As Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs

Olá, tudo bem? Hoje vamos falar um pouco sobre um problema muito frequente no consultório e que causa bastante apreensão nos homens que nos procuram: As ISTs, ou Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Antes chamadas de DSTs, a nomenclatura mudou um pouquinho e agora são chamadas de IS3NÉ, que significa Infecções Sexualmente Transmissíveis. Basicamente, podemos dividir as ISTs em doenças que causam corrimento uretral e aquelas que cursam com verrugas e úlceras.

Para não deixar este texto muito extenso, vamos falar hoje sobre as uretrites, como elas se comportam e como fazemos o diagnóstico. Didaticamente, podemos dividir as uretrites em:

Uretrites

A uretrite é uma inflamação da uretra, que é o canal da urina que percorre o começo no canal peniano e segue até a bexiga. As uretrites cursam com dor e ardência na hora de urinar, além de um corrimento uretral que é uma saída de secreção pela uretra. Essa secreção pode ser em maior ou menor quantidade e mais ou menos purulenta. É um quadro comum em pacientes jovens com múltiplas parceiras e é um dos principais fatores de risco é o uso irregular ou inadequado de preservativo.

Geralmente, os pacientes chegam aflitos após terem algum contato sexual de risco recente e o período de incubação desses agentes geralmente gira em torno de uma semana a quatro dias. Nesse prazo, depois do contato sexual, o paciente começa a perceber um pouco de ardência e dor para urinar, `percebe que a cueca fica recentemente suja ali na região do meato uretral (onde a urina saía) e acabam ficando muito aflitos.

O diagnóstico exato de qual bactéria está causando a uretrite geralmente é feito por meio de exames específicos da secreção que está saindo ali para poder individualizar o microrganismo. No entanto, muitas vezes isso vai atrasar o tratamento ou não está amplamente disponível. Por isso, muitas vezes, o tratamento é feito de forma sindrômica, ou seja, quando o paciente apresenta uma descarga uretral, a gente trata para as principais causas de forma empírica.

Os pacientes que apresentam uretrite gonocócica geralmente têm um quadro clínico mais exuberante, com bastante ardência e secreção leitosa purulenta. As uretrites não-gonocócicas geralmente vêm com pouco de ardência e aumento de frequência na micção.

O tratamento baseia-se no uso de antibióticos, que o paciente geralmente deverá tomar por cerca de 7 a 10 dias. É importante que a parceira sexual também seja tratada e que se faça a investigação de outras doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS, por exemplo.

Se não tratado de momento oportuno, a uretrite pode causar uma prostatite ou orquiepididimite, que é uma infecção ali dos testículos e pode gerar sintomas para o esvaziamento da bexiga. Uma das principais complicações é o estreitamento do canal da urina, chamado de estenose de uretra, o que pode gerar muitos sintomas para o esvaziamento da bexiga.

Basicamente, é isso sobre as uretrites. Espero ter ajudado a esclarecer dúvidas e orientado sobre o tratamento adequado desse quadro. No próximo texto, falaremos sobre outras doenças sexualmente transmissíveis.

Se ficou alguma dúvida, deixe nos comentários. Um grande abraço e até a próxima!

Fonte: Infecções Sexualmente Transmissíveis – Uretrite por Dr. Bruno Vedovato

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