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Cuidado com os antidepressivos!

Cuidado com os antidepressivos!

E a Centralina é uma medicação da classe dos inibidores da recaptação de serotonina e considerada um antidepressivo. Mas, apesar do nome, é também uma medicação de ação ansiolítica, então é muito utilizada para transtornos que envolvem sintomas depressivos e ansiosos. Ela está aprovada para o tratamento de depressão maior, toque de transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico e fobia social.

É uma medicação que tem um perfil mais ativador, então não costuma ter efeito sedativo. A demora um tempo, assim como os outros medicamentos da mesma classe, a fazer efeito. Então não é um efeito imediato. No segundo dia que eu já tomei e leva pelo menos duas a três semanas para começar a a infestar o que a gente espera de resposta e nesse início do tratamento, por ter uma ação que quando a gente ingere um comprimido, ela pode passar por todo o corpo ali e isso acaba trazendo efeitos colaterais como náuseas, dor de cabeça, tontura, mal-estar, às vezes diarreia, mas são efeitos colaterais que podem ser manejadas e são bem tolerados.

É uma medicação que é muito eficaz, não está associada ao ganho de peso, infelizmente pode influenciar na libido, diminuindo o desejo sexual, retardando a ejaculação e não tem efeito de tolerância, então ela não perde aí ficasse com o tempo de uso e que dependendo, claro, de da individualidade de resposta de cada pessoa, pode ser uma medicação muito positiva.

E esses dias a gente fez uma enquete sobre antidepressivos e eu fiquei super decepcionada com o resultado de uma das perguntas que era se antidepressivos viciam. E a maioria das pessoas colocaram que sim. Eu fiquei me sentindo do tipo a professora que ensinou pra turma e a tua irmã erra na prova, sabe como? Assim: “Gente, antidepressivo não vicia”.

Mas aí as pessoas falam mais: “Eu conheço fulano de tal que nunca mais conseguiu parar de usar”, “o meu vizinho já uso há dez anos, toda vez que ele vai parar, ele se sente mal”. É diferente de causar dependência.

E geralmente por dois motivos: esses casos, em que a pessoa não consegue suspender o remédio, primeiro porque não foi feito um tratamento com orientação médica e segundo porque às vezes a doença dessa pessoa tem uma evolução crônica. Esse e tira o remédio, ela volta a ter sintomas da doença que a continuou ali. Ah, mas não é pela falta do antidepressivo na retirada, a gente pode até ser um sintoma de descontinuação, mas que são sintomas transitórios e não costumam durar mais que uma ou duas semanas. E isso não é dependência, porque dependência envolve uma série de comportamentos patológicos, como tolerância, então a pessoa precisa usar doses cada vez mais altas para ter o mesmo resultado; sintomas de abstinência, então da retirada abrupta da substância, a vida da pessoa começa a girar em torno daquela substância, que seja lícita ou ilícita, a que ela ta dependente; e eu nunca vi ninguém ficar atrás de antidepressivo, a se comprometer financeiramente a por conta de medicamentos antidepressivos.

E também só mais um lembrete: não confundir antidepressivos com ansiolíticos tarja preta. Então, esse é o recado: não erre mais isso, pelo amor de Deus. Não me decepcionem: antidepressivo não causa dependência.

Fonte
Sertralina por GABRIELA BALDUINO