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Lasene

Como o Lasene funciona?


O sene é uma planta nativa das regiões tropicais e subtropicais,
sendo que as partes utilizadas como medicamento são os folíolos e
os frutos. O sene é utilizado principalmente em um curto período na
constipação ocasional.

Mecanismo de ação

  1. Influência na motilidade do intestino grosso (estimulando as
    contrações peristálticas e inibindo as contrações locais)
    relacionadas com a aceleração do trânsito colônico além da redução
    dos fluídos.
  2. Influência no processo de secreção (estimulando a produção de
    muco e cloretos ativos) resultando num aumento de fluídos.

O tempo de ação do sene é de 8 a 12 horas, devido ao tempo
requerido para o transporte ao colón e para a metablização do
fitoterápico em compostos ativos.

Contraindicação do Lasene

O uso por mais de duas semanas requer atenção médica. É
contraindicado na lactação, pois o medicamento pode passar para o
leite

Não use este medicamento nas seguintes
situações:

Inflamação intestinal, doença de Crohn, colite ulcerosa,
apendicite, dores abdominais de origem desconhecida e crianças
abaixo de 12 anos.

Sangramento retal ou a falta de movimento intestinal após o uso
do laxante pode indicar sérios problemas intestinais.

Lasene pode potencilaizar os efeitos das glicosidades
cardiotônicas (digitálicos) devido à perda aumentada de potássio.
Pode potencializar os efeitos de medicamentos antiarrítmicos como a
quinidina devido à hipocalemia. Não utilizar este medicamento em
caso de obstrução intestinal aguda. Não utilizar em pacientes com
histórico de reações alérgicas ou hipersensibilidade a qualquer
componente da fórmua, principalmente sene. 

Não é recomendável o uso quando estiver utilizando
qualquer outro tipo de estimulante laxativo.

Como usar o Lasene

Via oral.

Adultos e crianças acima de 12 anos

1 a 2 comprimidos revestidos ao dia.

Idosos

Pacientes idosos devem, inicialmente, administrar a metade da
dose prescrita.

Siga corretamente o modo de usar. Não desaparecendo os
sintomas, procure orientação médica.

Este medicamento não pode ser partido ou
mastigado.

Precauções do Lasene

Lasene diminui o tempo de trânsito intestinal podendo reduzir a
absorção de medicamentos por administração oral.

Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez,
desde que sob prescrição médica.

Este medicamento é contraindicado para crianças menores
de 12 anos de idade.

Em caso de hipersensibilidade ao produto, recomenda-se
descontinuar o uso e consultar o médico.

A utilização de laxantes por um período superior a 1 (uma) ou 2
(duas) semanas deverá ser realizada somente sob orientação e
supervisão médica. Se existe a necessidade diária do uso de
laxantes, a causa da constipação de ser investigada pelo
médico.

Não ingerir doses maiores do que as
recomendadas.

A utilização crônica ou a superdosagem deste fitoterápico pode
causar diarreia com distúrbio no balanço eletrolítico
(hipocalemia, hipocalcemia) e o não funcionamento do colón. A
deficiência de potássio pode conduzir a desordens funcionais
cardíacas e fraqueza muscular. Em pacientes idosos, o uso contínuo
de laxantes pode causar exacerbação da fraqueza e hipotensão
ortoestática. O uso prolongado do sene pode resultar em má absorção
intestinal, perda de peso, hiperaldosteronismo, acidoses ou
alcaloses metabólicas, redução da concentração de globulinas
séricas, albuminúria e hematúria. 

O abuso do sene também pode resultar em tetania, excreção de
aspartilglicosamina e hipogamaglobulemia. O uso prolongado do sene
pode causar dependência, lentidão ou inibição da motilidade
instestinal, com possível necessidade de aumento da dose. 

Em casos raros, o uso prolongado pode conduzir a arritmias
cardíacas, nefropatias, edema e deterioração acelerada dos ossos. O
uso excessivo e o abuso do sene têm resultado em espessamento das
vilosidades, reversível após a descontinuação da droga.

Pode ainda ocorrer uma alteração anatômica do cólon, com perda
do envoltório de haustros, podendo ser uma injúria neuronal ou um
dano na misculatura longitudinal do cólon. 

O tratamento crônico com antranóides em altas dosagens reduz os
polipeptídeos vasoativos intestinais e os níveis de somatostatina
no colón, o que pode representar danos aos nervos do tecido
entérico.

Sangramento retal ou insuficiência de movimentos intestinais,
decorrentes do uso prolongado, podem indicar condições graves.

Um único caso de hepatite foi relatado após o abuso crônico do
fitoterápico.

A Pseudomelanosis coli, uma condição que é
caracterizada pelo acúmulo de macrófagos pigmentados no interior da
submucosa intestinal, pode ocorrer após o uso prolongado. Esta
condição é inofensiva e desaparece com a descontinuação da
droga.

Foi relatado em um estudo clínico, que o uso crônico ou abuso do
fitoterápico em questão por um período superior a 9-12 meses pode
aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de cólon retal em
três vezes.

Reações Adversas do Lasene

Altas doses podem levar a distúrbios eletrolíticos (hipocalemia,
hipocalcemia), acidose ou alcalose matabólica, má abserção,
albuminuria, hematúria e perda de peso.

Fraqueza e hipotensão ortostática são observados em pacientes
idosos que utilizam frequentemente laxantes.

Pode ocorrer desconfortos gastrintestinais, como dores. Nestes
casos recomenda-se a redução da dose. 

Com o uso crônico e/ou abuso, pode ocorrer distúrbios no balanço
eletrolítico, especialmente na deficiência de potássio, albuminúria
e hematúria.

Pigmentação da mucosa intestinal (Pseudomelanosis coli)
é perigosa e usual, sendo reversível com a descontinuação do
uso.

Deficiência de potássio poderá levar a disfunções no aparelho
músculo-cardíaco.

Composição do Lasene

Apresentação

Comprimido revestido 29mg:

Caixa com 16, 20, 30, 45, 50, 100 e 150 comprimidos.

Uso adulto e pediátrico (crianças acima de 12
anos).

Uso oral. 

Composição

Cada comprimido revestido de Lasene 29mg
contém:

Extrato seco de
Senna Alexandrina Mill. (35% a 39% de senosídeos)
29mg*
Excipientes**1 comprimido

*Equivalente a 10,15mg a 11,31mg de senosídeos.
**Celulose microcristalina, lactose, estearato de magnésio, dióxido
de silício coloidal, croscarmelose sódica, álcool isopropílico,
água deionizada, copolímero de ácido metacrílico, trietil citrato,
talco farmacêutico, dióxido de titânio, óxido férrico amarelo e
óxido férrico marrom.

Materia prima vegetal:

Nomenclatura botância

Senna Alexandrina Mill.

Família

Fabaceae

Parte usada

Folhas

Superdosagem do Lasene

Não se tem conhecimento de que Lasene apresenta riscos à saúde
desde que administrado de forma apropriada, em conjunto com as
doses terapêuticas designadas. Caso ocorra superdose, procurar
imediatamente o médico.

Interação Medicamentosa do Lasene

O uso com outros medicamentos, tal como diuréticos tiazídicos,
adrenocorticóides, raiz de alcaçuz podem exacerbar a desigualdade
eletrolítica induzindo a hipocalemia. Pode causar dor e cãibras
abdominais, diarreia, descoloração da urina, nefrites,
anormalidades eletrolíticas, náuseas e vômitos.

Informe ao médico o aparecimento de reações
indesejáveis.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Ação da Substância Lasene

Resultados da Eficácia


Um estudo realizado em animais com senosídeos A e B, substâncias
que são encontradas na Senna Alexandrina Mill (substância
ativa), demonstrou que após a sua administração (12,5 – 200 mg/kg)
em ratos, a defecação normal foi acelerada em 3 – 4h e a excreção
de fezes macias foi evidente a partir de 4 – 5h, alcançando seu
pico máximo após 5 – 7 horas. Além disso, o tempo de trânsito no
intestino grosso foi dose e tempo dependente do tratamento com
senosídeos A e B. Uma grande mudança foi observada no tempo de
trânsito intestinal.

Após duas horas da administração das substâncias, o tempo de
trânsito passou de 6h no grupo controle para 90 minutos no grupo
tratado. A redução máxima foi observada no grupo tratado após 4h,
onde o tempo de trânsito foi reduzido para 30 minutos com uma dose
de 50 mg/kg.

Estudo clínico foi desenvolvido com vinte e um pacientes. As
idades variaram entre 19 e 85 anos, com uma média de 38 anos. O
tempo de acompanhamento da constipação foi de 3 a 80 meses, com uma
média de 33 meses. Utilizou-se para este estudo, um extrato
padronizado de Senna Alexandrina Mill (substância ativa).
A maioria dos pacientes (81%) respondeu com rapidez ao tratamento
com uma só drágea do medicamento e, em média, foi necessário menos
de uma drágea por dia durante o período de observação que foi de 28
dias para assegurar um ritmo de defecação normal.

Trinta e quatro pacientes de uma clínica ginecológica, na
maioria gestantes, com idades que variavam entre 18 e 62 anos,
foram submetidas a tratamento com geléia de pó de folhas de
Senna Alexandrina Mill (substância ativa), com
administração via oral e por período de três semanas, na posologia
de uma colher de chá (5 centímetros cúbicos) à noite, antes de
dormir.

As pacientes foram avaliadas comparando-se a evolução de
variáveis como tempo para defecar, número de evacuações por semana,
presença de gases, qualidade das fezes e sensação de esvaziamento
total do reto após a evacuação, registradas antes (uma semana de
observação) e depois do tratamento. Todas as variáveis evoluíram de
modo significativamente favorável.

Na avaliação global da eficácia, os resultados foram
considerados satisfatórios em 88,2 por cento dos casos na opinião
do médico e em 82,3 por cento dos casos na opinião dos
pacientes.

Características Farmacológicas


Devido à sua especificidade, os derivados hidroxiantracênicos
são pouco absorvidos no trato gastrintestinal superior.

Os senosídeos (compostos hidrossolúveis inativos) são degradados
por enzimas bacterianas em reinantronas, metabólito ativo que
exerce seu efeito laxativo no cólon. Reduzir a absorção de drogas
administradas oralmente, como por exemplo, os estrógenos. Isto deve
ser lembrado para mulheres que fazem uso de anticoncepcionais
hormonais.

A hipocalemia, decorrente da utilização prolongada de Senna
Alexandrina
Mill (substância ativa), pode potencializar os
efeitos dos glicosídeos cardiotônicos (digitálicos,
Strophantus spp.) e pode potencializar as arritmias ou os
efeitos antiarrítmicos, quando do uso concomitante de drogas
antiarrítmicas como quinidina.

O uso simultâneo de Senna Alexandrina Mill (substância
ativa) com outras drogas ou ervas que induzem à hipocalemia,
como diuréticos tiazidas, adrenocorticosteróides ou raiz de
alcaçuz, pode exacerbar o desequilíbrio eletrolítico, resultando em
disfunções cardíacas e neuromusculares.

Pode haver interação da Senna Alexandrina Mill
(substância ativa) com a nifedipina e indometacina e outros
antiinflamatórios não hormonais.

As antraquinonas podem alterar a cor da urina, que pode
apresentar-se amarela ou marrom avermelhada, o que desaparece com a
suspensão do uso do produto. Esta alteração de coloração na urina
pode influenciar em testes de diagnósticos; pode ocorrer um
resultado falso positivo para urobilinogênio e para dosagem de
estrógeno pelo método de Kober.

Cuidados de Armazenamento do Lasene

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 a 30ºC). Proteger da
luz e umidade.

Não use este medicamento com prazo de validade vencido.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Aspecto físico

Comprimido circular de cor marrom.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Lasene

Nº de lote, data de fabricação e prazo de validade: vide
embalagens.

Registro MS 1.4381.0132

Farm. Resp.:

Charles Ricardo Mafra
CRF-MG 10.883

Registrado por:

Cimed Insdústria de Medicamentos Ltda.
Rua Engenheiro Prudente, 121
CEP 01550-00
São Paulo/SP
CNPJ 02.814.497/0001-07

Fabricado por:

Av. Cel. Armando Rubens Storino, 2750
Pouso Alegre/MG
CEP 37550-000
CNPJ 02.814.497/0002-98
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Lasene, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.