Pular para o conteúdo

Tudo sobre enxaqueca: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento | Sua Saúde na Rede


A enxaqueca é diferente do que a maioria das pessoas pensa. Ela não é apenas um simples dor de cabeça. A enxaqueca é uma doença neurológica de causa genética e que apresenta múltiplos sintomas. Além disso, ela não afeta só mulheres, podendo acontecer em homens de todas as idades, inclusive crianças e idosos.
Durante a idade reprodutiva, quando existem os ciclos menstruais, as mulheres costumam ser mais acometidas por esse tipo de doença. Porém, fora desse período, homens e mulheres são afetados de maneira igual. Isso é muito frequente no Brasil, onde cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca. Na região Sudeste, falando do estado de São Paulo, uma em cada quatro a cinco mulheres tem enxaqueca.
Em crianças, 8% delas apresentam a doença, ou seja, cada uma em 10. Quando a gente fala em um quadro que se chama enxaqueca crônica ou cefaleia de dor de cabeça crônica que acontece diariamente, nós temos no Brasil um dos índices mais altos do mundo, por volta de 7% da população brasileira tem dor de cabeça todos os dias. Isso é um problema de saúde pública e que precisa ser cuidado.
A causa realmente de enxaqueca são genes de predisposição. É uma doença de tendência hereditária. São necessários genes que a predisponham a apresentar essas crises de dor de cabeça da enxaqueca, que muito tipicamente se apresenta de intensidade moderada a forte, de maneira a pulsar ou sentir latejar a cabeça com alguns sintomas acompanhando.
Muito frequentemente, durante as crises, surgem sintomas como a intolerância ao barulho, que chamamos de fonofobia, intolerância à claridade, que seria fotofobia, intolerância a cheiros fortes, que seria osmofobia. Muito comumente, também se apresentam sintomas gástricos relacionados à crise, como náusea e vômito.
Na maioria das vezes, são sintomas neurológicos, como as auras. As auras mais comumente se apresentam antes das crises de dor de cabeça, e as mais comuns são sintomas visuais, onde a pessoa vê pontinhos na visão, como se fossem brilhos, contrário, ela pode perder a visão tendo um embasamento do campo de visão, parece que está havendo metade das coisas ou mesmo para ser completamente cégo por alguns minutos.
O diagnóstico de enxaqueca não é feito a partir de nenhum exame complementar, portanto, não é necessário solicitar tomografia de crânio, ressonância magnética ou eletroencefalograma. O diagnóstico de enxaqueca é clínico.
O tratamento é diferente. Nós temos o tratamento da crise, onde o paciente, na hora da crise, vai fazer o uso de medicações para aliviar seus sintomas, tanto a dor de cabeça como sintomas outros que foram citados. Existe também o tratamento preventivo que, à base de medicações, usados diariamente, vão evitar que a dor aconteça.
As recomendações para quem tem enxaqueca são procurar um neurologista, fazer o seu diagnóstico, anotar um diário de dor de cabeça, observar as situações que podem facilitar suas crises, chamados de gatilhos da enxaqueca, como o jejum prolongado, o estresse, a privação de sono e o período menstrual.
Não acredite que você tem que viver com dor, que não tem nenhum tipo de tratamento disponível ou que simplesmente faça o tratamento só à base de analgésicos. O uso excessivo de analgésicos pode trazer mais dor e é um fator importante em tornar a enxaqueca crônica cada vez mais frequente.
Lembre-se que a enxaqueca é uma doença controlável e com tratamento. Portanto, procure ajuda médica e viva melhor.
Fonte: Enxaqueca – causas, sintomas, diagnóstico e tratamento | Sua Saúde na Rede por Sua Saúde na Rede