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As razões pelas quais a primeira escolha do draft pode ser um fracasso.

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O draft da NBA é um evento emocionante, onde as equipes menos promissoras da temporada anterior têm a oportunidade de selecionar jovens talentosos para reforçar seus times e talvez se tornarem campeões. Porém, o Orlando Magic tem recebido críticas por sua escolha de Paulo Banheiro. Será que foi realmente uma boa decisão? Vamos analisar mais de perto.

O Orlando Magic não é exatamente uma das franquias mais fortes da NBA, pelo contrário, eles terminaram em último lugar na temporada anterior, com 60 derrotas e 22 vitórias. Agora, o time perdeu a chance de selecionar Jabar Smith, considerado por muitos como o jogador mais promissor do basquete universitário. Só o tempo dirá se essa foi uma escolha equivocada, mas podemos pelo menos entender o motivo de terem selecionado Paulo Banheiro.

Paulo Banheiro joga na posição de ala-pivô e também pode atuar como armador. Ele tem 2,08 metros de altura e pesa 113 kg. Observando bem esse jovem, ele possui um físico impressionante para a NBA e tem dupla nacionalidade, parte norte-americana e parte italiana. Nascido nos Estados Unidos, Banheiro tem apenas 19 anos e sofre de uma rara condição que o faz transpirar em níveis acima do normal, podendo perder até 3 kg de suor durante uma partida. Para quem quer emagrecer, isso seria uma benção, mas no caso dos jogadores de basquete, essa condição pode acelerar o surgimento de cãibras. Porém, o departamento médico de sua universidade encontrou uma solução temporária, desenvolvendo uma bebida oxigenada que reduz os problemas musculares. Segundo o lendário treinador Mike Kruschessky, mais conhecido como Coach K, o jogador teve que voltar aos vestiários para receber os fluidos intravenosos. Ainda assim, isso não o impediu de se destacar como um dos melhores jogadores universitários.

O ala-pivô tem um estilo de jogo muito versátil. Ele é bom no drible, tem uma ótima infiltração e protege bem a bola com o corpo. Além disso, ele é um ótimo reboteiro, principalmente nos rebotes ofensivos. Quando está livre, consegue acertar arremessos de perímetro. Porém, o mais importante no seu jogo é como ele é inteligente e observador. Ele está sempre buscando criar ou encontrar espaços na quadra para se aproveitar disso, seja infiltrando para o gol, chutando ou até mesmo passando a bola. Aliás, seu playmaking de média distância pode se desenvolver ainda mais nos próximos anos na liga. Podemos dizer que seu estilo lembra vagamente o de Kevin Durant, mas sem um drible tão rápido e explosivo. Mesmo assim, ele sai do garrafão para procurar o jogo e sua defesa também é ótima, tanto no roubo de bola quanto nos tocos.

O fato de Paulo Banheiro ter sido treinado pelo lendário Coach K é outro ponto forte. Duke é conhecida por preparar bem seus atletas para uma rápida adaptação na maior liga de basquete do mundo, como aconteceu com Kyrie Irving, a primeira escolha do Draft de 2011, e Jayson Tatum, a terceira escolha de 2017. E tem mais, o próprio Banheiro afirmou que foi muito bem preparado durante seu período universitário pelo treinador. Sendo assim, qual é o problema em selecionar alguém tão promissor assim?

O problema está no histórico de escolhas ruins no draft. Para entender o medo e a indignação de alguns fãs e torcedores do Orlando Magic, precisamos voltar um pouco no tempo, mais especificamente para o draft de 1984. Os três primeiros times que tiveram a oportunidade de selecionar as primeiras escolhas foram o Houston Rockets, o Portland Trail Blazers e o próprio Chicago Bulls. Ao ouvir o nome do último, alguns fãs já devem ter percebido onde essa história vai dar. Os três novatos mais promissores desse evento eram Sam Bowie, que não gerou grandes resultados na liga (mas vamos deixar ele de lado por enquanto), Hakeem Olajuwon, conhecido por suas conquistas e um tal de Michael Jordan, que dispensa apresentações. O Houston Rockets escolheu Olajuwon como a primeira escolha, o que é plausível, já que ele rendeu dois títulos inéditos para a franquia. Porém, eles deixaram passar Michael Jordan, que rendeu seis títulos e muito dinheiro para o Chicago Bulls. Essa escolha errada por parte do Houston Rockets é lembrada até hoje.

Algo parecido pode ter acontecido no draft de 2017, quando o Los Angeles Lakers deixou passar Donovan Mitchell em vez de selecioná-lo, e o Oklahoma City Thunder também deixou passar Jayson Tatum. Ambos os jogadores eram mais bem prospectados e vistos por muitos como os mais promissores da NBA. No caso de Paulo Banheiro, ele pode não começar tão bem na NBA quanto Key, mas isso não significa que ele não tem potencial. Ele pode simplesmente explodir na liga nos próximos anos, como aconteceu com Giannis Antetokounmpo, que ficou na 15ª posição do draft de 2013, mas que se tornou um dos melhores jogadores da NBA. Ou então, o Orlando Magic pode ser criticado por sua escolha, como aconteceu com as franquias que deixaram passar Michael Jordan.

Enfim, só o tempo poderá mostrar quem se deu bem nessa história. O Orlando Magic errou ou acertou ao selecionar Banheiro? E quem será o melhor jogador no futuro, Banheiro ou Smith? Deixe sua opinião nos comentários.

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Fonte: POR QUE A PRIMEIRA ESCOLHA DO DRAFT PODE SER UM FRACASSO? por Jumpshot br