Diagnóstico de Apendicite Aguda

Nesta aula, vamos aprender sobre o diagnóstico de apendicite aguda. O diagnóstico dessa condição é principalmente clínico, o que significa que é feito com base nos sintomas e no exame físico do paciente. No entanto, em alguns casos, quando há dúvidas, exames complementares podem ser utilizados.

A apendicite aguda é uma condição clínica que apresenta uma série de sintomas característicos. Geralmente, os sintomas ocorrem em uma certa ordem, o que torna mais fácil identificar a condição. Os principais sintomas são:

• Anorexia (perda de apetite)
• Náuseas e vômitos
• Dor abdominal, inicialmente na região epigástrica e depois na região pélvica direita
• Febre

O diagnóstico da apendicite aguda é feito com base na combinação desses sintomas, especialmente na presença de dor abdominal e febre em um paciente jovem. Se houver uma forte suspeita clínica de apendicite, a cirurgia pode ser realizada diretamente, sem a necessidade de exames complementares.

Além dos sintomas, o exame físico também é extremamente importante para o diagnóstico da apendicite aguda. Durante o exame físico, é possível identificar sinais de irritação peritoneal, como dor à descompressão brusca, contratura involuntária do abdome e outros sinais característicos.

Existem também alguns sinais específicos que podem ser identificados durante o exame físico, como o sinal de Blumberg e o sinal do vizinho. O sinal de Blumberg é a presença de dor à descompressão brusca no ponto de McBurney, que é o local mais comum onde o apêndice está localizado. Já o sinal do vizinho ocorre quando a compressão da fossa ilíaca direita provoca dor referida na fossa ilíaca esquerda.

Além desses sinais, existem outros sinais menos comuns, como o sinal de Lander, sinal de Dança Fafi, sinal de Psoas e sinal de Martorelli. Esses sinais são importantes para o diagnóstico diferencial e podem ajudar a diferenciar a apendicite de outras condições inflamatórias.

Além da avaliação clínica e do exame físico, exames complementares também podem ser realizados para confirmar o diagnóstico de apendicite aguda. Os exames mais comumente utilizados são o hemograma, o exame de urina, a radiografia, a ultrassonografia e a tomografia computadorizada. Cada um desses exames possui suas características e pode auxiliar no diagnóstico.

É importante ressaltar que nem sempre é necessário realizar todos esses exames. Em muitos casos, a combinação da avaliação clínica e do exame físico já é suficiente para confirmar o diagnóstico de apendicite aguda.

Em resumo, o diagnóstico de apendicite aguda é feito com base na apresentação clínica do paciente, principalmente nos sintomas e nos sinais identificados durante o exame físico. Em alguns casos, exames complementares podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico. No entanto, é importante lembrar que o diagnóstico preciso e o tratamento adequado devem ser feitos por um médico capacitado.

Fonte: APENDICITE AGUDA – DIAGNÓSTICO por Dr Fábio Colagrossi

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