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Descubra como o filme Para Sempre Alice aborda o Alzheimer precoce.


Biro foco no nosso hotel onde o meu pai, minha mãe quanto a Stihl LS para sempre. “Alice” é um filme de 2014. Alice tem 50 anos e é uma renomada professora de linguística, autora de diversos livros. É casada, tem três filhos, uma mulher firme, bonita, inteligente e bem sucedida, cujo mundo vai desmoronar no decorrer da trama. Tudo começa quando, durante uma palestra, ela tem um branco e não consegue lembrar uma palavra. Pouco tempo depois, ela sai para uma corrida e se perde. Preocupada, ela vai ao médico e, após exames, é diagnosticada com Alzheimer precoce.
Será que você consegue imaginar como essa mulher ativa, no auge da sua carreira, se sente ao saber que perderá todas as suas memórias e as suas capacidades? O filme mostra a progressão da doença, os pequenos esquecimentos de Alice – o assunto da aula, a receita de um pudim, a nova namorada do seu filho – e depois dos grandes esquecimentos, como quem é sua própria filha. Quase sempre nos deparamos com o Mal de Alzheimer pelo ponto de vista de terceiros, pelo ponto de vista de quem acompanha um parente piorando dia após dia. Mas nesse filme, nós acompanhamos a dor pelo ângulo de quem a sente, pelo ângulo de quem está perdendo o contato com o mundo, e é desesperador.
É desesperador imaginar se, na situação de Alice, perdendo todas as suas lembranças, seu raciocínio, perdendo a si mesma. A cena mais bela do filme é um discurso que ela faz em um congresso sobre Alzheimer. Suas memórias estão se esvaindo e ela precisa usar um marcador de texto para saber quais palavras do seu discurso ela acabou de ler. Eu trouxe uma parte desse discurso que diz assim: “A poeta Elizabeth Bishop escreveu: ‘A arte de perder não é nenhum mistério. Tantas coisas contém em si o acidente de perdê-las, que perder não é nada sério.’ Eu não sou a poeta. Sou uma pessoa vivendo no estágio inicial do Alzheimer. E assim, sempre estou aprendendo a arte de perder. Todos os dias perdendo meus modos, perdendo meus objetos, perdendo o sono, e acima de tudo, perdendo memórias. Toda a minha vida eu acumulei lembranças. Elas se tornaram meus bens mais preciosos: a noite que eu conheci meu marido, a primeira vez em que segurei meu livro em minhas mãos. Ter filhos, fazer amigos, viajar pelo mundo. Tudo que eu acumulei na vida, tudo que eu trabalhei tanto pra conquistar, agora tudo está sendo levado embora. Como vocês podem imaginar, como vocês sabem, isso é ferro. Mas fica pior quando ninguém leva a sério quando estamos tão diferentes do que éramos. Nosso comportamento estranho e fala confusa mudou a percepção que os outros têm de nós e a nossa percepção de nós mesmos tornamo-nos ridículos, incapazes, cômicos. Mas isso não é quem somos, isso é nossa doença. Estou lutando, lutando para fazer parte das coisas, para continuar conectada com quem eu fui um dia. Então, viver um momento é o que eu digo para mim mesma. É o que eu posso fazer, é rever o momento e não me culpar tanto por dominar a arte de perder. Uma coisa que eu vou tentar guardar é a memória de estar aqui hoje. Ira embora, eu sei que irá, talvez possa desaparecer amanhã. Mas significa muito estar falando aqui hoje como o meu antigo eu, ambicioso, que era tão fascinada por comunicação. Obrigado por esta oportunidade. Significa muito para mim.”
LF maravilhosa interpretação de Julianne Moore, que ganhou merecidamente o Globo de Ouro, o Oscar, o Bafta. No total, quase 30 prêmios por sua atuação em “Still Alice”. É um filme para assistir, para pensar e para mudar o nosso modo de ver o mundo. É uma obra que esbanja sensibilidade e vale muito a pena ver. Essa obra estará em cartaz no cinema até a próxima semana.
Fonte: Alzheimer precoce no filme Para Sempre Alice- Still Alice por Luz Câmera Arte- Raquel Rocha