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Mozobil

Como Mozobil funciona?

A substância ativa de Mpzobil é plerixafor. Esta substância,
plerixafor, é um bloqueador reversível e específico do receptor que
está presente em muitas células do corpo, mas particularmente nas
células-tronco hematopoiéticas. Estas células dão origem a todas as
células do sangue: células vermelhas (que transportam oxigênio dos
pulmões para os tecidos), células brancas (que lutam contra as
infecções) e plaquetas (que interrompem a hemorragia).

No caso das células-tronco hematopoiéticas, este receptor amarra
as células hematopoiéticas na medula óssea. Se esta ligação é
quebrada, as células hematopoiéticas irão migrar para a corrente
sanguínea nos seus vasos sanguíneos (artérias e veias), onde
poderão ser coletadas pelo processo de aférese (procedimento médico
que consiste na passagem de sangue através de um aparato que separa
as células de interesse, no seu caso as células-tronco
hematopoiéticas, e retorna as demais células para a circulação
sanguínea).

Mozobil irá melhorar a liberação ou “mobilização” das
células-tronco hematopoiéticas para a corrente sanguínea,
permitindo sua coleta por aférese. Em seguida essas células serão
congeladas e estocadas até serem transplantadas de volta em você
quando precisar delas para regenerar sua medula óssea e sangue.

Em estudos conduzidos com Mozobil, foi utilizado também o fator
estimulante de colônia de granulócitos (G-CSF), outro medicamento
que é usado para “mobilizar” células-tronco para a corrente
sanguínea.

Em estudos com Mozobil em pacientes saudáveis, o pico de
mobilização das células hematopoiéticas no sangue
ocorreu entre 6 e 9 horas após a dose de Mozobil. Em estudos
similares com Mozobil em combinação com o fator estimulante de
colônia de granulócitos (G-CSF) em voluntários saudáveis, uma
elevação prolongada das células hematopoiéticas no sangue foi
observado entre 4 e 18 horas após o uso de Mozobil com um pico
entre 10 e 14 horas.

Contraindicação do Mozobil

Não use Mozobil se você é hipersensível (alérgico) à plerixafor
ou a qualquer componente do medicamento.

Como usar o Mozobil

O profissional da saúde saberá como preparar o medicamento.

Mozobil deve ser administrado somente por via subcutânea.

Dose:

A dose recomendada de Mozobil é de 0,24 mg/kg de peso
corpóreo, por dia, por injeção subcutânea. Mozobil deve ser
administrado de 6 a 11 horas antes do inicio de cada aférese após 4
dias de tratamento com G-CSF.

Mozobil deve ser administrado por enfermeiros, médicos ou outros
profissionais de saúde.

Mozobil é administrado geralmente por 2 a 4 dias
consecutivos.

Seu médico saberá calcular a dose ideal para você.

Ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal

Pacientes com insuficiência renal moderada e grave (ClCr ≤ 50
mL/min) devem reduzir a dose de Mozobil em um terço, para 0,16
mg/kg.

A dose de Mozobil não deve exceder 40mg/dia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esqecer de usar
Mozobil?

Seu médico saberá quando deverá ser aplicada a próxima dose de
Mozobil.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Mozobil

Informe ao seu médico se:

  • Se você tem problemas nos rins. Seu médico pode ajustar a
    dose.
  • Se você tem contagem aumentada de células sanguíneas
    branca.
  • Se você tem contagem baixa de plaquetas.
  • Se você tem histórico de desmaio ou ficar tonto quando se
    levanta ou senta ou teve desmaios antes de injeções.
  • Se você tem menos de 18 anos de idade. Os efeitos de Mozobil em
    crianças e em adolescentes não foram estudados.

Mozobil não deve ser usado para mobilização e coleta de
células-tronco hematopoiéticas em pacientes com leucemia devido à
possibilidade de mobilização de células tumorais leucêmicas junto
com as células-tronco hematopoiéticas, o que resulta na
contaminação do produto coletado na aférese e impossibilita o
posterior transplante do sangue coletado neste paciente.

Durante o tratamento com Mozobil com o fator estimulante de
colônia de granulócitos (G-CSF) seu médico deverá solicitar a
realização de exames laboratoriais de sangue, para monitorar a
contagem de células brancas e plaquetas, e evitar possíveis
complicações em seu sangue.

Seu médico deve dar especial atenção se você é um paciente com
linfoma não Hodgkin ou mieloma múltiplo quando Mozobil e o G-CSF
(fator estimulante de colônia de granulócitos) forem usados, pois é
possível que as células tumorais também sejam liberadas da medula
óssea para o sangue coletado.

Converse com seu médico imediatamente se você observar
vermelhidão na pele, inchaço ao redor dos olhos, dificuldade
respiratória, baixa de oxigênio nos tecidos, hipotensão ortostática
(queda súbita de pressão arterial quando você assume a posição
ereta), desmaio, sentir fraqueza, dor na parte superior esquerda do
abdome e/ou dor escapular ou no ombro, pois pode ser necessário um
tratamento para estes sintomas.

Informe o seu médico se você estiver tomando ou tomou
recentemente quaisquer medicamentos, incluindo aqueles obtidos sem
receita médica.

Não há estudos conduzidos com Mozobil relativos aos efeitos na
capacidade de dirigir e/ou operar máquinas.

Gravidez e Lactação

Você não deve fazer uso de Mozobil se estiver grávida, uma vez
que não há experiência com Mozobil em mulheres grávidas. É
importante dizer ao seu médico se você está, pensa estar ou planeja
ficar grávida. É recomendável o uso de contraceptivo se você está
em idade fértil.

Você não deve amamentar se estiver fazendo o uso de Mozobil, uma
vez que não é conhecido se Mozobil é excretado no leite humano.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Populações Especiais

Uso em pacientes idosos

Mozobil pode ser administrado da mesma forma se você for idoso,
respeitando-se as dosagens e orientações do médico, a não ser que
você apresente alguma disfunção nos rins.

Uso em pacientes pediátricos

Não há estudos clínicos controlados com Mozobil em pacientes
pediátricos.

Uso em pacientes com doença renal

A dose de Mozobil deve ser reduzida em um terço caso você
apresente doença renal moderada ou grave.

Interações medicamentosas

Interações medicamento-medicamento

Não foram conduzidos estudos formais para avaliar as possíveis
interações medicamentosas de Mozobil com outros medicamentos. Na
ausência de estudos de compatibilidade, Mozobil não deve ser
misturado com outros medicamentos.

Interações medicamento-alimento

Devido a sua via de administração, interações entre Mozobil e
alimentos são improváveis.

Interações medicamento-exame laboratorial e não
laboratorial

Mozobil não mostrou interferir com qualquer exame laboratorial
clínico de rotina.

Interações medicamento-plantas medicinais

Nenhum estudo de interação medicamento-plantas medicinais foi
conduzido com Mozobil.

Interações medicamento-substância química

Nenhum estudo de interação medicamento-substância química foi
conduzido com Mozobil.

Até o momento não há informações de que Mozobil (plerixafor)
possa causar doping. Em caso de dúvidas, consulte o seu
médico.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Mozobil

Como os demais medicamentos, Mozobil pode causar efeitos
colaterais.

Por favor avise imediatamente seu médico
se:

  • Logo após ter recebido Mozobil você apresentar
    vermelhidão, inchaço ao redor dos olhos, dificuldade respiratória,
    baixa de oxigênio nos tecidos, hipotensão ortostática (queda súbita
    de pressão arterial quando você assume a posição ereta),
    fraqueza ou desmaio.
  • Você sentir dor na parte superior esquerda do abdômen (barriga)
    ou na ponta do seu ombro.

Seguem abaixo os eventos adversos que podem ocorrer e
suas frequências:

Reações muito comuns (Ocorrem com mais de 10% dos
pacientes que usaram o produto):

Diarreia, enjoo, reações no local da injeção.

Reações comuns (Ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
usam este produto):

Dor de cabeça, tontura, se sentir cansado ou indisposto, insônia
(dificuldade de dormir), flatulência (excesso de gases no estômago
ou intestinos), constipação (prisão de ventre), má digestão,
vômito, sintomas estomacais como dor, inchaço ou desconforto, boca
seca, dormência ao redor da boca, suor em excesso, vermelhidão
generalizada na pele, artralgia (dor nas juntas), dor nos músculos
e ossos.

Reações raras (Ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que usam este medicamento):

Casos severos de diarreia, enjoo, vômito e dor abdominal.

Reações alérgicas e mal estar relacionado a queda de
pressão:

Em estudos clínicos menos de 1% dos pacientes apresentaram
reações alérgicas como vermelhidão na pele, inchaço ao redor dos
olhos, dificuldade respiratória, baixa de oxigênio nos tecidos
hipotensão ortostática (queda súbita de pressão arterial quando
você assume a posição ereta) e desmaio.

Sintomas cardíacos:

Infarto do miocárdio

Em estudos clínicos, aproximadamente 1% dos pacientes com
fatores de risco para infarto cardíaco sofreram infarto cardíaco
após a aplicação de Mozobil e G-CSF. Por favor, informe
imediatamente ao seu médico se você tiver desconforto no peito.

Sensação anormal como ardor, formigamento e coceira,
percebidos na pele e sem motivo aparente:

Comumente observada em pacientes em tratamento para câncer.
Aproximadamente um em cinco pacientes apresentam estes sintomas.
Entretanto, estes efeitos não parecem ocorrer com maior frequência
quando se usa Mozobil.

Contagem de células brancas igual ou maior que 100.000
células/mL

Em estudos clínicos, esta reação foi observada em 7% dos
pacientes recebendo Mozobil. Entretanto, nenhuma complicação ou
sintoma clínico foram observados.

Experiência pós Comercialização

Além dos eventos descritos acima, foram relatados reações
alérgicas incluindo choque anafilático (uma reação alérgica grave),
sonhos anormais, pesadelos, aumento e ruptura do baço. Uma vez que
estas reações são reportadas voluntariamente a partir de uma
população de tamanho desconhecido, nem sempre é possível estimar
com confiança a frequência ou estabelecer uma relação causal ao
medicamento exposto.

Fale com seu médico se você estiver preocupado com
qualquer um destes efeitos colaterais.

Se algum dos efeitos colaterais se agravar ou se você
perceber qualquer efeito colateral não mencionado nesta bula,
informe seu médico imediatamente.

Atenção:

este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e
utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidas. Nesse caso, informe seu médico ou
cirurgião-dentista.

Composição do Mozobil

Cada frasco-ampola com 1,2 mL de solução injetável de
Mozobil contém:

24 mg/1,2mL (20 mg/mL) de plerixafor.

Excipientes:

cloreto de sódio, água para injetáveis, ácido clorídrico e
hidróxido de sódio, se necessário para ajuste de pH, entre 6,0 e
7,5.

Superdosagem do Mozobil

Nenhum caso de overdose foi reportado. Baseado em dados
limitados de doses maiores do que as recomendadas (até 0,48 mg/kg),
a frequência de problemas gastrointestinais, hipotensão ortostática
(queda súbita de pressão arterial quando você assume a posição
ereta), sensação de fraqueza ou desmaio, podem ser maiores.

Se você acha que recebeu uma dose maior do que a recomendada,
você deve falar com o seu médico imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Mozobil

Interações medicamento/medicamento:

Estudos in vitro, mostraram que o plerixafor não é um substrato,
inibidor ou indutor das enzimas do sistema citocromo P450 humano.
Estudos formais de interações medicamentosas não foram conduzidos.
Em estudos in vitro, o plerixafor não agiu como substrato ou
inibidor de glicoproteína-P.

Em estudos clínicos de pacientes com LNH (linfoma não Hodgkin),
a adição de rituximabe em um regime de mobilização com Plerixafor
(substância ativa) e G-CSF não causou impacto na segurança do
paciente ou na produção de células CD34+.

Incompatibilidades farmacêuticas:

Na ausência de estudos de compatibilidade, Plerixafor
(substância ativa) não deve ser misturado com outros medicamentos
na mesma injeção.

Interações medicamento-exame laboratorial e não
laboratorial:

Plerixafor (substância ativa) não mostrou interferir com
quaisquer testes clínicos laboratoriais de rotina.

Interações medicamento-plantas medicinais:

Não foram conduzidos estudos de interação entre Plerixafor
(substância ativa) e plantas medicinais.

Interações medicamento-substâncias
químicas:

Não foram conduzidos estudos de interação entre Plerixafor
(substância ativa) e substâncias químicas.

Interação Alimentícia do Mozobil

Como Plerixafor (substância ativa) é administrado
parenteralmente, as interações com alimentos e bebidas são
consideradas improváveis.

Ação da Substância Mozobil

Resultados de Eficácia

A eficácia e segurança do Plerixafor (substância ativa) em
conjunto com G-CSF em pacientes com linfoma não Hodgkin e mieloma
múltiplo foram avaliadas em dois estudos controle de Fase 3 com
placebo (Estudos AMD3100-3101 e AMD3100-3102). Os pacientes foram
randomizados para receber Plerixafor (substância ativa) 0,24 mg/kg
ou placebo a cada noite anterior a aférese. Todos os pacientes
receberam diariamente doses matinais de G-CSF 10 mcg/kg por 4 dias
antes da primeira dose de Plerixafor (substância ativa) ou placebo
e a cada manhã anterior a aférese. O desfecho primário foi a coleta
de um número alvo de células CD34+/kg dentro de um determinado
número de dias de aférese. Duzentos e noventa e oito (298)
pacientes com linfoma não Hodgkin (LNH) foram incluídos nas
análises de eficácia primária no estudo AMD3100-3101. A média de
idade foi de 55,1 anos (29-75) e 57,5 anos (22-75) nos grupos
controlados com Plerixafor (substância ativa) e placebo,
respectivamente, e 92,6% (276/298) dos indivíduos eram caucasianos.
Trezentos e dois (302) pacientes com Mieloma Múltiplo foram
incluídos nas análises de eficácia primária no estudo AMD3100-3102.
A média de idade foi de 58,2 anos (28-75) e 58,5 anos (28-75) nos
grupos controlados com Plerixafor (substância ativa) e placebo,
respectivamente, e 81% (245/302) dos indivíduos eram
caucasianos.

No estudo AMD3100-3101, 59,3% dos pacientes com LNH (linfoma não
Hodgkin) que receberam Plerixafor (substância ativa) e G-CSF
atingiram o desfecho primário da coleta de  5 X 106 células
CD34+/Kg do sangue periférico em quatro ou menos sessões de
aférese, comparado com 19,6% dos pacientes que receberam placebo e
G-CSF (plt; 0,001). Os resultados secundários de mobilização de
células CD34+ foram compatíveis com o desfecho primário (Tabela
1).

Tabela 1: Resultados de Eficácia do Estudo AMD3100-3101
– Mobilização de células CD34+ em Pacientes com LNH (linfoma não
Hodgkin)

aValor-p calculado usando o teste do Qui-quadrado de
Pearson.

A mediana do número de dias para alcançar o desfecho primário de
 5X 106 células CD34+/kg foi de 3 dias para o grupo do Plerixafor
(substância ativa) e não avaliável para o grupo do placebo (Figura
1).

Figura 1: Resultados de Eficácia do Estudo AMD3100-3101
– Dias de Aféreses Necessários para Coleta de gt; 5 X 106
células/Kg em Pacientes com LNH a (linfoma não
Hodgkin).

a Porcentual determinado pelo método Kaplan Meier;
Valor-p calculado baseado no teste log-rank.

No estudo AMD3100-3102, 71,6% dos pacientes com Mieloma Múltiplo
que receberam Plerixafor (substância ativa) e G-CSF alcançaram o
desfecho primário de coleta de  6 X 106 células CD34+/Kg do sangue
periférico em duas ou menos sessões de aférese, comparado com 34,4%
dos pacientes que foram mobilizados com placebo e G-CSF
(plt;0,001). Os resultados secundários de mobilização de células
CD34+ foram compatíveis com o desfecho primário (Tabela 2).

Tabela 2: Resultados de Eficácia do Estudo AMD3100-3102–
Mobilização de células CD34+ em Pacientes com MM (mieloma
múltiplo).

aValor-p calculado usando a estatística de
Cochran-Mantel-Haenszel impedido pela contagem basal de
plaquetas.

A mediana do número de dias para se alcançar o desfecho primário
de  6 X 106 células CD34+/kg foi de 1 dia para o grupo do
Plerixafor (substância ativa) e de 4 dias para o grupo do placebo
(Figura 2).

Figura 2: Resultados de Eficácia do Estudo AMD3100-3102
– Dias de Aféreses Necessários para Coleta de gt;6 X 106 células/kg
em Pacientes com MM a (mieloma múltiplo).

aPorcentual determinado pelo método Kaplan Meier;
Valor-p calculado baseado no teste log-rank estratificado pela
contagem basal de plaquetas.

Para pacientes transplantados nos estudos de Fase 3, o tempo
para o enxerto de neutrófilos e plaquetas e a durabilidade do
enxerto até 12 meses pós-transplante foi similar entre os grupos
tratados com Plerixafor (substância ativa) e tratados com placebo.
O tempo médio para o enxerto de neutrófilos foi de 10 dias no
estudo AMD3100-3101 e 11 dias no estudo AMD3100-3102 (p = 0,360 e
0,690, respectivamente) e para o enxerto de plaquetas foi de 20
dias no estudo AMD3100-3101 e 18 dias no estudo AMD3100-3102 (p=
0,630 e 0,180, respectivamente). Nenhuma diferença na durabilidade
do enxerto foi observada entre os grupos com Plerixafor (substância
ativa) e placebo no estudo AMD3100-3101 ou AMD3100-3102.

A eficácia e segurança de Plerixafor (substância ativa) em
conjunto com o G-CSF no linfoma não Hodgkin, doença de Hodgkin e
Mieloma Múltiplo também foram avaliadas em dois estudos auxiliares
de Fase 2 (Estudos AMD3100-2101 e AMD3100-2106). Nestes estudos, os
pacientes com LNH, com doença de Hodgkin, ou com Mieloma Múltiplo
receberam Plerixafor (substância ativa) na dose de 0,24 mg/kg na
noite ou na manhã anterior a aférese. Os pacientes receberam
doses diárias pela manhã de G-CSF de 10 mcg/kg por 4 dias
antes da primeira dose de Plerixafor (substância ativa) e a cada
manhã antes da aférese. Os dados de mobilização e enxerto para
esses estudos foram similares aos dados dos estudos da Fase 3.

Características Farmacológicas

Mecanismo de Ação

O plerixafor é um antagonista seletivo do receptor CXCR4 de
quimiocinas e inibe a ligação de seu ligante cognato, o fator
derivado de célula estromal-1α (SDF-1α), também conhecido como
CXCL12.
O SDF-1α e o CXCR4 são reconhecidos por exercerem papéis
reguladores chaves no trânsito e fixação de células-tronco
hematopoiéticas humanas (CTHs) na medula óssea. As células-tronco
hematopoiéticas expressam o CXCR4 e são conhecidas por migrarem
para a medula óssea por um efeito de quimiotaxia do SDF-1α que é
produzido localmente pelas células estromais da medula óssea. Uma
vez na medula óssea, os receptores das células-tronco
hematopoiéticas agem ajudando a “ancorar” essas células à matriz da
medula óssea, seja diretamente via SDF-1α ou através da indução de
outras moléculas de adesão. A leucocitose induzida pelo plerixafor
e as elevações nos níveis de células progenitoras hematopoiéticas
circulantes são consideradas resultantes da quebra da ligação do
CXCR4 ao seu ligante cognato, resultando no aparecimento tanto de
células maduras quanto de células-tronco hematopoiéticas
pluripotentes na circulação sistêmica.

As células CD34+ mobilizadas por Plerixafor (substância ativa)
são funcionais e capazes de enxerto com capacidade de reprodução e
repovoamento por longo prazo.

Propriedades farmacodinâmicas

O aumento na contagem de células CD34+ (células/mcL) no sangue
periférico no dia da aférese foi avaliado em dois estudos clínicos
controlados por placebo em pacientes com linfoma não Hodgkin e
mieloma múltiplo (AMD3100-3101 e AMD3100-3102, respectivamente). Os
dados sobre os aumentos na contagem de células CD34+ no período de
24 horas, iniciando-se no dia antes da primeira aférese e
finalizando na manhã seguinte bem antes da primeira aférese estão
resumidos na Tabela 3. Durante este período de 24 horas, uma dose
única de Plerixafor (substância ativa) de 0,24 mg/kg ou de placebo
foi administrada 10 a 11 horas antes da aférese.

Tabela 3: Aumento em Número de Vezes na Contagem de
Células CD34+ Sanguíneas Periféricas Após a Administração de
Plerixafor (substância ativa).

Nos estudos de farmacodinâmica com Plerixafor (substância ativa)
em voluntários saudáveis, o pico de mobilização de células CD34+
foi observado entre 6 e 9 horas após a administração. Nos estudos
de farmacodinâmica com Plerixafor (substância ativa) em
conjunto com o G-CSF em voluntários saudáveis foi observada uma
elevação sustentada na contagem de células CD34+ no sangue
periférico de 4 e 18 horas após a administração de Plerixafor
(substância ativa) com um pico de resposta entre 10 e 14 horas.

Não há nenhuma indicação de efeito de prolongamento do intervalo
QT/QTc de Plerixafor (substância ativa) em doses únicas de até 0,40
mg/kg. Em um estudo randomizado cruzado, duplo-cego, 48 indivíduos
saudáveis receberam dose única subcutânea de Plerixafor (substância
ativa) (0,24 mg/kg e 0,40 mg/kg) e placebo. As concentrações
máximas de 0,40 mg/kg de Plerixafor (substância ativa) foram
aproximadamente 1,8 vezes maiores que as concentrações máximas,
após a dose única subcutânea de 0,24 mg/kg.

Propriedades farmacocinéticas

A farmacocinética de dose única do plerixafor 0,24 mg/kg foi
avaliada em pacientes com linfoma não Hodgkin e mieloma múltiplo
após o pré-tratamento com G-CSF (10 mcg/kg uma vez ao dia por 4
dias consecutivos). O plerixafor apresentou uma cinética linear na
faixa de dosagem entre 0,040 mg/kg e 0,24 mg/kg. A farmacocinética
de plerixafor foi similar através de um estudo clínico em pacientes
saudáveis que receberam somente plerixafor e em pacientes com
linfoma não Hodgkin e mieloma múltiplo que receberam plerixafor em
combinação com G-CSF.

A análise farmacocinética da população mostrou um aumento da
exposição ao plerixafor (AUC 0-24H) com o aumento do peso dos
pacientes. Há poucos dados com a dose de 0,24 mg/kg de plerixafor
em pacientes com mais de 160 kg de peso, dessa forma, a dose nestes
pacientes deverá ser limitada a 160 kg, ou seja, doses de 40 mg/dia
se CLCR (clearance de creatinina) gt; 50 mL/mim e 27 mg/dia se CLCR
≤ 50 mL/min.

Absorção

O plerixafor é rapidamente absorvido após injeção subcutânea com
pico de concentrações alcançados em aproximadamente 30-60
minutos.

Distribuição

O plerixafor se liga moderadamente às proteínas plasmáticas
humanas (até 58%). O volume de distribuição aparente de plerixafor
em humanos é de 0,3 L/kg demonstrando que o plerixafor é amplamente
confinado, mas não limitado, ao espaço fluido extravascular. Esta
observação é considerada consistente com os resultados de estudos
não clínicos de distribuição conduzidos com 14C-plerixafor. Estudos
conduzidos em ratos indicam que plerixafor é rapidamente
distribuído na maioria dos tecidos, com exceção do cérebro,
músculos, pâncreas, tecido adiposo renal, glândulas salivares,
medula espinhal e testículos. As maiores concentrações teciduais
observadas foram em cartilagens, rins, fígado e baço.

Metabolismo

Plerixafor não é metabolizado in vitro usando microssomos
hepáticos humanos ou hepatócitos humanos primários e não apresenta
atividade inibitória in vitro sobre as principais enzimas de
metabolização de fármacos do sistema CYP450 (1A2, 2A6, 2B6, 2C8,
2C9, 2C19, 2D6, 2E1 e 3A4/5). Em estudos in vitro com hepatócitos
humanos, plerixafor não induziu as enzimas CYP1A2, CYP2B6 e
CYP3A4. Estes dados sugerem que o plerixafor possui um potencial
baixo de envolvimento em interações medicamentosas com fármacos
dependentes do sistema P450.

Eliminação

A principal via de eliminação do plerixafor é urinária. Após a
dose de 0,24 mg/kg em voluntários saudáveis com função renal
normal, aproximadamente 70% da dose foi excretada na urina em sua
forma inalterada durante as primeiras 24 horas após a
administração. A meia-vida plasmática é de 3 a 5 horas. O
plerixafor não agiu como substrato ou inibidor de glicoproteina P
em estudos in vitro com modelos de célula MDCKII e MDCKII-MDR1.

Disfunção Renal

Após uma dose única de 0,24 mg/kg de Plerixafor (substância
ativa), o clearance de plerixafor foi reduzido em indivíduos com
diferentes graus de disfunção renal e foi positivamente
correlacionado com o ClCr. Os valores médios da área sob a curva
AUC0-24 de plerixafor em indivíduos com insuficiência renal leve
(ClCr 51-80 mL/min), moderada (ClCr 31-50 mL/min) e grave (ClCr ≤
30 mL/min) foram de 5.410, 6.780 e 6.990 ng x h/mL,
respectivamente, os quais foram maiores do que a exposição
observada em indivíduos saudáveis com função renal normal (5070 ng
x h/mL). O comprometimento renal não teve efeito na
Cmáx.

Sexo

A análise farmacocinética na população mostrou que não há efeito
do sexo sobre a farmacocinética de plerixafor.

Idade

A análise farmacocinética na população mostrou que não há efeito
da idade sobre a farmacocinética de plerixafor.

Etnia

A análise de farmacocinética na população mostrou que não há
efeito da etnia sobre a farmacocinética de plerixafor.

Cuidados de Armazenamento do Mozobil

Mozobil deve ser armazenado em temperatura ambiente (temperatura
entre 15 e 30º C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

O profissional da saúde saberá como armazenar o medicamento
depois de aberto.

Características físicas

Mozobil é uma solução isotônica estéril, sem conservantes,
límpida, incolor a amarelo pálido e com pH neutro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Mozobil

Reg. MS: 1.2543.0023

Farm. Resp.:

Bruna Belga Cathala – CRF -SP: 42.670

Fabricado por:

Genzyme Corporation
1125 Pleasant View Terrace
Ridgefield, NJ 07657, EUA

Embalado por:

Genzyme Ltd.
37 Hollands Road
Haverhill, Suffolk, Reino Unido

Registrado e importado por:

Genzyme do Brasil Ltda.
Rua Padre Chico, 224 – São Paulo – SP
CNPJ: 68.132.950/0001-03
Indústria brasileira

SAC: 0800 77 123 73

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.

Mozobil, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.