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Criptorquidia: O que é, causas e tratamentos | Dr. Hamilton Veloso da Costa

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Criptorquidia: ausência do testículo na bolsa escrotal

Olá, meu nome é doutor Hamilton Veloso daCosta e eu sou urologista. Hoje nós iremos falar sobre a criptorquidia, que é a ausência do testículo no interior da bolsa escrotal.

A criptorquidia pode ser congênita, quando a criança nasce e é diagnosticada com a ausência do testículo no interior da bolsa, ou adquirida durante o crescimento, quando, ao exame, não se constata a presença do testículo no interior da bolsa escrotal.

A classificação da criptorquidia pode ser em relação à colocação do testículo em relação à bolsa, na região inguinal, intra-abdominal ou ectópica. Ectópica significa que o testículo se estabelece fora do trajeto normal, por exemplo, na região femoral, na região crural, etc.

A criptorquidia é a entidade da urologia pediátrica mais frequente cirurgicamente. Existe uma relação entre a prematuridade e a criança de baixo peso durante o nascimento, estando relacionada à criptorquidia unilateral. A formação dos testículos ocorre abaixo do polo inferior do rim e, à medida que o tempo passa, eles vão descendo em direção ao testículo, chegando ao interior do testículo no nono mês de gestação. Uma interrupção neste trajeto pode levar à formação da criptorquidia.

Existem algumas possíveis causas da criptorquidia, como a alteração na produção dos hormônios gonadotróficos e a alteração na musculatura da bolsa escrotal. A criptorquidia pode ser unilateral, quando afeta apenas um testículo, ou bilateral, quando afeta os dois testículos.

Para o diagnóstico, deve-se realizar um exame físico e verificar se há alguma alteração na bolsa escrotal e assimetria em relação ao testículo contralateral. A palpação também é importante, pois podemos verificar se há um testículo palpável na região inguinal, na região ectópica ou se há um testículo retrátil. O diagnóstico definitivo pode ser feito por meio de laparoscopia.

Em relação ao tratamento, a idade ideal hoje é de seis meses a 18 meses para o tratamento cirúrgico. A colocação dos testículos no interior da bolsa escrotal e a fixação do testículo contralateral também devem ser feitas. O tratamento hormonal, utilizado no passado, não possui eficácia totalmente comprovada.

Em conclusão, crianças com criptorquidia devem ser tratadas adequadamente no prazo ideal para evitar complicações sérias, como a infertilidade masculina e a produção de tumores malignos afetando os testículos.

Fonte: O Que Você Precisa Saber Sobre Criptorquidia | Dr. Hamilton Veloso da Costa por Dr. Hamilton Veloso da Costa