Corporalidade e psicanálise: a pele como litoral

No vídeo, um estudante de cinema pergunta como seria a questão do corpo dentro do conceito de inconsciente e como poderíamos interpretar comportamentos e suas regras para além da linguagem corporal. O livro “Corporalidade e psicanálise: a pele como litoral”, organizado por Heloísa Helena de Almeida e Tatiana de Carvalho, busca explorar essa questão da corporalidade e como ela se relaciona com a psicanálise.

Um indivíduo pode sofrer com sintomas no corpo, mesmo sem manifestar na linguagem com gramática, ou seja, sem se manifestar verbalmente. A distinção entre o corpo como metáfora e o corpo que é metabolizado pelo sintoma pode ser a chave para entender a corporalidade na psicanálise.

O livro aborda a teoria geral da corporalidade em psicanálise, enfatizando como a experiência do corpo não se limita apenas às suas representações simbólicas, mas também se manifesta na carne e no organismo. A partir dessa distinção entre corpo, carne e organismo, o livro busca entender como a corporalidade se espalha no indivíduo.

O livro também aborda como a realização do simbólico, do imaginário e do real se manifesta no corpo, desde a dor como uma experiência corporal na carne, até a forma como o indivíduo usa o próprio corpo para expressar o seu caráter.

Outro aspecto interessante do livro é a exploração das inquietações dos tiques, das movimentações motoras, do comportamento de medo e das compulsões como sintomas de conversão. Além disso, a obra aborda a disfunção erétil, a hipocondria e outras vivências corporais, mostrando como a corporalidade se manifesta em diferentes formas de sintomas imaginários e simbólicos.

Portanto, o livro “Corporalidade e psicanálise: a pele como litoral” é uma leitura importante para quem busca entender mais sobre a relação entre psicanálise e corporalidade.

Fonte: Como interpretar o corpo na psicanálise? | Christian Dunker | Falando nIsso 89 por Christian Dunker