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Onicit

  • Logo após receber certos medicamentos anticancerígenos (fase
    aguda);
  • Após receber certos medicamentos anticancerígenos (fase
    tardia);
  • Logo após ou após a recuperação da anestesia em cirurgias.

Náuseas e vômitos podem ocorrer a qualquer momento da
quimioterapia. Para muitos pacientes que recebem quimioterapia
moderadamente emetogênica, uma única dose intravenosa de Onicit
pode prevenir náuseas e vômitos na fase aguda (mesmo dia da
quimioterapia) e na fase tardia (2 a 5 dias após a quimioterapia),
sendo também eficaz na fase aguda seguida de uma terapia altamente
emetogênica.


Como o Onicit funciona?

Onicit é um medicamento antiemético usado em adultos
para ajudar na prevenção de náuseas e vômitos que podem
ocorrer:

  • Logo após ou após o uso de medicamentos anticancerosos
    (quimioterapia);
  • Logo após ou após a recuperação da anestesia em cirurgias.

O objetivo da terapia antiemética é prevenir as náuseas e os
vômitos antes que ocorram.

Contraindicação do Onicit

Este medicamento é contra-indicado para uso por menores de 18
anos de idade. A segurança e a eficácia nessa faixa etária não
foram estabelecidas.

Este medicamento é contra-indicado para uso por pessoas
alérgicas ao cloridrato de palonosetrona ou a qualquer componente
desse medicamento.

Como usar o Onicit

Onicit é administrado por via intravenosa, o que deve ser
realizado somente por profissionais especializados nessa área.

Náuseas e vômitos induzidos por
quimioterapia

Onicit deve ser infundido por via intravenosa ao longo de 30
segundos. Recomenda-se que esse medicamento seja administrado em
dose única aproximadamente 30 minutos antes do início da
quimioterapia e no mesmo acesso de infusão que será usado para a
quimioterapia. A dose recomendada de Onicit para adultos é de
0,25mg.

Náuseas e vômitos no pós-operatório

Onicit deve ser infundido por via intravenosa ao longo de
10 segundos imediatamente antes da indução da anestesia. A dose
recomendada para adultos é de 0,075mg.

Após a utilização descarte os equipamentos que não podem ser
reutilizados em recipientes adequados, a fim de evitar acidentes
perfurocortantes.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Onicit?

Você não precisará se preocupar em lembrar de usar este
medicamento, pois seu médico saberá identificar se ele deve ou não
ser administrado no seu caso.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Onicit

Informe seu médico se você tem ou teve alergia a outros
medicamentos utilizados para prevenir náuseas e vômitos.

Informe seu médico se você tem ou teve qualquer problema no
coração ou alguma alteração na forma como ele bate.

Informe seu médico sobre todos os problemas médicos que você tem
ou teve.

Reações Adversas do Onicit

Os efeitos adversos mais comuns são:

Dor de cabeça, constipação (prisão de ventre), diarreia,
tonturas, fadiga (cansaço), dor abdominal e insônia (dificuldade
para dormir). Outros efeitos adversos podem ocorrer mais raramente.
Para maiores informações sobre esses efeitos, fale com seu
médico.

Podem ocorrer reações alérgicas em pacientes que já são
alérgicos a outros antieméticos.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Onicit

Uso durante a gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Onicit não é recomendado para uso durante a gravidez. Informe
seu médico se você estiver grávida ou tiver intenção de
engravidar.

Uso durante a amamentação

Não se sabe se o cloridrato de palonosetrona passa para o leite
humano ou se pode causar algum efeito adverso no bebê que está
amamentando. Informe seu médico se você estiver amamentando.

Efeitos sobre a habilidade de conduzir veículos e usar
máquinas

Não foram observados efeitos sobre a habilidade de conduzir
veículos e usar máquinas.

Entretanto, antes de realizar essas atividades verifique quais
são as suas reações após utilizar esse medicamento.

Composição do Onicit

Cada frasco-ampola de 1,5mL contém:

0,075mg de palonosetrona na forma de cloridrato.

Cada frasco-ampola de 5mL contém:

0,25mg de palonosetrona na forma de cloridrato.

Excipientes:

manitol, edetato dissódico e tampão citrato em água para
injetáveis. O pH dessa solução é de 4,5 a 5,5.

Superdosagem do Onicit

Não existe antídoto conhecido ao Onicit. A superdose deve ser
tratada com terapia de suporte. Os principais sinais de superdose
foram convulsões (ataques), engasgamento, palidez, cianose
(arroxeamento da pele) e colapso (choque).

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Onicit

A palonosetrona é eliminada do corpo através da excreção renal e
das vias metabólicas, com as últimas mediadas por várias enzimas
CYP. Estudos in vitro adicionais indicaram que a
palonosetrona não é uma
inibidora da CYP1A2, CYP2A6, CYP2B6, CYP2C9, CYP2D6, CYP2E1 e
CYP3A4/5 (CYP2C19 não foi investigada), e não induz a atividade da
CYP1A2, CYP2D6 ou CYP3A4/5. Portanto, o potencial para interações
medicamentosas clinicamente significativas com a palonosetrona
parece ser baixo. A administração concomitante de 0,25 mg de
palonosetrona IV e 20 mg de dexametasona IV em indivíduos sadios
foi segura e bem tolerada. Nesse estudo não houve interação
farmacocinética entre a palonosetrona e a dexametasona.

Em um estudo de interação em indivíduos sadios onde 0,25 mg de
palonosetrona (bolus IV) foi administrada no dia 1 e aprepitante
foi administrado por via oral por 3 dias (125 mg/80 mg/80 mg), a
farmacocinética da palonosetrona não foi significantemente alterada
(não houve alteração na AUC e 15% de aumento na
Cmáx).

Um estudo em voluntários saudáveis envolvendo dose única IV de
palonosetrona (0,75 mg) e metoclopramida oral em equilíbrio
dinâmico (10 mg quatro vezes ao dia) não demonstrou interação
farmacocinética significativa.

Em estudos clínicos controlados, Cloridrato De Palonosetrona
(substância ativa) injetável foi administrado com segurança com
corticosteroides, analgésicos, antieméticos/antinauseantes,
antiespasmódicos e agentes anticolinérgicos.

A palonosetrona não inibiu a atividade antitumoral de cinco
agentes quimioterápicos testados (cisplatina, ciclofosfamida,
citarabina, doxorrubicina e mitomicina C) em modelos tumorais
murinos.

Medicamentos serotoninérgicos (como ISRSs e
ISRSNs)

Houve relatos de síndrome serotoninérgica após o uso
concomitante de antagonistas de 5-HT3 e outros medicamentos
serotoninérgicos (incluindo ISRSs e IRSNs).

Ação da Substância Onicit

Resultados de Eficácia

Náuseas e Vômitos Induzidos por
Quimioterapia

A eficácia de uma injeção em dose única de palonosetrona na
prevenção de náuseas e vômitos agudos e tardios induzidos por
quimioterapia tanto moderada quanto altamente emetogênica foi
estudada em três estudos clínicos Fase 3 e um estudo clínico Fase
2. Nesses estudos duplo-cegos, os índices de resposta completa (sem
episódios eméticos e sem medicação de resgate) e outros parâmetros
de eficácia foram avaliados durante, pelo menos, 120 horas após a
administração da quimioterapia. A segurança e a eficácia da
palonosetrona em cursos repetidos de quimioterapia também foram
estudadas.

Quimioterapia Moderadamente Emetogênica

Dois estudos clínicos Fase 3 duplo-cegos envolvendo 1.132
pacientes compararam dose única IV de Cloridrato De Palonosetrona
(substância ativa) ou com dose única IV de ondansetrona (estudo 1)
ou com dolasetrona (estudo 2) administradas 30 minutos antes
de quimioterapia moderadamente emetogênica que incluía
carboplatina, cisplatina ≤ 50 mg/m2, ciclofosfamida lt;
1.500 mg/m2, doxorrubicina gt; 25 mg/m2,
epirrubicina, irinotecano e metotrexato gt; 250 mg/m2.
Corticosteroides concomitantes não foram administrados
profilaticamente no estudo 1, e foram usados por apenas 4% a 6% dos
pacientes no estudo 2. A maioria dos pacientes nesses estudos era
mulheres (77%), brancos (65%) e sem quimioterapia anterior (54%). A
idade média era de 55 anos.

Quimioterapia Altamente Emetogênica

Um estudo Fase 2, duplo-cego e de doses variadas avaliou a
eficácia da dose única IV de palonosetrona de 0,3 a 90 mcg/kg
(equivalente a lt; 0,1 mg a 6 mg de dose fixa) em 161 pacientes
adultos com câncer que nunca foram tratados com quimioterapia, e
recebendo quimioterapia altamente emetogênica (cisplatina ≥ 70
mg/m2 ou ciclofosfamida gt; 1.100 mg/m2).
Corticosteroides concomitantes não foram administrados
profilaticamente.

A análise de dados desse estudo indica que 0,25 mg é a menor
dose eficaz na prevenção de náuseas e vômitos agudos induzidos por
quimioterapia altamente emetogênica.

Um estudo clínico, Fase 3, duplo-cego envolvendo 667 pacientes
comparou dose única IV de Cloridrato De Palonosetrona (substância
ativa) com dose única IV de ondansetrona (estudo 3) administrada 30
minutos antes da quimioterapia altamente emetogênica que incluiu
cisplatina ≥ 60 mg/m2, ciclofosfamida gt; 1.500
mg/m2 e dacarbazina.

Corticosteroides foram co-administrados profilaticamente antes
da quimioterapia em 67% dos pacientes.

Dos 667 pacientes, 51% eram mulheres, 60% brancos e 59% nunca
haviam sido tratados com quimioterapia. A idade média era de 52
anos.

A atividade antiemética de Cloridrato De Palonosetrona
(substância ativa) foi avaliada durante a fase aguda (0-24 horas)
(Tabela 1), fase tardia (24-120 horas) (Tabela 2) e fase total
(0-120 horas) (Tabela 3) pós quimioterapia em estudos clínicos Fase
3.

Tabela 1: Prevenção de Náuseas e Vômitos Agudos (0-24
horas): Índices de Resposta Completa

a Corte de intenção de tratamento.
b Teste exato de Fisher bilateral. Nível de
significância em α = 0,025.
c Os estudos foram desenhados para revelar
não-inferioridade. Um limite inferior maior que –15% demonstra
não-inferioridade entre Cloridrato De Palonosetrona (substância
ativa) e comparativo.

Esses estudos mostram que o Cloridrato de Palonosetrona
(substância ativa) foi eficaz na prevenção de náuseas e vômitos
agudos associados aos cursos iniciais e de repetição de
quimioterapia contra câncer moderada a altamente emetogênico.
No estudo 3, a eficácia foi maior quando corticosteroides
profiláticos foram administrados concomitantemente. A superioridade
clínica sobre outros antagonistas do receptor 5 HT3 não foi
adequadamente demonstrada na fase aguda.

Tabela 2: Prevenção de Náuseas e Vômitos Tardios (24-120
horas): Índices de Resposta Completa

a Corte de intenção de tratamento.
b Teste exato de Fisher bilateral. Nível de
significância em α = 0,025.
c Os estudos foram desenhados para revelar
não-inferioridade. Um limite inferior maior que –15% demonstra
não-inferioridade entre Cloridrato de Palonosetrona (substância
ativa) e comparativo.

Esses estudos mostram que o Cloridrato de Palonosetrona
(substância ativa) foi eficaz na prevenção de náuseas e vômitos
tardios associados a cursos iniciais e de repetição de
quimioterapia moderadamente emetogênica.

Tabela 3: Prevenção de Náuseas e Vômitos Globais (0-120
horas): Índices de Resposta Completa

a Corte de intenção de tratamento.
b Teste exato de Fisher bilateral. Nível de
significância em α = 0,025.
c Os estudos foram desenhados para revelar
não-inferioridade. Um limite inferior maior que –15% demonstra
não-inferioridade entre Cloridrato de Palonosetrona (substância
ativa) e comparativo.

Esses estudos mostram que o Cloridrato de Palonosetrona
(substância ativa) foi eficaz na prevenção de náuseas e vômitos
durante todo o período de 120 horas (5 dias) após os cursos inicial
e de repetição de quimioterapia contra o câncer moderadamente
emetogênico.

Náuseas e Vômitos no Pós-Operatório

Em um estudo clínico multicêntrico, randomizado, estratificado,
duplo-cego, de grupo paralelo, fase 3 (Estudo 1), a palonosetrona
foi comparada a placebo na prevenção de NVPO em 546 pacientes que
se submeteram a cirurgia abdominal e ginecológica. Todos os
pacientes receberam anestesia geral. O Estudo 1 foi pivotal e
conduzido predominantemente nos Estados Unidos em um grupo de
pacientes selecionados entre os eletivos para cirurgia ginecológica
ou laparoscopia abdominal e a randomização foi estratificada para
os seguintes fatores de risco: gênero, não fumante, histórico de
náuseas e vômitos no pós-operatório e/ou por movimento.

No Estudo 1, os pacientes foram randomizados para receber
palonosetrona 0,025 mg, 0,050 mg ou 0,075 mg ou placebo,
administrado por via intravenosa imediatamente antes da indução da
anestesia. A atividade antiemética da palonosetrona foi avaliada
pelo período de 0 a 72 horas após a cirurgia.

Dos 138 pacientes tratados com 0,075 mg de palonosetrona no
Estudo 1 e avaliados para eficácia, 96% eram mulheres, 66% tinham
histórico de náuseas e vômitos no pós-operatório e/ou por
movimento, 85% eram não-fumantes. Na avaliação por etnia, 63% eram
brancos, 20% eram negros, 15% eram hispânicos e 1% era asiático. A
idade dos pacientes variou de 21 a 74 anos, com uma idade média de
37,9 anos. Três pacientes tinham mais de 65 anos de idade.

A medida da co-eficácia primária foi a Resposta Completa (RC)
definida como nenhum episódio emético e não utilização de
medicamentos de resgate em 0 a 24 horas e 24 a 72 horas após a
cirurgia.

O desfecho da eficácia secundária inclui:

  • Resposta Completa (RC) 0 a 48 e 0 a 72 horas;
  • Controle Completo (CC) definido como RC e não mais que uma
    náusea leve;
  • Gravidade das náuseas (nenhuma, leve, moderada e grave).

A hipótese primária no Estudo 1 foi que pelo menos uma de três
doses de palonosetrona fosse superior ao placebo.

Os resultados para Resposta Completa no Estudo 1 para 0,075 mg
de palonosetrona versus placebo foram descritos na tabela
seguinte:

Tabela 4: Prevenção das Náuseas e Vômitos no
Pós-Operatório; Resposta Completa (RC), Estudo 1, 0,075 mg de
Palonosetrona versus Placebo

A dose de 0,075 mg de palonosetrona reduziu a gravidade das
náuseas comparada com o placebo. A análise de outro desfecho
secundário indicou que 0,075 mg de palonosetrona foi numericamente
melhor
que o placebo, entretanto, a significância estatística não foi
formalmente demonstrada.

Um estudo randomizado de fase 2, duplo-cego, multicêntrico,
controlado por placebo de variação de dose foi realizado para
avaliar a palonosetrona intravenosa na prevenção de náuseas e
vômitos no ósoperatório em cirurgia abdominal ou histerectomia
vaginal. Cinco doses de palonosetrona IV (0,1 mcg/kg, 0,3 mcg/kg,
1,0 mcg/kg, 3,0 mcg/kg e 30 mcg/kg) foram avaliadas em um total de
381 pacientes com intenção de tratar. A medida da eficácia primária
é a proporção de pacientes com resposta completa nas primeiras 24
horas após a recuperação da cirurgia. A menor dose efetiva foi de 1
mcg/kg de palonosetrona aproximadamente 0,075 mg) que teve uma taxa
de resposta completa de 44% versus 19% para o placebo, p = 0,004. A
dose de 1 mcg/kg de palonosetrona também reduziu significantemente
a gravidade das náuseas versus placebo, p = 0,009.

Características Farmacológicas

Ações

O cloridrato de palonosetrona é um agente antiemético e
antinauseante. É um antagonista seletivo do receptor subtipo 3 da
serotonina (5-HT3) com uma alta afinidade de ligação por esse
receptor.

Farmacologia Clínica

Propriedades Físicas e Químicas

O cloridrato de palonosetrona é um pó cristalino de branco a
esbranquiçado. É facilmente solúvel em água, solúvel em
propilenoglicol e ligeiramente solúvel em etanol e 2-propanol.

Quimicamente, o cloridrato de palonosetrona é: cloridrato de
(3aS)-2-[(S)-1-azabiciclo[2.2.2]oct-3-il]-
2,3,3a,4,5,6-hexaidro-1-oxo-1Hbenz[de] isoquinolina. A fórmula
empírica é C19H24N2O•HCl, com um
peso molecular de 332,87. O cloridrato de palonosetrona existe como
um isômero único.

Farmacodinâmica

A palonosetrona é um antagonista seletivo do receptor 5-HT3
(serotonina subtipo 3) com uma alta afinidade de ligação por esse
receptor e pouca ou nenhuma afinidade por outros receptores. A
palonosetrona difere dos outros setrons de primeira geração
existentes no mercado por apresentar uma alta afinidade de ligação
ao receptor e prolongamento importante da meia-vida plasmática.

A quimioterapia para tratamento do câncer está associada a uma
elevada incidência de náuseas e vômitos, particularmente quando são
utilizados determinados agentes, como a cisplatina. Os receptores
5-HT3
estão localizados nos terminais nervosos do vago na periferia e
centralmente na zona do gatilho de quimiorreceptor da área
postrema. Acredita-se que os agentes quimioterápicos produzam
náuseas e vômitos por meio da liberação de serotonina das células
enterocromafins do intestino delgado, e que a serotonina liberada
então ativaria os receptores 5-HT3 localizados nos aferentes vagais
para iniciar o reflexo de vômito.

As náuseas e vômitos no pós-operatório são influenciados por
múltiplos fatores relacionados ao paciente, a cirurgia e a
anestesia. São desencadeados pela liberação de 5-HT3 em uma cascata
de eventos neuronais envolvendo o sistema nervoso central e o trato
gastrintestinal. O receptor 5-HT3 demonstrou participar
seletivamente na resposta emética.

Os efeitos da palonosetrona sobre a pressão arterial, a
frequência cardíaca e os parâmetros eletrocardiográficos, inclusive
QTc, foram comparáveis aos da ondansetrona e da dolasetrona em
estudos clínicos para náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia
(NVIQ). Nos estudos clínicos para náuseas e vômitos no
pós-operatório (NVPO) os efeitos da palonosetrona sobre o intervalo
QTc não foram diferentes do placebo.

Em estudos não-clínicos, a palonosetrona possui a habilidade de
bloquear canais de íons envolvidos na despolarização e
repolarização ventricular e de prolongar a duração do potencial de
ação.

O efeito da palonosetrona no intervalo QTc foi avaliado em um
estudo clínico duplo cego, randomizado, paralelo, controlado por
placebo e positivo (moxifloxacino) em homens e mulheres adultos. O
objetivo
foi avaliar os efeitos no eletrocardiograma (ECG) da administração
IV de palonosetrona em doses únicas de 0,25 mg, 0,75 mg ou 2,25 mg
em 221 indivíduos sadios. O estudo demonstrou que não há efeito
em
qualquer intervalo do ECG incluindo a duração do intervalo QTc
(repolarização cardíaca) em doses de até 2,25 mg.

Farmacocinética

Após administração intravenosa de palonosetrona em indivíduos
saudáveis e pacientes com câncer, um declínio inicial nas
concentrações plasmáticas é seguido por uma lenta eliminação do
corpo. A
concentração plasmática máxima (Cmáx) média e a área da
curva de concentração-tempo (AUC) são geralmente proporcionais à
dose na faixa de doses de 0,3 a 90 mcg/kg em indivíduos saudáveis e
em
pacientes com câncer. Após dose intravenosa (IV) única de
palonosetrona de 3 mcg/kg (ou 0,21 mg/70 kg) em seis pacientes com
câncer, estimou-se que a concentração plasmática máxima média (±DP)
era de 5,6 ± 5,5 ng/mL e a AUC média era de 35,8 ± 20,9
ng·h/mL.

Após dose intravenosa de palonosetrona em pacientes que passaram
por cirurgia (abdominal ou histerectomia vaginal), as
características farmacocinéticas da palonosetrona foram similares a
aquelas
observadas em pacientes com câncer.

Distribuição

A palonosetrona tem um volume de distribuição de aproximadamente
8,3 ± 2,5 L/kg.

Aproximadamente 62% da palonosetrona estão ligados a proteínas
plasmáticas.

Metabolismo

A palonosetrona é eliminada por várias vias com aproximadamente
50% metabolizados para formar dois metabólitos principais:
N-óxido-palonosetrona e 6-S-hidroxi-palonosetrona. Cada um desses
metabólitos tem menos de 1% da atividade de antagonista do receptor
5-HT3 da palonosetrona.

Estudos de metabolismo in vitro sugeriram que a CYP2D6 e, em
menor grau, a CYP3A e a CYP1A2 estão envolvidas no metabolismo da
palonosetrona. Entretanto, os parâmetros farmacocinéticos
clínicos não são significativamente diferentes entre os
metabolizadores fracos e intensos de substratos da CYP2D6.

Eliminação

Depois de uma dose intravenosa única de 10 mcg/kg
[C14]-palonosetrona, aproximadamente 80% da dose foram recuperados
nas primeiras 144 horas na urina, com palonosetrona representando
aproximadamente 40% da dose administrada. Em indivíduos saudáveis,
a depuração corpórea total de palonosetrona foi de 160 ± 35
mL/h/kg, e a depuração renal foi de 66,5 ± 18,2 mL/h/kg. A
meia-vida de
eliminação terminal média é de aproximadamente 40 horas.

Toxicologia Pré-Clinica

Carcinogênese, Mutagênese, Comprometimento da
Fertilidade

Em um estudo de carcinogenicidade de 104 semanas em camundongos
CD-1, os animais foram tratados com doses orais de palonosetrona de
10, 30 e 60 mg/kg/dia. O tratamento com palonosetrona não foi
tumorigênico. A maior dose testada produziu uma exposição sistêmica
à palonosetrona (AUC plasmática) de cerca de 150 a 289 vezes a
exposição humana (AUC = 29,8 ng·h/mL) na dose intravenosa
recomendada de 0,25 mg. Em um estudo de carcinogenicidade de 104
semanas em ratos Sprague-Dawley, ratos machos e fêmeas foram
tratados com doses orais de 15, 30 e 60 mg/kg/dia e de 15, 45
e 90 mg/kg/dia,  respectivamente. As maiores doses
produziram uma exposição sistêmica à palonosetrona (AUC plasmática)
de 137 e 308 vezes a exposição humana na dose recomendada. O
tratamento com palonosetrona produziu incidências aumentadas de
feocromocitoma benigna adrenal e feocromocitoma benigna e maligna
associadas, incidências aumentadas de adenoma e de combinação de
adenoma e carcinoma de células de ilhota pancreática e adenoma
hipofisário em ratos machos. Nas ratas, produziu adenoma e
carcinoma hepatocelular e incidências aumentadas de adenoma e de
combinação de adenoma e carcinoma de células C de
tireoide.

A palonosetrona não foi genotóxica no teste de Ames, no teste de
mutação anterógrada com células de ovário de hamster chinês
(CHO/HGPRT), no teste de síntese não-programada de DNA (UDS) em
hepatócito ex vivo ou no teste de micronúcleo de camundongo. Foi,
contudo, positivo para efeitos clastogênicos no teste de aberração
cromossômica em célula de ovário de hamster chinês (CHO).

Foi constatado que a palonosetrona em doses orais de até 60
mg/kg/dia (aproximadamente 1.894 vezes a dose intravenosa humana
recomendada com base em área de superfície corporal) não apresenta
nenhum efeito sobre a fertilidade e o desempenho reprodutivo de
ratos machos e fêmeas.

Cuidados de Armazenamento do Onicit

Conservar em sua embalagem original em temperatura ambiente
(entre 15 e 30°C). Não congelar. Proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Caracerísticas físicas

Onicit é uma solução estéril, transparente, incolor, que
não produz febre e é apropriada para administração intravenosa.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Onicit

MS 1.0171.0181

Farm. Resp.:

Cristina Matushima
CRF-SP nº 35.496

Registrado e importado por:

Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua João Alfredo, 353 – São Paulo/ SP
CNPJ 03.560.974/0001-18 – Brasil
Central de Relacionamento
0800-0122232

Fabricado por:

Pierre Fabre Medicament Production, Idron, França

Embalado por:

Schering-Plough S.A. de C.V., Xochimilco, México
ONICIT_BU 04_052014_VP

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.

Onicit, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.