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Magnevistan

Magnevistan é um meio de contraste usado, como auxiliar no
diagnóstico médico, em tomografia por ressonância magnética do
cérebro, espinha, vasos sanguíneos e outras regiões do corpo.


Como o Magnevistan funciona?

A tomografia por ressonância magnética é um tipo de diagnóstico
por imagem baseado nas imagens formadas após a detecção de água nos
tecidos normais e anormais. Isto é feito através de um complexo
sistema de ondas magnéticas e de rádio. Computadores registram a
atividade e geram a imagem.

Converse com seu médico para obter mais esclarecimentos sobre a
ação do produto e sua utilização.

Contraindicação do Magnevistan

Não há contraindicação para o uso de Magnevistan.

Como usar o Magnevistan

Método de administração

O produto deve ser administrado somente por via intravenosa.

O médico deverá observar as normas habituais relacionadas à
segurança para ressonância magnética, por exemplo, exclusão de
marcapasso cardíaco e clipes vasculares ferromagnéticos.

Siga as orientações fornecidas antes e após a realização do
exame.

Recomendações gerais de dose para adultos

Ressonância magnética cranial e espinal

Em geral, a administração de 0,2 mL de Magnevistan por kg
de peso corpóreo (equivalente a 0,1 mmol de gadopentetato de
dimeglumina por kg de peso corpóreo) é suficiente para obter um bom
contraste e responder à questão clínica.

Dose única máxima: 0,6 mL (para adultos) ou 0,4 mL (para
crianças) de Magnevistan por kg de peso corpóreo.

Ressonância magnética do corpo inteiro

Em geral, a administração de 0,2 mL de Magnevistan por kg
de peso corpóreo é suficiente para obter um bom contraste e
responder à questão clínica.

Dose única máxima: 0,6 mL (para adultos) ou 0,4 mL (para
crianças) de Magnevistan por kg de peso corpóreo.

Populações especiais em posologia

População pediátrica

0,2 mL de Magnevistan por kg de peso corpóreo.

Dose única máxima:

0,4 mL de Magnevistan por kg de peso corpóreo.

Crianças abaixo de dois anos de idade:

A experiência é limitada em RM do corpo inteiro.

Em crianças abaixo de dois anos de idade, a dose requerida deve
ser administrada manualmente para evitar ferimento.

População idosa (65 anos de idade ou mais)

Nenhum ajuste de dose é considerado necessário em pacientes
idosos (65 anos de idade ou mais). Em estudos clínicos, não foram
observadas diferenças na segurança e eficácia geral entre pacientes
idosos (65 anos de idade ou mais) e pacientes jovens. Outra
experiência clínica relatada não identificou diferenças na resposta
entre pacientes idosos e jovens.

Pacientes com insuficiência hepática

Uma vez que o gadopentetato é eliminado exclusivamente na forma
inalterada através dos rins, nenhum ajuste de dose é considerado
necessário em pacientes com insuficiência hepática moderada. Não
estão disponíveis dados em pacientes com insuficiência hepática
grave.

Pacientes com insuficiência renal

Magnevistan somente deve ser utilizado após cuidadosa avaliação
risco/benefício, considerando inclusive a possibilidade de métodos
de imagem alternativos, e em doses não maiores que 0,2 mL por kg de
peso corpóreo em pacientes com:

  • – Insuficiência renal aguda ou crônica grave;
  •  – Insuficiência renal aguda de qualquer gravidade devido
    à síndrome hepatorrenal ou no período perioperatório de transplante
    de fígado. 

Instruções de uso/manuseio

Durante o manuseio não é necessária proteção da luz.

O produto deve ser inspecionado visualmente antes do uso.

Magnevistan não deve ser utilizado em casos de coloração
intensa, presença de material particulado ou defeito no frasco.

A solução de Magnevistan só deve ser retirada do frasco
imediatamente antes do uso.

A tampa de borracha do frasco nunca deve ser perfurada mais do
que uma vez. A quantidade de meio de contraste não utilizada em um
processo exploratório deve ser descartada.

No caso de frascos para infusão contendo 100 mL, o meio de
contraste deve ser administrado através de procedimentos aprovados
que assegurem a esterilidade do meio de contraste. Caso seja
utilizado um equipamento, as instruções do fabricante devem ser
seguidas.

Em crianças abaixo de dois anos de idade, a dose requerida deve
ser administrada manualmente para evitar ferimento.

O volume de Magnevistan não utilizado do frasco aberto deve ser
descartado ao final do dia de exames (no máximo de 24 horas).

Devido à ausência de estudos de compatibilidade, este
medicamento não deve ser misturado com outras medicações.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Magnevistan?

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Magnevistan

A administração do produto requer cuidados especiais. Portanto,
informe seu médico sobre qualquer doença atual ou anterior. A
avaliação risco/benefício deve ser considerada em cada caso.

Informe ao médico a ocorrência das seguintes
situações:

  • – Alergia conhecida ao Magnevistan;
  • – Alergia (por exemplo: alergia a frutos do mar, febre do feno
    e urticária) ou asma brônquica;
  • – Reação anterior a meios de contraste;
  • – Doença renal;
  • – Doença circulatória ou do coração;
  • – Distúrbios cerebrais com convulsões;
  • – Tratamento com betabloqueadores (medicamentos utilizados no
    tratamento da pressão alta e outras doenças cardíacas);

Existem relatos de fibrose nefrogênica sistêmica (FNS)
associada ao uso de agentes de contraste contendo gadolínio,
incluindo Magnevistan, em pacientes com:

  • – Insuficiência renal aguda ou crônica grave;
  • – Insuficiência renal aguda de qualquer gravidade devido à
    síndrome hepatorrenal ou no período perioperatório de transplante
    de fígado.

Neste pacientes, Magnevistan somente pode ser utilizado após
cuidadosa avaliação de risco/benefício.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Magnevistan

Resumo do perfil de segurança

O perfil de segurança geral de Magnevistan está baseado em dados
de acompanhamento pós-comercialização e de mais de 11.000 pacientes
em estudos clínicos.

As reações adversas mais frequentemente observadas (≥
0,4%) em pacientes recebendo Magnevistan nos estudos clínicos
são:

  • – Diversas reações no local da injeção;
  • – Dor de cabeça;
  • – Náusea.

A maioria das reações adversas nos estudos clínicos foram de
intensidade leve a moderada.

No geral, as reações adversas mais graves em pacientes
recebendo Magnevistan são:

  • – Fibrose nefrogênica sistêmica;
  • – Reações anafilactoides / choque anafilactoide.

Reações tardias anafilactoides / de hipersensibilidade (após
horas até vários dias) foram raramente observadas.

Lista tabulada de reações adversas

As reações adversas observadas com Magnevistan são apresentadas
na tabela abaixo e estão classificadas de acordo com a
Classificação por Sistema Corpóreo (MedDRA versão 12.1). Foi
utilizado o termo MedDRA mais apropriado para descrever determinada
reação e seus sinônimos e condições relacionadas.

As reações adversas dos estudos clínicos estão classificadas por
frequência.

Os grupos de frequência são definidos de acordo com a
seguinte convenção:

  • – Incomum: ≥ 1/1.000 a lt; 1/100;
  • – Rara: ≥ 1/10.000 a lt; 1/1.000.

As reações adversas identificadas somente durante o
acompanhamento pós-comercialização, e para as quais a frequência
não pode ser determinada, estão listadas como “Desconhecidas”.

Tabela 1: Reações adversas relatadas em estudos clínicos
ou durante o acompanhamento pós-comercialização em pacientes que
receberam Magnevistan.

*Foram reportados casos com risco para a vida do paciente e/ou
fatais.

**Em pacientes com insuficiência renal pré-existente.

§Reações identificadas somente durante o
acompanhamento pós-comercialização (frequencia desconhecida).

Descrição de reações adversas selecionadas

Em pacientes com insuficiência renal dependentes de diálise,
foram observadas frequentemente reações tardias e transitórias
semelhantes a processos inflamatórios, tais como febre, calafrios e
aumento da proteína C reativa. Estes pacientes realizaram exame de
ressonância magnética com Magnevistan no dia anterior à
hemodiálise.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Magnevistan

Gravidez

Não foram conduzidos estudos adequados e bem controlados com
gadopentetato em mulheres grávidas.

Estudos em animais com doses clinicamente relevantes não
indicaram toxicidade reprodutiva após administração repetida.

O risco potencial para humanos é desconhecido.

Magnevistan somente deve ser administrado a mulheres grávidas
após análise criteriosa da relação risco/benefício.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Lactação

O gadopentetato é transferidopara o leite materno humano em
quantidade mínima (no máximo 0,04% da dose administrada por via
intravenosa). Há evidência de dados pré-clínicos que a absorção
através do trato gastrintestinal é pobre, aproximadamente 4%.

Em doses clínicas, nenhum efeito está previsto no lactente e
Magnevistan pode ser usado durante a amamentação.

Efeito na habilidade de dirigir ou operar
máquinas

Não é conhecido o efeito na habilidade para dirigir ou operar
máquinas.

Composição do Magnevistan

Cada mL de Magnevistan contém:

Gadopentetato de dimeglumina: 0,5 mmol (equivalente a 469
mg).

Excipiente:

água para injetáveis.

Superdosagem do Magnevistan

Até o momento não foram observados ou relatados no uso clínico
quaisquer sinais de intoxicação devido à inadvertida superdose do
produto.

Em caso de inadvertida superdose, a função renal deve ser
monitorada em pacientes com disfunção renal.

Magnevistan pode ser removido do organismo por hemodiálise.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Magnevistan

Não foram conduzidos estudos de interações com outros
medicamentos.

Ação da Substância Magnevistan

Resultados de Eficácia

Estudos clínicos em adultos com lesões cranianas e
espinais

A eficácia do gadopentetato de dimeglumina como meio de
contraste em Tomografia por Ressonância Magnética para diagnóstico
e avaliação de lesões cerebrais e lesões espinais e de tecidos
associados foi demonstrada em 6 estudos clínicos pivotais e em 3
estudos especiais nos quais as imagens foram lidas por avaliadores
independentes.

Em 6 estudos clínicos, um total de 597 pacientes (571 receberam
gadopentetato de dimeglumina, 26 receberam placebo) foram avaliados
em relação à eficácia. Destes pacientes, 196 (55 para cérebro, 141
para coluna) foram avaliados para inclusão na avaliação dos
leitores radiologistas do gadopentetato de dimeglumina. A
determinação da eficácia incluiu as avaliações globais da eficácia,
intensidade “score” e avaliação das imagens (incluindo contraste,
morfologia e diagnóstico).

Contraste:

Após injeção do gadopentetato de dimeglumina, foi observado um
aumento na pontuação da intesidade para todos os tipos de tecidos
avaliados (tecidos saudáveis, lesionados, edemaciados e
necrosados). Foi calculada a comparação da intensidade “score”, que
mostrou o contraste relativo entre os tipos de tecidos, para a
imagem antes e depois do gadopentetato de dimeglumina.
Gadopentetato de dimeglumina apresentou grande aumento na diferença
da intensidade “scores” entre tecido saudável, lesionado e
edemaciado em comparação à imagem antes do gadopentetato de
dimeglumina.

Aumento similar no contraste foi observado na comparação de
lesão-edema e lesão necrose. Em 5 de 6 estudos (cranianos e
espinais), o realce com contraste foi classificado como aumento na
intensidade da lesão comparada ao meio circundante.

De 339 pacientes, 292 (86%) mostraram realce após administração
do gadopentetato de dimeglumina. Nenhuma das imagens dos 26
pacientes tratados com placebo apresentou realce. Em 4 de 6
estudos, foram detectadas lesões adicionais em 113 (24%) de 466
pacientes após administração do gadopentetato de dimeglumina.

Habilidade diagnóstica:

A habilidade diagnóstica dos investigadores foi melhorada e
facilitada com gadopentetato de dimeglumina em 107 (66%) dos 162
pacientes em estudos do crânio. Nos estudos da coluna, o
diagnóstico foi facilitado em 131 (78%) dos 169 pacientes.

Alteração no diagnóstico:

Nos estudos do crânio e coluna, foi feita alteração no
diagnóstico pelos investigadores em 129 (41%) dos 317 pacientes que
mostraram realce com gadopentetato de dimeglumina. As lesões de
crânio que foram realçadas pelo gadopentetato de dimeglumina foram
compatíveis com os sintomas apresentados em 95% dos casos.

As alterações diagnósticas mais frequentes nos estudos de crânio
foram: neoplasias não específicas, meningiomas, metástases e
tumores das células da glia. Nos estudos da coluna, a alteração
mais frequente foi a melhora da diferenciação entre tecido
cicatricial e material anormal do disco (estudos de dor nas costas
recorrente no pós-operatório) e melhor delineamento das lesões
espinais (alterações no tamanho, localização e configuração da
lesão) nos pacientes com suspeita de tumores espinais.

Avaliação de imagem:

A avaliação de imagem revelou melhor contraste em 2/3 dos
pacientes com imagens ponderadas em T1 e mais de 1/3 dos pacientes
com imagens ponderadas em T2. Do grupo de 167 pacientes dos estudos
do crânio, dentre aqueles em que não foram diagnosticadas as
imagens ponderadas em T1 nem as ponderadas em T2 antes da
administração do gadopentetato de dimeglumina, o diagnóstico se
tornou possível após a administração do gadopentetato de
dimeglumina em 122 pacientes (73%). Nas avaliações dos leitores
radiologistas independentes das imagens de crânio e coluna, foi
observada melhora significativa do número de lesões detectadas após
administração do gadopentetato de dimeglumina. Isto teria um
impacto significativo no prognóstico e tratamento, especialmente em
pacientes onde a visualização realçada resulta em alteração do
diagnóstico, como mudança de achados negativos para positivos ou de
uma lesão individual para uma doença metastática. A avaliação
também mostrou que o gadopentetato de dimeglumina aumentou
significativamente a acurácia diagnóstica quando comparado com
Imagens de Ressonância Magnética apenas ou com Tomografia
Computadorizada (TC).

Modo de diagnóstico (sequência de pulsos):

Imagens ponderadas em T1 proporcionaram melhor contraste em 138
(93%) dos 148 pacientes em estudos do crânio.

Imagens ponderadas em T2 foram o melhor modo de diagnóstico para
10 (7%) pacientes. Nos estudos da coluna, (dor nas costas
pós-operatória), o modo ponderado em T1 proporcionou melhor
contraste em 55 (95%) dos 58 pacientes e o modo ponderado em T2
proporcionou melhor contraste para 3 (5%) pacientes.

Tempo da melhor imagem:

O tempo da melhor imagem nos estudos de crânio foi determinado
pela avaliação da eficácia global e pela análise dos resultados do
contraste após avaliação das imagens. Ambas as avaliações
demonstraram que as imagens obtidas logo após a injeção são as
melhores para o diagnóstico. De 148 pacientes com realce pelo
contraste, 108 (73%) tiveram a melhor imagem dentro de 27 minutos
da administração do gadopentetato de dimeglumina. Destes pacientes,
mais da metade teve a melhor imagem dentro de 14 minutos da
administração do meio de contraste. Em investigações da coluna, as
imagens obtidas logo após a injeção (10 – 30 minutos) também
tenderam a fornecer imagens melhores.

Estudos clínicos em crianças com lesões cranianas e
espinais

A eficácia do gadopentetato de dimeglumina foi demonstrada em 2
estudos clínicos pivotais, envolvendo 142 crianças com diagnóstico
preliminar de anormalidade no Sistema Nervoso Central, baseado em
outros métodos de diagnóstico além da Ressonância Magnética. A
faixa etária foi de recém-nascidos a 18 anos de idade.

A Tomografia por Ressonância Magnética foi realizada em todos os
pacientes antes e depois da administração de 0,2 mL/kg (0,1
mmol/kg) do gadopentetato de dimeglumina. Alguns pacientes
receberam dose adicional de 0,1 mmol/kg dentro de 30 minutos da
administração da primeira dose, se isto fosse considerado
necessário para o diagnóstico.

Avaliação do contraste:

Após a administração do gadopentetato de dimeglumina, a
proporção contraste/interferência das imagens de ressonância
magnética aumentou notavelmente, com um aumento adicional naqueles
pacientes que receberam a segunda dose do gadopentetato de
dimeglumina. A proporção da intensidade do sinal da lesão para
tecidos normais aumentou significativamente nas imagens da cabeça e
coluna em T1 após administração do gadopentetato de
dimeglumina.

A classificação dos investigadores para o contraste da lesão em
comparação ao tecido normal, e da demarcação da lesão em comparação
ao tecido ao redor, melhorou após a administração do gadopentetato
de dimeglumina. A maioria das classificações evoluiu de “nada” ou
“pouco” para “excelente”.

Utilidade do diagnóstico:

Gadopentetato de dimeglumina melhorou significativamente a
possibilidade de realizar um diagnóstico definitivo. Para pacientes
com lesões (n=57) demonstradas com imagens em T1 e T2, essa
possiblidade aumentou de 44% antes da administração do
gadopentetato de dimeglumina para 74% após a administração do
gadopentetato de dimeglumina. A qualidade do diagnóstico das
imagens em T1 e T2 aumentou significativamente após a injeção do
gadopentetato de dimeglumina para pacientes com imagens normais e
anormais.

A morfologia da lesão foi mais bem caracterizada após
administração do gadopentetato de dimeglumina em 11 (16%) de 70
pacientes, permitindo um melhor julgamento de componente cístico,
componente necrótico, tumor ou componentes sanguíneos da lesão. Foi
documentado um ganho na informação diagnóstica para 22 (55%) de 40
pacientes e foi estatisticamente significativo. O gadopentetato de
dimeglumina demonstrou-se útil em 40 (57%) de 70 pacientes,
incluindo 14 pacientes que não apresentaram anormalidade após a
Ressonância Magnética final, 14 pacientes nos quais se observou
lesão somente após o uso do gadopentetato de dimeglumina, 6
pacientes nos quais o diagnóstico definitivo só foi possível após o
uso do gadopentetato de dimeglumina, 3 pacientes nos quais foi
confirmada a ressecção completa do tumor pela ausência de realce, 2
pacientes nos quais um componente sólido, cístico ou necrótico da
lesão foi caracterizado melhor e 1 paciente no qual o tamanho da
lesão foi mais bem definido.

Estudos clínicos em adultos com lesões na cabeça e
pescoço

A eficácia do gadopentetato de dimeglumina como agente de
contraste em Ressonência Magnética foi avaliada em 87 pacientes com
lesões na cabeça (extracranianas) e pescoço. Os filmes de 78 destes
pacientes foram adicionalmente classificados por radiologistas
(leitores cegos) os quais não tiveram participação nos estudos
clínicos e não foram informados do histórico do paciente.

A análise da eficácia consistiu em comparações entre imagens
obtidas após o uso do gadopentetato de dimeglumina e imagens
correspondentes obtidas sem o uso do gadopentetato de dimeglumina
com relação ao realce, facilitação da visualização e escores do
contraste.

O realce das lesões após o uso do gadopentetato de dimeglumina
foi demonstrado para 78 (90%) de 87 pacientes em estudos clínicos.
Quando avaliado por leitores cegos, demonstrou-se realce para 56
(85%) de 66 imagens incluídas nos dados finais.

A facilitação da visualização foi demonstrada primeiramente
mostrando-se que as imagens obtidas após o uso do gadopentetato de
dimeglumina forneceram informações radiológicas adicionais,
considerando parâmetros como localização da lesão, tamanho,
configuração e diferenciação de edema e necrose. As Imagens de
Ressonância Magnética obtidas após o uso do gadopentetato de
dimeglumina forneceram informações radiológicas adicionais para 63
(72%) de 87 pacientes em estudos clínicos. Adicionalmente, houve
melhora significativa (Plt;0,001) na visualização da lesão nas
Imagens de Ressonância Magnética obtidas após o uso do
gadopentetato de dimeglumina, em comparação às Imagens de
Ressonância Magnética obtidas antes do uso do gadopentetato de
dimeglumina, o que foi avaliado por leitores cegos. Imagens obtidas
após o uso do gadopentetato de dimeglumina forneceram melhor
visualização da configuração da lesão, em comparação com as imagens
obtidas antes do uso do gadopentetato de dimeglumina para 40 (67%)
de 60 imagens onde a configuração da lesão pôde ser determinada.
Observaram-se informações radiológicas adicionais em 48 (73%) de 66
imagens obtidas após o uso do gadopentetato de dimeglumina e
avaliadas por leitores cegos.

Cada Imagem de Ressonância Magnética dos pacientes antes e
depois do uso do gadopentetato de dimeglumina foi classificada em
uma escala de 4 pontos, considerando a medida da intensidade
relativa da lesão em relação ao tecido adjacente (0 = sem
contraste; 1 = duvidoso; 2 = bom; 3 = excelente). Para 63 (73%) de
86 pacientes nos estudos clínicos, as graduações do contraste após
o uso do gadopentetato de dimeglumina foram maiores do que as
graduações antes do uso do gadopentetato de dimeglumina
(Plt;0,001). Na avaliação do leitor cego, as graduações do
contraste após o uso do gadopentetato de dimeglumina foram maiores
do que as graduações antes do uso do gadopentetato de dimeglumina
em 36 (55%) de 66 pacientes (Plt;0,001).

Características Farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

Gadopentetato de dimeglumina (substância ativa) é um meio
de contraste paramagnético para ser usado em Tomografia por
Ressonância Magnética (TRM). Quando sequências de varredura
ponderadas em T1 são utilizadas nas imagens de ressonância
magnética protônica, o encurtamento do tempo de relaxamento da
grade de spin de prótons da água excitados induzido pelo
gadopentetato (T1) origina um aumento da intensidade de sinal e,
consequentemente, um aumento do contraste de imagem de certos
tecidos.

Efeitos farmacodinâmicos

O gadopentetato é um composto altamente paramagnético que produz
redução característica nos tempos de relaxamento, mesmo em baixas
concentrações. A eficácia paramagnética em campo magnético com
força de 1,5T e a 37ºC, a capacidade de relaxamento (r1)
determinada pela influência sobre o tempo de relaxamento T1 de
prótons da água no plasma e a capacidade de relaxamento
(r2) determinada pela influência sobre o tempo de relaxamento
T2 é de aproximadamente 4,1 ± 0,2 L/(mmol.s) e 4,6 ± 0,8
L/(mmol.s), respectivamente.

As capacidades de relaxamento apresentam apenas leve dependência
da força do campo magnético.

O ácido dietilenotriamina pentacético (DTPA) forma um complexo
com o íon gadolínio paramagnético com estabilidade elevada in vivo
e in vitro (constante de estabilidade termodinâmica log KGdL = 22 –
23).

O gadopentetato de dimeglumina é um composto altamente
hidrossolúvel, hidrofílico, com um coeficiente de partição entre
n-butanol e tampão em pH 7,6 de aproximadamente 0,0001. A
substância não apresenta interação inibitória significante com
enzimas, por exemplo, acetilcolinesterase e lisozima, em
concentrações clinicamente relevantes. Gadopentetato de dimeglumina
(substância ativa) não ativa o sistema complemento e, assim,
provavelmente tem um potencial muito baixo para indução de reações
anafilactoides.

Em concentrações mais elevadas e sob incubação prolongada, o
gadopentetato de dimeglumina apresenta discreto efeito in vitro
sobre a morfologia do eritrócito. Após administração intravenosa de
Gadopentetato de dimeglumina (substância ativa) em humanos, o
processo reversível poderia levar à leve hemólise intravascular,
que poderia explicar o leve aumento de bilirrubina e ferro séricos
ocasionalmente observado nas primeiras horas após a injeção.

Dados físico-químicos de Gadopentetato de dimeglumina
(substância ativa) 

Osmolalidade (osm/kg H2O)

37°C

1,96

Viscosidade (mPa.s)

20°C

4,9

37°C

2,9

pH

6,5 – 8,0

Propriedades Farmacocinéticas

Introdução geral

No organismo, o gadopentetato comporta-se como outros compostos
biologicamente inertes e altamente hidrofílicos (por exemplo,
manitol ou inulina).

Absorção e Distribuição

Após administração intravenosa de Gadopentetato de dimeglumina
(substância ativa), os níveis plasmáticos caem rapidamente, de
forma bi-exponencial, com meia-vida terminal de aproximadamente 90
minutos.

O gadopentetato é rapidamente distribuído no espaço
extracelular.

O volume de distribuição total do gadopentetato é
aproximadamente 0,26 L por kg. A ligação às proteínas é
insignificante.

Em estudos em ratos e cachorros, concentrações relativamente
altas do complexo de gadolínio intacto foram encontradas nos rins
em uma quantidade de aproximadamente 0,15% da dose administrada
sete dias após a administração intravenosa de gadopentetato
radioativamente marcado. Menos de 1% da dose administrada foi
encontrada em outras partes do organismo.

O gadopentetato não penetra nem passa através da barreira
hematoencefálica intacta, assim como através da barreira
hematotesticular. A pequena quantidade que ultrapassa a barreira
placentária é rapidamente eliminada pelo feto. Em mulheres
lactantes (entre 23 – 38 anos), menos que 0,04% do gadopentetato
administrado é excretado no leite materno. Em ratos, a absorção do
trato gastrintestinal após administração oral foi pequena, com
aproximadamente 4%.

Metabolismo

O gadopentetato não é metabolizado.

Eliminação

O gadopentetato é eliminado na forma inalterada por via renal
através de filtração glomerular. A fração eliminada por via
extrarrenal é menor que 1% da dose administrada.

Cerca de 83% da dose administrada foi eliminada no período de 6
horas após administração. Aproximadamente 91% da dose foi
recuperada na urina dentro das primeiras 24 horas após a
administração. A depuração renal do gadopentetato foi cerca de 120
mL/min/1,73 m2 e, portanto, é comparável à substâncias que são
excretadas exclusivamente por filtração glomerular (por exemplo,
inulina ou 51Cr-EDTA).

Linearidade / Não-linearidade

O gadopentetato demonstra farmacocinética linear, isto é,
parâmetros farmacocinéticos mudam proporcionalmente à dose (por
exemplo, concentração máxima, área sob a curva) ou são dose
independentes (por exemplo, volume de distribuição no estado de
equilíbrio, meia-vida terminal), até uma dose de 0,25 mmol por kg
de peso corpóreo (0,5 mL por kg).

Características em populações especiais

Um estudo de fase I com 0,3 mmol do gadopentetato de dimeglumina
por kg de peso corpóreo comparou indivíduos com insuficiência
hepática moderada, indivíduos sadios combinados, sadios do sexo
masculino e feminino não-idosos e indivíduos idosos sadios.

Um estudo de fase II de 0,1 mmol do gadopentetato de dimeglumina
por kg de peso corpóreo comparou indivíduos com diferentes níveis
de comprometimento da função renal com indivíduos sadios.

População idosa (65 anos de idade ou mais)

De acordo com as mudanças fisiológicas na função renal com a
idade, a exposição sistêmica e meia-vida terminal aumentaram de 3,3
mmol.h/L para 4,7 mmol.h/L e de 1,8 h para 2,2 h, respectivamente,
em indivíduos idosos sadios (homens com 65 anos de idade ou mais)
em comparação com indivíduos não idosos sadios (homens na faixa
etária de 18 – 57 anos). A depuração total foi reduzida de 117
mL/min em indivíduos não-idosos para 89 mL/min em indivíduos
idosos.

Gênero

A farmacocinética do gadopentetato foi similar em indivíduos
não-idosos sadios do sexo masculino e feminino (com idade entre 18
– 57 anos).

Insuficiência hepática

Em consonância com a via de eliminação quase que exclusivamente
renal, a farmacocinética do gadopentetato não foi alterada em
pacientes com insuficiência hepática (conforme avaliado em
pacientes com Child-Pugh B), em comparação com indivíduos saudáveis
combinados. Não estão disponíveis dados de pacientes com
insuficiência hepática grave (Child-Pugh C).

Insuficiência renal

Nos pacientes com comprometimento da função renal, a meia-vida
sérica do gadopentetato é prolongada devido à reduzida taxa de
filtração glomerular. Após administração de uma dose intravenosa
única em 10 pacientes com comprometimento da função renal [4
pacientes com insuficiência renal leve (depuração da creatinina ≥
60 a lt; 90 mL/min) e 6 pacientes com insuficiência renal moderada
(depuração da creatinina ≥ 30 a lt; 60 mL/min)], as meia-vidas
médias foram de 2,6 ± 1,2 horas e 4,2 ± 2,0 horas para pacientes
com comprometimento renal leve e moderado, respectivamente, em
comparação com 1,6 ± 0,13 horas em indivíduos sadios. Em pacientes
com insuficiência renal grave (depuração da creatinina lt; 30
mL/min), mas sem diálise, a meia-vida média aumentou ainda mais
para 10,8 ± 6,9 horas.

O gadopentetato é completamente excretado por via renal dentro
de dois dias em pacientes com comprometimento leve a moderado da
função renal (depuração da creatinina gt; 30 mL/min). Em pacientes
com insuficiência renal grave, 73,3 ± 16,1% da dose administrada
foi recuperada na urina dentro de dois dias.

Em pacientes com insuficiência renal, o gadopentetato pode ser
eliminado por hemodiálise. Em um estudo clínico, pacientes com
insuficiência renal receberam uma dose de 0,1 mmol por kg de
gadopentetato de dimeglumina. Os pacientes foram submetidos a uma
sessão de hemodiálise de 3 horas por dia, em três dias
consecutivos. A concentração plasmática do gadopentetato diminuiu
em 70% a cada sessão de diálise.

Após a última sessão, a concentração plasmática foi inferior a
5% do valor original.

População Pediátrica

Em um estudo com pacientes pediátricos, com idade entre 2 meses
a menos de 2 anos, a farmacocinética (peso corpóreo – volume de
distribuição, depuração e meia-vida terminal normalizados) do
gadopentetato foi similar a dos adultos.

Dados de segurança pré-clínicos

Dados pré-clínicos mostram que não há risco especial para
humanos baseado nos estudos convencionais de segurança
farmacológica, toxicidade sistêmica, genotoxicidade, potencial
carcinogênico e potencial para sensibilização de contato.

Cuidados de Armazenamento do Magnevistan

O produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C e
30ºC). Proteger da luz. Não congelar.

Após abertura do frasco, Magnevistan permanece quimicamente,
fisicamente e microbiologicamente estável em temperatura não
superior a 30ºC por 24 horas, e deve ser descartado após esse
período.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características organolépticas

Magnevistan é uma solução límpida, incolor a amarelo pálido.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Magnevistan

Venda sob prescrição médica.

MS -1.7056.0065

Farm. Resp.:

Dra. Dirce Eiko Mimura
CRF-SP n° 16532

Fabricado por:

Bayer Pharma AG
Berlim – Alemanha

Importado por:

Bayer S.A.
Rua Domingos Jorge, 1.100
04779-900 – Socorro – São Paulo – SP
C.N.P.J. nº 18.459.628/0001-15

Magnevistan, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.