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Tudo sobre fratura úmero proximal – Dr. José Antonio Mancuso Filho

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Fratura do Úmero Proximal

A fratura do úmero proximal ocorre na região mais próxima do ombro e é bastante prevalente, especialmente em pessoas idosas. Neste artigo, vamos discutir a definição, a epidemiologia e o tratamento das complicações dessa fratura.

Definição e Epidemiologia

A fratura do úmero proximal é uma lesão que ocorre na porção mais próxima do ombro. É mais comum em pessoas idosas, sendo mais prevalente em indivíduos de raça branca. Essa lesão está associada à menopausa precoce e é mais frequente em mulheres. Embora seja mais comum em idosos, também pode ocorrer em jovens devido a traumas de alta energia, como acidentes de carro ou esportes de contato.

Mecanismo de Trauma

A fratura do úmero proximal pode ocorrer devido a diferentes mecanismos de trauma, como quedas de baixa ou alta energia. Em idosos, é comum ocorrerem quedas de baixa energia, como quedas domésticas. A fratura pode ser direta ou indireta, afetando diretamente o ombro ou sendo transmitida através da espalmada da mão. A densidade óssea na região articular da cabeça do úmero é maior, enquanto é menor na região mais lateral e inferior.

Anatomia

A cabeça do úmero é nutrida principalmente pelos ramos da artéria circunflexa anterior, que passa próxima ao tendão do músculo subscapular. Essa vascularização é importante para definir se a fratura vai consolidar ou não, e também influencia na escolha do tratamento. A fratura do úmero proximal pode ser diagnosticada clinicamente através de dor intensa na região do ombro, que pode estar associada à incapacidade de movimentar o braço.

Diagnóstico

Para diagnosticar a fratura do úmero proximal, é realizado um exame clínico e radiológico. Um raio-x simples pode fornecer informações iniciais sobre a fratura, mas em alguns casos pode ser necessária a realização de uma tomografia computadorizada para um diagnóstico mais preciso. A classificação mais utilizada divide a fratura em partes, baseada na presença de desvio. A presença de desvio e a gravidade do desvio determinam o tipo de tratamento a ser realizado.

Tratamento

O tratamento da fratura do úmero proximal pode ser conservador ou cirúrgico, e a escolha depende da classificação da fratura, idade do paciente e outras considerações médicas. No tratamento conservador, é utilizada uma imobilização com gesso ou órtese, enquanto no tratamento cirúrgico, existem duas opções: preservação da cabeça do úmero ou substituição por uma prótese.

O tratamento conservador é a opção mais comum em idosos ou em casos em que a fratura é estável. Já em casos de desvio significativo da fratura, principalmente em pacientes mais jovens, a opção é o tratamento cirúrgico. O tratamento primário com a própria cabeça do úmero tem resultados melhores do que o tratamento posterior com próteses.

O tratamento cirúrgico pode incluir a reconstrução da cabeça do úmero ou a substituição por uma prótese. Em pacientes mais jovens, geralmente ocorrem tentativas de preservação do úmero para manter a mobilidade do ombro, enquanto em pacientes mais idosos, a substituição por prótese é mais comum.

Complicações

As principais complicações da fratura do úmero proximal estão relacionadas à lesão da vascularização da cabeça do úmero, o que pode levar à necrose avascular. Outras complicações possíveis incluem rigidez e infecção pós-operatórias. É importante que o paciente seja encorajado a realizar movimentação adequada do ombro durante o tratamento para evitar a perda de amplitude de movimento.

Em resumo, a fratura do úmero proximal é uma lesão comum, especialmente em idosos. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo da classificação da fratura e considerações médicas. É importante acompanhamento médico para um diagnóstico adequado e o tratamento mais adequado para cada caso.

Fonte: Fratura Úmero Proximal – Dr. José Antonio Mancuso Filho por e-Ortopedia