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Estrabismo: Conheça as consequências do preconceito e desemprego


Olá meus amores, tudo bem?
No vídeo de hoje, eu vim falar mais uma vez sobre o estrabismo, mas eu vou mais além, porque o estrabismo não é apenas o olho torto como muitas pessoas falam. O estrabismo vai muito além disso, incluindo o impacto sócio-econômico e na vida pessoal das pessoas que possuem essa condição.
Para quem tem estrabismo, é muito difícil lidar com essa situação e é uma pessoa que possui esse problema de visão, porque as pessoas que têm estrabismo têm muitas dificuldades para arrumar emprego, ter um relacionamento afetivo e para ter relacionamentos de amizade. Arrumar emprego é uma das maiores dificuldades que as pessoas com estrabismo enfrentam, e isso é especialmente verdadeiro aqui na Ilha do Marajó, onde vivo.
Eu tenho 28 anos e tenho estrabismo em ambos os olhos devido a uma infecção e os olhos nos músculos se acostumaram a ficar virados para fora. Eu sei que isso pode ser difícil de entender para as pessoas que não têm essa condição. Mas é importante lembrar que o preconceito existe em todas as áreas da vida e o processo seletivo do concurso público não é exceção. Eu fui reprovada na perícia do INSS porque não consegui passar sem um laudo de deficiência, mesmo tendo ficado em sexto lugar no concurso público depois de muito estudo.
Esse é apenas um exemplo do impacto sócio-econômico que o estrabismo pode ter na vida das pessoas que o possuem. Além disso, o estrabismo também afeta a vida pessoal das pessoas com essa condição. Muitas pessoas têm dificuldade para conversar, abordar e ter relacionamentos afetivos por causa do estrabismo.
Eu já senti várias e várias vezes quando eu tinha esse abismo quando eu ia conhecer alguém, eu tinha vergonha de olhar nos olhos, de conversar e de interagir como todas as outras pessoas fazem. Mas essa dificuldade só pode ser entendida por quem tem estrabismo.
Eu fiz esse vídeo para incentivar quem tem medo de fazer cirurgia para corrigir o estrabismo a não ter mais medo. Eu vou colocar aqui fotos de várias pessoas que têm ou já tiveram estrabismo e que já fizeram a cirurgia para corrigir a condição. Eu espero que isso encoraje quem ainda está com medo de perder esse medo porque a cirurgia só ajuda e não piora a condição.
Também é importante lembrar que o preconceito existe em todas as áreas da nossa vida. Ainda há muito preconceito em relação à cor da pele, a problemas de visão, como o estrabismo, à orientação sexual, e assim por diante. Temos que lutar juntos para lutar contra esse preconceito, porque isso acaba com nossas vidas.
Quero deixar aqui o exemplo do preconceito racial. Uma das obras e do cabelo é a ditadura do cabelo liso. Hoje em dia, secretarias são forradas de produtos para cabelo cacheado, graças a luta das meninas que antes eram discriminadas por ter cabelo crespo.
Enfim, o Brasil e o mundo ainda têm muito o que mudar em relação ao preconceito, seja ele racial, de gênero, em relação a pessoas com Síndrome de Down, ou qualquer outro tipo. O preconceito ainda existe e é importante lutar contra ele.
Espero que este vídeo ajude aquelas pessoas que possuem estrabismo e que ainda têm medo de corrigir a condição. Não percam o foco naquilo que vocês sonham e não deixem que nenhuma pedra atrapalhe o caminho de vocês.
Fonte: ESTRABISMO PRECONCEITO DESEMPREGO E MUITO MAIS por Patty meu cantinho