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Resumo microbiologia: Enterobacterias 2 – Escherichia coli

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Olá, hoje a gente vai falar sobre enterobactérias, mas esse vídeo vai falar basicamente das E. coli. Queria que vocês vissem a parte 1, pois lá tem bastante das características gerais delas. Mas a gente vai falar rapidinho sobre algumas delas também.

Então, o vídeo vai ser assim, à esquerda vamos ter essa bactéria que você já deve ter ouvido falar dela, já deve ter visto ela no seu exame de fezes e ficou preocupado achando que ela é de matar, mas não é bem assim, né? Vamos aqui falar das características gerais.

Elas são grandes germes, assim como a maioria das centenas de bactérias, como falado na parte 1 do vídeo. Aqui é importante destacar a classificação delas em sorotipos e sorogrupos, que está lá no vídeo. Um deles é o antigeno O, e ele vai diferenciar um tipo patogênico de um tipo não patogênico.

Elas fazem parte da nossa microbiota intestinal, estão ali, calmamente comensais, de boa com a gente. Às vezes até ajudam, mas às vezes são oportunistas. Elas podem, quando patogênicas, causar infecções tanto intra quanto extra intestinais.

Primeiro, aqui existem diferentes patotipos de E.coli. Elas foram divididas de acordo com as síndromes clínicas que elas causam. São basicamente cinco tipos.

  • EPEC – E. coli enteropatogênica;
  • ETEC – E. coli enterotoxigênica;
  • EHEC – E. coli enterohemorrágica;
  • EIEC – E. coli invasora;
  • EAEC – E. coli enteroagregativa.

Vamos falar um pouquinho rapidão de cada uma delas. Lembra que esse é o resumo e a gente vai falar depois de cada uma delas.

Começando pela EPEC – E. coli enteropatogênica. Ela tem uma importância muito grande, primeiramente a infecção é importante nos primeiros anos de vida, nos recém-nascidos. O mecanismo de transmissão é pelo contato direto. O mecanismo de patogenicidade dela é basicamente aderir ao epitélio intestinal e provocar eliminação das microvilosidades, ou seja, vai causar diarreia aquosa.

Segundo, a ETEC – E. coli enterotoxigênica. Ela causa a chamada “diarreia do viajante”. É causada pelo desequilíbrio e dos sali no epitélio intestinal, resultando em diarreia aquosa.

Terceiro, a EHEC – E. coli enterohemorrágica, que também produz a toxina shiga. Ela causa diarreia com sangue. Relacionada com surtos de diarréia sanguinolenta. O mecanismo de patogenicidade dela é aderir ao pedúnculo do intestino grosso, causa uma inflamação e uma colite ulcerativa pela toxina. Essa toxina também pode causar a síndrome hemolítica urêmica.

Quarto, a EIEC – E. coli invasora. O mecanismo de patogenicidade é invasão do epitélio intestinal. Causa um quadro característico de disenteria, com diarreia com sangue.

Quinto e último, a EAEC. Elas formam um biofilme envolto por uma estrutura polissacarídica. Um mecanismo de patogenicidade dela é aderir ao epitélio intestinal, causando um desequilíbrio hidroelétrico que resulta em diarreia aquosa persistente.

Lembrando que todas essas E. coli causadoras de infecções intestinais são diagnosticadas através de exames de fezes e culturas seletivas. É importante fazer um PCR para procurar os genes de virulência e um ELISA para procurar anticorpos específicos contra determinados tipos de E. coli.

Por último, temos as E. coli causadoras de infecções extra intestinais, como a E. coli neonatal, associada à meningite e bacteremia. Além disso, temos as infecções urinárias, que são muito comuns em mulheres. O diagnóstico também é feito através de exames de fezes e culturas seletivas.

É isso aí, galera, enterobactérias finalizou tudo. Espero que tenham gostado do resumo. Valeu, falou!

Fonte: Enterobacterias 2: Escherichia coli – Resumo – Microbiologia por Canal Resumed