Pular para o conteúdo

Linfomas indolentes: o que são e como são tratados?

  • por
  • posts

Linfomas Indolentes

Hoje estamos aqui com o Dr. Carlos, diretor da ABMH e professor titular da Santa Casa de São Paulo, para falar sobre linfomas indolentes.

Todos sabem que o linfoma não Hodgkin tem várias classificações, incluindo os mais agressivos e os indolentes. Os linfomas indolentes têm uma progressão lenta e um início insidioso na maioria dos casos. Eles geralmente ocorrem nos gânglios linfáticos, principalmente no pescoço. Muitas vezes, os pacientes são assintomáticos. Esse tipo de doença ocorre em pacientes acima de 60 anos, sendo mais comum em indivíduos com mais de 65 anos. No entanto, muitas vezes os pacientes têm uma sobrevida igualada à da população em geral.

O tratamento desses pacientes costuma resultar em remissão da doença, mas há uma tendência de a doença voltar após cerca de 4 a 7 anos. Quando isso acontece, o tratamento é iniciado novamente e o processo se repete. O diagnóstico desse tipo de linfoma pode ser feito no momento do primeiro diagnóstico ou quando a doença retorna.

O linfoma indolente é uma expressão clínica que se refere a determinados subtipos de linfoma que apresentam características de crescimento lento.

Existem diferentes tipos de linfoma indolente. O mais comum é o linfoma folicular, seguido pelo linfoma marginal. Também há outro tipo interessante de linfoma indolente chamado linfoma esplênico. Esses linfomas se manifestam principalmente nos gânglios linfáticos externos do abdômen.

O linfoma indolente se apresenta com um aumento nos gânglios linfáticos, que geralmente são indolores e têm uma consistência semelhante à borracha. Os pacientes muitas vezes não apresentam sintomas e o diagnóstico pode ser feito ao acaso. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas como anemia.

Os sintomas desses linfomas são semelhantes aos dos linfomas agressivos, mas ocorrem com menos frequência. Na maioria dos casos, o linfoma indolente se manifesta com aumentos localizados nos gânglios linfáticos. No entanto, ele pode começar em qualquer lugar do organismo, como no sistema nervoso central.

O tratamento desses linfomas teve grandes avanços com o surgimento da imunoterapia. Hoje, é possível utilizar essa modalidade terapêutica isoladamente ou em combinação com quimioterapia. A escolha do tratamento depende do perfil do paciente. Além disso, alguns pacientes podem fazer manutenção com quimioterapia por alguns anos.

Em relação ao momento de iniciar o tratamento, nos casos assintomáticos, é possível apenas acompanhar o paciente e iniciar o tratamento quando a doença começar a causar sintomas ou quando houver evidências de progressão. Existem critérios clínicos e laboratoriais para determinar quando o tratamento deve ser iniciado.

É importante ressaltar que esses linfomas indolentes podem se transformar em linfomas mais agressivos em alguns casos. Por isso, é necessário estar atento e fazer acompanhamento regular dos pacientes.

Para finalizar, o Dr. Carlos deixa um conselho para os pacientes de linfoma indolente: ter esperança e encontrar um equilíbrio na vida, assim como qualquer pessoa que tenha outras condições de saúde, como hipertensão ou diabetes. É possível ter qualidade de vida normal e perspectiva de vida longa mesmo com essa doença.

Obrigado a todos que acompanharam essa temporada da TV ABRALE. Continuem deixando seus comentários e se inscrevam no canal para continuar recebendo nossas atualizações. Até breve!

Fonte: O que são linfomas indolentes? por ABRALE Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia