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Equilid Comprimido

Como o Equilid Comprimido funciona?


Equilid pode atuar de dois modos, bloqueando os receptores de
dopamina (neurotransmissor) pós-sinápticos, de modo a diminuir sua
ação e bloqueando também os receptores de dopamina auto inibitórios
pré-sinápticos, aumentando a quantidade de neurotransmissor na
fenda sináptica (espaço anatômico do tecido nervoso, por onde
percorre o estímulo nervoso). Tal ação pré-sináptica é dominante em
baixas concentrações teciduais do fármaco, o que pode explicar seu
efeito antidepressivo em baixa posologia.

Contraindicação do Equilid Comprimido

Equilid não deve ser utilizado nos seguintes
casos:

  • Pacientes com alergia à sulpirida ou a qualquer componente da
    fórmula;
  • Pacientes com tumor dependente de prolactina (hormônio
    secretado pela hipófise que estimula a produção de leite e o
    aumento das mamas), por exemplo, prolactinomas da glândula
    pituitária (tumor da hipófise que causa secreção excessiva do
    hormônio prolactina) e câncer de mama;
  • Pacientes com diagnóstico ou suspeita de feocromocitoma (tumor
    da medula da glândula suprarrenal);
  • Amamentação;
  • Utilização concomitante com levodopa ou medicamentos
    antiparkinsonianos (incluindo ropinirol);
  • Porfiria aguda (doença metabólica que se manifesta através de
    problemas na pele e/ou com complicações neurológicas).

Como usar o Equilid Comprimido

Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.

Esquizofrenia

400 a 800 mg ao dia, em duas ingestões. A dose pode ser
aumentada, se necessário, até o máximo de 1200 mg ao dia.

Sintomas predominantemente excitatórios (delírios, alucinações)
respondem melhor a doses maiores, iniciando-se o tratamento com 400
mg, duas vezes ao dia e aumentando-se até 1200 mg ao dia, se
necessário.

Sintomas predominantemente depressivos respondem melhor a doses
iguais ou inferiores a 800 mg ao dia.

Pacientes com sintomatologia mista respondem geralmente a uma
dose de 400 – 600 mg duas vezes ao dia.

Não há estudos dos efeitos de Equilid administrado por vias não
recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral,
conforme recomendado pelo médico.

Pacientes com insuficiência renal

A dose de sulpirida deve ser reduzida em casos de insuficiência
renal.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Equilid
Comprimido?


Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que
possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas
doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico,
médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Equilid Comprimido

Deve-se ter cuidado caso você apresente diagnóstico estável de
diabetes mellitus ou fatores de risco para diabetes, e
esteja iniciando o tratamento com sulpirida, uma vez que existem
relatos de aumento da taxa de açúcar no sangue em pacientes
tratados com medicamentos antipsicóticos atípicos. Deve-se realizar
uma monitorização adequada da taxa de açúcar no sangue.

Alguns casos de convulsão foram relatados com o uso de
sulpirida. Portanto, caso você tenha histórico de epilepsia deverá
ser cuidadosamente monitorado durante o tratamento com
sulpirida.

Em pacientes com comportamento agressivo ou agitação com
impulsividade, Equilid pode ser administrado com um sedativo.

Foram reportados leucopenia (redução dos glóbulos brancos no
sangue), neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no
sangue) e agranulocitose (diminuição acentuada na contagem de
células brancas do sangue como basófilos, eosinófilos e
neutrófilos) com medicamentos antipsicóticos, incluindo Equilid.
Infecções inexplicáveis ou febre podem ser evidências de discrasias
sanguíneas (alterações das células do sangue – glóbulos vermelhos,
glóbulos brancos ou plaquetas, como as descritas acima) e requerem
investigação hematológica imediata.

Equilid deve ser utilizado com cautela em pacientes com
histórico de glaucoma (aumento da pressão dentro dos olhos), íleo
paralítico (parada da função dos intestinos), estenose digestiva
congênita (estreitamento do intestino ao nascer), retenção urinária
ou aumento de próstata.

Equilid deve ser utilizado com cautela em pacientes hipertensos,
especialmente em pacientes idosos, devido o risco de crise
hipertensiva. O médico deve realizar monitoramento adequado.

Amamentação

Informar ao médico se você está amamentando.

A sulpirida é excretada no leite materno. A amamentação é
contraindicada.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Mesmo quando utilizado da maneira recomendada, a sulpirida pode
causar sedação (redução das funções motoras e mentais).

Durante o tratamento você não deve dirigir veículos ou operar
máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar
prejudicadas.

Advertências do Equilid Comprimido


A sulpirida pode induzir o prolongamento do intervalo QT.

Este efeito é conhecido por aumentar o risco de arritmias
ventriculares graves como torsades de pointes (tipo de
alteração grave nos batimentos cardíacos).

A sulpirida deve ser usada com cuidado em pacientes com fatores
de risco para acidente vascular cerebral (derrame cerebral).

Assim como com outros neurolépticos, pode ocorrer Síndrome
Neuroléptica Maligna (reação ao uso das substâncias neurolépticas),
uma complicação potencialmente fatal, caracterizada por elevação
anormal da temperatura corporal, rigidez muscular e disfunção
relacionada ao sistema nervoso autônomo. Informe ao médico caso
você tenha febre de origem desconhecida, pois neste caso, Equilid
deve ser descontinuado.

Quando o tratamento com neurolépticos é absolutamente necessário
e caso você seja portador do mal de Parkinson, informe ao médico,
pois neste caso, a sulpirida pode ser utilizada, porém com
cuidado.

Pacientes idosos com psicose relacionada à demência (problemas
de memória, de comportamento e perda de habilidades adquiridas ao
longo da vida, como dirigir, vestir a roupa, etc.) tratados com
medicamentos antipsicóticos estão sob risco de morte aumentado.

Casos de tromboembolismo venoso (obstrução da veia por um
coágulo de sangue), algumas vezes fatais, foram reportados com
medicamentos antipsicóticos. Portanto, Equilid deve ser utilizado
com cuidado caso você tenha fatores de risco para
tromboembolismo.

A sulpirida pode aumentar os níveis de prolactina. Portanto,
recomenda-se precaução e os pacientes com história ou uma história
familiar de câncer de mama devem ser cuidadosamente monitorizados
durante o tratamento.

Reações Adversas do Equilid Comprimido

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Desconhecido (não pode ser estimada a partir dos dados
    disponíveis).

Distúrbios autonômicos

Crises hipertensivas (em hipertensos ou portadores de
feocromocitomas).

Distúrbios do sangue e sistema linfático (rede complexa
de vasos linfáticos que transportam o fluido linfático (linfa) dos
tecidos para o sistema circulatório e compõe o sistema imunológico,
pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e
vírus invasores)

Incomum

Leucopenia (redução dos glóbulos brancos no sangue).

Frequência desconhecida

Neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue) e
agranulocitose (diminuição acentuada na contagem de células brancas
do sangue como basófilos, eosinófilos e neutrófilos).

Distúrbios do sistema imunológico

Frequência desconhecida

Reações anafiláticas – urticária (erupção na pele, geralmente de
origem alérgica, que causa coceira), dispneia (dificuldade
respiratória, falta de ar), hipotensão (pressão baixa), e choque
anafilático (reação alérgica grave).

Distúrbios endócrinos

Comum

Hiperprolactinemia (aumento da concentração do hormônio
prolactina que estimula secreção de leite).

Distúrbios psiquiátricos

Comum

Insônia.

Frequência desconhecida

Confusão.

Distúrbios do sistema nervoso

Comum

Sedação (redução das funções motoras e mentais) ou sonolência,
distúrbios extrapiramidais (estes sintomas geralmente são
reversíveis após administração de medicamentos antiparkinsonianos),
parkinsonismo, tremor, acatisia (inquietação).

Incomum

Hipertonia (aumento anormal do tônus muscular), discinesia,
(movimentos involuntários do corpo), distonia (contrações
musculares involuntárias).

Rara

Crises oculógiras (contração dos músculos extraoculares).

Frequência desconhecida

Síndrome neuroléptica maligna (série de sintomas como aumento da
temperatura corporal, confusão mental, dificuldade respiratória,
entre outros, e que podem surgir devido ao uso de medicamentos
neurolépticos)
que é uma complicação potencialmente fatal, hiposcinesia
(movimentos diminuídos ou lentos da musculatura), discinesia tardia
(movimentos involuntários anormais do corpo) (tem sido reportada,
como com todos os neurolépticos, após a administração de
neuroléptico por mais de 3 meses. Medicação antiparkinsoniana é
ineficaz ou pode induzir o agravamento dos sintomas), convulsão
(contrações súbitas e involuntárias dos músculos secundárias a
descargas elétricas cerebrais).

Distúrbios metabólicos e de nutrição

Frequência desconhecida

Hiponatremia (nível baixo de sódio no sangue), síndrome de
secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH).

Distúrbios cardíacos

Rara

Arritmia ventricular (alteração nos batimentos cardíacos),
fibrilação ventricular (arritmia cardíaca caracterizada por
disparos elétricos rápidos e extremamente descoordenados no
coração), taquicardia ventricular (ritmo cardíaco acelerado).

Frequência desconhecida

Prolongamento do intervalo QT (alteração observada no
eletrocardiograma relacionada aos batimentos do coração), parada
cardíaca, torsades de pointes (tipo de alteração grave nos
batimentos cardíacos), morte
súbita.

Distúrbios vasculares

Incomum

Hipotensão ortostática (queda súbita da pressão arterial ao
ficar em pé).

Frequência desconhecida

Tromboembolismo venoso (obstrução de um vaso sanguíneo por um
coágulo), embolismo pulmonar (presença de um coágulo na artéria
pulmonar ou um de seus ramos), trombose venosa profunda (formação
ou presença de um coágulo dentro de uma veia) e aumento da
pressão arterial.

Distúrbios respiratórios, torácicos e
mediastinal

Frequência desconhecida

Pneumonia aspirativa (principalmente em associação com outros
depressores do Sistema Nervoso Central).

Distúrbios gastrintestinais

Comum

Constipação.

Incomum

Hipersecreção salivar (aumento do fluxo salivar).

Distúrbios hepatobiliares

Comum

Aumento das enzimas do fígado.

Frequência desconhecida

Lesão hepatocelular, lesão colestática ou lesão mista.

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Comum

Rash máculo-papular (pequenas lesões vermelhas
arredondadas e placas vermelhas no corpo e membros).

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido
conjuntivo

Frequência desconhecida

Torcicolo (contrações da musculatura do pescoço que causam
movimentos ou posturas anormais da cabeça), trismo (contração
dolorosa da musculatura da mandíbula).

Gravidez e condições no puerpério e
perinatais

Frequência desconhecida

Sintomas extrapiramidais, síndrome de abstinência neonatal.

Distúrbios do sistema reprodutivo e mama

Comum

Dor nas mamas, galactorreia (produção de leite fora do período
pós-parto ou de lactação).

Incomum

Aumento das mamas, amenorreia (ausência de menstruação), orgasmo
anormal, disfunção erétil (impotência sexual).

Frequência desconhecida

Ginecomastia (aumento das mamas em homens).

Distúrbios gerais

Comum

Aumento de peso.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Equilid Comprimido

Gravidez

O uso de sulpirida não é recomendado durante a gravidez e em
mulheres com potencial para engravidar que não utilizam métodos
contraceptivos eficazes, a menos que os benefícios justifiquem os
riscos potenciais.

Os neonatos expostos a medicamentos antipsicóticos, incluindo
Equilid, durante o terceiro trimestre da gravidez correm o risco de
apresentar reações adversas incluindo sintomas extrapiramidais
(alterações neurológicas que levam a distúrbios do equilíbrio e da
movimentação) e/ou de abstinência que podem variar em severidade e
duração durante o parto.

Existem relatos de agitação, hipertonia (aumento anormal do
tônus muscular), hipotonia (flacidez muscular), tremor, sonolência,
sofrimento respiratório ou distúrbios de alimentação.

Consequentemente, os recém-nascidos devem ser monitorados
cuidadosamente.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Pacientes idosos

Como com outros neurolépticos, a sulpirida deve ser usada com
cuidado em pacientes idosos, pois a sensibilidade ao produto está
aumentada nessa faixa etária. No caso de pacientes idosos com
demência.

Insuficiência renal

A dose de sulpirida deve ser reduzida em casos de insuficiência
renal.

Crianças

A segurança e eficácia de sulpirida não foram completamente
investigadas em crianças. Por essa razão, deve-se ter cautela ao
prescrever sulpirida a crianças.

Composição do Equilid Comprimido

Cada comprimido contém:

200 mg de sulpirida.

Excipientes:

gelatina, hipromelose, amido de milho, amido de milho
pré-gelatinizado, lactose monoidratada, dióxido de silício,
estearato de magnésio e talco.

Apresentação do Equilid Comprimido


Comprimidos 200 mg – embalagem com 20.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Equilid Comprimido

Sinais e sintomas

A experiência em superdosagem com a sulpirida é limitada. Quando
ocorre superdosagem, podem ocorrer manifestações discinéticas
(movimentos involuntários anormais do corpo) com torcicolo
espasmódico (contrações involuntárias na musculatura do pescoço),
protusão da língua e trismo (contração dolorosa da musculatura da
mandíbula). Alguns pacientes podem desenvolver manifestações
parkinsonianas que podem levar ao coma e até a morte.

Desfechos fatais foram relatados principalmente em combinação
com outros agentes psicotrópicos.

A sulpirida é parcialmente removida com hemodiálise.

Tratamento

O tratamento é sintomático, não existe um antídoto específico.
Medidas de suporte devem ser instituídas bem como supervisão das
funções vitais e monitorização cardíaca (risco do prolongamento do
intervalo QT e consequente arritmia ventricular) são recomendadas
até que o paciente se recupere.

Caso ocorram sintomas extrapiramidais severos, devem-se
administrar anticolinérgicos.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Equilid
Comprimido

Associação contraindicada

A levodopa, medicamentos antiparkinsonianos (incluindo
ropinirol) (medicamentos para tratamento da doença de
Parkinson).

Associações não recomendadas

Álcool

O álcool aumenta o efeito sedativo (calmante) dos neurolépticos.
Bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool, não devem ser
ingeridos durante o tratamento com Equilid.

Uso concomitante com medicamentos que podem causar o
prolongamento do intervalo QT ou induzir torsades de
pointes
(tipo de alteração grave nos batimentos
cardíacos):

  • Medicamentos que induzem a diminuição dos batimentos do coração
    como beta bloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio (diltiazem,
    verapamil) clonidina, guanfacina e digitálicos (classe de
    medicamentos usados no tratamento de doenças do coração).
  • Medicamentos que induzem a diminuição da concentração de
    potássio no sangue – diuréticos hipocalêmicos, laxativos,
    anfotericina B, glicocorticoides e tetracosactídeos. A diminuição
    da concentração de potássio no sangue deve ser corrigida.
  • Medicamentos para arritmia como quinidina, disopiramida,
    amiodarona e sotalol.
  • Outros medicamentos como pimozida, sultoprida, haloperidol,
    tioridazina, metadona, antidepressivos imipramínicos, lítio,
    bepridil, cisaprida, eritromicina IV, vincamina IV, halofantrina,
    pentamidina e esparfloxacino.

Associações que devem ser consideradas

Agentes anti-hipertensivos

Efeito anti-hipertensivo e possibilidade aumentada de ocorrer
queda súbita da pressão arterial ao ficar em pé.

Depressores do Sistema Nervoso Central incluindo narcóticos
(substâncias que reduzem o nível de consciência), analgésicos
(medicamentos para a dor), anti-histamínicos (medicamentos para
alergia), barbitúricos (medicamentos derivados do ácido
barbitúrico, tais como, anestésicos, anticonvulsivantes e
hipnóticos/sedativos), benzodiazepínicos e outros ansiolíticos
(medicamentos que aliviam os transtornos da ansiedade), clonidina e
derivados.

Antiácidos e sucralfato

Quando coadministrados ocorre a diminuição da absorção da
sulpirida. Portanto, Equilid deve ser administrado no mínimo duas
horas antes desses medicamentos.

Lítio

Aumenta o risco de reações adversas extrapiramidais (alterações
do equilíbrio e movimento). A descontinuação dos dois medicamentos
é recomendada aos primeiros sinais de neurotoxicidade.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Equilid Comprimido

Resultados de eficácia

Esquizofrenia

Quando administrada em altas doses, a sulpirida apresenta
efeitos neurolépticos como um antipsicótico atípico, com ação nos
sintomas negativos e positivos, e que tem mostrado um resultado
satisfatório no tratamento de pacientes esquizofrênicos. Estudos
sugerem que em tratamentos de curto prazo, isto é, entre 3 e 16
semanas de uso, a sulpirida têm se mostrado tão eficaz quanto os
antipsicóticos típicos. Do mesmo modo, estudos em longo prazo, 4 a
42 meses, têm demonstrado sua eficácia, embora na sua maioria sejam
estudos abertos (Borenstein et aI., 1968; Cassano et
aI.
, 1975; Edwards et aI., 1980; Lepola et
aI.
, 1989 ; Mauri et al 1996.

Em estudo para avaliar a eficácia da sulpirida em 38 pacientes
com esquizofrenia crônica, randomizado e controlado com
trifluoroperazina, o grupo que recebeu sulpirida apresentou melhora
significativa na avaliação global de gravidade da doença em
comparação à avaliação basal após 2, 4 e 6 semanas. O grupo da
trifluoroperazina também apresentou melhora, não havendo diferença
estatisticamente significativa entre os dois grupos, concluindo que
sulpirida é tão eficaz quanto trifluoroperazina (Edwards et
al.
1980).

Depressão

Quando dada em baixas doses a sulpirida tem uma ação
antidepressiva. Estudo realizado com pacientes sofrendo componentes
depressivos em neuroses de diferentes tipos, demonstrou que a
sulpirida foi superior ao placebo no efeito antidepressivo (Wada,
1974).

Em um estudo duplo-cego comparando o uso de imipramina
versus sulpirida em pacientes com depressão de vária
etiologias, demonstrou que os paciente que fizeram uso da sulpirida
apresentaram boa resposta assim como os que fizeram uso da
imipramina.( Yura et aI. 1976). O mesmo foi identificado
quando se comparou a sulpirida a amitriptilina no tratamento de
pacientes com depressão (Aylward et aI., 1981;
Standish-Barry et aI., 1983: Bruynooghe et aI.,
1992).

Vertigem

A sulpirida apresenta efetividade no tratamento da vertigem,
sendo que seus efeitos geralmente são notados em 3 a 4 dias de
tratamento. Entretanto, o aparecimento de resposta terapêutica em
48 horas também tem sido relatado (Lebon, 1983).

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Sulpirida é um neuroléptico do grupo das benzamidas, antagonista
farmacológico da dopamina, estruturalmente distinto dos
fenotiazínicos, butirofenonas e tioxantenos. Sulpirida atua de
forma bimodal: bloqueia os receptores dopaminérgicos
pós-sinápticos, como os neurolépticos convencionais, porém de forma
seletiva, bloqueando somente receptores não- dependentes da
adenilciclase (receptores D2). Sulpirida bloqueia também os
receptores dopaminérgicos autoinibitórios pré-sinápticos,
aumentando a quantidade de neurotransmissor na fenda sináptica. Tal
ação pré-sináptica é dominante em baixas concentrações teciduais do
fármaco, o que pode explicar seu efeito antidepressivo em baixa
posologia.

Sulpirida também difere dos neurolépticos convencionais em
relação aos efeitos observados em testes experimentais em animais;
é inativo em alguns testes rotineiramente utilizados para avaliação
da atividade neuroléptica. Tais efeitos, aliados a uma fraca
lipofilicidade, podem explicar sua baixa atividade sedante em uso
clínico.

Em baixas posologias, Sulpirida apresenta um efeito
predominantemente antidepressivo devido a seu mecanismo de ação
bimodal. Esta ação estimulante simula um efeito dopaminérgico e
pode explicar o desencadeamento de crises hipertensivas
(paralelamente a um aumento da excreção urinária de ácido
vanilmandélico) observado em alguns pacientes hipertensos tratados
com Sulpirida ou de feocromocitomas em pacientes em que esta
patologia é latente.

A esquizofrenia, caracterizada por perda de contato social, pode
ser tratada com sulpirida. Em geral, em pacientes esquizofrênicos,
observa-se uma melhor sociabilização após alguns dias de tratamento
e controle dos sintomas. Sulpirida exerce uma ação depressora
direta sobre as funções vestibulares. Vários estudos constataram
sua eficácia no tratamento de vertigens de origens diversas:
pós-traumáticas, Menière, de origem cervical, pós-operatórias,
vasculares, neurológicas, psicossomáticas, iatrogênicas e
outras.

Como outros neurolépticos, que também são inibidores da
dopamina, Sulpirida pode produzir reações extrapiramidais, sedação,
inibição central da êmese e induzir a liberação de prolactina.

Propriedades Farmacocinéticas

A absorção da sulpirida, após administração via oral, ocorre em
4,5 horas e pode sofrer influência da ingesta concomitante de
alimentos. A biodisponibilidade do fármaco é de 25 a 35%, com
variações individuais significativas. Suas concentrações
plasmáticas são proporcionais às doses administradas e são máximas
entre 1 e 6h da sua administração oral. Ocorre baixa difusão ao
sistema nervoso central, onde é encontrada em maior proporção na
hipófise. Sua taxa de ligação proteica é inferior a 40%, sua
meia-vida plasmática é de 7 horas e 90% da dose administrada via
intravenosa é excretada na urina sem metabolização. A eliminação do
fármaco é essencialmente renal.

Cuidados de Armazenamento do Equilid
Comprimido

Equilid deve ser mantido em sua embalagem original, em
temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original. 

Características do medicamento

Comprimidos brancos a branco marfim, redondos e biplanos,
apresentando uma face com sulco central e a outra face com gravação
QE M.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Equilid Comprimido

Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com
retenção da receita.

MS 1.1300.0185

Farm. Resp.:

Silvia Regina Brollo
CRF-SP n° 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23
Indústria Brasileira

Equilid-Comprimido, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.