Pólipo no intestino: é motivo para preocupação?

O câncer colorretal: importância da colonoscopia na detecção e prevenção

O câncer colorretal é uma das três formas mais comuns de câncer no Brasil, de acordo com estatísticas do INCA. No entanto, o principal exame para identificar o tumor, a colonoscopia, ainda é pouco procurado pelos pacientes devido ao seu caráter invasivo, perigoso e alto custo. Apesar dessas preocupações, não devemos diminuir a importância desse exame. Scientificamente comprovado para reduzir a taxa de mortalidade relacionada ao câncer colorretal, principalmente em pacientes assintomáticos que realizam o rastreamento adequado, a colonoscopia é essencial.

Então, se você descobriu um pólipo durante a colonoscopia, o que fazer a partir de agora? Continue lendo para descobrir.

O que é um pólipo?

Um pólipo é uma protuberância na mucosa do intestino que pode não apresentar sintomas. No entanto, em alguns casos, pode causar sintomas como sangramento, dor abdominal, constipação, diarreia ou sensação de reto cheio. Em casos raros, os pólipos podem causar obstruções intestinais. É importante destacar que a grande maioria dos pólipos é assintomática.

O câncer colorretal geralmente se desenvolve a partir de pólipos adenomatosos. Retirar esses pólipos na fase de pólipo impede a progressão para o câncer, reduzindo significativamente a mortalidade e as chances de desenvolvimento do câncer de intestino.

Chance de recorrência do pólipo

A chance de recorrência do pólipo depende do tipo de pólipo. Existem alguns fatores que levantam preocupações, como a presença de três ou mais pólipos durante a colonoscopia ou pólipos com displasia de alto grau. Em casos como esses, é fundamental obter o resultado da análise anátomo-patológica para avaliar o tipo de pólipo e determinar a frequência adequada de acompanhamento.

Além disso, outros fatores, como a presença de adenomas tubulares pequenos ou grandes, adenomas vilosos, pólipos serrilhados ou síndrome hereditária, influenciam na recomendação de quando repetir a colonoscopia.

Quando repetir a colonoscopia?

Para pacientes sem sintomas ou histórico familiar de câncer, a primeira colonoscopia pode ser repetida em 10 anos, a menos que surja algum sintoma. Para pólipos hiperplásicos pequenos, geralmente benignos, não é necessário um acompanhamento frequente.

Para pacientes com adenomas tubulares pequenos, a recomendação é repetir a colonoscopia em 10 a 5 anos. Quando há a presença de dois adenomas tubulares, sugere-se um segmento de 5 anos. Já para a presença de três a dez adenomas, o segmento adequado é de 3 anos. Se houver mais de 10 adenomas tubulares, o acompanhamento deve ser mais frequente, com intervalos menores do que três anos.

Adenomas tubulares maiores que 1 cm, grandes ou com displasia de alto grau, assim como pólipos vilosos ou serrilhados, exigem intervalos de três anos. Pacientes com síndrome hereditária devem realizar colonoscopia anualmente, devido ao alto risco de desenvolvimento de câncer colorretal.

É importante ressaltar que essas recomendações são diretrizes gerais e que cada paciente deve ser avaliado individualmente, considerando suas características pessoais e história clínica.

Sinais de alerta para o câncer colorretal

Se você apresenta sangramento, dor abdominal persistente, perda de peso inexplicável, anemia ou sintomas progressivos, como dor abdominal, é essencial buscar um especialista ou seu médico de confiança para realizar uma colonoscopia. Esses sintomas podem indicar um câncer colorretal, e o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

Concluindo, a colonoscopia é essencial para a detecção, prevenção e tratamento adequado do câncer colorretal. Não deixe de realizar o exame e seguir as recomendações de acompanhamento, especialmente se você tem fatores de risco, como histórico familiar de câncer.

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Fonte: PÓLIPO NO INTESTINO – PRECISO ME PREOCUPAR? | DRA PATRÍCIA SILVEIRA por Dra. Patrícia Silveira