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Especialista em coluna responde perguntas de telespectadores

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Eu convidei o Dr. Ernesto Guimarães, que é ortopedista, porque da última vez que ele veio para falar de lordose, cifose e escoliose, que são os desvios da nossa coluna, bombou nosso ASAP. Não é verdade que a gente não deu tempo nem doutor de responder todas as dúvidas. Hoje eu convidei ele só pra gente responder às dúvidas que vocês mandaram aqui no meu. Está tudo bem, Dr. Ernesto? É fã de prazer de receber de novo, advogado. Vamos lá, vão as perguntas. Importante não perder tempo, tentar responder todo mundo. E mandou a Mário a Marinelli. Ela falou o seguinte: “Comecei com dores na coxa esquerda, que irradia para toda a perna até o pé, e em seguida apareceu dores na lombar que dói nos ombros também. A pergunta é: será que eu estou com escoliose?
É uma queixa dela, uma queixa bem comum de um paciente que pode ter uma compressão do nervo ciático, né? Na verdade, o ciático são várias raízes nervosas que em algum ponto podem estar sendo comprimidas, gerando essa dor radicular, né? Só fala da dor do ciático. É tão pouco provável que seja uma escoliose, pode ser, mas o mais provável é que seja uma compressão do nervo ciático em algum ponto. O ideal é que ela passe por uma avaliação e faça alguns exames para que possa ter o diagnóstico do problema.
Outra pergunta: telespectadora que não se identificou disse que tem escoliose há alguns anos e hoje ela sente muitas dores e está afetando o quadril. A escoliose pode afetar o quadril mesmo? Pode. A escoliose, na verdade, quando olhamos e indicamos a cirúrgica, ela causa um desequilíbrio muscular e o paciente com isso ele fica um pouco mais torto e aí ele tem uma parte do corpo, lado esquerdo, direito, que exerce mais força do que o seu lado. Com isso, pode sobrecarregar algumas das articulações abaixo da coluna e acima da coluna. Então pode sim.
Para o Fernando de Florestópolis se ele está sentindo uma dor muito grande na parte de baixo da coluna, mas fez exames e não deu nada. Também fez várias gerações e nada ainda. Como pode ser? Isso pode ser complicado de responder uma pergunta dessas sem fazer uma avaliação do paciente, né? O ideal é que ele faça uma consulta com um ortopedista e ver se isso é uma causa estrutural de dor ou uma causa de dor muscular. A avaliação é física, o doutor já consegue diagnosticar alguma coisa ou precisa realmente de exame de ressonância, enfim? Não, o diagnóstico é clínico, é uma anamnese, é a história que o paciente conta e um exame físico. A ortopedia tem vários testes que vão direcionando o caminho do diagnóstico. O exame fica mais pra uma dúvida diagnóstica para diagnósticos que não são tão comuns e pra você fazer uma programação cirúrgica, é necessário.
Voltando ao que fazer para melhorar essa corcunda. Ele tem 36 anos, 1,83 de altura e 100 quilos. O paciente, quando ele tem um baixo índice de massa muscular, baixo tônus muscular, ele pode desenvolver uma postura viciada, ou seja, acaba ficando com o corpo um pouco pra um lado, pra outro, pela fraqueza muscular. A ideia é que ele faça uma consulta com um ortopedista para ver se o problema dele realmente é uma fraqueza muscular ou tem algum problema estrutural que causa essa corcunda. O ideal é que a atividade física e o reforço muscular possam ajudar bastante.
Agora a pergunta da Daniela. Ela tem 26 anos e tinha escoliose, fez uma cirurgia e colocou 17 pinos. Ela operou há quatro anos, mas ela diz que ainda sente dor. Inclusive a gente tem até foto, Daniela, que ela mandou. A coluna dela como era antes e depois da cirurgia. É nossa! E, doutor, é bem torto assim. Essa é a escoliose. É provavelmente a realidade, foi a escolha do adolescente. A correção da curva foi muito bem feita, é ficção e caso ela tenha feito fisioterapia pós-operatória ou fisioterapia, depois de um tempo, com reforço muscular, as dores devem ter diminuído bastante. Porque a escoliose não causa dor. O que causa dor é um desequilíbrio muscular que acontece. Então, ela volta de uma fisioterapia, por exemplo, a atividade.
Acho que a primeira coisa que ela tem que fazer é voltar no cirurgião onde ela fez a cirurgia para que ela possa contar pra ele o que ela está sentindo e que ele possa fazer uma avaliação e ver se realmente tem algum problema ou se através de um reforço muscular isso já vai ser resolvido. Então, o ideal é que ela volte ao médico que a operou. Com vários pinos, ele consegue ter uma vida, uma qualidade de vida bacana e sem dor. Consegue ter uma vida normal, é isso? Não atrapalha.
Que bom! Agora, doutor, a pergunta aqui também de um telespectador que não se identificou, mas curiosa é a seguinte: “Dorsal e lombar, tenho dores fortes e em baixo. Como risco de cirurgia futuramente?” Isso não tem como dizer só por essas informações do paciente. Precisa ser feito radiografias para ver o tamanho da curva, né? Não sei se ele falou idade dele, não falou também. A indicação cirúrgica da escoliose depende das curvas, depende da intensidade, depende dessas coisas, e da idade do paciente. Então, se ele tem alguma dúvida, se ele sente dor, o importante é que ele faça uma consulta, uma avaliação do especialista para que ele possa ter essa tranquilidade de saber se a escoliose é um caso dele.
Agora, doutor, a Lucimara falou o seguinte: “Eu tenho escoliose, minhas costas ficaram saltadas, lado esquerdo. Por que isso? É chamado de giba, né?” A escoliose é uma deformidade em três planos, ou seja, ela roda no próprio eixo. E essa deformidade que ela vê no dorso, nada mais é do que a formação da gibosidade. Então, depende do tanto que é o grau da escoliose dela.
A dona Márcia fala o seguinte: “Eu tenho um buraco enorme na coluna, perto do bumbum. Isso pode ser uma escoliose?” Não, isso pode ser um sinal associado a uma escoliose congênita ou algum outro problema. Porque a espina bífida oculta ou meningocele e outras doenças que têm associação com escoliose congênita podem ter como sinal um buraco nas costas, uma falha na camada da pele, muscular ou subcutânea com a exposição do tecido medular.
É isso, não necessariamente causa algum sintoma. Então se você tem escoliose congênita e você agora aparece um cisto, o ideal é que você faça uma avaliação para ver que tipo de cisto é e se está tendo algum comprometimento da tua coluna. Condições?
Do universo, muito obrigada pela sua participação. Viu, se eu voltar, vou brigar, brigada.
Fonte: Especialista em coluna tira dúvidas dos telespectadores por RICtv Entretenimento