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Transplante de fígado em criança – Saiba mais com o Prof. Dr. Luiz Carneiro (CRM 22.761)

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Transplante com doador vivo em crianças: a partir de que idade?

Quando se trata de transplante com doador vivo em crianças, existem algumas questões importantes a serem consideradas. Em primeiro lugar, quem pode ser o doador? Em segundo lugar, a partir de que idade esse procedimento pode ser realizado?

No Brasil, o transplante com doador vivo é realizado em crianças por equipes especializadas. Geralmente, a mãe é a doadora, mas também pode ser o pai ou outro membro da família. No entanto, a maioria das doações é feita pela mãe.

Quanto à idade da criança, é preferível que ela tenha em torno de 10 quilos e seja um pouco mais velha, com um a dois anos de idade. Isso ocorre porque, quanto menor a criança, maiores são os riscos do transplante. Além disso, é mais difícil encontrar um doador compatível para crianças muito pequenas.

Em termos de tamanho, se a criança nasceu com 2 a 3 quilos, o resultado do transplante pode ser ruim. Isso porque é necessário retirar uma pequena parte do órgão do adulto doador para realizar o transplante. Se houver uma diferença de 6 a 7 quilos entre o doador e a criança, pode ser necessário retirar um pedaço maior do órgão do adulto.

Portanto, é recomendado que o transplante seja realizado depois que a criança atingir um peso razoável, em torno de 10 quilos. Dessa forma, o procedimento é mais seguro e viável.

Tipos de transplantes mais comuns em crianças

No Brasil, o tipo de transplante mais comum em crianças é o de órgãos de doadores falecidos. Poucos transplantes com doador vivo são realizados, representando apenas cerca de 20% a 30% dos casos.

Entre as doenças que afetam especificamente as crianças e podem requerer um transplante, estão os erros inatos do metabolismo. Essas doenças envolvem defeitos metabólicos que podem ser incompatíveis com a vida. Por exemplo, alguns bebês podem nascer com níveis extremamente altos de colesterol, o que pode levar a complicações graves se não for tratado.

Existem também doenças metabólicas em que a criança não produz ou não produz corretamente certas enzimas. Essas condições podem causar problemas de saúde graves, como o desenvolvimento de câncer. Nesses casos, o transplante pode ser necessário antes que a criança desenvolva tais complicações.

Outra causa comum que requer transplante em crianças é a atresia biliar. Essa condição envolve uma obstrução dos dutos biliares, que deve ser corrigida através de uma cirurgia para garantir o bom funcionamento do fígado.

Transplante fetal

Atualmente, não há descrição de transplante fetal completo. No entanto, procedimentos cirúrgicos fetais estão sendo explorados, como a correção de defeitos no fígado do feto. No entanto, essa é uma área ainda em estudo e os resultados são incertos.

Em resumo, o transplante com doador vivo em crianças pode ser realizado a partir de uma idade em que a criança tenha um peso razoável e as condições clínicas sejam favoráveis. Existem diversos tipos de transplantes que podem ser necessários em crianças, desde o tratamento de doenças metabólicas até a correção de anormalidades no fígado.

No Brasil, a maioria dos transplantes em crianças é feita a partir de órgãos de doadores falecidos, sendo o transplante com doador vivo menos comum. É importante ressaltar que cada caso é único e deve ser avaliado por uma equipe médica especializada para determinar a melhor abordagem.

Fonte: Transplante de fígado em criança | Prof. Dr. Luiz Carneiro CRM 22.761 por Prof. Dr. Luiz Carneiro