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) deve ser
utilizado com cautela quando há gravidez múltipla. Não foram
realizados estudos em gravidez múltipla.

Uma segunda dose de Dinoprostona (substância ativa deste
medicamento) não é recomendada, pois os efeitos de uma segunda dose
ainda não foram estudados.

A utilização do produto em pacientes com doenças que podem
afetar o metabolismo ou excreção de dinoprostona, por exemplo,
doenças pulmonares, hepáticas e renais, não foram especificamente
estudadas. A utilização do produto nestas pacientes não é
recomendada.

Mulheres com 35 anos ou mais (e ocasionalmente também em
mulheres mais jovens), mulheres com complicações durante a gravidez
e mulheres com idade gestacional acima de 40 semanas possuem maior
risco de desenvolver coagulação intravascular disseminada (CIVD),
pós-parto. Assim, nestes casos pode ocorrer aumento adicional do
risco de coagulação intravascular disseminada em mulheres com parto
farmacologicamente induzido. Portanto, a dinoprostona e a ocitocina
devem ser utilizadas com cautela nestas mulheres. Na fase de
pós-parto imediato o médico deve estar atento a sinais precoces de
desenvolvimento de CIVD (por exemplo, fibrinólise). Seria prudente
remover o pessário, se a anestesia peridural for administrada
previamente ao parto, antes da ruptura da membrana (bolsa).

Fique atento caso um episódio de ruptura prematura de membrana
já tenha sido evidenciado.

Gravidez e lactação

Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) é indicado
para início e/ou continuação da maturação do colo uterino em
gestantes, quando a indução do trabalho de parto for indicada.

Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) não é indicado
para utilização durante fases iniciais ou outras fases da gravidez
ou durante lactação.

Efeito na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

O produto não é recomendado para uso em situações em que a
paciente esteja dirigindo ou operando máquinas.

Uso em idosos e crianças

O produto não é recomendado para uso em idosos ou crianças.

Reações Adversas do Propess

Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) é bem
tolerado. A maioria dos efeitos apresentados está relacionada aos
efeitos normais de administração intravaginal de dinoprostona.

Foram relatadas alterações cardiotocográficas e sofrimento fetal
inespecífico durante ou após a administração de dinoprostona
intravaginal. Foi relatada atividade uterina aumentada com
contrações hipertônicas, com ou sem desconforto fetal, sendo
recomendada, neste caso, a remoção imediata do pessário. Existe um
risco muito maior de hiperestimulação se a fonte de dinoprostona
não for removida antes da administração de ocitocina, uma vez que
as prostaglandinas potencializam os efeitos uterotônicos das drogas
ocitócicas.

Em um estudo pivotal, cinco (4,9%) entre os 102 pacientes
sofreram de hiperestimulação. Entre estas pacientes, três (2,9%)
casos estavam associados a sofrimento fetal. Dos cinco casos,
quatro foram resolvidos após a remoção do pessário.

Os efeitos gastrintestinais como náusea, vômito e diarreia foram
reportados em menos de 1% dos pacientes em estudo pivotal de
eficácia.

Em relatos de experiência pós-marketing, a ruptura uterina têm
sido raramente relatada em associação ao uso de Dinoprostona
(substância ativa deste medicamento).

Foram relatados casos muito raros de edema genital.

Tem sido relatado um aumento do risco pós-parto no
desenvolvimento de coagulação intravascular disseminada em mulheres
com parto farmacologicamente induzido pelo uso de dinoprostona e
ocitocina. A frequência desse evento adverso demonstrou ser raro
(lt; 1 em 1.000 gestações).

Casos muito raros de reações anafiláticas foram reportados com o
uso de dinoprostona.

Sabe-se que a PGE2 é responsável pela desobstrução do ducto
arterial durante a gravidez, mas não houve relatos da relação de
Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) e bebês
cianóticos no período neonatal.

Interação Medicamentosa do Propess

Pacientes que já estejam recebendo drogas ocitócicas por via
intravenosa somente devem receber dinoprostona em circunstâncias
excepcionais e com cuidado, porque é sabido que as prostaglandinas
potencializam o efeito uterotônico das drogas ocitócicas. Não
é recomendado o uso concomitante de Dinoprostona (substância ativa
deste medicamento) em pacientes recebendo ocitócicos.

Um intervalo de, no mínimo, 30 minutos é recomendado para uso
sequencial de ocitocina após a remoção do pessário vaginal.

Ação da Substância Propess

Resultados de Eficácia

Estudos comprovam que:

As prostaglandinas têm sido utilizadas na indução de trabalho de
parto desde 1960; foram realizados estudos comparando formulações
de prostaglandinas vaginais com o objetivo de determinar os efeitos
e eficácia da prostaglandina E2, para a maturação cervical no
terceiro trimestre. Nesta meta-análise concluiu-se que o uso da
prostaglandina E2 por via vaginal ocasionou melhora significante na
maturação cervical num período compreendido entre 24-48 horas,
refletindo assim, uma taxa de natalidade maior dentro das 24, horas
sem a necessidade de parto cesárea.

Outro estudo mostra que nos Estados Unidos da América, o uso de
prostaglandinas na indução de trabalho de parto vem sendo
intensamente analisado como um meio de reduzir custos associados
com partos cesáreas, pois com o uso do pessário vaginal de
liberação controlada há uma taxa de falha de tratamento muito baixa
e satisfatória indução de trabalho de parto; além do importante
fato dos efeitos adversos maternos serem raros. 

Devido a estes pontos o pessário vaginal mostra-se uma
alternativa terapêutica benéfica. 

Características farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) contém
dinoprostona que é uma Prostaglandina E2. As prostaglandinas são
substâncias naturalmente presentes em baixas concentrações em
muitos tecidos humanos e atuam como hormônios locais. A
Prostaglandina E2 tem um papel importante nas alterações dos
complexos bioquímicos e estruturais envolvidos na maturação
cervical. A maturação cervical envolve um relaxamento marcante das
fibras musculares lisas do colo uterino cuja maturação deve ser
transformada de uma estrutura rígida para uma configuração suave e
dilatada que permita a passagem do feto pelo canal de parto. Este
processo envolve a ativação da enzima colagenase que é responsável
pela quebra do colágeno.

Os efeitos farmacológicos das prostaglandinas e particularmente
PGE2 têm sido amplamente investigados nos últimos anos e
especificamente a esta apresentação, no controle da indução do
parto, uma vez que induz a contração uterina. Porém a ação deste
medicamento não é indicada para mulheres em parto cesariano ou que
já passaram anteriormente por tal situação.

Estudos pré-clínicos têm demonstrado que a dinoprostona é uma
substância de ação local que é rapidamente inativada e, portanto,
não há evidências de toxicidade sistêmica significativa.
Os polímeros de hidrogel e poliéster são componentes inertes com
boa tolerabilidade local.

Toxicidade reprodutiva, efeitos genotóxicos ou carcinogênicos
dos polímeros não têm sido investigados, porém a exposição
sistêmica é insignificante.

Propriedades farmacocinéticas

É sabido que as prostaglandinas agem como hormônios locais e são
primariamente metabolizadas em seu local de síntese. Qualquer
prostaglandina que escape da inativação local é rapidamente
retirada da circulação sanguínea com meia-vida estimada de 1-3
minutos.

Nenhuma correlação pode ser estabelecida entre a liberação de
PGE2 e concentrações plasmáticas de seu metabólito, PGEm. Também
não pode ser determinada a contribuição relativa da liberação de
PGE2 de fontes endógenas e exógenas para o nível plasmático do
metabólito PGEm.

O reservatório de 10 mg de dinoprostona serve para manter a
liberação constante e controlada. A taxa de liberação é de
aproximadamente 0,3 mg por hora durante 24 horas em mulheres com
membranas intactas, porém, em mulheres com ruptura prematura de
membranas a liberação é maior e mais variável. Dinoprostona
(substância ativa deste medicamento) libera dinoprostona no tecido
cervical continuamente a uma taxa que permite que a maturação
cervical progrida até seu estágio completo e com a facilidade de
remover a fonte de dinoprostona quando o médico decidir que a
maturação cervical está completa ou o parto iniciado, quando a
dinoprostona não mais é necessária.

Propess, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.