Ausculta Pulmonar

Olá pessoal! Eu sou Dr. Massau e sejam bem vindos à Vó de Merd TV. Na aula de hoje, vamos aprender alguns conceitos da ausculta pulmonar, com ênfase nos sons pulmonares normais e algumas de suas alterações.

Então vamos lá! A ausculta pulmonar é um método utilizado na avaliação do aparelho respiratório. Para realizá-la com boa precisão, é importante um ambiente silencioso e o paciente colaborativo, o que muitas vezes não conseguimos em um ambiente de emergência.

Outros fatores essenciais para uma boa performance são o desnudo do paciente, visto que peças de roupa podem abafar os sons ou criar artefatos não desejados. Uma boa posicionamento também é muito importante, sendo que o examinador posiciona-se atrás do paciente, e este permanece sentado inicialmente. Posteriormente, pode-se examinar o paciente em outras posições, da maneira que for necessário para complementar os achados semiológicos.

Ausculta pulmonar é realizada somente com o diafragma do estetoscópio. Normalmente, iniciamos na região posterior do tórax, passando para as faixas laterais e anteriores, escutando cada lado de maneira simétrica e comparativa.

É importante ter em mente que o limite inferior dos pulmões geralmente está quatro dedos abaixo da ponta da escápula, isso falando de uma maneira geral, apenas para termos uma ideia de um limite de maneira mais rápida.

Os sons respiratórios são divididos entre sons pulmonares normais, sons pulmonares anormais e sons vocais. Nessa aula, vamos falar sobre os sons pulmonares normais e algumas de suas alterações.

Esse tipo de som é formado pela turbulência do ar nas vias aéreas, geralmente nas que possuem calibre maior do que 2 milímetros. São divididos em quatro tipos: sotaque ao, som bronquial, murmúrio vesicular e som bronco vesicular. Todos estes apresentam componentes inspiratórios e expiratórios, como veremos adiante.

O sotaque ao é audível nas regiões de projeção da traqueia no pescoço e na região externa. Ele é descrito como som tubular intenso e sopro, e apresenta tempo de inspiração um pouco menor do que o tempo de expiração, com uma pequena pausa entre eles.

O som bronquial é auscultado nas regiões de projeção dos brônquios principais na face anterior do tórax, próximo ao esterno. Ele é semelhante ao sotaque ao, porém menos intenso, e apresenta tempo de inspiração semelhante ao tempo de expiração, com pequena pausa entre eles.

O murmúrio vesicular é auscultado nas regiões periféricas dos pulmões, ou seja, nas regiões distantes das vias aéreas centrais. Ele também é mais intenso quando pedimos para o paciente respirar com a boca aberta. O som é suave e menos intenso do que o som bronquial. O tempo de inspiração é maior do que o tempo de expiração, sem pausa entre eles.

O som bronco vesicular é um intermediário entre o som bronquial e o murmúrio vesicular. É localizado no 1º e 2º espaços intercostais e na região inter escapular. Tem relação de inspiração e expiração de um para um, sem pausa entre elas.

Vamos agora citar algumas condições nas quais ocorrem alterações dos sons pulmonares normais. Algumas condições fisiológicas nas quais ocorrem redução difusa dos sons pulmonares normais são: obesidade, musculatura torácica aumentada. As condições patológicas podem levar à redução difusa ou localizada dos sons pulmonares. Observamos redução difusa no bloqueio do espaço aéreo grave, edema de parede e fibrose pulmonar. Já a redução localizada ocorre nas atelectasias, obstruções brônquicas por corpo estranho, ressecção de regiões pulmonares, hemotórax entre outros líquidos, pneumotórax e derrame pleural.

Outra alteração nos sons normais é o sopro brônquico, que consiste na escuta do murmúrio vesicular em área onde é esperado um murmúrio vesicular, ou seja, na periferia dos pulmões. Isso acontece pelo aumento da transmissão do som pelo surgimento de tecido pulmonar mais denso na periferia do pulmão em contato com a via aérea permeável. Assim, o som da base aérea central é transmitido para a periferia dos pulmões. O exemplo mais clássico dessa condição é a pneumonia, visto que o parênquima pulmonar se encontra condensando pela inflamação.

Outra condição observada são os tumores.

Então é isso pessoal! Espero que tenham gostado. Vou deixar aqui também o link para a aula de continuação da escuta pulmonar. Não se esqueça de assinar o canal, curtir nossa página no Facebook e, se gostou do vídeo, deixe seu like, adicione aos favoritos e ajude na divulgação para que possamos postar vídeos com mais frequência.

Referências: