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Tudo o que você precisa saber sobre a sífilis – informações, sintomas e tratamentos

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Sífilis: uma doença sexualmente transmissível

Olá! Seja bem-vindo ao programa Ciência e Saúde. No episódio de hoje, vamos falar sobre a sífilis. Será que as pessoas sabem o suficiente sobre essa doença sexualmente transmissível? O que elas gostariam de saber a mais? Se você já ouviu falar sobre sífilis, mas não sabe muito sobre ela, ou tem alguma dúvida específica, estamos aqui para ajudar.

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela é silenciosa e requer cuidados. Após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas antes de se manifestar novamente. Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita, a transmissão de mãe para filho, pode causar aborto, má formação do feto ou morte ao nascer.

O teste para sífilis deve ser feito na primeira consulta do pré-natal do terceiro trimestre da gestação e no momento do parto. O cuidado também deve ser especial durante o parto, para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental. Mais de 50% das crianças infectadas são assintomáticas ao nascimento, por isso é muito importante o diagnóstico da mãe na maternidade.

A sífilis é geralmente transmitida pelo sexo sem camisinha, por transfusão de sangue contaminado, da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou durante o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o pré-natal são meios simples, confiáveis e baratos de se prevenir contra a sífilis congênita.

Sintomas da sífilis

Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas, conhecidos como ínguas, que surgem entre 7 a 20 dias após o sexo desprotegido com alguém que esteja com a doença. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pulsação.

Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz, mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Após um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo, inclusive mãos e pés, e queda de cabelos. Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora.

A doença pode ficar sem apresentar sintomas por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves, como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte. A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas pelo corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez e deficiência mental. Alguns casos de sífilis podem ser fatais.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da sífilis é feito através de um exame de sangue e da cultura da bactéria, que é retirada da secreção expedida por alguma ferida. É recomendado procurar um especialista caso tenha mantido relações sexuais com algum portador de sífilis. Além disso, é importante ficar atento para os sintomas, que podem ser idênticos ou muito similares aos de outras doenças. Consulte um médico para que ele possa fazer os exames necessários para o diagnóstico.

O tratamento da sífilis ainda é feito com a penicilina, sendo a Benzetacil o principal medicamento. Quando o diagnóstico é precoce, não costuma causar maiores danos à saúde e o paciente costuma ser curado rapidamente. A penicilina é eficaz contra a bactéria causadora da doença e é o único tratamento recomendado por especialistas para mulheres grávidas diagnosticadas com a doença. Os parceiros também precisam fazer o teste e serem tratados para evitar uma nova infecção. Se o bebê tiver sífilis congênita, necessitará ficar internado para tratamento por 10 dias, para evitar uma nova infecção.

Prevenção

O uso do preservativo e a prática de sexo seguro, além de evitar múltiplos parceiros, ainda é a forma mais eficaz de evitar a sífilis. A camisinha não é uma medida preventiva só para sífilis, mas também para todas as outras DSTs.

Espero que vocês tenham gostado do programa de hoje sobre a sífilis. Lembre-se da importância de se cuidar e de fazer exames regulares para garantir a sua saúde sexual. Até o nosso próximo encontro!

Fonte: C&S: sífilis por Ciência & Saúde UFF