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Gastrostomia com ou sem fundoplicatura: Dicas especiais para você

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Olá família, tudo bem? Hoje estou aqui tentando gravar um vídeo sobre teratórax, mas minha câmera acabou a pilha e meu microfone deu problema, então está difícil gravar esse vídeo. Mas enquanto ele não sai, eu queria falar com vocês sobre a gastronomia e sobre as novidades nessa minha caminhada.

Primeiro, quero responder uma pergunta que muita gente me faz: por que o Arthur tem indicação da gastrostomia? Ele tem indicação porque ele é baixo peso. Há quase quatro anos que a gente permanece no mesmo peso, não consigo aumentar as calorias dele na quantidade de refeições que ele tem por dia. Então, ele não ganha peso e cresce, mas não ganha peso por conta da disfagia que ele tem. Isso faz com que ele demore quase um ano e meio em cada refeição, e já são seis refeições por dia. Se aumentar a quantidade de refeição, eu passo o dia sentada no sofá dando comida pra ele, e mesmo assim é muito difícil. Como ele tem uma síndrome metabólica, ele tem um gasto energético muito grande, o que consome essas calorias. Dificilmente ele ganha peso.

Outro fator é o medo de engasgo. Aqui em casa, as pessoas têm medo de dar comida para a criança, pois temem o engasgo. Isso acaba caindo tudo em cima de mim, sou eu que me movimento para alimentá-lo. Há dois anos, eu decidi que ele faria uma gastrostomia, mas ainda não sabia como seria. Comecei a ler meus estudos e, desde então, venho consultando médicos, estudando e conversando com outras mães para tomar uma decisão acertada.

Ontem eu tive a última consulta médica e agora deixo tudo nas mãos dele. É ele que vai definir o que é melhor para o Arthur. Eu já estava cansada de tanta informação na minha cabeça, e não adianta buscar tantas informações, porque as pessoas são diferentes. Cada uma tem a sua especificidade, então não adianta, não existe comparações. É muito difícil.

O que aprendi sobre a gastrostomia é que existem três formas de serem feitas: por endoscopia, por videolaparoscopia e com cirurgia de barriga aberta mesmo. A endoscopia só pode ser feita se não houver necessidade de fazer uma fundo aplicatura. Se for necessário fazer uma fundo aplicatura, só as outras duas maneiras podem ser utilizadas.

A questão da fundo aplicatura era algo que ficou martelando muito na minha cabeça durante esse período. Tem muitas mães que são totalmente a favor, outras que são contra. Isso é muito difícil de decidir. O Arthur é uma criança que não tem refluxo, não tem pneumonias de repetição, e come oralmente sem grandes problemas há dez anos. Então, eu ficava muito preocupada com a fundo aplicatura. Todos os médicos que eu tenho ido eram muito categóricos em afirmar que a fundo aplicatura tinha que ser feita e que não tinha outra opção, que era para prevenir problemas futuros.

Ontem, fui a esse último médico, um dos melhores cirurgiões do Rio de Janeiro. Ele disse que o Arthur não precisa de fundo aplicatura, que ele não tem essa indicação. Ele afirmou que se o Arthur precisar no futuro, a gente faz a fundo aplicatura, mas agora não vê necessidade. A única coisa que a gente quer é ganho de peso e facilidade na alimentação. Gostei muito dele e definimos como será. Já conversei com a neurologista e ela concorda. Ela sabe que ele vai fazer o melhor. Estou cansada de várias opiniões e pessoas falando na minha vida. Agora vamos fazer essa gastrostomia simples e tudo vai ficar melhor, eu tenho certeza.

Então, era isso que eu queria contar para vocês. Se tiverem alguma dúvida, é só me perguntar. Beijo, tchau!

Fonte: Gastrostomia (GTT) – com ou sem fundoplicatura? | Dicas Especiais por Dicas Especiais